Move! escrita por CrazzyGirl


Capítulo 1
Introdução: Saco de batatas ambulante!


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos a MOVE! uma trama sobre amores, rivalidade, comédia e passos de dança.
Uma ótima leitura a todos! =)



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Sábados. Ah, os sábados, dia de folga e de descanso, longe dos professores e deveres de casa e mais perto da internet, pizza, refrigerante e de ficar de pijamas o dia todo, adoráveis pijamas. A menos para mim, sábado é como qualquer outro dia da semana, apenas tirando o fato de estar longe do zoológico, opa escola.

Abri o guarda-roupas com força fazendo algumas fotos que estavam coladas nas portas caíssem, mas nem liguei, bocejei enquanto jogava o cabelo para trás e o prendia em um rabo de cavalo.

– Ah, não...

Onde foram parar a maioria das minhas roupas? O armário estava quase vazio. A minha pergunta foi respondida pelo som inconfundível, irritante e estressante da máquina de lavar, suspirei.

–Okay, okay, deve ter sobrado alguma coisa que eu possa vestir.- falei para mim mesma após passar pela minha mente eu coberta por um saco de batatas andando pela rua. Até que seria engraçado se não trágico, mas deixa para lá, nunca iria aceitar isso. Ao menos que tivesse perdido toda minha dignidade. E eu ainda tenho um pouco.

Eu sou Candice, apenas Candice, não Candice Carolina ou algum outro nome estranho composto, ainda bem e por favor não me chame de ''Candy'' a menos que você queria ver minha cara ficar vermelha de raiva ou então que você seja meu amigo que eu sinceramente acho que não afinal, nos conhecemos apenas a alguns minutos e para ser meu amigos é necessário alguns requisitos:

- Amar bala de caramelo.
Ou
- Odiar as mesmas pessoas que eu, isso nunca falha.

Tenho 16 anos de tombos em públicos e vexames que não podem ser esquecidos (algum dia preciso contar o lance do cinema e da escada rolante.) e simplesmente sei lá, o que posso falar sobre mim? Amo limonada, mas não daquelas que as crianças chatas vendem na frente de casa no verão. Reza uma antiga lenda que a amiga de uma amiga da amiga da minha mãe, teve uma irmã de uma prima que morreu após tomar uma daquelas limonadas, dizem que tinha detergente como ingrediente.

(É uma daquelas lendas urbanas como a navalha no doce, mas é bom não arriscar.) e eu também adoro assistir seriados idiotas com piadas estilo pastelão nas sextas a noite. é isso, fim de história, e sobem os créditos finais. Vidinha chata, né?. Pois é também acho.

''Vamos lá!''- pensei animadamente para tentar desviar minha idéia de voltar para a cama.

Um jeans desgastado e uma camisa azul do antigo lava-rápido do meu pai que faliu uma semana após a inauguração me encaravam. Eu simplesmente odiava aquela camisa, pelo horrível e trágico fato de ter uma foto do meu pai aka cover gorducho do Elvis nas horas vagas fazendo sinal de joinha com mãos e sorrindo exageradamente e como cenário o belo lava-rápido caindo aos pedaço que agora ocupava o lugar de um antigo bordel.

Bom, é melhor que ir apenas de sutiã na parte de cima, bem melhor.

. . .

– Mãe!- gritei tentando descer a escada sem tropeçar em meus cardaços.

Deparei-me com uma cena rotineira, lá estava minha mãe apoiada na bancada da cozinha com um dos seus vestidos de oncinha super apertados bebericando seu suco de laranja, mas os olhos estavam fixos na sala onde a TV estava ligada no canal de compras por telefone.

– Eu preciso daquele faqueiro de prata! -exclamou animada. -É fabuloso!

– Cadê meu uniforme de dança? - perguntei me abaixando para enfim amarrar meus cardaços.

– Espere...– a voz dela se afastou um pouco seguindo do barulho que seus saltos provocavam no chão.

Esperei alguns segundos também me encostando na bancada.

– Aqui está! -jogou o uniforme rosa contra meu ombro, em um reflexo rápido o peguei. -Limpinho e cheirosinho.

Levei o tecido ao nariz logo reconhecendo o cheiro de amaciante barato.

– Não, eu odeio esse amaciante fajuto. -resmunguei colocando o uniforme na mochila que me esperava todo o sábado pela manhã sobre a bancada da cozinha. -Ele deixa minhas roupas me pinicando. -expliquei vendo surgir uma expressão nada amigável no rosto de minha mãe.

– Eu não sou a sua mãe, se quiser melhor voc... -parou de falar após entender o que havia acabado de dizer.

– Bem, eu pelo menos acho que você é minha mãe.... -brinquei tentando faze-la rir também. Não funcionou.

Mamãe levou as mãos ao rosto o massageado, parecendo fazer algum tipo de exercício facial.

– Não vou discutir com você, não quero rugas! -falou caminhando até a sala, sentando no sofá e pegando uma revista no revisteiro ao lado.

Coloquei em minha mochila um potinho com uvas que havia recém retirado da geladeira. A porta da frente se abriu revelando meu pai com o jornal nas mãos.

– Emma, não se preocupe com rugas,é só colocar mais botox! –brincou certamente tinha a ouvido reclamar sobre as marcas de idade, afinal mamãe é tão escandalosa e fala alto o bastante para que qualquer pessoa a quilômetros escute.

– Eu ouvi isto, Martin! -Emma esbravejou.

Corri os olhos pela cozinha procurando meu chá gelado e quando o achei, peguei e fechei a mochila colocando-a no ombro.

Olhei no relógio da cozinha confirmando que já estava cima da hora de sair.

–Tchau, tchau, tô indo! -exclamei passando correndo pela cozinha e sala e chegando a porta principal. Eu ainda deveria correr um pouquinho para não me atrasar.

Sim, incrivelmente desta vez a pessoa que chegou atrasada no próprio nascimento estava preocupada e decidida em chegar na hora exata.

Hoje nossa professora e coreógrafa da academia escolheria uma nova ''líder'' para o meu grupo de dança, me esforcei tanto que a certeza já domina meus pensamentos e o cheiro da vitória invadia meu olfato.

Doce, merecida e sonhada vitória. Nada me impediria de ganhar aquele título.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que me dizem?
Não se esqueçam de deixarem suas opiniões, avaliações, etc.
Ah, eu estou sempre disposta a novas amizades e a novos cúmplices de crimes, fiquem a vontade para falarem comigo nas maravilhosas ou nem tanto redes sociais.

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