Desastres e Confusões escrita por Raquel Viena


Capítulo 3
Ganhando ou Perdendo amigos




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Depois de rodear praticamente toda a escola me dirige a sala por mais que a presença de Ethan fosse um conforto, por mais que ele me fizesse rir por mais que me perguntasse se estava tudo bem eu negava me omitindo, as últimas aulas se passaram rápido, a minha cabeça girava pelo fato de saber que voltaria para casa com Johnny, o sinal tocou e os corredores se encheram.

_Ainda não acredito que esteja bem _ Soou a melodia perto do meu armário.

_Sabe quando você acorda e tudo começa a dar errado? _ Perguntei gesticulando.

_Sim, queria te ajudar _ Sua voz se afinou e seu belo rosto se torceu.

_Porque quer tanto me ajudar _ Retruquei sabia que seriamos ótimos amigos, mas esse era o primeiro dia de aula e estava tudo tão confuso e rápido.

_Pode parecer pretencioso e egoísta, mas, você foi à única garota que conversou comigo de maneira descente e correta _ Ri do seu jeito de falar era perceptível que todas as garotas da escola ficaram felizes com a chegada dele.

_Entendi deve ser muito complicado ser cantado por todas as garotas do colégio.

_Fica ruim quando você fala _ Rimos juntos _ Pelo oque ouve dizer muitos garotos querem ficar com você também.

_Me diz um, durante todos os anos nunca recebi uma cantada ou um pedido para um encontro _ Relatei me lembrando de todos os bailes acompanhada pelo mesma pessoa Johnny eu chorava muito pedindo para não ir, ficava com medo de que aquilo fosse uma obrigação para ele como se a prima feia precisasse de cuidados.

_Claro os seus primos afastam todos.

_Como? _ Procurei reformular a frase não acreditei que passei todos esses anos sozinha me sentindo a criatura mais feia do mundo, por culpa da minha família.

_Deixa eu te levar em casa agente podia tomar um sorvete ou um café _ O segurei pelo punho arrastando pelo estacionamento passei atropelando todos os meus primos inclusive Johnny que ferveu de ódio, o carro de Ethan era lindo com certeza o mais bonito da escola não analisei muito somente entrei os meninos apareceram batendo no vidro pedi para que acelerasse os deixando para trás fomos em uma sorveteria perto da minha casa ficamos conversando por horas e tomando sorvete já que a neve cedeu um pouco dando lugar ao sol por alguns instantes.

_Então você namorava a capitã das lideres de torcida da sua antiga escola e era o capitão dos debates acadêmico?

_Sim, gosto de fugir dos padrões.

_Percebo, mas me diz por que seus pais resolveram voltar?

_Meu avô e meu pai tem muitos negócios aqui e estavam precisando de melhor gerenciamento.

_Entendo, acho melhor nos irmos não avisei para minha mãe ou para meu pai com certeza os meninos devem ter inventado um monte de histórias_ Rimos e entramos quando Ethan parou na porta eu beijei sua bochecha e sai o carro de Johnny estava parado na porta entrei subi as escadas calmamente, minha mãe estava tranquila papai tremendo em pé.

_Estou viva Eba! _ Sibilei sarcástica não dei chance para ninguém me perguntar nada tranquei a porta os murros do meu pai ameaçavam destruir a porta, mas não tive medo e continue a deixar ela em seu estado atual fui tomar banho e me arrumar para a festa na casa da minha tia podia ser uma forma de esquecer o meu primeiro dia de aula, liguei o chuveiro sentindo cada gota de água quente tocar minha pele, sai de toalha indo para sala sem me importar quem estava ali somente Johnny estava lá não precisava ficar com vergonha ele já tinha me visto pior, por que quando dormimos juntos na mesma casa ele costumava invadir o banheiro.

_Ainda vai ter alguma coisa na sua casa _ Ele assentiu e se aproximou eu me virei ia andar mais senti a sua mão em meu braço apertava forte o seu olhar era de pura fúria.

_ Como você entra no carro de um desconhecido_ Era nítido a força que ele fazia para não gritar.

_Primeiro ele não e um desconhecido ele é meu amigo, agora solta o meu braço e sai da minha casa _ O empurrei vendo a marca que ele deixou em min estava roxo e doía.

_Sinto muito olha oque eu fi...

_Sai da minha casa, antes que eu mesma te machuque _ Ele saiu cabisbaixo, não derramei uma lágrima sequer eu tinha duas opções à primeira era chorar e tentar entender porque Johnny agiu dessa maneira hoje ou ir para o meu quarto me arrumar e fingir que nada aconteceu optei pela segunda se ele não queria ser mais meu amigo o sentimento era recíproco não iria ser amiga dele somente uma familiar distante coloquei um vestido vermelho com um tênis cacheei os cabelos e fui obrigada a usar um casaco que cobria os braços mesmo não sentindo o frio que sentia de manhã, quando fui para sala minha mãe estava sentada no colo do papai eles estavam atracados um na boca do outro.

_Sinceramente, não entendo como sou a única filha de vocês _ Indaguei enquanto abria a porta e fazia um sinal para que eles também saíssem.

_Eu queria te dar irmãos, mais a beija-flor não quis _ Respondeu meu pai com tom de choramingo, rimos da forma como ele falo.

_Travis a Lia da trabalho para uns quatro.

_Ei não dou não _Retruquei indignada cruzando os braços e entrando no carro.

_E verdade _ Confirmou papai, depois de todas as acusações resolvi ficar calada pensando em qualquer coisa que não fosse o meu primo idiota mais falhei consideravelmente chegamos à casa da tia Mare era um sobrado igual ao nosso só com muito mais verde e colorido os meus pais eram mais talhados de cinza e branco, tocamos a campainha minha tia quando viu minha mãe abraçou e nos puxou para dentro a conversa fluía alto segui em direção à cozinha e me sentei na bancada Tina veio e me abraçou.

_Oi _ A cumprimentei sorrindo forçadamente.

_Não está bem ainda né? _ Iria respondê-la só que me tia e minha mãe invadiram a cozinha rindo.

_Lia, pede pro Johnny descer ele tá no quarto _ Segurei para que o suspiro não saísse Tina me olhou disfarçando a risada, subi às escadas contando os degraus a porta do quarto estava aberta então empurrei não havia ninguém entrei e fechei fiquei olhando a nossa foto na sua mesa de cabeceira foi em um dos bailes que ele me acompanhou estávamos dançando e felizes a porta da suíte se abriu e saíram Johnny e Melissa somente de toalha com os corpos molhados.

_Me desculpem _ Sai batendo a porta não conseguindo enxergar muita coisa com as lágrimas tampando a minha visão desci as escadas pulando e os degraus fui para o quintal corri sem ninguém perceber para casa da árvore ela estava pouco iluminada, mas ainda havia uma fraca luz os soluções eram incontroláveis e não conseguia parar de tremer ouve alguém subir as escadas e tentei me limpar.

_Quem é? _ Perguntei chorosa.

_Sou eu _ Reconhece a voz doce e grossa.

_Oque quer Johnny? _ Perguntei irritada, enquanto ele aparecia e sentava-se ao meu lado.

_Sempre se escondia aqui quando éramos crianças _ Sorri ao me lembrar de como fui feliz em todos os anos com minha família imperfeita e barulhenta com pais teimosos e amigos não normais.

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