Geração Pamerval - A história do início ao fim escrita por Sophie Carsifur


Capítulo 156
Capítulo 156


Notas iniciais do capítulo

Hi, again!
Dois dias seguidos?? Oh!! É mesmo um milagre, então aproveitem! Xox



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/563035/chapter/156

 

Por Pamela:

 

Hello! Richard...! – Atendi num impulso. – How are you?

— Me sinto bem melhor agora falando com você... e você? You’re okay?

Yes! Eu estou bem, thank you...— Fez-se um silêncio. – But... por que está me ligando?

— Eu liguei para avisar que eu vou precisar viajar. Vou passar uns três dias fora e... vou sentir sua falta.

— Viajar? M-mas para onde?

— Preciso dar um pulo em New York. Depois que a solução para os problemas da Marra foi apresentada, nós temos nos dividido para levar o produto às nossas filiais de forma a economizar o máximo de capital! Eu vou dar uma olhada em como estão as coisas na Marra em Nova Iorque para a gente não correr risco nenhum.

— Ah... entendi. Estamos indo bem, right? A Marra progredirá novamente...

— Sem dúvida! Com você no comando, o que poderia dar errado? – Eu sorri fraco e ele soltou um suspiro do outro lado da linha.

— Rick...

— Sim?

— Quando você voltar... n-nós podemos conversar?

— Isso não é pergunta que se faça! Eu vou fazer questão de ir correndo falar com você! – Me arrancou um sorriso.

— Oh, você é incrível, mas sério, eu preciso que tenhamos uma conversa a sós, é importante.

— É sobre... a pergunta que te fiz? Você já tem a resposta?

— É sobre isso sim... but, I don’t know, não tenho a resposta, mas quando nos encontrarmos, eu terei!

— Então tudo bem! Quando eu voltar a gente marca de se encontrar, okay?

— Ok.

— Nossa! Agora fiquei ansioso.

— Não fique. Tenha uma boa viagem.

...

Por Herval:

— Vamos na sorveteria, filho? – Dias depois daquele meu surto, eu estava levando Joaquim de volta para casa depois da aula de violino. O garoto estava cada vez melhor no instrumento, o que é algo surpreendente, nem 7 anos ele tinha ainda!

— Vamos. – Se limitou a dizer. Eu evitei falar até que chegássemos na tal sorveteria. Apenas me pronunciei quando descemos do carro, entramos e sentamos.

— Pode escolher quantas bolas quiser e de que sabores preferir! – Tentei sorrir.

— Tá tentando se desculpar pelas crises os últimos dias, daddy?— Cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha. Foi inútil tentar não rir! Era hilário Joaquim tentando parecer sério.

— Não... estou tentando me divertir com o moleque metido à gente grande do meu filho. – Ele descruzou os braços, mas revirou os olhos. – Hey! Eu vi isso, hein! – Baguncei sua cabeleira castanha e ele finalmente sorriu.

— O que vão querer? – Só então me dei conta de que tinha uma garçonete ao nosso lado e que sorria pra nós com um bloco de notas e uma caneta na mão.

— Eu quero um sorvete de três bolas de chocolate com calda de morango! – Desembestou-se Joaquim.

— Wow! E você vai conseguir tomar um sorvete tão grande assim, rapazinho? – A moça perguntou, anotando no bloquinho.

— Não é grande! Consigo tomar numa boa. – Disse orgulhoso. A moça arqueou as sobrancelhas e acenou positivamente, com um sorriso de canto.

— Certeza disso, Quim? – Perguntei.

— Absoluta.

— Então que tal se nós disputássemos quem consegue tomar o sorvete inteiro primeiro?

— Eu topo! – Sorri da sua competitividade.

— Eu quero um de três bolas também, mas de flocos. Calda de chocolate. – Falei à moça, que anotou, rindo da nossa brincadeira, e saiu. Joaquim sempre fora uma doçura de criança, mas eu havia começado a notar que, se desafiado, ele se tornava bem competitivo! Mas é claro que eu ia deixa-lo ganhar.

...

