- Londres - 30 de janeiro de 1887 -

    Uma semana havia se passado após o incidente, dormindo nas ruas, sem me lembrar quem realmente eu era, não, não é verdade meu nome é Lúcius não sou esse tal de Emishi, isso não é possível.
    Já havia perdido minhas esperanças, cujo foi despedaçada, junto com meus sonhos e meu coração.
    Então pensei:
    _ Coração? Será que tudo o que ele disse é realmente verdade? Me sinto bem, percebo que mudou minha aparência, e sinto um vazio em meu peito. Será que isso foi uma maldição dos Deuses pelos meus pecados?

    Logo o jovem mestre Thomas e seu servo Kamazaki se aproximarem de mim, sem eu nem sentir suas presenças, forão passos tão silenciosos, não deu para saber de que direção vierão.
    Logo o jovem mestre Thomas disse:

     _ Teu Deus não é misericordioso? E te deixou ficar nesse estado, cadê seu Deus que tanto confiava.
     _ Alias não sei como pode ser uma pessoa tão religiosa sendo que cometeu vários crimes e pecados em teu passado.

     Então disse para ele com as seguintes palavras:

     _ Realmente isto não é um sonho correto? Por que fez tal coisa comigo? Como posso ter sido uma pessoa que pecou tanto se acredito tanto em meu Deus como você diz?, por que tinha que ter destruído minhas memórias? Afinal por que estou aqui?
     _ Maldição!!!! Eu sou apenas Lúcius como isso pode acontecer!?!?!?

     Calmamente Thomas olhou diretamente em meus olhos, um olhar que parecia ser tão inocente, com aquele rosto de criança onde sua expressão parecia apenas que só queria se divertir e esquecer da vida.
     Aliviado estava, até que comecei a sentir um peso enorme sobre meu corpo, como se a gravidade tivesse aumentado. Cada vez menos conseguia puxar oxigênio, o que estava acontecendo? Realmente cada vez menos eu entendia, se aquilo continuasse por mais tempo, eu íria morrer.

    Então o jovem mestre diz:

     _ Quantas vezes terei que te dizer sua marionete imprestável teu nome não é Lucius você se chama Emishi.
     _ Você já não tem mais um corpo próprio, se continuar indo contra minhas palavras, a tortura eterna de tua alma te espera. Fui bem claro?

    Respondendo quase sufocado:

    _ Claro, claro meu senhor, me perdoe a minha desobediência a sua palavra, isso não ocorrerá mais, agora por favor me ajude lhe imploro!!!

     Logo voltei ao normal e não sentia mais dores, o que foi aquilo? Parecia que eu iria morrer a qualquer momento, Acho melhor seguir obediência a ele, pelo menos por enquanto, tenho que descobrir o que está havendo.
     Quando iria logo perguntar ao mestre Thomas o que ele tinha feito comigo, kamazaki me disse:

     _ Está pronto para sua primeira tarefa puppet?
     _ Você irá procurar por essa pessoa e nos encontre neste endereço em até 3 horas.

     _ Mas como posso encontrar tal pessoa em tão pouco tempo sem saber sequer o nome dela?

     _ Você já tem uma foto é mas que suficiente para encontrá-la, não quero saber seus métodos de como irá encontrá-la, apenas me diga onde mora em até três horas.
    _ Não prove que foi um desperdício ter dado essa oportunidade a você, e não falhe.

    Lembro que essas foi minha conversa com Kamazaki, aquela doce voz suave que colocava medo em meu corpo.
    Pensava como iria encontrar tal mulher e por que ela era tão importante para o jovem mestre Thomas e seu servo Kamazaki.

    A procura pelas ruas de Londres não era fácil, após 2 horas procurando, exausto, já estava perdendo as esperanças pensando no meu pior.
    Decidi sentar no banco branco que havia naquela bonita praça cheia de pessoas de todos os tipos, tinha crianças, jovens rapazes que aparentavão ter a idade de 17 anos, casais, até pessoas idosas.
   Como posso achar uma única pessoa se existe milhares de pessoas no mundo, abaixei minha cabeça e logo comecei a chorar.
   Faltando menos de uma hora, pelo tempo que mestre Thomas havia me dado, as palavras que vinha em minha mente era:

   Morto, não morto não, será aquela tortura eterna, não isso não pode acontecer...

    _ Procure no Aurora boreal...

    Quando ouvi isso olhei para meu lado, logo tinha uma mulher muito bonita, não, não era a mulher mais linda que já havia visto na minha vida, ou então no pequeno tempo que me lembrava.

    Se levantou e foi começou a ir para algum lugar, e eu gritando:

    _ Eiii!
    _ Senhora o que você disse?
    _ O que é esse tal Aurora boreal?

    Rapidamente a perdi de vista, sem ela me dar a resposta e sem entender porque ela havia dito aquilo.
    Por que não conseguia me mexer e ir em sua direção?
    Parecia com aquela sensação anteriormente que havia sofrido quando o jovem mestre Thomas tinha olhado para meus olhos.
    Mas não pensei muito nisso pensava naquela garota que havia visto.
    Cerca de 18 anos, cabelos brancos, um pouco estranho ter cabelo branco naquela idade, com uma altura pequena, deveria ter 1,75 no Maximo, aquele rosto lindo com bochechas rosadas e olhos castanhos. Apaixonado acho que estou.
    Mas mestre Thomas havia me dito que nós marionetes não tínhamos coração e que não poderíamos nos apaixonar, se aquilo não era paixão realmente não sei o que era.

