Geração Pamerval - A história do início ao fim escrita por Sophie Carsifur


Capítulo 47
Capítulo 47




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Por Pamela:


–What?! – Megan repetiu o que eu disse. – Dengue?! Doctor Breno, eu vou like, morrer?!

–Não, Megan... Você não vai morrer, pelo menos não agora! O seu caso de dengue é a dengue clássica, a forma mais branda da doença... Você só vai precisar ficar de repouso o máximo possível e beber bastante liquido! – Ele falava, olhando apara nós três, com o dedo indicador erguido. – Tem que se hidratar bastante, não pode esquecer! – Ele retirou de sua maleta médica, um bloco de papel e uma caneta, e começou a escrever e a dizer: - Eu vou recitar aqui para você... Alguns remédios que podem ajudar a aliviar as dores pelo corpo e a febre... – Arrancou o papel e deu na mão de Dorothy. – Bom, agora eu vou indo, siga as minhas instruções que logo, logo estará novinha em folha! E qualquer coisa é só me chamar!

–Okay... Thanks, doctor Breno... – Eu disse, lhe acompanhando, junto com Dorothy, até a porta do quarto de Megan, madrinha o levou até fora de casa e eu fiquei com Megan. – Oh my baby... Relax, okay? Mommy vai cuidar de você... – Me deitei ao seu lado, lhe abraçando.

–Okay, mom... – Ela respondeu, manhosa.

–Você quer que eu durma aqui com você? – Perguntei, ajeitando o cabelo atrás da orelha, e lhe olhando nos olhos.

–Yeah... Eu estou like, muito fraca... Preciso da minha mom do meu lado... – Era raro Megan Lily adoecer, mas quando isso acontecia... Ela parecia uma criança, sempre querendo o colo da mãe, e of course, eu sempre adorei isso!

–Pamela, dear, amanhã eu mesma vou comprar esses remédios que o médico Breno receitou... – Dorothy voltava ao quarto.

–Oh thanks madrinha... – Ela fechou os olhos e fez sinal negativo com a cabeça afirmando que eu não precisava agradecer. – Você pode ficar um pouco aqui com Megan, enquanto eu vou tomar um banho? Hoje vou dormir agarradinha com minha poppet...

–Claro, Darling! Vá tomar seu banho sossegada, que dessa criança grande eu cuido!

–Eu já volto, okay? – Falei a Megan, passando a mão por seus cabelos e depois lhe dei um beijo na bochecha. Eu adoro tratar Megan Lily como criança, afinal, para mim, é isso o que ela sempre vai ser, my sweet child! Me levantei da cama, peguei minha bolsa que tinha deixado em cima de um móvel e cumprimentando Dorothy com um toque no ombro, me retirei do quarto.

Quando entrei no meu quarto e joguei a bolsa em cima da cama, tentava abrir o fecho do meu vestido, quando ouvi o celular tocar. Soltei um suspiro, desistindo do vestido por enquanto, fui pegar o celular na bolsa e o atendi, deitada de bruços na cama.

–Hello, my love...!

–Oi Pam! E ai? Eu ia esperar você me ligar, mas não consegui me conter... Como é que a Megan está?

–Oh sweet... Megan está com dengue!

–Dengue?! Mas não é a hemorrágica não né?!

–Oh no! Graças a Deus, não... O doctor disse que é a forma mais branda da doença... Ele fez algumas recomendações e receitou alguns remédios... Vai ficar tudo bem com minha baby girl...!

–Com certeza vai! E você? Como é que você tá? Além de aflita pela doença da Megan, claro!

–Well... Tirando o fato de Megan estar doente? Estou very good! O dia, tanto na Parker quanto na Marra, foi produtivo, além de que... Finalmente marcamos a data do nosso casamento, right?! – Este último, eu disse, enrolando na cama, agora, fitando o teto.

–Hunrrum! Finalmente! E eu não vejo a hora desse dia chegar...!

–Me too!

–O que que você tá fazendo agora?

–Eu estava indo tomar um banho... Estava inclusive tirando a roupa, quando você ligou... – Ouvi sua gargalhada no telefone.

–Até sem querer eu te pego nessa situação... É para provocar minha saudade mesmo, não é?! Queria estar ai para tomar esse banho com você...

–Eu adoraria tê-lo aqui, mas com Megan doente, não dá... By the way, vou dormir no quarto dela hoje...!

–É por isso que eu te amo, sabia? Que mãe dedicada, meu Deus...

–Oh stoped! Não faço mais do que a minha obrigação de mãe! – Respondi, envergonhada.

–Nosso futuro filho ou filha vai ter muita sorte em ter uma mãe assim!

–Filho ou filha?!

–Sim! Eu faço questão de assim que nos casarmos, adotarmos uma criança!

–Oh sweet... Yeah! Será um sonho, mas o que me deixaria ainda mais feliz seria poder gerar um filho seu... Carregar um mini Herval ou uma mini Pamela na barriga mas, eu não sou capaz... – Falei, ficando relativamente triste.

