Da amizade ao amor escrita por Doladoavesso


Capítulo 27
"when you love someone it comes back to you..." - Finale


Notas iniciais do capítulo

Gente eu disse que faltava dois capítulos, mas eu ia fazer um epílogo. Não achei necessário, esse final, pra mim, ficou muito fofinho!!
Espero que vocês gostem!!
Obrigada por tudo, de verdade! Amo vocês

https://www.youtube.com/watch?v=J74Y6kDDTkM
Música - Love Someone - Jason Mraz



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Cobra POV

Karina me encarava, um pouco mais calma. Sua cabeça estava encostada na porta do QG. Eu olhava pra ela, sentado na cadeira de um dos computadores.

– Fala logo Cobra! – Falou ela, enquanto tentava manter a pose de durona. Dei meu melhor sorriso e comecei.

– K, eu sei que eu fui impulsivo, sei que talvez eu tenha jogado uma coisa que eu sempre quis fazer, fora, mas eu não podia jogar você, entende? – Ela fez que não e eu bufei. Me levantei da cadeira e passei as mãos no cabelo, nervoso. Karina só podia estar de brincadeira comigo. Eu venho de longe por ela, e é assim que ela me trata? Me sentei no chão à sua frente, com uma cara que não devia estar nada boa, pois ela se encolheu completamente. – Quando você vai entender que eu te amo? – Perguntei, passando a mão por seu rosto, que relaxou com meu toque.

– Cobra, a gente pode se amar, mas só amor não dá. Entende uma coisa, a vida separa as pessoas. Se for pra ser, a gente vai se reencontrar no futuro. Mas eu não quero ser a causa da sua desistência de lutar. Você chegou aqui com esse pensamento, o que mudou? – Ela falou tirando a minha mão de seu rosto.

– Você aconteceu Karina! – Peguei seus ombros. – Eu percebi que se fosse pra eu lutar, e continuar naquela vida imunda que eu vivia antes de você, eu preferia ter uma vida normal, e me casar com você, termos filhos... – passei a mão em sua barriga e ela sorriu. – eu quero ter muitos filhos com você... – me aproximei e cheirei seu pescoço. – eu quero você como minha mulher. – beijei seu pescoço e ela se arrepiou. Me afastei e ela me olhou confusa. – Mas você não quer e... – foi muito rápido. Karina pulou em mim, e me beijou. Se eu não a segurasse pela cintura, nós teríamos ido de encontro ao chão.

Passei minha mão por sua barriga, que estava exposta, já que a blusa subiu. Ela estava entrelaçada ao meu pescoço, e puxava meus cabelos. Senti uma dorzinha e pra revidar, puxei seu lábio inferior. Ela me deu um tapa no ombro. Nos separamos e ela sorriu pra mim, ainda em meu colo.

– Você é um saco sabia! Eu não consigo brigar com você, ou não te beijar. – Eu gargalhei e ela me bateu de novo. – Sabe por que? Porque você é o homem da minha vida senhor Cobreloa, e eu te amo muito! – Agora foi a minha vez de beija – la. Ela me empurrou levemente e se levantou. Saiu andando para dentro do QG e voltou seu olhar pra mim, malicioso. Caminhei até ela e agarrei seu quadril.

Karina POV

Meu Deus, eu amo demais esse homem! Cobra me deitou em sua cama e tirou meu sapato, brincando com os dedos dos meus pés, enquanto me encarava com um olhar de desejo. Depois abaixou minha bermuda preta. Em seguida foi a vez de tirar minha blusa e eu fiquei só de lingerie na sua cama.

– Acho que eu estou em desvantagem. – Sussurrei em seu ouvido e me levantei um pouco, a ponto de tirar sua blusa. Me aproximei do seu peitoral e beijei toda aquela extensão. Senti ele arfar. O empurrei na cama, e ele caiu deitado, mas me encarando. Abri sua calça jeans, o olhando com meu olhar mais sensual possível. Mordi sua barriga e desci a calça lentamente. Subi, ficando por cima dele, e mordisquei sua orelha, falando em seguida:

– Minha vez de te dominar. – Ele puxou meus cabelos e levantou o rosto para beijar meu pescoço. Enquanto ele ia fazendo isso eu abaixei sua cueca. Ele parou o que estava fazendo e sorriu, me virando na cama e entrelaçando nossas mãos.

– Você é minha! – Ele disse e me beijou, enquanto nossos corpos se uniam.

Cobra POV

Acordei após uma noite de jogos sexuais com a Karina. Aquela tinha sido uma noite maravilhosa. Nós havíamos ficado acordados até de manhã, nos divertindo e muito. Olhei pro lado e vi Karina colocando sua roupa. Ela me olhou de forma esquisita e eu levantei, puxando seu braço antes que ela fosse embora.

