Vários gritos são ouvidos vindo da sala dos Jaegers, pareciam sons de uma guerra, lâminas se chocando, explosões, gritos, ninguém entendia o que estava acontecendo.

–O que está havendo aqui? -Pergunta o próprio ministro adentrando a sala, como costume ele comia um pedaço de frango frito. Ele se assusta ao ver Artimus caído no chão, com uma poça de sangue a sua volta e todos os Jaegers com os olhos frios e Teigos molhadas com sangue. Apenas Nayemy Miller e Hank Mellinger não estavam na sala.

–Seus... idiotas... achei que seguiríamos o plano! -Artimus cospe um pouco de sangue.

–Neh, estamos cagando e andando pro plano Artimus"-san". -Diz Jazz sentando-se nas costas do homem caído.

–O..o...o QUE VOCÊS PENSAM QUE SÃO?! Vocês são soldados! Devem obedecer a capital! -Grita o Ministro já gritando pelos guardas.

–Tsc, a capital me da nojo. -Cospe Jazz se levantando.

Hank e Nayemy chegam com toda aquela gritaria.

–O que aconteceu aqui?! -Grita Hank já ativando sua Teigo assim como Nayemy.

–Desculpe Hank-senpai, mas Artimus-san era desnecessário, era um fraco! Acabamos fácil com ele. -O garoto dizia a tudo calmamente.

–E quanto ao "plano"?! -Pergunta Nayemy.

–Que se foda o plano! Ele era um fraco! Duvido que já havia escapado de dezessete prisões. -Responde Angelin.

–Eu não aceito isso! Ele era nosso superior seus idiotas! Não importa se ele era fraco ou não! -Retruca Hank partindo pra cima de Jazz, mas Azimut o impede com a pexeira em mãos.

–Não percebe Hank-kun? Um soldado mais fraco que seu inferior, não merece ser chamado de soldado. -Diz Azimut.

–Vocês vão aceitar serem levados a prisão por seus atos? Ou teremos que fazer do jeito difícil? -Pergunta Nayemy, então vinte soldados adentram a sala com armas em mãos.

–Tsc... Que saco! -Jazz tenta pular pela janela, mas é impedido por Nayemy que entra em sua frente. -Se nos prenderem, nós fugiríamos no mesmo dia.

–Verdade, é por isso que eu serei o guarda de vocês! -Afirma Hank. -Nunca deixaria traidores como você fugirem, na verdade, tem sorte por não estarem mortos.

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–Ei... a gente não já passou por aqui? -Pergunta Tony ao ver novamente a porta de número 101. -Essa... não foi a porta que abrimos? -Ele transforma seu dedo indicador direito em um clipe, amassa-o e tenta abrir a porta, após alguns segundos ela se abre. -Viu? Pra que destruir a porta? -Quando se vira para observar o cômodo, era exatamente igual ao que haviam visto, porém com três pedaços de madeira do mesmo estilo da porta caídos no chão.

–Ei... tem algo muito errado acontecendo aqui. -Diz Halt ao também observar o cômodo. -Vamos voltar ao salão principal.

Sem contrariar o companheiro Tony acompanha-o, depois de minutos que pareceram eternidades eles veem o salão principal, mas assim que pisam no grande tapete vermelho, a única luz do cômodo se apaga.

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–Kirigiri-san... é melhor voltarmos. -Diz Lea tremendo ao ver os quadros em que o famoso personagem do parque Smile, encontrava-se sem os olhos e com o sorriso riscado com um "X" vermelho escorrido, como se fosse sangue. -Não estou me sentindo bem nesse lugar...

–Para de reclamar Takatsu. Só vamos voltar quando tivermos alguma pista. -Responde secamente.

Aí... eu devia ter ido com o Halt ou com o Elias... -Pensava Lea.

E de repente, as luzes fracas do cômodo se apagam.

–KYYYAAAAAAA KIRIGIRI-SAN! -Grita Lea.

–Eu to aqui garota. -Diz dando um leve tapa nas costas da companheira, mesmo no escuro completo.

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–Cara... Olha isso. -Diz Takam observando o final do corredor, havia uma grande porta de ferro com correntes e cadeados, com uma placa escrito: "NÃO ULTRAPASSE" do mesmo vermelho que os outros avisos. -O que acha?... seguimos? Procuramos por eles?

–Nah, vamos seguir. -Elias anda até a porta e encara o cadeado, ele tenta abrir com as mãos, mas nada acontece. Ele retira o arco de suas costas e dispara contra a porta, que se desintegra rapidamente, logo em seguida as únicas luzes do cômodo se apagam.

–Que...que... que escuro... -Diz Takami com uma voz um pouco diferente.

–Takam? -Pergunta Elias tentando achar o companheiro naquele breu.

