Mesmo tendo falado tais coisas, Elias sentia-se preocupado com a irmã, sabia que ela passara por inúmeras experiências ruins que poderiam ser usadas por Yuki. Tentando manter o máximo de atenção na missão, ele e Hank chegam em uma sala, onde havia um garoto com roupas e cabelos cinzas, parecia ter saído de um filme antigo.

–Ora ora, então aquelas incompetentes deixaram mesmo vocês passarem, assim como Johann falou que seria. –Diz o garoto.

–Onde estão nossos companheiros? –Pergunta Elias.

–Quem sabe? Mesmo se passarem por mim, não saberiam qual é o corredor correto. Mas só terão essa chance SE passaram por mim! –Grita ele, avançando até os dois e tentando acerta-lhes um soco. Mas eles desviam e Okisuke acerta a parede explodindo-a.

Ele pode explodir as coisas?! Esses caras tem umas habilidades muito problemáticas. –Pensam eles.

Hank e Elias se entreolham, mesmo não conhecendo as habilidades um do outro, teriam de confiar para que pudessem derrotar o garoto acinzentado.

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–Por que você faz isso?! Pra que sequestrar nossos companheiros?! -Pergunta Lea quase gritando com Johann.

Ele mistura uma carta de água com outra de fogo, criando assim uma densa neblina.

–Por que? Minha vida vida é entediante, a vida de rebelde é entediante, a vida de soldado é entediante. Eu apenas procuro emoção, isso me exita. Como consigo prever o futuro, tudo para mim é entediante, mas isso, o hoje, eu não consegui previr o que aconteceria. Isso sim é a emoção que eu procurava, mas isso só foi possível por termos capturado seus amigos. Incrível não? -Responde Johann.

–Eu nunca ouvi tanta merda ser dita junta. A vida é entediante? Se mate e acabe com esse tédio sem comprometer a vida de outras pessoas. -Diz Hayate olhando para todos os lados, já que não conseguia ver nada com toda aquela neblina.

–Nah, mas que emoção teria isso? Descobrir se há vida após a morte, se existe mesmo um inferno ou um céu cheio de anjos com togas brancas. São apenas perguntas cujas respostas não me interessam, é bem mais emocionante obrigar outras pessoas a saberem essa resposta.

–Baboseira e mais baboseira, é só isso que ouço. -Diz Sakurai olhando para todos os lados por conta da neblina, ao lado de seu lobo.

Do outro lado da sala, Ryotaro, Ur e Sakurai lutavam também as cegas devido a neblina, mas Ryotaro não reclamara, Ur não podia usar livremente sua Teigo por conta de toda a igreja ser feita de madeira, a qualquer ataque poderia causar um incêndio. Então era Nayemy quem estava dando trabalho a Ryotaro enquanto Ur buscava uma brecha.

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–Por que você tinha que nos trair Elisa?! -Pergunta Yuki dando repetidos golpes em Elisa, que conseguia desviar de alguns, ela pega outra faca em seu cinto e joga-o em Yuki, mas ele desvia fazendo pegar apenas de raspão em seu ombro esquerdo.

–Vocês queriam que eu matasse meu próprio irmão! Eu nunca faria algo assim! -Ela pega outra faca para jogar em Yuki, mas o mesmo ativa sua Teigo.

Elisa via-se em um quarto que a muito tempo não entrava, estava sentada em uma escrivaninha, com um livro aberto. O papel de parede do quarto era de um tom tranquilizante, os móveis eram de madeira e havia um tapete branco no piso. Ela ouve o som de três batidas na porta, que se abre logo em seguida.

–Senhorita Kiritsu. Vossa mãe pediu para perguntar se a senhorita gostaria de caminhar nos jardins. -Pergunta um homem de terno, aparentemente um mordomo. Ela apenas confirma com a cabeça e anda pelos corredores da mansão até o jardim, com o mordomo a seu lado.

Ela vê então um celeiro que havia perto dos jardins, Elisa nunca vira que tinha dentro pois as pessoas daquela casa nunca a permitiam.

Elisa pede um copo com água ao mordomo, ela espera que ele desapareça de vista e corre até o celeiro, que estava destrancado. Ela abre as portas mas estava completamente escuro, após alguns segundos olhando para dentro ela consegue distinguir algumas coisas horríveis.

