Geração Pamerval - A história do início ao fim escrita por Sophie Carsifur


Capítulo 19
Capítulo 19




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/563035/chapter/19

Por Pamela:


Eu levei um baita susto com Jonas ali no meu quarto bem cedinho! Na primeira pergunta ele não respondeu nada, só ficava me olhando com, o que eu acho, um esboço de sorriso no rosto.

–O que faz aqui, Jonas?! Fale! Como entrou?!

–Ah Pam... Você esqueceu que eu sou Jonas Marra? Eu posso fazer o que eu quiser! Entrar aqui não é uma coisa muito difícil para mim...

–Ah of course! Jonas Marra está acima de qualquer regra de uma boa educação, ou até mesmo de uma lei! Esqueceu que invasão de domicílio é crime?! E que eu me lembre, você já está bastante encrencado com a polícia, remember?! – Falei levantando da cama e ficando de frente para ele.

–Pamela, isso foi um erro do passado! Faz anos que eu não faço nada ilegal... Aquela foi a primeira e a última vez!

–Ah mas também isso não me interessa! Eu só quero saber o que você veio fazer aqui! Eu acho que deixei bem claro que não queria mais te ver right?!

–É, deixou, mas... – Ele deu uma pausa procurando as palavras certas. – Mas eu não consigo viver sem você, Pamela!

–Ué, você não estava com a Verônica?

–Sim, eu tava, mas ela foi só uma diversão... Eu achei que poderia dar certo, mas eu vi que não... Que é você que eu amo, Pam... – Ele dizia se aproximando de mim e colocando as mãos no meu rosto.

–Ah mas eu não caio mais na sua lábia, Jonas Marra! Saia já do meu quarto! Sai a da minha casa! Saia da minha vida! – Eu falei com muita raiva.

–Essa casa também é minha, Pam.

–Era! Era sua! Agora é só minha! Saia já daqui! – Quando eu fui empurra-lo para fora do quarto, ele me agarrou subitamente e me beijou, nós caímos em cima da cama enquanto eu tentava tira-lo de cima de mim, Jonas me beijava tentando segurar as minhas mãos para que eu parasse de resistir. Mas consegui soltar minhas mãos e quando finalmente consegui sair de baixo dele, me levantei rapidamente da cama e me recompondo e limpando os lábios, disse: - Você está louco?! Sai daqui! Get out! Já!

–O que é que tá acontecendo com você? Sempre falou que me amava e agora nega um beijo! Eu tô arrependido... A Verônica foi um erro!

–O que está acontecendo é que eu descobri o canalha que você é, Jonas Marra! E estou muito bem sem você! Agora saia daqui! – Eu falei finalmente conseguindo empurra-lo até a porta, até que ele falou:

–Você tá com aquele idiota da ONG né?!

–Isso não é da sua conta!

–Ah foi o que eu imaginei! Ele conseguiu te fazer me esquecer né...?

–Herval é muito melhor que você... Em tudo! – Insinuei. - Ele não precisou de muito esforço para me fazer te esquecer! Eu te amei, Jonas... Mas você não merece o meu amor, ele sim merece! – Eu disse sabendo que aquilo o provocava bastante.

–Eu não teria tanta certeza disso. – Ele falou sério e depois me deu as costas para ir embora. O que ele queria dizer com aquilo?

Corri atrás dele pela casa, gritando:

–Ei! Ei! O que você quer dizer com “eu não teria tanta certeza disso.”? Do quê que você está falando?

–Como você é ingênua, Pamela Parker...! Herval é o detetive que seu pai contratou pra me investigar! Ele só se aproximou de você por minha causa!

–What?! – Fiquei em choque por alguns segundos, até que deduzi que Jonas poderia estar falando tudo aquilo apenas para me separar de Herval. Então falei: - Mas como você é baixo, Jonas Marra! Não se conforma em perder e quer destruir um homem que nunca te fez mal algum?! O mundo não gira em torno de você, Jonas... E agora você acaba de perder o restinho de respeito que eu ainda tinha por você! Get out! – Disse apontando para a saída, indignada.

