Geração Pamerval - A história do início ao fim escrita por Sophie Carsifur


Capítulo 93
Capítulo 93


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente!
Boa leitura!!



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Por Herval:


Estávamos num paraíso, num lugar onde só existia eu e ela. Lindas, imensas e muitas centenárias árvores se espalhavam à nossa volta, ouvíamos os misturados tons de cantorias dos pássaros e a nossa frente, podia-se ver uma imensa, forte, deliciosa e cristalina cachoeira, e embora eu fosse um super nerd, estava sobrevivendo bem sem equipamentos eletrônicos ali, Pamela me bastava.

De repente sua imagem surge à minha frente, com os cabelos soltos e com um vestido fino, branco, ela corria e eu a via em câmara lenta, sorrindo para mim como uma criança e me chamava para que corresse atrás dela. Não sei o que me deu, simplesmente fiz o que ela queria e com um sorriso de canto a canto, buscava alcança-la para enchê-la de beijos, abraços e carícias.

Consegui agarrar-lhe pela cintura, e escutando um agudo gritinho seu, seguido de uma gargalhada maravilhosa quando sentiu as dezenas de beijos que distribui em seu pescoço. As palavras que já não existiam, se tornaram completamente dispensáveis, quando ela se desvencilhou de mim e me olhando fixamente nos olhos, pôs-se a puxar o vestido para cima, me deixando vê-la completamente nua, nada, além daquele vestido a cobria.

Ela se encontrava sem o menor pudor! Lançou o vestido para algum lugar e ficou parada, sem tirar o olhar do meu. Algo estranho tomou conta do meu corpo e eu não me vi chegar perto dela, quando dei conta de mim mesmo, estávamos os dois, nus e banhados pelas águas daquela cachoeira. Nossas roupas se entrelaçavam em alguma rocha ali perto, e dentro daquelas águas de temperatura agradável, nossos corpos também se entrelaçavam num prazer incalculável.

Nossos lábios se encontravam numa perfeita sintonia e os meus cabelos eram agarrados com a deliciosa brutalidade de quem estava sendo amada com desejo inenarrável! Seus gritos se misturavam ao barulho dos pássaros e da água da cachoeira caindo. Eu me afogava na volúpia de toma-lhe posse dos seios, quando...

–Bom dia, sweet... – Fui acordado com um beijo. – Estava sonhando baby...? – Ela estava apoiava em um cotovelo e pousava o outro braço em meu peito. – Me parece que foi um sonho bom... você não tirou o sorriso do rosto, um minuto sequer!

–B-bom dia, meu amor... – Eu ainda estava um tanto quanto inerte. O seu rosto contrastando com a paisagem daquele paraíso, ainda não saíra da minha mente. – Claro, sonhando com você é impossível não ficar sorrindo o tempo todo!

–Comigo, Sr. Domingues? E como era esse sonho, han?

–Olha, eu...

–Mommy, daddy!! – Fui interrompido pela vozinha do Quim que já entrava no quarto de uma vez obrigando eu e a Pam nos cobrirmos apressadamente com o lençol.

–Hey! Seu moleque atrevido! Venha já aqui! Não se pode entrar assim desse jeito no quarto da mom e do Herval! – Megan nos salvou, segurando o Quim ainda na porta.

–Mas eu quelo dar bom dia a eles, mana!

–Baby, nós já vamos falar com você, okay? Mas você pode esperar a gente tomar um banho, lá fora, sweet prince? – Pamela falou, sentando na cama, de costas para mim.

–Yey, mas bom dia mommy, bom dia, papai! – Respondeu e correu para fora, tendo Megan correndo atrás dele. Eu dei um rápido beijo nas costas da Pam, assim que ela respirou aliviada e me levantei rapidamente da cama, já caminhando para o banheiro, quando ela insistiu para que lhe contasse o sonho.

–Hey Sr. Domingues! Não fuga, han! O que você sonhou? – Ela caminhou devagar, enrolada no lençol, até o banheiro, se encostou na parede da porta, cruzando os braços e esperando que eu lhe contasse.

–Eu acho que prefiro não comentar, sabe, Pam... ainda é manhã... horário inapropriado, entende...? – Falei, sorrindo e dando uma piscadela.

–Oh God! Então foi... – Fez cara de surpresa. - Seu safado! – Disse entre uma gargalhada e um tapinha no meu ombro.

–O que eu posso fazer?! Resultado da noite de ontem... que foi incrível, Pam. Eu tava com tanta saudade...!

–Yeah... umbeliaveble! So amazing! – E enquanto eu colocava a escova na boca para escovar os dentes, ela me abraçou por trás. – Me too, sweet... você não tem noção do tamanho da saudade! – Se aconchegou ainda mais a mim e deu um beijo em minhas costas.

