- OLHA AQUI SEU GAROTO MIMADO, EU NÃO DEVO EXPLICAÇÕES A NINGUEM!

- MIMADA É VOCÊ GAROTA!

Desculpe você não deve estar entendendo nada, então acho melhor me apresentar. Meu nome é Caroline Roux, sou ruiva e tenho os olhos verdes, não vou dizer minha idade, eu tenho o complexo da idade (isso existe?) e a partir de agora você é minha melhor amiga, por quê?

Porque eu vou revelar uma coisa, EU AMO BILL KAULITZ! , pronto falei! Pena que ele não sinta o mesmo por mim, quer saber? Acho melhor contar a história desde o inicio.

Era inverno, eu estava saindo da escola, acho que eu tinha uns sete anos no máximo (eu sempre odiei a escola, pra mim escola só é uma coisa criada por adultos pra torturar os adolescentes) era meu primeiro dia de aula na quinta série (eu tinha doze anos). O dia tinha sido um saco! Talvez você já tenha mudado de escola, então você faz idéia de como o dia tinha sido horroroso pra mim. Bem, eu achava o dia horroroso até na hora que o conheci.

- Oi você vem sempre aqui? – ele era bem baixo comparado a mim, basicamente batia no meu ombro. Ele estava todo de preto, confesso que eu me assustei. Fala sério você também se assustaria! O garoto além de esta todo vestido de preto como se tivesse acabado se sair de um enterro, ele estava usando maquiagem. Isso mesmo MAQUIAGEM! A última coisa que eu pensei que um garoto iria usar.

- Você ta me cantando? – a pesar de assustador o garoto era fofo!

- Nã-não é isso é que meu irmão mandou perguntar. – só agora eu reparei que do lado dele tinha um garoto vestido com roupas bem estranhas, mas, apesar disso ele me lembrava um pouco o garotinho assustador- fofo.

- O que você é dele? – ele era muito fofo mesmo! Cara na hora que ele sorriu pra mim eu não agüentei, eu tive que apertar aquelas bochechas!

- Ele é meu irmão gêmeo. – ownnnn, ele nem se importou de eu apertar as bochechas dele. Espera aí gêmeo?  Quer dizer que o esquisito é irmão do assustador-fofo? Que tragédia!

- Você? A fofura em pessoa irmão daquele espantalho ambulante? – o garotinho não parece ter gostado muito da comparação que eu fiz ao irmão dele, se bem que eu também não gostaria que comparassem minha irmã gêmea assim. Ah é verdade esqueci de contar, eu tenho uma irmã gêmea, ela me odeia e eu odeio ela.

- ELE NÃO É UM ESPANTALHO! – ele fica mais fofo com raiva. É tão cuti-cuti!

 - Ok tudo bem, quantos anos você tem? – o garoto-espantalho já nem estava ali, e eu me peguei pensando se ele era um vampiro.  O que? Eu assisto True Blood ta bom?

- Tenho nove anos, me chamo Bill Kaulitz, sou do signo de virgem, adoro doces, odeio chocolate, tenho um cachorro, moro com minha mãe, meu padrasto e meu irmão, adoro cantar, amo me sujar na lama, tenho um computador... – O_0

- Bill eu perguntei sua idade, não o resumo da sua vida. – ele parecia um pouco chateado depois de eu dizer isso.

- Vo-você me passou um carão? – ele é meio lerdo né?

- Eu acho que sim né baby... – os olhinhos dele que antes brilhavam de alegria, pareciam que tinham enchido de água.

- Ninguém me passou um carão na vida – nesse ponto ele já estava chorando como um condenado. Eu acredito que ele conseguiria afundar a cidade, se ela fosse uma ilha.

- Calma Bill! Quer tomar um sorvete? – em alguma hora eu ia ter que ser simpática né? Mais uma coisa que você precisa saber sobre mim, eu falo ‘né’ umas cem vezes por dia, tudo por culpa do meu ex-professor de matemática.

- Dois? – que garoto safado! Mal chegou e já quer acabar com minha conta bancaria!

- Se isso fazer você calar a boca... – eu nem precisei continuar, ele já tinha atravessado a rua até a sorveteria mais próxima. Eu fui o mais rápido que eu conseguia correr com aqueles livros.

- Bill você é alemão? – você deve estar dizendo “Não tinha nada melhor pra perguntar?” e aqui vai minha resposta, primeiro: ele era garoto, segundo: ele era um garoto de nove anos, terceiro: ele era um garoto de nove anos que eu apertei as bochechas.

- Sim, eu nasci aqui. – ele mau alcançava o chão com os pés era hilário!

- Você é maluco? – pensei que ele ia chorar de novo, mas eu acho que suas lágrimas tinham acabado.

- Por que a pergunta?

- Você é o único ser humano que não gosta de chocolate! Meu filho, você é um doente mental? – ele não parecia nem um pouco ofendido com o que eu tinha acabado de dizer, ele parecia até que se divertiu com isso.

- Você é a primeira que me diz isso. – eu me assustei com aquilo, será que as pessoas daquela cidade tinha deixado os aliens roubarem seus cérebros? COMO UMA CIDADE INTEIRA NÃO GOSTA DE CHOCOLATE? É O CUMULO!

- O que?

- Bem, você é a primeira pessoa que quando me vê não me manda ir embora, sabe as pessoas daqui não gostam muito do meu jeito de vestir. – confesso que eu me senti envergonhada por ter pensado isso dele há alguns minutos atrás.

- Você não tem amigos? – vi ele suspirar e balançar a cabeça com um sinal de não.

- Eu tenho um.

- Quem é?

- Você – depois de eu ter dito, o sorriso mais lindo que eu já tinha visto apareceu um seu rosto. Eu me sentia feliz. Eu me sentia feliz porque eu tinha um amigo (mesmo ele sendo meio lerdo).