–S...sou Hikami... Senti uma presença estranha e... achei que meu mestre precisasse de mim... -Ele tinha a voz falha, como se estivesse com medo.

De repente uma tocha se acende atrás de onde ficava a grande porta de ferro, como se alguém quisesse que eles seguissem.

–Acho melhor nos encontramos com os outros... -Diz Hikami.

–Verdade... mas eu não lembro como chegamos aqui, então vamos seguir. -Diz Elias, não queria admitir, mas também estava com um pouco de medo.

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–Halt... você ouviu esse grito? -Pergunta Tony. -Parecia a voz da Lea.

–Nah, deve estar com medo do escuro. -Responde John. -Vamos apenas seguir por onde eles foram... que merda não consigo ver na... -Antes que pudesse terminar a frase Halt bate contra uma parede, então vê uma luz atrás de si.

Tony se segurava para não rir de sua cara, sua mão estava transformada em uma lanterna.

–Nem uma única palavra Tony Castell! Vamos seguir.

Eles continuaram andando na direção que Elias e Takami tinham ido, até que alguém pula na frente deles armado.

–AAAAHHHH MEU PAI DO CÉU NÃO ME ASSUSTA MAIS ASSIM CRIATURA! -Grita Halt ao ver que era apenas Lea, que também parecia assustada.

–Eu vi só uma luz cacete! Pensei que fosse alguém para me matar ou sei lá! -Grita ela de volta.

–Ah, são vocês. -Diz simplesmente Kirigiri que aparece virando o corredor.

Com Tony na frente para iluminar o caminho, eles andam até onde Elias e Takami estavam indo.

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Conforme andavam mais tochas apareciam nas paredes de pedra.

–Tem certeza que é uma boa ideia Elias-kun? -Pergunta Hikami.

–Não... mas é melhor descobrirmos logo o que é.

Eles escutam o som de pessoas os chamando, parecia ser de seus companheiros, eles gritam de volta e dizem que continuariam indo em frente, e assim fazem.

Ao final do corredor, havia outra porta, dizendo: "FANTASIAS".

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Os Jaegers criminosos largam suas Teigos como foi ordenado e se ajoelham, colocando suas mãos sobre suas cabeças. Nayemy ajuda Artimus a levantar e o leva até a enfermaria. Hank vai junto aos guardas escoltar seus antigos companheiros até a prisão.

–Não acredito que confiei que idiotas como vocês seriam meus companheiros. -Diz ele secamante.

–Assim como borboletas correm de lagartas, um soldado serve apenas a alguém melhor que ele próprio. -Responde Azimut no mesmo tom.

Eles ficam horas em silêncio, em um barco que os levaria até a prisão, Hank e outros soldados tiveram que lutar contra alguns monstros que tentavam afundar o barco, mas com certa dificuldade os impediram.

Finalmente chegam a prisão, nela haviam quatro "torres" principais, onde os guardas podiam observar os presos, uma área vazia onde os mesmo ficavam quatro horas ao dia, as celas ficavam nas grossas muralhas, os presos comiam em um pequeno refeitório, onde os temidos lvl 1 faziam suas refeições primeiro, logo depois os de lvl 2 e depois os de lvl 3, que eram os mais temidos. Tudo isso foi explicado para os Jaegers criminosos pelo mais velho guarda que os escoltava.

–...Artimus-san era de qual nível? -Pergunta Houjou, não se aguentando de curiosidade, o homem de idade olha-o com uma expressão vazia antes de responder.

–Lvl 4. -Responde secamente. -Foi um dos únicos casos de lvl 4, ele não tinha capacidade para fazer suas refeições junto a nenhum outro preso, quando tentamos deixá-lo no lvl 3... nove homens que apenas zombaram dele foram achados mortos. Então ele foi transferido para um novo horário, onde ele fazia tudo completamente sozinho.

–Que homem assustador... -Diz Azimut.

–Na verdade... ele se dava bem com um outro cara, que também colocamos no lvl. 4, Jack Lukerhan era seu nome, mas Artimus estava no lvl 4 a um mês quando ele chegou, tsc três dias depois os dois malditos fugiram. -Continuou o homem enquanto andavam.

Eles passaram em frente a várias celas, Hank não dizia nada, mas aquele era a mesma prisão que estivera junto a Nayemy a algumas semanas atrás.

///

Elias tenta abrir a porta da mesma forma que a anterior, mas a porta se mostrava imune a sua Teigo.

–Nah, isso não ta funcionando, vamos voltar. -Diz ele após a terceira flechada, anda até a porta e pega suas flechas de volta, ele se vira para Hikami e percebe a feição assustada do mesmo. -Que foi? Essas flechas não difíceis de arrumar! -Hikami aponta para a porta mostrando que não era por isso que estava daquele jeito, a porta se abrira por livre e espontânea vontade.