–Você é louca, Pamela Parker...

–...Por você, Herval Domingues... – Me virei de frente para ela e a abracei com carinho. - Well, mas vamos cuidar das nossas vidas, han?! Daqui a três dias será o aniversário de Joaquim e temos que resolver algumas coisas...

–EU tenho que resolver algumas coisas... não se esqueça que você ajuda ficando viva e tomando seus remédios direitinho. Além de que você já fez estripulia demais ontem a noite... – Falei, segurando-lhe o queixo, vendo-a com um sutil sorriso na boca. - Hoje você vai ficar quietinha o dia inteiro!

–Ah! Isso é você que pensa, Herval. Pamela Parker não é mulher de ficar parada! – Não lhe respondi, apenas sorri e a vi ir para meu lado, para escovar os dentes também, enquanto eu aparava a barba. Entramos no banho, mas não demoramos muito, nos vestimos e fomos ter com todos à mesa. O Quim estava super animado com sua festa de aniversário e disse que como presente, queria que a Pam cantasse na festa. – Oh baby, mommy não é cantora, e sim atriz...!

–Mas devia ser cantora também... você canta não bonito, mommy... seria o melhor plesente de todos! – Ela olhou para mim, para Dorothy e para a Megan, cogitando, querendo aceitar, mas em dúvida.

–Okay...! Não tem como resistir a um pedido desses, right?! – Inicialmente achei que faria algum mal à Pam, mas na verdade aquilo lhe faria bem, ela ocuparia a mente, não quereria fazer o que não devia e ainda prepararia um lindo número para o dia do aniversário. Pamela parecia melhor do que nunca, seria um lindo presente...


Por Megan:

Parecia que tudo estava bem. Mom estava voltando ao seu normal e aquela festa do Quim estava animando a todos. Dois dias depois àquele que o Joaquim quase pegou mom e Herval sem roupa, eu finalmente tive tempo para ir comprar o presente dele. Ele estava na escola, mom estava ensaiando a música que cantaria, ela que estava sem poder fazer nada, agora se sentia útil em lhe dar um presente tão especial, e Herval ajudava Dorothy numa coisinha ou outra e começou a dar e receber alguns telefonemas da Plugar, por vezes andava meio estranho, com ruga de preocupação na testa, mas na maioria do tempo parecia bem...

Fui diretamente à uma loja de instrumentos tentar encontrar o presente perfeito para meu brother, mas sinceramente preferi ter chamado Davi ou Dorothy para me acompanhar... não devia e não queria ter encontrado quem eu encontrei.

–Tudo bem, puppet? – Jonas Marra cruzara comigo na rua. Era incrível a capacidade dele de brotar do chão. Não lhe respondi, fechei a porta do carro e dei alguns passos quando senti sua mão asquerosa, me segurar.

–Tire a mão de mim!

–Eu só quero conversar, filha... – Ele me soltou e eu limpei o braço na roupa, mostrando o nojo que tinha dele.

–Mas eu não quero conversar, e nem sou sua filha.

–Você pode negar, mas é sim. Megan Lily Parker-Marra!

–Questão de tempo. Quando eu me casar com Davi, me chamarei Megan Lily Parker-Reis! E você, Jonas Mala, será extinto da minha vida pelo resto da nossa existência! – Disse, ríspida e logo lhe dei as costas, já sem a menor cabeça para escolher o presente do Joaquim, ele tinha esse poder de nos tirar o sossego.

Por sorte contei com a ajuda da vendedora da loja e saí de lá com a certeza de que ele adoraria aquele presente, pois em um dos nossos passeios entre irmãos, ele me confidenciou que gostava de ficar atrás da porta do quarto da Dorothy, escutando as músicas que ela costumava colocar, baixinho. Eu já ouvi algumas vezes, era música clássica, e ele disse que gostava do som mais agudo que ouvia nessas canções, no caso, do som do violino, e foi isso que eu comprei para ele.

Okay, Joaquim ainda era muito pequeno para tocar um instrumento daquele, mas já era um incentivo a ele ser quem ele era, se desde cedo mostrara interesse pela música erudita, ele aprenderia a tocar um instrumento erudito e quem sabe não se tornaria o novo Jascha Heifetz?! Voltei para casa tentando não pensar no encontro inoportuno e corri para o quarto, para esconder o presente e em seguida caminhei de fininho até o quarto de mom e lá estava ela, cantando e Herval tentando não babar, enquanto a ouvia, acompanhada por um velho amigo, tocando teclado.


