Crianças das Estrelas escrita por HallsDePreto


Capítulo 3
Perdida... E sozinha.




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– Quando finalmente consegui acordar eu pude ver que ainda estava na cama do hospital, olhei a minha volta para encontrar alguém até que a porta abriu e dali surgiu uma enfermeira.

– Ah, você acordou! Tudo bem? - Perguntou a moça de cabelos negros e curtos, e sorriso fascinante.

Como ainda estava estranhando o que estava acontecendo comigo só fez que sim com a cabeça.

De repente notei a falta da minha mãe olhei de um lado para o outro como uma mãe procurando um filho em meio a multidão.

– O que você procura? - Perguntou mais uma vez a enfermeira.

– Você viu a minha mãe? - Eu perguntei tirando o aparelho d oxigênio que estava em meu nariz. A mulher me olhou e deu um suspiro como alguém que esconde algo.

– Bem, ela foi pra casa. Disse que se você acordasse melhor você poderia ir embora sozinha.

Eu não respondi apenas sentei na cama e tentei organizar meus pensamentos abstratos em algo útil.

– Sabe... Não é toda mãe que gosta de receber a noticia que a filha está gravida sendo tão nova... - Suspirou a moça.

– Eu... EU NÃO ESTOU... Eu não estou gravida!

Eu estava assustada e mesmo que fosse uma gravidez, como? Eu sonhei a dois dias uma gravidez leva pelo menos algumas semanas para se manifestar!

O que estaria acontecendo comigo?!

Troquei de roupa e me dirigi para casa, nada fazia mais sentido.

Quando entrei dei de cara com meus pais na cozinha me esperando. Minha mãe estava com os olhos inchados como alguém que teria chorado muito e meu pai... Estava com a cinta em mãos.

Assim que vi ele com um olhar de lagrimas de ódio tentei me explicar.

– Pa-pai, eu juro não é o que você pensa... Eu nunca...

Antes que eu pudesse terminar a frase, pude sentir aquele som vindo de uma dor horrível passando pela minha coxa até o vibrar da ponta do meu dedo do pé.

– CALE A BOCA! EU NÃO QUERO OUVIR SUAS EXPLICAÇÕES! QUEM É ELE?

Eu caí de joelhos no chão chorando muito soluçava tentando dizer algo, porém minha voz saia com soluços.

– Pai... Não tem ni-ninguém...

E mais uma chicotada vei mas essa pegou no ombro o que me fez cair de brusco no chão.

– Então quer dizer que nem pai essa aberração tem?

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa fui atingida por chicotada uma atrás da outra, elas todas pegavam em uma região das costas, foram quase 30 ou mais.

Minha mãe colocava a mão na boca e fechava os olhos a cada chicotada com os olhos cheios de dor.

Até que em um momento ela segurou meu pai tentando acalma-lo.

– Chega, por favor. Já deu ela já teve o suficiente.

Ele não respondeu, sua respiração estava ofegante os olhos repletos de ódio.

Ele foi até o canto da mesa e dali tirou uma mala e jogou ela ao meu lado, foi até a porta que levava para outro comodo... E sem olhar para trás disse firmemente:

– Pode ir embora, eu não vou criar esta criança de agora em diante você não pertence mais a essa família! Vá e não volte!

E dali saiu e minha mãe foi atrás olhou para mim chorando e seguiu meu ou melhor o homem que já foi meu pai.

Ali fiquei no chão deitada chorando e torcendo para ser apenas um pesadelo...

O que estava me acontecendo...


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