– K, eu te machuquei? – Foi a primeira pergunta que veio na minha cabeça.

– Não Cobra. – Ela deixou uma lágrima escapar. – Só lembra de uma coisa, eu te amo muito. – Ela segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou. Tentei aprofundar o beijo, mas o telefone tocou. – Atende, é pra você. – Ela tinha pego a chave que eu tinha colocado no bolso da minha calça e saiu porta a fora, enquanto eu procurava meu celular.

– Alô? – Falei e Romeu respondeu. –Romeu? – Perguntei incrédulo.

– Oi Ricardo, então, sua namorada ligou pra mim hoje de manhã e me disse que você tinha mudado de idéia, fiquei muito feliz em saber. Mandarei a passagem hoje. Você ainda será um grande campeão rapaz. – Ele disse e desligou. Me sentei na cama, desapontado com Karina.

Karina POV

Cheguei em casa e vi Bianca vendo televisão. Corri até ela e a abracei.

– O que foi K? – Perguntou, nervosa, enquanto acariciava meus cabelos.

– Eu fiz o certo irmã! Eu liguei pro treinador do Cobra e ele vai voltar para o exterior. – Bianca me abraçou, penalizada pelo meu sofrimento, mas esse era o certo a fazer.

Ouvi uma batida na porta e retesei meu corpo.

– É ele, não deixa ele entrar. – Implorei. Bianca pediu que eu ficasse quieta e abriu a porta. Suspirei aliviada quando vi que era João.

– Desculpa é que eu esqueci minha chave. – Falou, sem graça. Ele olhou pra mim e veio até mim. – Karina, o que aconteceu?

– Nada João, eu vou ficar bem. – Sorri para ele e me deitei no quarto. Eu estava muito cansada pela noite que eu tinha passado com Cobra e logo adormeci.

Uma... duas... três... três barulhos. Será que havia entrado algum ladrão em casa? Olhei para Bianca que dormia feito um urso hibernando. Me levantei lentamente e peguei o troféu de atuação da Bianca. Era pesado, iria servir. Saí andando, até que fui puxada por trás, ia gritar, mas uma mão tapou a minha boca. Eu percebi que estávamos na cozinha. Mordi a mão de quem quer que fosse.

– Ai. - Resmungou. Aquela voz? Me virei irritada, apontando o troféu pra ele.

– O que cê ta fazendo aqui? – Perguntei, com a cara amarrada.

– Eu quero saber que idéia é essa de ligar pro Romeu e dizer que eu vou embora. – Ele sussurrava, mas estava bem bravo.

– Eu fiz o certo. E você vai não vai? – Perguntei insegura sobre qual resposta eu queria ouvir.

– Vou. Vou porque eu percebi que não tem mais nada pra mim aqui. – Ele disse e eu senti uma lagrima escorrer. – Eu estou cansado da gente sempre brigando. Nós não somos um casal normal. – Ele resmungava, enquanto andava de um lado para o outro. – Você não me quer, é isso? – Perguntou, e se aproximou de mim.

– Lógico que eu quero! Mas eu te amo tanto, que eu quero te ver feliz. – Respondi. Ele tirou o troféu da minha mão, e me puxou até a dispensa. Logo ele me colocou entre ele e a parede, me forçando a colocar meus pés envolta do seu quadril. Tudo que ele fazia era rápido, ele tirou minha blusa com muita facilidade, enquanto beijava meu pescoço, e abaixava sua calça.

– Cobra... – sussurrei. – Aqui não, é a minha casa... – Ele não parava de me beijar e eu ia cedendo pouco a pouco.

– Fica quieta Karina... – Ele sussurrou e me beijou na boca, enquanto puxava meu cabelo. Fiz o mesmo e me agarrei em seus cabelos. Sem querer bati o braço numa lata que caiu. Nos assustamos e eu o empurrei, descendo do seu colo e colocando a blusa.

– Tem alguém aí? – Ouvi meu pai gritar. Fiz sinal para Cobra ficar quieto e saí da dispensa.

– Oi pai, eu tava procurando... – meu pai me olhou desconfiado. – o achocolatado na dispensa. – Bebi rapidamente o leite. – Vamos dormir.

– Vamos filha. – Meu pai beijou minha cabeça e nós seguimos andando. Deixei meu pai no quarto e corri para a cozinha de novo. Sorte a minha que João estava dormindo na casa do Pedro, senão seria uma confusão. Cobra saiu com cara de bravo, mas querendo rir e me deu um beijo quando chegou na porta. Virei meu corpo e levei um susto quando vi meu pai. – Karina! – Falou ele bravo. Eu comecei a chorar e o abracei.