    Logo sai perguntando para as pessoas o que era Aurora Boreal, ninguém sabia responder, então continuei a procurar, até que encontrei...
    Um bar?!?! Aquela jovem garota me mandou para um bar?
    Faltando menos de meia hora e como estava desesperado, decidi entrar.
    Então vi o dono do bar e resolvi perguntar:

     _ Senhor, meu senhor?

     _ Sim, posso ajuda-lo?

     _ Sim por favor, você sabe onde posso encontrar esta pessoa da foto, estou a procurando por várias dias e não consigo achar ela.

     _ Hummm, está é a bela Elliane, mas por que você está procurando ela?

     _ Meu mestre é sobrinho dela e está a sua procura...

     _ Se é tia de teu mestre, por que não lhe informou o nome de Elliane?

     _ Errrr. meu mestre nesse momento não está aqui em Londres e ele pediu para mim procurá-la sim ele havia me dito o nome, mas como estou com a cabeça tão cheia, acabei esquecendo.

     _ Bom apesar de não acreditar muito em tua palavra, bom você deve ser mais um daqueles turistas sujos que quer apenas transar com ela.

     _ Como assim?

     _ Não venha com idéia de santo, pois isto não existe no nosso mundo, se faz tanta questão de transar com está mulher, ela vive neste endereço, mas a noite ela faz seu trabalho duas ruas acima, deve encontrar lá este horário.

     _ Muito obrigado senhor, está informação foi bem útil, então adeus.

     _ Onde pensa que vai, estás informações não é de graça, você terá que pagar.

     _ Mas não tenho dinheiro meu senhor, sinto muito.

     _ Carlos, Izake, não o deixe sair daqui.

     Como fui me meter nessa encrenca, duas pessoas enormes vierão em minha direção com seus porretes para cima de mim, não tem como fugir, então a única alternativa era lutar.

     O problema é que eu não sei se consigo lutar ou não, se sou uma pessoa forte ou não.

     Logo os dois vierão junto em minha direção, e de repente senti meu corpo leve, e conseguia ver os movimentos deles, quase como se eu pudesse prever o que eles irião fazer.
     O primeiro porretada que Izaque veio me dar a esquerda com dois dedos no local certo do porrete quebrei ele no meio, seguido dei um chute em seu peito.
     Como eu fiz tal coisa? Eu era tão bom assim? Me lembro que pensava sobre isso na hora.
     Logo em seguida Carlos veio por trás passando o porrete sobre meu pescoço tentando me enforcar. Ele era muito forte e não via jeito de me soltar dele, até que arranjei uma solução.
    Dei-lhe um belo pisão no seu pé fazendo ele me soltar, em seguida um chute em suas costelas, acho que quebrei pelo menos umas duas costelas dele, assim sai correndo de lá o mais rápido possível.

    Faltando dois minutos para encontrar meu mestre e eu não sabia como iria achá-lo. Novamente fiquei com medo sem saber o que fazer, uma tortura em minha alma para sempre, isso não é algo bom, é algo horrível.
   Assim as três horas havia se passado e eu sai correndo...

   O jovem mestre Thomas aparece de um beco e pergunta:

    _ Pensa que pode fugir de mim?

    _ Claro que não mestre, nunca faria isso, eu só estava correndo procurando o senhor...  - falei tremendo -

    _ É brincadeira Emishi - Disse ele com uma voz muito fina e fofa -

     Estranhei no momento, sinceramente não sei o que aconteceu.

    _ Pode me dar o endereço agora Emishi?

    _ Claro meu senhor - E lhe entreguei o endereço.

    _ Obrigado Emishi...

    Ele me agradeceu? Me espantei, por que ele me agradeceu, ele fez isso?
    Não que eu não tenha gostado, mas era algo muito estranho...

    Suas ultimas palavras daquele momento forão

    _ Registre todo os acontecimentos de hoje neste livro, e me encontre a meia - noite no endereço que me passou.

    Logo obedeci suas ordens como um cachorrinho indefeso, claro que não queria sentir aquela dor de antes.

- Londres - 31 de janeiro de 1887 - 00:00h -

    Encontrei meu mestre como havia sido combinado, e ele me disse:

    _ Apenas me siga...

    Com aquele ar misterioso de sempre.
    Entramos em uma casa velha, com as velas apagadas, o que iria acontecer? Pensava eu.

    Quando entramos no terceiro quarto da casa a direita, deparei com Elliane deitada em uma mesa toda despida, deitada na mesa com suas mãos e pés amarradas como se estivesse crucificada e estava também amordaçada.
   Sentia o desespero que ela estava sentindo, com os olhos cheios de lagrimas chorando.
   Em seu corpo havia vários círculos e desenhos feito com sangue, mas não parecia ser sangue dela, pois não havia nenhuma ferida em seu corpo.
   Logo reparo quem está do seu lado, é era ele mesmo era Kamazaki e ele estava segurando uma faca em sua mão.
   Encostou a faca suavemente em teu seio e começo a escorregala pelo seu corpo descendo até  pouco abaixo de sua barriga, escorregando a faca como se fosse uma pena, passando suavemente em teu corpo.
    Quando Thomas diz:

     _ Pode começar...