Por Pamela:

Nós chegamos em casa e Herval me parecia bastante animado! Entramos em casa entre beijos e abraços, até sermos interrompidos por um limpar de garganta.

–Dorothy?! Quer nos matar de susto?! – Falei, lhe repreendendo.

–Eu estava aqui bem visível, Pam! Vocês que estavam tão empolgados aí que não me viram... – Ajeitei o cabelo, envergonhada. – Pamela, a assistente social ligou. – Ela continuou.

–Oh really?! Voei em sua direção. – E o que ela disse, madrinha?

–Ela quer marcar a visita, Dorothy?! – Herval também se interessou.

–Sim... Quer dizer, na verdade já marcou! Ela disse que não havia motivo pra esperar, amanhã mesmo ela estará aqui.

–Já?! Mas assim, tão depressa?! Sem nem dar tempo da gente se preparar?! – Fiquei um pouco nervosa.

–É, Pam... É essa a intenção! Ela chega de surpresa pra saber como é a vida do casal, como eles se comportam no dia a dia para ver se o ambiente é apropriado para a criança...

–Mas ainda há dúvidas enquanto a isso?

–Claro! Ela ainda não viu como você vive! Bom, eu estava aqui esperando vocês só para dar o recado... Já é tarde e eu preciso dormir. Good night!

–Boa noite... – Herval que respondeu. Well, depois daquela notícia, o clima que se instalara em nós não era de romance e sim de expectativa! Então logo fomos para o quarto, tomamos um bom banho e corremos para a cama, afinal, teríamos que estar de pé, cedo!

Então quando o dia clareou, eu já iria me levantar, mas Herval disse que eu não precisava me preocupar, que ainda era cedo... Bom, eu tenho que confessar que estava muito ansiosa e que não queria falhar em nada, mas realmente estava exageradamente cedo! Resolvi voltar a dormir, Herval envolveu o braço em mim e eu fechei os olhos, me aconchegando ao seu corpo.

Não deveria ter feito isso! Dorothy no levantou com verdadeiros socos na porta, dizendo que a assistente social estava para chegar, que precisávamos acordar, os vestir, comer... Nós saltamos da cama e nos pusemos a fazer tudo isso.

Quando estávamos tomando café da manhã, tentando fazer o coração descer da garganta, com goles e mais goles de suco, ouvimos Dorothy falando com alguém e abrindo a porta.

–É ela! – Herval falou, segurando a minha mão.

–Pamela, dear! Herval, querido... A dona Marta, a assistente social, chegou! – Dorothy falava relativamente alto para que escutássemos.

–Vamos, hubby... É agora. – Nós nos levantamos de mãos dadas, respiramos fundo, e fomos para a sala. – Hi, Sra. Marta! Seja bem vinda à nossa casa! – Falei sorrindo.

–Muito obrigada.

–Seja bem vinda... – Herval foi mais tímido.

–E então, podemos conversar? – Ela nos perguntou, sorrindo.

–Yeah! Of course! Sente-se! – Indiquei-lhe o sofá, enquanto Dorothy disse que faria chá para a visita. Eu e Herval sentamos um ao lado do outro, de mãos ainda dadas e então ela começou a nos fazer perguntas.

Claro que temi falar alguma coisa que não fosse contribuir para a adoção do Joaquim, mas foi só um medo bobo... Ela saiu da mansão alegando que não teríamos o menor problema em adotar o Quim, não havia motivos para nos impedirem! Meu coração que estava pesado, ficou tão aliviado e feliz... Assim que Dorothy fechou a porta, quando Marta saiu, atirei-me nos braços de Herval, lhe abraçando e sem conter o choro, o sorriso e umas muitas palavras de alegria.

–Finalmente Herval... Finalmente vamos ter o nosso baby aqui conosco!! – Ele não me respondeu nada, só parecia sorrir tanto quanto eu e me abraçava tão forte quanto eu o abraçava.

–Champanhe para quem tem sede!! – Dorothy voltava, sorridente. – Nem acredito que vou ter mais um afilhado... Joaquim, não é?!

–Yeah madrinha... Nosso Joaquim vai chegar!! E pode abrir o champanhe que a ocasião merece!

–Champanhe?! Então cheguei na hora certa! – Megan entrava, meio descabelada.

–Megan! Onde você estava?!

–Onde mom?! Com Davi, não é óbvio? Acabei de acordar na casa dele e já vim correndo pra casa porque daqui a pouco tenho aula pra dar na Plugar! – Ela disse pegando uma das taças que Dorothy havia acabado de encher e virando de uma só vez. – Bye!! – E correu para o quarto.

–A Megan agora lembrou... Eu tenho que ir para a Plugar também, Pam...

–Não sem antes brindara conosco! – Eu peguei uma taça e pus em sua mão, peguei a minha e Dorothy a sua. – Um brinde ao nosso pequeno Quim!

–Um brinde a nossa família... – Ele retrucou. Eu sorri e enfim as três taças se encontraram.

Sim, essa é a vida... Depois de um início de dia maravilhoso desse, tivemos que nos separar para irmos trabalhar... Mas a comemoração ainda iria acontecer! Na noite anterior ele me fez uma surpresa, agora eu que lhe faria uma ainda melhor!

Fui para a Parker resolver alguns problemas, mas o tempo todo com a cabeça em Herval, pensando no que fazer para surpreender my hubby quando chegar em casa... Decidi sair mais cedo da Parker e não passar na Marra, já que estava indo bem no comando e Davi. Iria chegar logo em casa para preparar a surpresa para Herval... Uma pequena loucura que com certeza ele iria adorar!