– Ele vai embora pai. – Chorei, soluçando, vendo o amor da minha vida ir embora novamente, mas dessa vez, pra sempre.

2 MESES DEPOIS

Cobra POV

Rúbia voltou a ser minha agente e Romeu aceitou minha volta com muita alegria. Eu ainda amava Karina, mas eu começava a entender o que ela dizia de “amar tanto alguém, a ponto de quere – lo ver feliz.” Ao contrário da primeira vez, nós mantínhamos contato por redes sociais, eu sempre a via bem, sabia que ela tinha ganho um campeonato e ficava feliz por vê – la crescendo.

Hoje eu teria uma luta. Abri o Instagram e vi uma foto de Karina. Não exatamente da Karina. Era de uma paisagem, vista de um avião. Ela deve ter sido aceita no intercâmbio do Canadá. Ela tinha me dito que faria a prova. Eu fiquei feliz por ela, mesmo sabendo que ela poderia conhecer um canadense gente boa, e esquecer do marrento aqui.

– Está pronto Cobra? – Perguntou Rúbia, entrando no meu quarto.

– Mais do que pronto! - Falei, mas não era verdade, eu estava nervoso. O cara que iria lutar comigo, era bem maior do que eu, e já tinha uma certa experiência.

– Vamos então, o táxi está esperando. – Assenti, peguei minhas coisas e fomos. Cheguei lá e me preparei mentalmente. Pensei em Karina, e no quanto ela confiava em mim. Aquelas pessoas confiavam em mim, e por elas eu ganharia.

Do outro lado, o rastejante, Ricardo Cobreloa, o Cobra! – Ouvi anunciarem meu nome e entrei. A luta começou boa, consegui alguma vantagem sobre o outro, mas eis que ele conseguiu reverter a situação. Comecei a tentar me livrar dele, que me batia. Senti meu nariz sangrar. O round acabou e eu me sentei, ouvindo todos os meus companheiros falarem. Mas uma coisa me chamou atenção. Olhei de novo, sem acreditar. Até que ela virou pra mim. E sibilou você vai ganhar.

O segundo round eu fui preparado. Não sabia se estava delirando com Karina ali, mas foi o suficiente para me deixar forte e ganhar a luta.

E o vencedor é: Cobra!– A torcida foi à loucura. Era um sentimento único. Tentei procura – la, mas só via um mar de gente. Era isso... uma ilusão.

Cheguei no quarto de hotel, cansado. Rúbia até tentou fazer uma massagem em mim, mas eu não queria nada com ela. Consegui tira – la do quarto e tomei um banho. A campainha tocou e irritado eu fui atender.

– Rúbia eu já falei que... – Fiquei quieto quando vi que não era Rúbia que estava na minha frente. Dois olhos azuis piscavam freneticamente. – Karina? – Perguntou, abobalhadamente. – Entra. – Falei dando passagem para ela.

– Rúbia é a sua agente bonitona? – Ela perguntou e levantou uma sobrancelha.

– Sabe que eu nunca reparei se ela é bonita. – Ela deu um tapa no meu braço. – O que você faz aqui? – Perguntei. Ela olhava o cômodo, era um quarto de hotel, eu ainda não havia procurando uma casa. – Você disse que ia pro Canadá, e está aqui, em Nova York. – Falei, ainda surpreso.

– Não é interessante? – Ela falou, debochada. – Sabe Cobra... – ela se sentou na minha frente. – Depois que você foi embora, meu pai percebeu que seria muito difícil me segurar no Brasil e eu fiz a prova de intercâmbio para Nova York. – Eu a olhava chocado.

– E você não me contou nada? – Me levantei.

– Era surpresa. – Ela disse rindo. Eu a puxei e ela veio de encontro a mim, e cheirou meu pescoço. – Eu estava com saudades do seu cheiro. – A abracei, ainda sem acreditar que a minha princesa estava ali.

– Eu não disse que o nosso amor estava escrito? – Falei e ela me encarou, sorridente.

– Meu amor, eu percebi que sem você não dá pra viver... – ela me olhou, e passou a mão no meu rosto. – Se não tivesse escrito, eu escreveria. – Eu sorri, e mordi seu dedo que passava pela minha boca. – e sabe qual seria o título? – Ela perguntou e eu neguei, beijando a sua mão. – Cobrina.

– Ta aí, gostei do nome. – Eu disse e ela sorriu. A segurei no colo e caminhei com ela até a cama. Não importa o que façam, o que digam. É destino. Eu sou destinado a ser dela, e ela a ser minha. Seremos Cobrina até o fim.


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Notas finais do capítulo

Galerinha!! É o último!!
COMENTEM!!
Beijinhos da titia *-*