Geração Pamerval - A história do início ao fim escrita por Sophie Carsifur
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoal!!
Boa leitura... ai está mais um pouco de provocação da Pam para com o Herval XD
Por Herval:
Dias tortuosos! É assim que posso defini-los... Pamela parecia ficar mais linda dia após dia, mas parecia que estava fazendo jogo duro! Pior! Ligava, esquentava a coisa e depois puxava a escada. Parecia passar mais tempo na Marra e na Parker do que de comum e quando estava em casa, tinha sempre a desculpa de estar cuidando do casamento da Megan.
Ok, era o trabalho e a filha dela, mas eu não mandei ela ser tão perfeita e ainda escolher ser minha mulher! Agora ia ter que aguentar o maridão carente.
Certo dia, na verdade, um dia antes do noivado da Megan e do Davi, eu resolvi voltar da Plugar mais cedo para almoçar com ela, aproveitar mais algum tempinho com a Pam, já que passamos a ter tão pouco tempo juntos... liguei para a Marra, e ela estava lá, eu faria uma surpresa...
Coincidentemente, quando cheguei lá e estava saindo do estacionamento para ir até a sala dela, Pamela saía da empresa, meio atrapalhada procurando alguma coisa dentro da bolsa, até que a chave do seu carro caiu no chão. Quando ela foi pegar, eu me antecipei.
– Oh...! – Se assustou com a minha presença repentina. – Herval? O que faz aqui?
– Vim te buscar para a gente almoçar junto.
– Oh, eu... eu estava indo para casa, Megan está me esperando para irmos ao shopping comprar uma roupa amazing para o noivado dela e de Davi!
– Mas eles já vão casar daqui a dois meses! Não entendo pra que esse noivado agora...
– E-eu não sei. Megan que quer, e também ela disse que Rita e Dante quiseram oferecer um jantar de noivado... festa nunca é demais, right? – Respondeu sorrindo.
– Poxa... você tá sempre tão ocupada... esqueceu que eu existo... – Fiz drama.
– No sweet... não esqueci, mas preparativos para casamento é assim mesmo! Exigem muito da gente, ainda mais da mãe da noiva!
– Então eu posso acompanhar vocês nessa ida ao shopping? Saí mais cedo da Plugar mesmo... não tem o que fazer e o Quim parece que esqueceu que tem casa... quando não tá na aula, vive na casa do Brian! – Reclamei.
– Oh baby... isso tudo é carência, Herval? – Riu de mim.
– Obvio! Tô sendo esquecido por todo mundo... – Tá, aí eu já tinha entrado num teatrinho e ela embalou nele.
– Não está... – Envolveu meu pescoço. – Não está, porque para mim, você é inesquecível... – Sussurrou ao pé do meu ouvido. Aquilo era provocação... senti um formigamento na nuca.
– Pamela, Pamela... não me provoca, que pra eu dar vexame aqui, não tá custando... – Falei, afastando seus quadris dos meus, antes que aquela calça começasse a me incomodar. Ela sorriu. – E então? Posso acompanha-las?
– Okay... mas depois não reclame! É programa de mulherzinha e nós vamos passar horas e horas procurando essa roupa... já estou até pressentindo.
– Horas e horas? – Aquilo era o pesadelo de qualquer homem!
– Horas e horas! – Confirmou sorrindo.
– Então... pensando bem... eu acho que vou dar um alô para o Davi aí dentro... boas compras! – Ela gargalhou me dando uma tapinha no ombro.
– Você não existe, Herval... okay... até mais tarde! – Tomou sua chave, que até então estava na minha mão, me deu um beijo e foi embora. Eu entrei na Marra, a fim de falar com o Davi, fazia tempo que a gente não se falava direito... e eu queria saber como ele estava antes do casamento.
Mal saí do elevador e dei de cara com quem?
Ernesto!
Quando me viu, tomou um susto, mas não demonstrou muito, eu só percebi porque... sei lá! Não o cumprimentei nem nada, passei direto e depois de ter dado uns quatro passos, ele que falou:
– A Pamela não está... – Me virei.
– Eu sei. Eu cruzei com ela no estacionamento... mas eu vim foi falar com o Davi! – Arqueou as sobrancelhas e balançou a cabeça, entendendo. – Com licença... – Andei mais depressa para me livrar do fedelho.
– Mestre?!
– Davi!! Garoto, como é que você tá, hein? – Entrei na sala e ele já se levantou pra me abraçar.
– Você quer mesmo saber como eu tô? – Respondeu perguntando e com um sorriso nervoso.
– Ué, claro! Ansioso para o casório?
– Não, nada... só tô uma pilha de nervos! – Sorri, bagunçando seu cabelo.
– Eu sei, moleque... por isso que eu tô aqui! E pra te dizer que... só piora! – Suspirou. Não deixei de gargalhar, ele parecia muito eu, quando estava prestes a casar com a Pam. – Mas relaxa... vê pelo lado positivo: ao menos a Megan não tá fazendo o que a Pam fez, antes de casar comigo... ou está?
– E o que foi que ela te fez? – Perguntou confuso.
– Bom, agora, quase sete anos depois, eu acho que já posso revelar isso pra alguém... – Ele parecia curioso. – A Dorothy obrigou a gente a passar por um período de... purificação...
– E isso quer dizer...?
– Pouco mais de um mês sem sexo. – Bufei e ele apertou os lábios pra não rir. – Não ri não, que a coisa é séria...
– Desculpa... – Colocou a mão na boca.
– Eu tô rezando pra que a Megan não resolva fazer isso contigo, porque é uma tortura!
– A Megan jamais faria isso...
– Como tem tanta certeza?