–Não vamos pensar nisso, Pam... O amanhã a Deus pertence, não é mesmo?! Quem sabe o que pode acontecer?

–Yey... Você tem razão... Você sempre tem razão! Bom, agora eu preciso desligar... Megan está me esperando para dormir e eu ainda tenho que tomar banho.

–Tá, tá bom, Pam! Boa noite tá?! Diz a Megan que eu mandei melhoras...

–Boa noite, my love... Digo sim, thank you! – Deixei o celular na cama e finalmente me levantei, tirando o vestido e todo o resto. Fui para o banheiro, enchi a banheira, fiz um coque no cabelo e entrei nela. O dia tinha sido bem puxado e estressante! Agora com Megan doente eu teria que me dividir em mil para cuidar da Parker, da Marra, do lançamento do júnior, dos iniciais preparativos para meu casamento com Herval, e ainda dar atenção à my baby girl!

Aquele banho foi bem relaxante, parecia que a água tirava todo o estresse que estava entranhado na minha alma, me devolvia a serenidade e a esperança de que nos próximos meses, minha vida iria apenas melhorar. Passei ótimos minutos ali, até que me levantei e pegando o roupão que estava pendurado ali perto, me enrolei nele e fui para frente do espelho. Depois de escovar os dentes, tirei o make completamente e em seguida passei uns cremes no rosto, nos braços, nas pernas, desfiz o coque, passei uma escova no cabelo e depois fui me vestir. Quando já estava com minha camisola rosa choque, coloquei o hobbe da mesma cor, por cima, peguei meu travesseiro e fui para o quarto de Megan.

–Hi sweet, cheguei!! – Ela estava futucando o Marraphone, enquanto Dorothy esperava o tempo certo para tirar o termômetro de baixo do braço dela.

–Hi mom! Demorou hein!

–I’m sorry Darling... Mas Herval me ligou para perguntar como você estava e eu acabei me demorando mais um pouquinho... Ah! Ele te desejou melhoras!

–Ounw como é atencioso esse meu novo padrasto...! Se fosse o daddy nem da Marra teria voltado ainda...

–Oh no, Megan Lily... Não vamos falar de Jonas agora não é?! Please! – A censurei e em seguida dei um súbito sorriso, dizendo: - Chega mais para lá para eu deitar do seu lado! – Joguei o travesseiro em cima da cama, desamarrei o hobbe, colocando-o numa poltrona que tinha lá e me deitei ao seu lado, lhe dando um abraço.

–Oh my God! A febre está em 39 graus!

–Oh no! E o que vamos fazer, madrinha?!

–Colocar essa mocinha embaixo do chuveiro agora mesmo! E tem que ser banho gelado!

–Ah não Dorothy! Eu não vou like, tomar um banho gelado a essa hora da noite! Eu estou morrendo de frio...! – Megan falou, puxando o cobertor.

–Mas precisa ir, sweet... Quando a febre chega a 40 graus, pode ser muito perigoso... Vamos, levante! – Eu me levantava da cama puxando-a pelo braço.

–Não, mom... Eu não quero...

–Mas vai ter que ir! Vamos Megan... Ajude-se também! Eu e Dorothy sozinhas não podemos fazer muita coisa... Venha my baby, ou você prefere que eu te arraste até o banheiro e eu mesma te dê um banho, como quando você era bebê?!

–Oh no, please! Isso já é demais... Tá bom, eu vou... – Ela se levantou toda preguiçosa e foi para o banheiro. Eu e Dorothy ficamos sentadas na cama, esperando ela terminar o banho e não demorou para Megan aparecer na porta, enrolada num roupão e com uma toalha enroscada nos cabelos. – Satisfeitas?!

–Yeah! Venha cá... Venha dormir agarradinha com a mommy...

–Espere eu trocar de roupa... – Num instante ela pôs um pijama e se deitou ao meu lado.

–Well... Acho que agora eu também vou dormir... – Disse Dorothy, colocando o termômetro em cima do criado mudo. - Boa noite pra vocês...

–Thanks so much, madrinha...! Você é um anjo!

–Imagina, Pam... – Ela sorriu e foi embora fechando a porta atrás de si.

–E então? Minha sweet child, não quer que eu conte uma historinha para você dormir?

–Mom, eu não sou mais criança...!

–Oh really?! Tem certeza que não quer? – Lhe provoquei.

–Okay...! Let’s go! Tell me! – Ela se ajeitou no travesseiro, virada de lado para mim e eu estava do mesmo jeito, para ela.

–Era uma vez...

E eu lhe contei a história de uma princesa que tinha poderes, ela tinha que se tornar rainha, mas para isso precisava casar com um nobre, mas acabou se apaixonando por um peregrino, plebeu. Seu pai não permitia o romance dos dois e eles tiveram que enfrentar muita coisa para ficarem juntos... Eu estava empolgada contando aquela história, olhando para o teto, gesticulando, até que olhei para ela e Megan já estava dormindo tranquilamente. Dei um sorriso e passando a mão por seus cabelos molhados, lhe dei um beijo na testa e fui dormir também.