— Você fez de propósito! É claro que me deixou ganhar, você aguenta muito mais que três bolas, daddy! — Revoltou-se de forma brincalhona, depois que ele “me venceu”. A garçonete estava em pé do meu lado, apenas se divertindo com nós dois. Por um momento eu me perguntei se ela não tinha mais clientes para atender, mas fiquei na minha.

— O que?! Claro que não, Quim! Eu tenho os dentes sensíveis, não tava aguentando não.

— Mentira.

— Verdade! Qual é? Não está feliz porque venceu? – Ele sorriu como quem diz “você não tem jeito...” e se levantou da cadeira.

— Podemos ir? Tô cansado, daddy... — Confirmei e paguei à moça o que me dissera ter sido o valor total.

— É muito bonita essa conexão que vocês têm... – Comentou baixinho. – Parabéns pelo filho... ele é um amor! – Sorri orgulhoso.

— Obrigado. E bom trabalho, ...?

— Eduarda! Mas pode me chamar de Duda. – Sorri lhe cumprimentando com um aperto de mão.

— Então bom trabalho, Duda.

— Anda logo, papai! – Gritou Joaquim, já encostado ao carro. Depois de receber um último aceno da moça, fui embora. – Ela gostou de você, né? – Me olhou curioso, enquanto eu dirigia.

— Não, ela gostou de você! Estava te elogiando... – Ele só olhou pela janela.

— A mamãe vai demorar para voltar? – Ótimo! Ele tinha que falar da Pamela...

— Eu não sei, Joaquim.

...

Por Pamela:

 

Passaram-se os três dias que Richard disse que ficaria in New York. Eu tive que me despedi de Megan e Davi porque eles só haviam ido para Califórnia por causa da Marra... you mean, Davi foi, suponho que Megan tenha ido apenas para proporcionar nosso entendimento. And, by the way, ela fez questão de reforçar que eu deveria seguir em frente. Bom, se já estávamos começando a resolver os problemas na Marra, não havia o que fazer lá. Megan pediu para que eu pensasse na coisa certa a fazer e disse que me apoiaria seja qual fosse minha decisão... eles foram embora. Eu fiquei sozinha again.

Enfim, era uma quarta-feira quando tivemos uma reunião na Marra. Richard e os demais apresentaram os prós e os contras de algumas de nossas filiais e se dependesse do empenho de todos, a Marra não afundaria e o produto que estávamos para lançar seria um sucesso! Ao fim da reunião, Richard veio até mim com um largo sorriso.

— Uau! Eu vou te dizer uma coisa; na verdade, duas! A primeira é que eu fico impressionado com como você consegue ficar ainda mais linda dia após dia. – Eu sorri envergonhada e lhe olhei de canto.

— E a segunda?

— A segunda é que eu não pensei que poderia sentir tanto a falta de alguém, quanto senti a sua... – Eu mal raciocinei e já estava envolta em seus braços, num abraço apertado, aconchegante... de repente foi como se todas as minhas incertezas tivessem se fundido numa única certeza ali.

Eu havia passado os últimos dias escrevendo sobre Herval, sobre o que eu sentia em relação a ele, de diversas maneiras, como sugeriu Jennifer. Fosse como um mero texto, ou como música... Yeah! Por mais incrível que pareça, essa minha reaproximação com o violão, me fez ter vontade de compor, então eu juntei o útil ao agradável. E ao ler tudo o que escrevi me senti muito, muito estranha. Foi uma surpresa para mim me ar conta dos meus próprios sentimentos. Eu tinha passado os últimos tempos me torturando, quando na verdade não precisava! E isso me levou finalmente à resposta definitiva para Richard, só precisávamos de um lugar menos movimentado.

— Podemos conversar s-sobre aquele assunto, agora? – Ele ficou sério, temendo o que eu tinha para dizê-lo, mas acenou que sim. Era fim de tarde. Apenas fui à minha sala pegar minha bolsa e nós dois saímos.

— Aonde vamos? – Questionou-me enquanto eu dirigia.

— Ao meu restaurante preferido.

— E qual é ele?

— Vai saber quando chegar lá.

— É longe?

