Geração Pamerval - A história do início ao fim escrita por Sophie Carsifur


Capítulo 118
Capítulo 118


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Por Pamela:


Por mais que Herval tivesse me deixado louca com aquelas provocações, com o castigo que me dera, eu esperei que aquela noite jamais acabasse. Se soubesse que provoca-lo e sair fora quando ele se animava o deixava naquele estado, já faria isso a mais tempo e mais vezes!

Ao fim da noite estávamos esgotados. Minha pele ardendo literalmente, pelas repetidas vezes em que, de leve, me acertou com o cinto, além de ter resolvido me morder também! A sua, no mesmo estado, mas no caso dele, pelos meus arranhões. Além de uma tremenda falta de ar...

Acordei com um beijo no pescoço. Me encolhi toda com o arrepio que me deu, além de sentir sua pele quente encostar na minha. Abri os olhos gradativamente, apenas para ver Herval sentado na beirada da cama, usava só uma bermuda, me olhando docemente e sorrindo.

Existe melhor maneira de se acordar?!

– Bom dia, meu amor... – Sua mão tocou o meu rosto, tirando uns cabelos do mesmo e agora deu um beijo no meu ombro.

– Good... my love... – Respondi, sonolenta, porém, me sentando na cama. – Que horas são?

– É... mais ou menos... umas 8h... – Ele não olhava relógio algum, nem muito menos meu rosto para responder.

– Herval!! – O repreendi, levantando o lençol até o pescoço, depois de perceber para onde ele olhava. I did not remember que estava nua.

– Desculpa, foi inevitável. – Disse com um sorriso safado, dando de ombros. – Olha o que eu trouxe para você... – Percebi agora, em cima da mesinha de cabeceira, uma bandeja com café da manhã.

– Oh... it’s so beautiful! Você que preparou?

– É... digamos que eu dei uma forcinha...

Really?

– Não. – Rimos. – Só se for forcinha moral. E-eu confesso... foi a Dorothy que preparou... eu pedi... antes que ela fosse levar o Quim pro colégio. Ela chegou ontem e a gente nem percebeu!

Of course not! Nem poderíamos! – Respondi um pouquinho envergonhada. – Oh my God, será que ela...

– Ouviu alguma coisa? – Acenei e ele riu. – Sem dúvida! – Meu rosto queimou. – Mas você deveria saber melhor que qualquer um que ela é discreta.

– Com você! A mim ela enche de perguntas e faz muitas insinuações! – Sorriu, dando de ombros. – Joaquim foi embora sem se despedir de mim...?

– Ele quis vir... mas eu não deixei. – Abaixou o tom da voz, como se tivesse alguém nos ouvindo: – Eu não podia deixar ele te ver assim, nua! Além do que ele veria isso aqui, oh... – Levou o dedo ao meu braço, apontando uma manchinha vermelha. – E ia querer saber porque está assim.

– Culpa sua! Deu pra morder agora... – Sorriu. – Parece cachorro! – Não se importou com a comparação.

– E isso aqui também... – Descobriu parte da minha coxa, revelando outra também vermelha, só que maior.

– Ora, seu...

– Olha lá do que vai me xingar, hein! – Ria debochado.

– Eu disse que se ficasse marca, você ia ver...

– Não pode reclamar, olha só minhas costas! – Nem me dei ao trabalho! Fui me levantando e institivamente ele já levantou os braços pra se defender. Segurei suas mãos, empurrando-o, fazendo-o deitar, e subindo em cima dele. – Hum... vejamos... de que modo você pode me pagar por essa selvageria...?

– Eu conheço uma maneira bem interessante... – Seus olhos percorreram meu corpo, agora nu novamente. Senti suas mãos subirem pela minha barriga.

– No! Nem venha, Sr. Domingues! – Saí de cima dele, me enrolando no lençol e caminhando para o banheiro. – O que você sugere, não é castigo!

– Mas eu não mereço castigo nenhum! Você que teve que pagar... pela praia, lembra...? – Ele vinha atrás de mim para o banheiro. E eu já começava a escovar os dentes.

– Eu acho que você exagerou um pouquinho no castigo... – Falei, depois de lavar o rosto, apontando mais uma mordida, só que essa, no pescoço.

– Você não gostou do exagero...? – Me abraçou por trás, perguntando ao pé do ouvido.

