–Então... há um grupo de pessoas, que caçam essa Teigo, que está com o Luke... e você acha que eles o pegaram? –Pergunta Elias.

–É isso mesmo. –Responde Sir. Zack.

–E por que eles querem essa Teigo? –Pergunta Tony.

–Como vou sabe?! Pergunte a eles. –Ele se vira e anda em direção a seu quarto, mas antes que saísse da vista de seus subordinados. –Mas nós temos que acha-lo. –E bate a porta.

Kuran segue seu antigo companheiro e fecha a porta com um baque depois de entrar no quarto, onde Sir. Zack fingia analisar alguns papeis.

–Por que não disse tudo a eles? –Pergunta Katsu, não repreenderia seu superior, mas queria entender seu amigo. –Está com medo que eles tentem o matar? –Pergunta ele com um sorriso divertido, ele faz o papel que estava nas mãos de Sir. Zack levitar e pousar sobre a sua. –O grande e velho Jack Lukerhan está com medo? –Ele finge ler o papel e faz um aviãozinho com o mesmo, sem o tocá-lo, apenas usando sua Teigo.

Enquanto observava o papel ser dobrado na forma de um avião, Zack solta uma curta risada nasal.

–Não me chame assim aqui, e nem em lugar algum, Jack Lukerhan não sou eu. Não mais.

///

–Ichiwaka Ryotaro. –Chama Artimus encostado na porta de sua cela. O prisioneiro levanta a cabeça ao ouvir seu nome ser chamado. –Você nos fará um favor. –Ryotaro abaixa novamente a cabeça e abre um longo sorriso, que não pudera ser visto por Artimus.

–Você acha que dará certo, Bernistein”-san”? –Ele ergue a cabeça com o mesmo sorriso sádico nos lábios. –Você não conhece Johann, aquele cara bonzinho que lutou com a geração passada não voltará a existir, vocês estarão lidando com algo muito maior que isso...

–Blá blá blá, que saco, vamos logo. –Diz Jazz, ele abre a porta da cela e puxa Ryotaro pelas grossas algemas em seus pulsos.

Eles caminham em silêncio até novamente a cela de Johann, eles veem Vincent assustando-o com caretas e gritos, que de fato surtiam efeito no mais velho, que encarava-o com uma expressão de terror enquanto o outro ria.

–Ei ei, não quer fazê-lo ter ódio de você né? –Pergunta Jazz rindo. Vincent apenas o ignora.

–Agora faça! –Ordenou Artimus, ele estava com uma expressão assustadora encarando Ryotaro.

Nossa... isso me lembra um pouco o Johann com raiva... –Pensava Ryotaro.

Johann encara o homem heterocromático a sua frente sem dizer uma palavra, como se não se lembrasse quem fosse.

–Ei... eai Johann... quanto tempo. –Ryotaro começa a rir escandalosamente como se aquilo fosse a melhor das piadas. Artimus tira a Teigo de Ryotaro de dentro de uma caixa lacrada, dada a ele pelo diretor.

–Se você PENSAR em fugir, eu saberei. –Ele então entrega a Teigo nas mãos de Ryotaro, que sorri ao sentir sua Teigo novamente sob seu domínio.

Sem dizer mais uma palavra Ryotaro aponta o Yo-yo para Johann e joga-o em sua direção enquanto segurava a corda, o yo-yo para a alguns centímetros de Johann.

–Yang! –Uma grande alma branca sai do corpo do homem de cabelos rubros, e ao mesmo tempo uma alma negra saia do Yo-yo, era a maior alma que Ryotaro já vira.

Ei ei... isso vai dar merdinha... –Pensava Ryotaro.

Logo tudo estava acabado, diferente do que pensaram, Johann não desmaiara e nem enlouquecera, ele permanecia na mesma posição de antes, porém com os cabelos cobrindo-lhe os olhos.

–Johann?... –Chama Ryotaro um tanto preocupado, então ele ergue a cabeça, seus olhos pareciam mortos, sem brilho algum.

De repente Johann abre um largo sorriso que parecia mal caber no rosto, mas seus olhos continuavam da mesma forma.

–O que queres saber, senhor Artimus? –Pergunta Johann.

–... Queremos saber quem raptou Luke e quem eram aquelas pessoas encapuzadas.

–Ora ora, é mesmo tão complicado a ponto de me trazer de volta, com perguntas tããão bestas? –Ele da uma risada estranha que parecia :”fufufufufu” –Fui eu!

///

–Será que tá tudo bem com eles? –Pergunta Nayemy quebrando alguns gelos com os dentes.

–Hun... com certeza não. –Diz Hank. Todos o encaram estupefados, sabiam o mesmo podia prever um pouco do futuro com sua Teigo. Mas só então ele próprio se lembra de tal coisa. –Ei ei, é brincadeira relaxem.

–Não brinca assim idiota! –Diz Angelin, ele abraça Nayemy fingindo chorar. –Não escute ele Nayemy-chan, vai ficar tudo bem.

–Hank-senpai, vamos comprar sorvete? –Pergunta Houjou aleatoriamente, chamando atenção de todos ali. Ele tinha um sorriso infantil no rosto.

–...Tenho cara de papai? –Retruca Hank com desdém, mas ao ver a feição chorosa (E MENTIROSA) do “garotinho” a sua frente, que parecia prestes a se derramar em lágrimas ele concorda.

–YEEEEY SORVETE! SORVETE! –Houjou agora sorria a pulava puxando a manga da blusa de Hank para fora da sala de reuniões. –Você paga pra mim Hank-senpai? –Ele volta a ter uma carinha tristonha. –To sem dinheiro...

–Arg... ta eu pago.

–YEEEEEY

–Eeeeei, amos também Angelin-san? –Pede Nayemy com as mãozinhas juntas e fazendo beicinho.

–WOOOON fofa, claro que vamos! –Angelin a puxa pelo pulso até fora da sala de reuniões.

Eles andam até uma pequena sorveteria próxima ao palácio.

–Eu quero um pouco desse, desse, esse aqui também e aquelas três caldas também! –Diz Houjou enquanto sorria e escolhia os sabores para seu sorvete. Hank encarava o sorvete sendo montado e teme pelo seu dinheiro, acabando por pedir para si só apenas um Napolitano.

–Hun... eu vou querer três desse e calda de morango. -Diz Nayemy.

–Dois de flocos. –Diz Angelin simplesmente, pegando seu sorvete, pagando-o e sentando-se na mesma mesa que seus companheiros.

Quem os visse achariam que eram uma família... que fofo.

–Nunca... nunca mais pago sorvete pra você. –Diz Hank olhando acusatório para Houjou que devorava feliz seu sorvete.

///

–Eu nunca o entendi Zack. –Diz Kuran fazendo o avião voar, Zack apenas alternava seu olhar entediado entre Kuran e o avião que voava pelo seu quarto. –Isso é até legal, seu estilo misterioso e tal. –Zack leva um pequeno susto (que não admitiria) quando Kuran da um forte tapa em sua mesa. –Mas seus pensamentos e seus porquês eu gosto de entender, por que mudou de nome? E por que aquele pirralho tem o seu nome antigo? –Kuran não era do tipo de lhe fazer ameaças, e sabia que aquilo não era uma. Mas seu amigo conseguia ser ameaçador quando queria.

Os dois se encaram por alguns minutos, com expressões sérias, até Sir. Zack quebrar a tensão com um riso de escárnio e abaixar a cabeça, para tornar a ergue-la ao dizer:

–Tudo se esclarecerá com o tempo, meu amigo.