Por Pamela:

Finalmente o dia do aniversário do Quim, chegou. Estava tudo pronto, impecável e divertidíssimo, no jardim de casa. Joaquim corria de um lado para o outro junto com seus amiguinhos, e os adultos também se divertiam entre si, conversando, comendo, balançando-se com as músicas infantis colocadas, despertando suas crianças interiores, tudo parecia estar perfeito! Mesmo sendo a festa de uma criança, os paparazzi não nos deixaram em paz, ao menos agora eles todos veriam que eu estava bem, que nossa Family estava firme e forte e que não seria Jonas Marra nenhum que acabaria com aquilo tudo. Todos os convidados já haviam chegado, todos os presentes já haviam sido dados, menos o meu e o de Megan. O de Herval era uma surpresa até para mim e o de Megan era outra incógnita. Joaquim recebeu o dela primeiro, um pacote grande e quando desembrulhou, fez uma expressão de extrema felicidade e abraçou Megan, bem forte.

–Obligado, Megan! Eu adolei!!

Quando ele mostrou o que era seu presente, confesso que fiquei surpresa, um violino para o Quim?! Megan disse que depois me explicaria aquela história direito e me mandou me importar apenas com a felicidade que ele demonstrava sentir... My sweet prince estava com um sorriso tão lindo... mas aí ele ficou ao pé de Megan esperando que eu ou Herval déssemos o nosso, como Herval não se movia, decidi dar o meu primeiro e assim que falei com meu amigo para que ele se preparasse, pois o show já iria começar, ele chamou Herval e se levantou da cadeira onde estava.

–Não sou eu que vou tocar com você, Pamela. – Ele disse, olhando para Herval.

–No? Como assim? – Questionei, mirando os dois.

–O Herval quis fazer essa surpresa para você e para o Joaquim, ele me pediu para que o ensinasse a tocar essa música no teclado e você pode achar que não, mas ele é fera! – Disse batendo no ombro de Herval, enquanto este me olhava sorrindo e eu continuava surpresíssima!

Ele sentou-se no lugar de my friend e olhou para mim, esperando que eu lhe desse a ordem de começar. Esperei apenas que os convidados fizessem silêncio, percebi as crianças procurando ficar nos braços de seus pais até o silêncio ser absoluto e eu acenar par que Herval começasse a tocar.

“Não há um dia que eu acorde sem milhares de perguntas a rondar

Qual o princípio, qual o fim, qual a razão do mundo que Deus quis criar?

Qual a razão... lalara ri rirá...

Senão voar para louvar os céus numa canção

Se é certo ou não

Qual a função

Da minha opinião?

Pra que ter olhos e ter braços se não for pra desvendar o mais além

Se não há alma que me mova, me responde, esse corpo é de quem?

Asas pra que, senão para voar?

E diz pra mim, pra que pensar, se não pra questionar?

E onde está escrito onde, como e quem eu devo ser?

Sem nunca ousar colher os frutos que eu quiser e merecer

Ou partilhar de toda e qualquer delicia do viver

Diz onde está, onde está

Se eu nasci pro lar porque é que a minha mente vive sempre a navegar?

Além dos mares e montanhas de qualquer sonho de fadas se contar

Se o vinho é bom

E há cede de beber

Pra que me dar

O paladar

Do que eu não posso ter

E onde está escrito como, o que e quem eu devo ser?

Sem nunca ousar

Dar um sentido à vida que eu quero viver

Ou conquistar tudo o que a minha alma humana merecer

Diz onde está

Se está escrito, onde está

Se está escrito, se é que está!”

E assim toda a “platéia” era embalada por essa linda canção... Herval tocava-a no teclado divinamente, eu cantava-a da melhor maneira possível, Megan tinha o Quim nos braços, que mantinha os olhinhos vidrados em nós dois, e aquele momento pareceu eternizado em nossas memórias. Não consegui conter as lágrimas ao terminar de cantar, e ao abraça-lo, agradecia imensamente a Deus por ter me dado um filho tão especial e que mesmo que não fosse de sangue, era o melhor presente que eu poderia ter recebido. Joaquim pediu que eu cantasse para ele como um presente, mas para falar a verdade, eu que estava recebendo um! Foi inexplicável a sensação que eu tive naquele dia e era inenarrável o imenso amor que eu sentia...!

Chegou o momento do “parabéns”. Dorothy olhava o tempo inteiro para o relógio, para o celular, para os portões... nada dizia, nada pedia, até o momento em que ela disse que faria uma ligação em seu quarto, já que o jardim estava muito barulhento. Não deu dois minutos de sua saída e Edmilson veio me avisar eu havia alguém no portão que queria entrar, um alguém que eu não queria ver nem pintado de loiro!


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Notas finais do capítulo

A canção cantada pela Pam, é uma versão para o português da música Where Is It Written (de Yentl, da Barbra Streisand), feita pela cantriz Alessandra Maestrini.
Versão em inglês: https://www.youtube.com/watch?v=vhD6b7YAwxw
Continua...
E que tal um review, hein seus fantasminhas?! :)



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