– Herval, nós estamos falando da Megan! Da Megan! – Enfatizou bem o nome dela. É, não seria mesmo... Megan não é do tipo de pessoa que aguenta passar mais de uma semana sem sexo. Concordei. – Herval... – Sussurrou.
– Sim?
– O que... você sentiu quando... viu a Pamela aparecendo lá naquele jardim... vestida de noiva?
– Perguntinha difícil, hein, moleque! – Sorriu, mas esperou a resposta.
– Olha, foi... a melhor sensação que eu tive em todos os meus anos de vida! Ela estava... linda! Parecia uma pintura de tão perfeita! Eu senti foi o meu coração acelerar e por mais que eu tentasse segurar, as lágrimas começaram a se formar nos meus olhos. Vê-la caminhando em direção a mim pra ficar comigo pra sempre, era a melhor coisa que eu podia querer... me fez até perdoá-la por ter me deixado um mês e pouco na seca! – Ele sorriu. – Escuta, Davi: Se você ama a Megan como me parece que ama, tu tá ferrado, cara! Não vai sobrar pedra sobre pedra de Davi, nessa cerimônia!
Por Pamela:
Eu estava deixando Herval tão carente ao ponto de quase aceitar ir ao shopping comigo e com Megan, mas ele desistiu a tempo, até porque, se ele fosse, estragaria as surpresinhas que eu pretendia comprar para nós dois...
Ao contrário do que eu disse a Herval, não ficamos horas e horas no shopping! Megan até que encontrou o vestido perfeito para sua festa de noivado, num tempo até razoável! Então passamos por uma loja de lingeries, Megan quis logo entrar para ver se encontrava a sua de lua de mel, eu aproveitei para comprar também as surpresinhas que faria para Herval...
Tanto ele quanto eu, estávamos sendo torturados, e nem eu aguentava mais ficar sem ele. Enquanto Megan estava entretidas com uma vendedora, vendo algumas peças, eu fui falar com uma outra e perguntar se elas tinham... brinquedinhos. Sua feição logo mudou, acho que quase teve um treco ao ver quem eu era, disse ser uma fã, okay... e ela piscou para mim – não entendi – mas entendo quando ela me levou mais para o fundo da loja. Atrás de uma pequena cortina, havia uma porta camuflada, a qual ela abriu e eu me deparei com o que seria um paraíso para os ninfomaníacos. Os mais diversos tipos de chicotes, algemas, frascos, vendas, óleos... e brinquedinhos que eu sequer conhecia! Inicialmente até envergonhada eu fiquei, mas depois, quando ela foi me explicando a serventia de cada coisa que eu ainda não conhecia, achei bem interessante... e Herval, acharia ainda mais!
Chegamos em casa no começo da noite e enquanto Megan mostrava as coisas que comprou, a Dorothy, eu escondia as minhas, no quarto. Joaquim quase me matou de um susto, ao entrar no quarto sem fazer barulho e eu achei que fosse Herval, mas ele ainda não havia chegado...
– Mommy, você me ajuda a fazer a lição de casa?
– Of course, my baby! Venha aqui, que mommy lhe ajuda… – Respondi, sentando na cama e pedindo que fizesse o mesmo.
(...)
Depois de um tempo, Herval chegou, mas passou boa parte do tempo no escritório porque recebeu uma ligação de um patrocinador para a Plugar... só saiu de lá para jantar e depois voltou. Às 20h Joaquim já estava dormindo e eu, tomei banho e com preguiça de vestir até uma camisola, me limitei a uma calcinha e só. Já ia dormir mesmo... estava coberta com o lençol até o pescoço mesmo... além de que minha provocação continuava.
Mas enquanto Herval não ia para cama também, liguei a TV do quarto, peguei um filme ainda começando e a classificação era maiores de 18 anos, se é que me entende. Já começava com uma cena nem um pouco inocente e parecia prometer que o filme inteiro seria repleto daquilo.
Com cinco minutos de filme, eu senti minhas pálpebras pesarem, sucumbiria ao sono... mas deu preguiça de desligar a TV...
Por Herval:
Terminei de resolver umas coisas da Plugar, no escritório e fui para o quarto, todo mundo já estava dormindo, parecia que tinham colocado sonífero no jantar!
Antes tivessem colocado... sendo assim, eu teria pegado no sono no escritório mesmo e não precisaria ter visto a cena que vi, ao entrar no meu quarto. Pamela estava dormindo, era evidente, mas o lençol que deveria lhe cobrir inteira, cobria só a parte de baixo. Ela estava com as mãos unidas embaixo do rosto, pouco podia-se ver, mas não usava nada em cima.
Foi então que me dei conta de um barulho muito suspeito... e então olhei para a TV do quarto – estava ligada – e no que não deve! Pamela estava assistindo aquele filme?! Ou ele começara depois que ela foi dormir?
Fosse o que fosse, murmurei um “puta que pariu”, porque aquilo já era o cúmulo, eu estava a ponto de explodir! Aquela mulher estava querendo me matar!
Era um casal. Estavam no box do banheiro. O vidro embaçado, mas dava pra ver sua silhueta. A mulher estava de costas para o homem, de frente para a câmera. Bonita, mas prefiro mil vezes a Pam. A moça... digamos que... ela gritava pedindo mais e nós sabemos bem o que.
Olhei para a Pamela – dormia tranquila, como conseguia?! – Para a TV, – a cena continuava, só que agora ele a erguia nos braços. – Pra baixo, – ÊPA! – Não consegui controlar meu companheiro... desliguei a TV, corri pra o banheiro a fim de tomar um banho, gelado, e depois voltei para o quarto. Pamela tinha se mexido, estava toda descoberta agora... respirei fundo, peguei meu travesseiro e um lençol, parti para o quarto do Quim, não dava pra dormir ao lado daquela mulher naquela situação.
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Continua...