Asas Congeladas escrita por Beliel


Capítulo 2
Bondade


Notas iniciais do capítulo

Gente eu fiquei tão feliz que já tive comentários sério, não me abandonem agora!
Eu particularmente amo esse capítulo! Boa leitura!
Fiquem agora com um gif da nossa heroína (ou não) AMO ESSE GIF!



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–O que você fez?! Eu falei sem machucados seu idiota! –Gritou o diretor da AA, um sádico homem de sessenta e poucos anos, em sua plena forma, cabelos grisalhos e olhos opacos, falava alemão, mas entenderia se James falasse em russo. Seu nome era Hans Huberman, mas todos o chamavam de Nemêssis.

–Aqui está, protocolo cumprido, quero as pastas. –Falou seco e enferrujado em seu alemão.

–Não, droga, ela vai ficar furiosa! –Ele falou, já irritado, puxando James pelas mãos até um corredor afastado, vários agentes intrigados e admirados olhavam a cena, murmurando que Beliel havia voltado. Nemêssis abriu a porta de uma sala esterilizada, onde vários cientistas aguardavam os três, uma maca de hospital estava no meio, toda cheia de tubos e coisas que Bucky não entendia.

–Coloque ela ali na maca. –Bucky depositou a menina ali, ainda teimava em não chama-la de Beliel, não sabia porque mas ela tinha cara de Anjo para ele, mas lhe pareceu tão bobo chama-la assim que optou por não chama-la.

–O que vão fazer com ela? –Perguntou James.

–Não é da sua conta, soldado. Apenas fique aqui, temos outros assuntos para resolver. –Nemêssis ordenou.

James engoliu a raiva e se postou no canto da sala. Os cientistas arrumavam algumas coisas, aparentemente eles iam prender ela na mesa, tudo bem, oras, que fizessem com ela o que bem quisessem! Contanto que Bucky tivesse suas informações estava tudo bem.

Ao amarrarem ela, a menina acordou.

–Bem vinda Beliel! –Nemêssis saudou em tom irônico.

–O que vão fazer?! Me soltem! –Ela começou a se debater. –Minha memória não, de novo não. –Lágrimas saltaram de seus olhos e suas asas se abriram, derrubando uma porção de cientistas desatentos.

–Segurem-na! –Nemêssis gritava muitas coisas ao mesmo tempo. – Calma Beliel, desta vez o soro não vai te tirar a memória, se acalme por favor.

Ela chorava muito alto, soluçando, Bucky nunca tinha visto tanta fragilidade e força ao mesmo tempo, se debatia até o momento que injetaram uma um liquido azul nela em uma seringa particularmente grande. Bucky estava pasmo, tinham sedado ela?

–O soro foi injetado. –Um cientista falou, então aquilo era o soro, mas James não terminou seu raciocínio, foi interrompido por um grito desesperado da menina, suas veias iam saltando e ela gritando cada vez mais, até que seus gritos se transformaram em murmúrios e seus olhos azuis se abriram, totalmente vermelhos sangue.

–Sedem-na! –Nemêssis gritou, porém não deu tempo, com uma batida de asas ela arrancou todas as correntes que a prendiam, James teve um lapso de memória e caiu no chão observando a cena, ela literalmente voava, tudo bem, ela tinha asas, provavelmente voava, mas a cena era incrível, seus olhos vermelhos, cabelos cacheados balançando, com dois bateres de asas ela alcançou Nemêssis e falou em uma voz rouca, possessa de raiva:

–Essa é a última vez que você me usa. –Agarrou-o pelo pescoço e não havia o que desgrudasse sua mão do abraço apertado no pescoço do homem, de branco ele ficou vermelho, levemente indo para roxo, o olhar de Beliel hipnotizava Bucky, sentado no chão com olhos arregalados.

James observou que os machucados da menina saravam rápido, pensando em machucados foi como recuperou a sanidade, devia salvar Nemêssis, pois se não como receberia suas informações?

Levantou meio aturdido e pulou em Beliel, derrubando-a no chão, o impacto pouco machucou os dois, mas Beliel se virou e sua expressão se amenizou, porém algo voou das mãos de um cientista, um dardo, acertou o braço de Beliel que urrou e socou Bucky tão forte que ele atravessou duas paredes, dois laboratórios e uma porta de vidro, uns dez metros.

A ultima coisa que Beliel viu foi um homem possesso lhe estapear.

...

Nemêssis estava descontrolado estapeando a menina que já havia desmaiado, recuperando o resto de sanidade que tinha levantou, limpando o canto da boca. Bucky apareceu logo depois, cambaleando, tinha uma marca roxa no olho esquerdo, digna de uma briga e tanto.

–Levem-na para a cela, e quanto a você Barnes, preciso de mais um serviço. Quero que cuide dela até estabilizarmos os níveis de sanidade daquela vagabunda! –Nemêssis despejou tudo de uma vez.

–Nem pensar, quero o que me prometeu. –Bucky já levantava o punho ameaçando o homem mais velho.

–Se quer o que eu prometi, cuide dela. Garanto que ninguém sabe de tanta coisa quanto ela sabe. –Nemêssis havia feito uma jogada, as informações estavam com a menina! Com um urro Bucky se juntou aos cientistas que tentavam levantar Beliel. Ele suspirou e ergueu-a com um braço apenas, depois disso os cientistas haviam guiado ele por um longo corredor, com uma salinha no final. Bucky se deparou com um avançado sistema de segurança, digno da SHIELD. Depositou-a no meio da sala, ao mesmo tempo uma substância pegajosa a encapsulou dos pés as asas, deixando apenas a cabeça de fora.

