Kaori Uchiha escrita por Jiinga


Capítulo 1
Prólogo - Massacre




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Sete anos atrás

Era uma tarde tranqüila na aldeia da folha. Uma brisa fresca estava soprando, o sol estava quase se pondo e os pássaros voavam pelo céu avermelhado.

— A aula acabou bem tarde hoje, não? – perguntou Kaori, enquanto ela e Sasuke caminhavam de volta para o clã.

— Sim. Devíamos nos apressar.

— Vocês ainda vão jantar em casa hoje?

Sasuke abaixou o olhar.

— Não sei. O nii-san anda meio estranho. Eu pedi ajuda com meu treino de shuriken hoje cedo e ele disse que tava ocupado.

Kaori pareceu triste por um segundo, mas logo recuperou seu sorriso costumeiro.

— Ah, vocês podem vir sem ele! Quem sabe ele não volta a ser legal se o deixarmos passando fome por uma noite!

Eles continuaram andando em silêncio até encontrarem a entrada do clã. Um vento forte soprou, bagunçando o cabelo dos dois. Kaori estreitou o olhar.

— Ta tudo bem? – Sasuke perguntou.

— Achei que tinha sentindo alguma coisa, mas não deve ser nada. – a expressão dela se suavizou – Bom, te vejo mais tarde. Até lá, Sasuke-kun!

— Até, Kaori.

Cada um virou para um lado e eles continuaram seus caminhos.

O caminho para a casa de Kaori era curto e fácil de lembrar. Direita, dois quarteirões, esquerda, um quarteirão, direita. Havia cinco casas e uma mercearia até lá. Mas naquele dia, havia uma atmosfera estranha no ar. Ela logo percebeu que era porque todos os lugares estavam fechados.

"Que estranho, a mercearia não costuma fechar tão cedo". Ela olhou em volta. "E ta tudo meio quieto."

Foi então que ela percebeu que várias fachadas e decorações estavam cortadas. Kaori apressou o passo. Ao virar a esquina, seu maior pesadelo se tornou realidade. Caídos pela rua, sob enormes poças de sangue, estavam os corpos de dezenas de membros do clã Uchiha.

Ela engoliu em seco e começou a correr. Subiu os degraus da entrada de sua casa, tirou os sapatos e abriu a porta.

— Tou-chan? Kaa-chan? – ninguém respondeu. Ela abriu a porta que ia para o corredor. Silêncio. Silêncio e um cheiro estranho. Seu estômago apertou. Isso não podia ser bom.

Ela correu pelo corredor, abrindo todas as portas, sem sinal de pessoa alguma, enquanto o cheiro estranho aumentava. Finalmente, parou em frente à última porta. Ela engoliu em seco e, tremendo, colocou a mão na porta e a abriu. Caídos no chão, um sobre o outro, sobre uma enorme poça de sangue, estavam seus pais. Esse era o cheiro estranho: sangue.

Kaori caiu de joelhos, tremendo, as lágrimas escorrendo de seus olhos. Ela se rastejou com cuidado até o corpo de seus pais. Cautelosamente, puxou o corpo de sua mãe, virando-a de barriga para cima e deitando-a em seu colo. Em ambos os corpos, havia um corte certeiro no coração. Kaori conhecia aquele corte.

De repente, um grito de pavor.

— Sasuke-kun! – ela gritou, largou o corpo e saiu correndo aos tropeços. Ainda descalça, atravessou todo o caminho de sua casa até a casa de Sasuke. Ela entrou correndo no terreno e deu a volta, seguindo seus instintos. De repente, a porta do quarto dos pais de Sasuke se abriu e ele saiu correndo de lá. Os dois trombaram um com o outro e caíram no chão. O rosto de Sasuke estava repleto de lágrimas. Ele agarrou a blusa de Kaori, enterrando o rosto no corpo dela, tremendo.

— Kaori... Meus pais estão... – ela o abraçou.

— Os meus também! - ela exclamou, soluçando.

— Foi... Foi o Onii-san!

Como ela suspeitava.

De repente, uma figura saiu da escuridão. Itachi saiu do quarto, a espada esticada, os olhos vermelhos.

— Mangekyou... Sharingan? – perguntou Kaori.

— Sempre a mais esperta, não é, Kaori-chan?

— Por quê? – dessa vez foi Sasuke quem gritou, depois de desgrudar de Kaori. – Por quê, onii-san?

— Para medir o meu poder. – ele esticou a espada na direção dos dois. – Escute, Sasuke. Irmãozinho tolo. Se você quiser me matar, me odeie, me despreze. Viva a vida de um modo miserável. Corra. Corra e agarre-se à sua vida. – ele apontou a espada para Kaori – E você, venha me procurar quando descobrir quem realmente é.

Itachi guardou a espada e desapareceu, deixando os dois recém-órfãos sentados ali no chão, sozinhos.


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