No dia seguinte, ela amanheceu bem melhor, mas tinha que ficar de repouso, que tomar bastante liquido e tomar os remédios também. Quando eu levantei e fui para a sala, Dorothy acabava de chegar com os remédios de Megan, alegando que a faria tomar a primeira dose naquele momento! Foi para o quarto dela, enquanto eu fui para o meu, colocar uma roupa descente.


Por Herval:

Nós finalmente tínhamos marcado a data do casamento! Eu estava tão feliz que até levantei super cedo e abri a Plugar sozinho. Eu colocava tudo em ordem para quando as crianças chegassem, e quando eu estava passando uma vassoura lá, a Rita chegou:

–Herval?! Que bicho te mordeu, homem? Tão cedo e com essa disposição!

–Eu tô feliz, Rita! Tô feliz! – Eu tinha um sorriso de orelha a orelha.

–E eu posso saber o motivo de tanta felicidade?

–Eu e a Pam marcamos a data do nosso casamento! A gente vai casar em outubro, Rita!

–Uau! Já?!

–Hunrrum! Se ela tivesse topado comemorar ontem comigo, hoje você teria que abrir a Plugar sozinha, mas como a Megan tá com dengue...

–Como é que é?! A Megan, com dengue? – Davi apareceu lá de repente, pronto para ir para a Marra.

–É Davi, mas não se preocupe, segundo a Pam não é nada grave, inclusive agora ela já deve até estar melhor!

–Nossa! Ela não se sentiu bem ontem na Marra, mas eu não achei que fosse nada demais... Acho que antes de ir para lá eu vou visitar ela...

–Vai, vai sim que ela vai adorar sua visita, querido. – Rita falou batendo no ombro dele. Ele se despediu da gente e foi embora. Rita me ajudou a terminar de organizar a Plugar e não demorou muito para aparecer um tsunami de crianças correndo do portão até mim.

–Herval!! Tia Rita!! – Todas gritavam.

–Hey criançada! Tudo bem com vocês? – Perguntei passando a mão na cabeça de cada uma. Todas começaram a falar ao mesmo tempo, dizendo o que tinham feito no dia anterior e eu já estava ficando meio perdido dentre todas aquelas vozes infantis se misturando.

–Ei, ei, ei gente! Vamos fazer uma brincadeira? – Rita tentou acalma-las. – Vamos todo mundo lá para fora e a gente joga uma bola pra cima, quem pegar, fala como foi seu dia, tá bom assim?!

–Sim!!!! – Todas responderam juntas. Então fomos todos para fora, sentamos na grama e enquanto as crianças contavam suas histórias empolgadas, eu tentava prestar atenção, mas minha mente voava para a Marra que era onde provavelmente onde a Pam estaria, resolvendo coisas sobre o júnior. Meus ouvidos pareciam estar tampados porque eu não mais ouvia as vozes das crianças, só o que martelava na minha cabeça era aquela doce e linda voz da Pam com aquele sotaquezinho americano que me deixava doido! Só o que eu conseguia ver na minha frente era a Pam sorrindo, era ela me chamando, era ela me beijando... Até que eu fui tirado do meu transe com um grito da Rita:

–Olha lá criançada, o tio Herval não tá prestando atenção a nada! Ele merece um castigo, não é não?! Cócegas nele galera!! – Eu só consegui ver aquela avalanche de mãos vindo para cima de mim, me jogando no chão e me enchendo de cócegas.


Por Pamela:

Eu tive que deixar Megan em casa com Dorothy, não podia deixar de ir à Marra em pleno desenvolvimento do Júnior! Mas eu mal consegui me concentrar... Queria estar ao lado da minha baby e ao mesmo tempo de Herval também! Desde a tarde do dia anterior, que nós não nos víamos... Eu queria vê-lo nesse dia, mas acho que não ia dar... Depois da Marra eu ainda tinha que passar na Parker, eu não ia, mas o Moreira me ligou dizendo que precisava da minha assinatura para alguma coisa... Davi chegou um pouco atrasado porque disse que foi fazer uma visita a Megan e segundo ele, ela estava muito bem! Estava doida para sair da cama, mas madrinha praticamente a amarrou nela! Para garantir, ela teria que passar uma semana daquele jeito e se levantando o mínimo possível!

À tarde eu fui na Parker e à noite fui para casa cuidar de Megan. Passei três dias nessa correria e já não aguentava de saudades de Herval! Até que no quarto dia, eu estava na minha sala na Marra, focada numa papelada, quando Murphy apareceu na porta, dizendo que havia visita. Eu me levantei da cadeira, dando a volta na mesa e disse que ele podia mandar entrar. Por um instante me virei de frente para a mesa, para deixar a papelada organizada, quando sinto dois braços envolverem minha cintura num ímpeto que até me assustei.

–Surpresa!!


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Notas finais do capítulo

Continua...



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