Enquanto estava no carro, não tirei o sorriso da cara por um segundo! Era uma mistura de muitos sentimentos e eu também não via a hora de ter o Joaquim em casa... Nos meus braços... My baby! Eu estava tão distraída que nem reparei quando o sinal abriu, os carros atrás de mim, ficaram buzinando por bastante tempo até eu voltar a minha consciência!

–Já chegou, Pamela?! – Dorothy me perguntou, quando eu entrava em casa. Era fim de tarde.

–Yeah Madrinha... Não tinha muita coisa para fazer na Parker e muito menos na Marra... Aproveitei para voltar mais cedo... – Passei direto.

–Pamela Parker Domingues... Você não me engana! O que é que você está aprontando han? Você raramente sai mais cedo do trabalho! – Ela me venceu!

–Eu estou querendo preparar uma surpresa para Herval, madrinha! Assim como ele fez comigo ontem!

–Hum...! E u posso saber que tipo de surpresa é essa, dear...?

–Prefiro não comentar... – Comecei a caminhar em direção ao quarto. – Só evite sair para a piscina à noite, madrinha...!

–Mas... Pamela... Volte aqui! – Não lhe dei ouvidos e fechei a porta do quarto. Quando a noite começava a surgir, eu já deixei tudo pronto na piscina, inclusive a mim!

Por Herval:

O dia na Plugar tinha sido puxado... Tudo o que eu queria, ao chegar em casa, era tomar um bom banho.

–Cadê a Pam, Dorothy? – Ela estava na sala, lendo umas revistas, quando lhe fiz essa pergunta.

–Não faço a mínima ideia! Mas me disse para não sair para a piscina esta noite... – Não tirava os olhos da revista. – Deve estar aprontando alguma coisa por lá...

Resolvi verificar... Fui até a piscina e lá estava a Pam, dentro da piscina!!

–O que você tá fazendo aqui fora, Pam?

–Te esperando, honey...

–Mas... Aqui? Não podia esperar lá dentro que tá menos frio?

–No... Tinha que ser aqui... – Ela me parecia estranha... Me olhava diferente... – E então, como foi o dia, hubby?

–Foi cansativo, mas produtivo! Sabe, Pam, eu não parei de pensar na chegada do Quim, um segundo! – Ela sorriu.

–Me too! E foi por causa dessa grande conquista nossa, que eu resolvi prolongar a nossa comemoração que começou ontem, depois aumentou hoje de manhã e agora... Chegará ao seu ápice... – Ela disse isso erguendo-se, saindo da piscina e o que meus olhos viram?? Apenas seu corpo completamente despido e emanando desejo!

–Pamela, você... – Sussurrei, mas ela não me deixou terminar. Logo senti meus lábios tomados pelos seus e involuntariamente minhas mãos pousavam em suas costas molhadas. As suas iam me tirando o casaco e começou a puxar minha camisa para cima. – Pamela, a Dorothy tá em casa...! – Tentei recuperar o fôlego.

–Mas é você que me interessa, não Dorothy! – Voltou a me beijar. Aquilo estava estranhamente bom! A Pam nunca havia aprontado algo do tipo! Depois seus lábios foram descendo para o meu pescoço, peito, abdome... Aquilo já estava tomando um grau bem “perigoso”... Ela desabotoou a minha calça e a desceu completamente e com isso quem estava ficando “perigoso” era eu! Quando ela pôs as mãos na cueca para desce-la também... Ah era como se eu estivesse tomado por alguma coisa! Agarrei-a pelo braço e a fiz levantar. Pamela tinha um sorriso safado nos lábios e como eu não resisto a esse sorriso, lhe agarrei os cabelos e depois de olha-la por um milissegundo, beijei-lhe fogosamente.

O beijo ficava cada vez mais intenso, com menos ar e com mais desejo... Seu corpo agora colado ao meu fazia eu sentir a pele ardendo e eu lhe desejava mais que tudo! Comecei a me perder nos inúmeros beijos em seu pescoço até falar, já sem a menor gota de juízo:

–Eu te quero tanto, Pamela...

–Quer...? Então vem pegar! – Ela correu e se jogou na piscina.

–Vou! E agora! – Respondi, sorrindo e finalmente tirando a cueca, entrei na piscina também, já lhe agarrando. A água estava fria e um arrepio tomou conta de nossos corpos, mas aquilo só nos incitou mais. Eu beijava suas costas e ela se arrepiava ainda mais, gargalhando.

Logo virou-se de frente para mim e não perdeu tempo em me beijar e enlaçar as pernas na minha cintura. Soltou um leve gemido ao sentir o quanto eu a queria, mas logo me fez invadi-la, e já agarrou meus cabelos em prazer. Jogou a cabeça para trás, abriu a boca num arfar delicioso e me permitiu beijar-lhe o pescoço. Por vezes com excitantes mordidas, fazendo-a se arrepiar. E eu estava adorando aquela surpresinha da Pam... Há certa altura ela quis pegar um champanhe que havia colocado perto da piscina, mas eu não a deixei, tudo o que queria era lhe amar até o dia amanhecer, era aproveitar todo aquele momento e fazê-la delirar de prazer!

–Herval... Tá frio aqui fora... – Ela disse tentando recuperar o folego após um beijo. Eu sorri afinal desde que eu apareci ali, eu disse que estava frio.

–Vamos pra sauna então... – Respondi, ofegante.

–Sauna? You’re crazy?!

–Completamente... Louco de desejo! – Lhe tasquei um beijo ardente, segurando-a firme para sair da piscina e leva-la para a sauna.