Ele apenas olhou nos meus olhos, fez sinal negativo com a cabeça e foi embora. Eu ainda estava meio perplexa e fui me sentar no sofá quando Dorothy chegou na sala falando:

–Oh Darling, o que estava acontecendo aqui? Que gritaria foi essa?

–Jonas, madrinha... – Falei olhando para o nada.

–Jonas? Aqui? A essa hora? Como ele entrou aqui, Pam?!

–Não faço a mínima ideia madrinha... Mas isso também pouco importa...

–Ô ou... O que foi que ele falou pra te deixar com essa carinha, han...?

Despertei do meu transe e disse: -Calúnias, madrinha, calúnias! Mas agora eu preciso me aprontar porque daqui a pouco tenho que ir para a Parker TV... – Me levantei do sofá, toquei Dorothy no ombro em sinal de um comprimento e voltei para o quarto para me aprontar.

Quando estava pronta, tomei café da manhã rapidamente e fui para a Parker. Nós tivemos reunião, mas eu não entendi nada do assunto! Minha cabeça estava no que Jonas havia falado. Será que o que ele disse de Herval, era mesmo verdade?

Whatever! Tratei de tirar logo aquilo da cabeça, afinal, eu teria que confiar em Herval. Na hora do almoço, peguei o carro e fui até a Plugar. Quando cheguei lá, ele estava dando aula e eu não quis interromper, então aproveitei para falar logo com Rita sobre o programa que eu pretendia apresentar.

–Rita eu preciso da sua ajuda... Estou planejando apresentar um programa na Parker TV, mas não sei que assunto abordar...

–Ué, Pamela, mas por que você acha que eu posso te ajudar?

–Porque você é pedagoga... Não há um problema que esteja grave entre os jovens... Nas escolas... Qualquer coisa?

–Bom, Pamela, tem um problema sim... Quer dizer, vários, mas um que eu acho que pode ser bem útil a você é o caso dos nem-nem’s!

–What? Nem-nem’s? O que é isso?

Ela sorriu: - São jovens que nem estudam e nem trabalham, daí o nome “nem-nem”! O número de nem-nem’s no Brasil vem crescendo significativamente, Pamela... E se esse programa pudesse ajuda-los...

–Oh yeah! OMG, tive uma ideia! Brian pode ajudar! Ele pode fazer reprogramações nos nem-nem’s! Ah estou tão excitada com este possível programa...! Eu quero ser a maior garota de programa de todo o Brasil!

Notei que ela colocou a mão na boca, controlando um sorriso.

–É, seria ótimo, Pamela... – Antes que ela continuasse, Herval chegou:

–Pam, meu amor! Você tá ai... Por que não veio falar comigo?

–Não queria atrapalhar a aula, dear...

–Você nunca atrapalha! – Me agarrou pela cintura e me beijou. Eu fiquei um pouco estranha... Com a tal questão na cabeça de novo. – O que foi, Pam, você me parece preocupada... – Olhei meio sem jeito para Rita que já se levantava para nos deixar a sós.

–Bom, eu vou indo cuidar das crianças para deixar vocês dois conversando... Depois a gente termina o nosso papo, Pamela.

–Okay... – Ela sai.

Herval: - E então, Pam, por que essa cara?

Hesitei um pouco, mas não podia ficar com aquela dúvida na cabeça.

–Jonas esteve na minha casa hoje de manhã.

–O quê?! O quê que aquele canalha foi fazer lá, Pam?

–Ele apareceu do nada no meu quarto... Falou que tava arrependido, que a Verônica tinha sido um erro... – Antes que eu continuasse, ele falou:

–E você acreditou? E veio aqui pra dizer que vai voltar pra ele?

–No!! Of course not! Eu tenho nojo de Jonas! Ele inclusive tentou me beijar, mas eu o coloquei pra fora de casa imediatamente! Mas...

–Mas...?

–Mas antes de sair, ele me disse uma coisa... Eu não acreditei, mas se realmente não é verdade, não vai custar te perguntar...

–Me perguntar o quê, Pam? – Ele falava segurando minha mão.

–Você é o detetive contratado pelo meu daddy para investigar Jonas?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!! ^^ Continua...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Geração Pamerval - A história do início ao fim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.