– Existe alguma coisa que você faz, que eu não goste? – Perguntei, olhando seu reflexo no espelho. Ele sorriu satisfeito. Voltamos para o quarto, eu me enrolei num hobbe e sentamos os dois na cama para comer. Estávamos sozinhos em casa.

Quando estava terminando de comer – ele já havia acabado – Senti sua mão tentar desamarrar o laço do hobbe.

– Você não precisa ir para a Plugar, hubby?

– Só mais tarde... – Respondeu tentando me beijar o pescoço.

– Então não sairemos juntos... já que já vou para a Marra. – Falei levantando sorrindo escondido com a sua decepção em não continuar o que começara. – Deixe-me tomar um banho.

– E eu posso te fazer companhia no banho?

– No. De jeito nenhum! Porque eu sei que não é banho que você quer, e eu preciso ir na Marra ainda hoje, okay?!

Fui tomar meu banho e tranquei a porta. Conhecia bem o meu hubby e com certeza ele tentaria entrar. Saí enrolada num roupão e fui até o closet. Lá, escolhi... um vestido rosa. Decote em V, dois dedos acima do joelho. Sapato... branco, salto médio. Pulseiras, brincos e... perfect!

– Uau!! – Arregalou os olhos quando me viu entrar. – Isso tudo é pra ir na Marra?! – Acenei que sim e ele veio em minha direção. – Meu amor... você vai me desculpar, mas eu acho que vou te atrasar... – Me jogou em cima da cama.

– Nem pensar, Sr. Domingues! Tenho negócios importantíssimos para resolver lá, hoje. – Me esquivei, levantando da cama.

– Você é a dona daquela empresa, pode chegar a hora que quiser!

– Não hoje! Tenho uma reunião que deverá estar começando daqui a... 20 min! – Ele deu uma desarrumada no cabelo, decepcionado e cedeu.

Me despedi de Herval com um beijinho rápido e fui embora para a reunião que na verdade nem existia. Aquilo era só... o começo da minha vingança.

(...)

– Princesa Shelda! – Assim que saí do elevador e caminho para minha sala, sou abordada por Ernesto.

– Hi, carismático Ernesto!

– Nossa! Você tá... você tá linda!

– Oh, thank you... você é sempre tão gentil... – Dei um passo à frente, a fim de ir para minha sala.

– Ah, Pamela! Como vai o Joaquim? Superou rápido o...?

– Joaquim está ótimo, continua a mesma criança alegre que sempre foi, thanks por perguntar!

– Ah que bom... – Senti no ar ele querer puxar mais algum assunto, então o cortei antes que recomeçasse a falar.

Well, muito trabalho me espera! Tenha um bom dia, Ernesto! – Não o esperei responder. Só fui para minha sala.

(...)

No meio do dia, mais especificamente às 13h15min, recebi uma ligação de Herval.

– Hi, hubby!

– Oi, Pam. Tá ocupada?

No! No momento só estou lendo umas coisas aqui, mas nada de importante... o que te fez me ligar?

– Saudade... – Grunhi alguma resposta, mas ele foi mais rápido. – É que a gente resolveu dar um grau aqui na Plugar... até as crianças quiseram ajudar, pintando... você não quer vir pra cá?

Of course! Faz tempo que eu não passo aí, right? Podem contar com o meu help também na pintura, já estou saindo da Marra. – Falei, largando uns papeis em cima da mesa e pegando minha bolsa.

Continuei falando com Herval no celular e até tive a impressão de que alguém havia me chamado, mas logo o elevador fechou e eu desliguei o celular. No caminho para o estacionamento, tirei a chave do carro da bolsa e não demorei para estar a caminho da Plugar.

Hi guys!! – Assim que as crianças me viram, correram em minha direção, me abraçando todas ao mesmo tempo.

– Tia Pamela, a senhora nunca mais veio ver a gente! – Dizia uma.

– É, a gente sentiu saudade... – Completou outra.

– Hey, galerinha! Estão querendo esmagar a Pam?! – Herval surgiu logo atrás delas, as quais se dispersaram. Ele estava... very sexy todo sujo de tinta.

– É que a gente tá com saudade, Herval... – Disse uma menininha.