–Seu turno começa a partir de já, soldado. –O cientista mais corajoso falou, enquanto saia da sala.

Bucky sentou no chão e ficou observando a menina, agora tão serena. Apenas a cicatriz destoava, lembrou-se da bandana que carregava em seu bolso e puxou para fora, sentindo o doce perfume conhecido invadir suas narinas. Jogou a bandana na menina e pensou no lapso de memória que tivera.

Rússia 1954:

O Soldado Invernal estava acordado novamente, procurava pela SHIELD e pela AA, sua missão era acabar com o Capitão e com aquela que chamavam de Beliel.

Estava na base da AA quando a viu, sua missão, Beliel Engel parada casualmente ao lado de um carregamento de armas pesadas, estava bonita em um sobretudo preto que ocultava-lhe as asas prateadas.

Seu rosto tão liso para uma guerreira, nenhuma cicatriz.

Ela sentou em um caminhão, ligou e começou a dirigir, estava levando as armas para outro lugar. Bucky não perdeu a chance, subiu na traseira do caminhão e acompanhou. Em um momento que ela fez uma parada ele estourou um dos canos que fazia o caminhão andar, aos poucos o caminhão parou e Beliel desceu, totalmente alarmada, as asas abertas e esticadas ao lado do corpo esguio.

Bucky pulou da traseira já atirando nela, que se esquivou rapidamente, ela bateu as asas que arrancaram a arma das mãos do soldado. Teriam que lutar corpo a corpo.

Beliel achou o soldado um tanto engraçado, o braço lhe conferia uma aparência terrível mas os olhos, não eram maus, eram complexos. O soldado era bonito, era a primeira vez que ela enfrentava ele, era a primeira vez que se viam, mas ela sabia tudo sobre James Buchanan Barnes, ou Soldado Invernal.

Aplicou-lhe um golpe com as asas. Ele não iria parar.

–Pare, eu preciso rir. –Ela voou uns metros acima dele, rindo.

–O que tem tanta graça? –Seu sotaque era pesado, russo. Ele estava bem irritado.

–Seus olhos, são complexos, você tenta ser mau, mas é uma vítima. Olha pra mim, por que não vem pra AA, eu sei o que a HIDRA faz com você, vamos pra AA, você nunca mais vai precisar sofrer, eu prometo. –Ela ofereceu de coração isso.

Bucky viu ali uma oportunidade de cumprir sua missão e aceitou. Subiram no caminhão juntos, depois de ele ter arrumado o caminhão, ela ainda de olho nele, ele tão despreocupado.

Conversaram pouco no caminho, mas ela parecia uma pessoa relativamente boa.

–Qual seu nome, soldado? –Ela perguntou em certo ponto.

–Sou o Soldado Invernal, não tenho nome. E você? –Ele realmente não sabia seu nome, mas queria saber o dela.

–Me chame de Anna. –Sorriu com o canto da boca.

–Mas todos te chamam de Beliel, ou Belona, eu li seu formulário, não havia nada de Anna. –Ele estava visivelmente confuso.

–Eu prefiro Anna, me remete à algo mais bondoso. –Ela falou, anos depois ele viria a descobrir que ela tinha dupla personalidade, algo bem confuso e totalmente bipolar.

O soldado cruzou os braços em sinal que não falaria mais nada. Ela suspirou e assim chegaram até um ponto bem deserto da estrada, estava na hora do Soldado atacar.

Chutou a direção e o caminhão virou, Anna bateu a cabeça no vidro e ele se jogou contra o corpo dela, voaram pela janela e caíram no chão cheio de neve, Anna empurrou o Soldado contra o chão e abriu suas asas, pronta para voar, mas sentiu que ele a puxava para baixo, caiu no chão e foi fortemente chutada nas costelas, sentiu sangue em sua boca e cuspiu no chão deixando-o vermelho.

Ele pegou uma faca e parou no meio do caminho, hesitante. Ela tinha lhe dado uma chance, por que não dar a ela uma chance? Era a primeira vez que ele não seguia as ordens, o velho Bucky havia sobressaído ao Soldado Invernal. Ele bateu com o cabo em sua cabeça, desacordando-a, ia leva-la para HIDRA, eles saberiam o que fazer.

Mas quando ia guardar a faca o caminhão explode, seus corpos são jogados para longe, a faca corta alguma coisa e sangue voa para todo lado, Bucky desmaia.

O Soldado levanta tonto, vê uma faca suja de sangue em sua mão. Lembra-se da sua missão, lembra de confrontá-la, mas não lembra de mais nada a partir deste ponto. Deduz que já matou a moça, a faca suja de sangue prova isso, o caminhão explodido também. Com a missão cumprida o Soldado segue para longe, deixando no chão gelado, não muito longe dali, uma mulher desacordada, enterrada na neve, o rosto vertendo sangue e tingindo tudo à sua volta de vermelho vivo.

Novamente os personagens abordados aqui vão ser:

Nemêssis - Clint Eastwood

James "Bucky" Barnes - Sebastian Stan (n/a: não divido ele com ninguém ♥)


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Notas finais do capítulo

Criei um shipp, Beliel + Bucky = Buckiel



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