— Um pouco... – Olhei-o de canto e ele respirava pesado. Nervosismo talvez? No... acho que não. Era muita pretensão da minha parte achar isso.

Passamos um tempo calados. Na verdade, já estávamos dentro daquele carro há uns 18 min., mas eu precisava fazer aquilo, ir para o restaurante que tinha em mente!

Hey! Não pegávamos esse trajeto para ir à high school?

Yeah! You remember?!

— Como poderia esquecer...? Foram os melhores anos da minha vida.

Yes... I know.— Soltei um suspiro.

Wait!

— O que?

Wait, wait!

— O que, o que?

— Estamos indo para onde eu estou pensando? – Virei a esquina que dava para o tal restaurante.

I don’t know! Em que está pensando? – Parei o carro. Ele olhou pela janela e depois me olhou. Ele parecia tão radiante que até seus olhos sorriam!

— Ah caramba! Eu não acredito que você lembra desse lugar...! – Saiu do carro rapidamente e eu o acompanhei.

— E eles mantiveram todo o designer da época! É, like, como voltar no tempo! – Cruzei os braços, me recostando ao carro.

You’re umbeliaveble!— Exclamou, vindo rápido em minha direção e no instante seguinte, meus lábios estavam grudados aos seus e suas mãos me puxavam pela cintura. Eu não reagi pelos próximos 10 segundos, mas algo dentro de mim gritava para que eu fizesse alguma coisa, então meus braços envolveram seu pescoço. – Espera. – Em ele afasta.

What?

— Você me trouxe ao restaurante que vínhamos quando namorávamos, não me deu um tapa quando te beijei, isso significa que...?

— Minha resposta à sua pergunta é “sim”, eu aceito namorar você, but...

— Eu sabia!! Sabia que você me daria me chance... que se daria uma chance! – Segurou meu rosto.

— Espere, eu só... preciso te esclarecer algumas coisas.

— O que você quiser... my girlfriend! — Ele sorria exacerbadamente.

— Vamos entrar? – Assentiu e nós entramos.

...

— Se é só isso, não se preocupe. Eu tenho total consciência de que está em processo de “cura” do seu casamento, mas... eu vou conseguir fazer você me amar. Tanto quanto eu te amo. – Foi uma conversa longa. Relembramos os velhos tempos e no final, eu quis deixar claro que não estava louca por ele, mas que tentaria estar com ele 100%.

Richard fez questão de pagar a conta e então nós passamos mais, aproximadamente, 20 min no trânsito. Enquanto eu dirigia, ele passou a brincar com meus cabelos. Eu fiquei meio imóvel, não me sentia confortável, mas também não havia nenhum motivo evidente para manda-lo parar. Apenas sorri e permaneci focada no trajeto. Não sei se algo do que comemos me fez mal, mas eu não me senti muito bem... meu corpo pedia descanso urgentemente. Parei o carro na frente de sua casa. Por um instante eu abaixei a cabeça, um pouco desnorteada e depois sorri com um pensamento.

— Do que está rindo?

Nothing! Só... se estivéssemos fazendo isso à moda antiga, seria você que estaria me levando em casa, não o contrário. – Ele também sorriu.

— Novos tempos, né... – Assenti. O mal-estar voltou um pouco mais forte, eu tinha eu ir para casa o mais depressa possível.

— Então... boa noite, dear. – Beijei-lhe o rosto. Ainda não estava confortável.

— Não quer entrar um pouco?

Oh No, I’m sorry. Eu não estou me sentindo muito bem. Acho que comi algo que não me fez bem.

— Mais um motivo para entrar. Eu posso te dar algum remédio.

Thanks, mas eu tenho mesmo que ir para casa. – Ele desistiu de insistir. – Mas não me faltará oportunidade para conhecer a sua! – Ele confirmou.

— Boa noite então... quando chegar em casa, me liga para dizer se chegou bem, ok? – Assenti e ele me deu um beijo rápido. Eu ainda iria me acostumar com aquilo... – Eu te amo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hasta la vista! '3'



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Geração Pamerval - A história do início ao fim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.