– Ah, mas eu também estava morrendo de saudades de vocês... só que andei bastante ocupada, por isso não vim aqui... – Falei, erguendo a garotinha nos braços e trocando olhares com Herval. Ele estava tão irresistível... – Mas hoje estou aqui pra ajudar vocês a pintarem a Plugar, vocês aceitam a minha companhia?

– Sim!!!! – Disseram em coro. Coloquei a menina no chão e todos correram para voltar ao “trabalho”.

– E então? O que é que eu tenho que fazer? – Perguntei a Herval, fazendo um coque no cabelo, ele continuava parado na minha frente, sorrindo.

– Agora... no momento... você só tem que me dar um beijo... – Seu braço envolveu minha cintura, grudando meu corpo ao seu e sua boca cobriu a minha, num beijo saudoso e so hot.

– Você me chamou aqui para ajudar ou para...

– As duas coisas! – Atropelou minhas palavras, rindo.

– Pamela! Quanto tempo...! – Ouvi a voz de Rita se aproximando. – Esqueceu da gente foi?

Oh no, Rita! É que os últimos acontecimentos em minha vida têm me tirado completamente o prumo! Mas agora... I am here! – Disse sorrindo.

– É, ela está aqui e vai botar a mão na massa com a gente! – Confirmei com um aceno.

– Mas com essa roupa, Pamela? Vai estragar seu vestido, criatura!

– Oh, eu não me im...

– Não seja por isso, aqui está! – Herval pegou a mania de me interromper, só que dessa vez, tirando a camisa, para meu desespero e êxtase. – Coloca essa camisa por cima, que não suja o vestido. – Ele estava todo suado. E se antes estava sexy, agora então...

– Pronto, resolvido! – Falei, colocando a camisa, que por sinal já estava um pouco melada de tinta, e tentei tirar minha atenção de meu hubby.

– Vamos lá!? – Herval colocava a mão nas minhas costas, fazendo com que eu andasse até onde as crianças estavam. Seria meio complicado realizar a minha vingança daquele jeito.

Me entregou um pincel, um balde com tinta, sorriu pra mim e voltou a pintar.

Estava tudo correndo bem e animado. Começamos inclusive a pintar a mesma parede e armamos uma verdadeira guerra, quando chegamos os dois ao mesmo ponto. Acabou que tinha mais tinta em nossos corpos, - ainda mais no dele, - do que na parede!

– Viu o que você fez? Como vamos chegar em casa nesse estado? – Falei, tentando controlar as gargalhadas.

– O que eu fiz?! Meu bem, quem saiu em desvantagem fui eu, olha só o meu estado! – Tinha toda razão. Herval estava coberto de tinta, consequentemente... bem mais sexy. – Rita! Onde tá o removedor?! – Berrou.

– Lá em cima! – Gritou de volta, ao longe.

– Vem se limpar... – Segurou minha mão, me puxando para subir as escadas.

– Está ficando tudo muito bonito! – Soltei, enquanto ele pegava o tal removedor e derramava um pouco num pano, pra me limpar.

– É... tudo que é feito com amor... fica bonito! – Segurava meu braço, esfregando o pano. – Esse vermelhinho ainda não saiu...?! – Avistou a marca no meu braço.

No. Dog! – Ele riu. – Ainda estou planejando minha vingança... me aguarde! – Tomei o pano e a garrafinha de sua mão e agora eu que o limpava. Achei ali uma oportunidade para provocar. Eu o via se arrepiar e grunhir algum palavrão pra se controlar. Minhas mãos estavam bobas demais! Até que chegou o momento em que ele foi até a porta, a fechou e voltou, me imprensando na parede. Assim! De uma hora pra outra! Me dando um baita susto.

– Acho que tem alguém aqui que tá querendo repeteco da noite passada... – A mão foi para minha coxa, que a levou até a altura de seus quadris e tentou me beijar.

– Não. Só se for você! Não estamos sozinhos, Sr. Domingues!

– Essa história de novo não... – O empurrei, fazendo-o suspirar.

– Já que acabamos por hoje... podemos ir pra casa? Lá a gente se limpa direito, toma banho...

– Junto?! – Arqueou as sobrancelhas e sorriu, se animando. Neguei com a cabeça.

– Um de cada vez! Come on! – O puxei para irmos embora.


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Notas finais do capítulo

Continua...



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