Ao final, havia uma pilha de cadáveres, que deixavam todo o local com um odor terrível de carne em decomposição, a esquerda, haviam celas com pessoas tão magras que conseguia visualizar os ossos sem dificuldade e a direita haviam pilhas de ferramentas de tortura, Elias solta um grito alto e agudo e corre dali.

–É mesmo uma pena Elisa-chan, poderíamos ter sido boas amigas. Mas não tolero traidores. -Yuki pega uma das facas lançadas por Elisa e vai até ela, que estava tremendo e se contorcendo no chão, com os olhos desfocados por causa da ilusão. -Tchau tchau, Elisa-chan. -Quando vai dar impulso para acertar o coração dela, Elisa tira rapidamente quatro facas e joga-as no peito de Yuki, ele olha para ela, olha para as facas e cai para trás.

Uma lágrima escorre dos olhos quase fechados de Yuki e ele sussurra:

–Me... me desculpe Johann-san... eu não consegui concluir meu serviço. -Ele fecha os olhos e o peito para de subir e descer, indicando assim sua morte.

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Okisuke arfava, e suava muito, quase não conseguia mais se regenerar, sua habilidade exigia muito de sua energia. Mas seus oponentes pareciam ter acabado de começar a soar, enquanto ele se caísse não chão era capaz de dormir ali mesmo.

–Merda... assim eu vou perder e até morrer de um jeito ridículo, ah mas nem fodendo que eu aceito morrer assim, se for pra morrer, vou morrer matando. -Sussura Okisuke, ele agora tinha um sorriso macabro no rosto. Elias e Hank escutam um baixo "Bip".

–Ei... você ouviu isso? -Pergunta Hank, Elias apenas afirma com a cabeça.

Eles escutam de novo, só que mais alto e vai ficando ainda mais rápido.

–Uma bomba?! -Grita Elias.

–Isso mesmo, não há como vocês pararem-na, essa bomba vai destruir toda essa igreja e matar tudo dentro e envolta dela.

–Não se importa com seus amigos, idiota?! -Pergunta Hank desesperado.

–Amigos?! Eu não me importo com Yuki, não me importo com Elisa, nem com Ryotaro e nem com Johann, para mim poderiam todos morrer e que se foda eles. -Diz Nuke, o som dos "Bips" agora era ensurdecedor, Hank e Elias se entreolham em desespero, não havia tempo para contatar seus companheiros.

Mas algo incrível acontece, Ariga aparace logo atrás de Okisuke, o garoto antes completamente cinza, ganhava a coloração vermelha em seu peito, eles escutam o som de carne se rasgando e a mão de Ariga atravessa o peito de Nuke segurando seu coração, Ariga puxa seu coração e Okisuke cai no chão já sem vida. A bomba aparentemente também precisava da energia de Okisuke para ativar já que o som parou.

–A...Ariga-kun. -Diz Hank com um pequeno sorriso no rosto, estava aliviado por seu companheiro estar vivo. -Que bom que está bem achei que... o pior havia acontecido.

–Parece que encontrou um companheiro seu, que bom que apareceu er... Ariga certo? Se não aparecesse o pior poderia ter acontecido, obrigado. Em que mundo estou? Um rebelde agradecendo um soldado...–Pensa Elias.

Hank joga sua moeda para o ar três vezes, e diz:

–Seus companheiros e Esdeath-san devem estar depois do terceiro corredor. -Sem esperar Elias corre na direção que fora informado.

Hank espera Elias sumir para fazer algo, algo que considerava muito constrangedor, ele abraça Ariga.

–Que alivio... achei que tinha morrido... achei que eu tinha perdido meu melhor amigo outra vez. Que bom que está bem Ariga-kun. -Diz Hank realmente aliviado em ver seu companheiro vivo e ainda por cima, ileso.

Mellinger escuta um baixo e agudo som de lâminas e solta Nishiki por relexo, mas o mesmo é mais rápido e corta o ombro de Hank ao ponto de tocar seu osso, mas Hank recua antes de atravessá-lo. Mellinger sente a dor dilacerando-o, e um grito curto e grave escapa-lhe da garanta.

–Ora ora, Hank-san, esqueceu-se de antes de se aproximar de qualquer pessoa, deve saber se é amigo, ou inimigo.