Fuja, Bolt! escrita por Belune


Capítulo 8
Chapter VIII


Notas iniciais do capítulo

Olá goxtosos ♥ Como estão?
Primeiramente queria agradecer os favoritos e os comentários, fiquei muito feliz.
Eu sempre respondo os comentários assim que posto os capítulos, okay?
Hoje temos o 8/10 e está cada vez mais difícil para mim rumar para o final, prevejo que os dois últimos capítulos serão enormes rs
Enfim, espero que gostem. Boa leitura!



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Sakura estava estática. Seu corpo inteiro tremia, enquanto lágrimas vertiam de seus olhos esmeraldinos que estavam arregalados esbanjando perplexidade.

— Sasuke-kun – sua voz saiu num sussurro. – Sasuke-kun! – Gritou desesperada e uma risada ecoou no local.

— Então isso é que as pessoas chamam de amor? – Kido indagou de forma irônica. – Sabe, isso de amar alguém, faz de você uma pessoa fraca... – Ele fez com que sua katana atravessasse o abdômen do Uchiha, que sentiu o sangue escorrer pelos seus lábios.

 - Não... – O ninja de Konoha discordou. – Amar não nos torna fracos.

— Não? – O Fujiwara rira novamente. – Você está aqui prestes a morrer porque levou o golpe no lugar da sua esposa, um ato romântico, devo admitir, todavia ninjas não nasceram para serem românticos.

— Sabe... – Ele disse com dificuldade. – Eu já pensei como você, mas eu percebi que esse pensamento não me levaria a lugar algum. Eu perdi toda a minha família uma vez, e não vou suportar perde-la novamente. – Sasuke tentava retirar a Katana que lhe perfurava, mas Kido a virara abrindo ainda mais o corte e fazendo com que o Uchiha urrasse de dor.

Ele tentou ativar seu sharingan, mas sentiu-se extremamente fraco para isso. Estava certo de que havia alguma substancia na Katana do Fujiwara.

— Certo, eu matarei você primeiro e depois eles, assim você não sentirá a dor de perde-los! – Ele gargalhou sadicamente.

Enquanto o inimigo ria descontroladamente, Sakura discretamente fez alguns sinais com as mãos e ativou o seu ninjutsu médico, tocou a ponta dos dedos no calcanhar do marido, que compreendeu o que ela fazia.

— Acho que você não será páreo – Sasuke esboçou o seu típico sorriso torto.

— Hm, os boatos são verdadeiros – ele voltou a analisar o moreno a sua frente. – Uchiha Sasuke, um ninja perspicaz e arrogante. Ah, será um prazer decapitá-lo!

Kido retirara sua espada lentamente do corpo do Uchiha que caíra no chão sangrando muito.

— Sasuke-kun...

— Cuide bem da nossa família – ele sussurrou para ela.

Kido empunhou a Katana novamente e dessa vez o golpe acertaria Sakura de forma fatal. Ao notar isso Sasuke usou as forças que lhe restavam e se jogou na frente da rosada para receber a pancada, que não veio.

— Sakura-chan, deixe isso comigo. Cuide do Sasuke, por ora. Eu vou ensinar esse cara a não mexer com a família dos outros.

Naruto havia bloqueado o golpe de Kido ao acertá-lo com um chute. O Hokage havia chego num piscar de olhos, pois tinha feito com que sua presença não fosse sentida, mesmo estando no modo Kurama completo.

Seus olhos alaranjados encaravam friamente o inimigo a sua frente que vacilou por alguns instantes. Kido, em seu estado atual, conseguia ver a alma de seus oponentes, porém ele não conseguira detectar a de Naruto. A única coisa que ele via era espirito assustador da raposa, que lhe mostrava o quão poderoso e amaldiçoado era.

— Você.... Você não é humano... – Sussurrou mais para si do que para o Uzumaki. – Você é um demônio.

— Na verdade eu sou um cara bem legal. – Naruto vangloriou-se. – Mas eu fico muito puto quando alguém mexe com a minha família, e então eu viro um demônio que não perdoa tais atrocidades.

O Hokage aproximava-se do Fujiwara que dava alguns passos para trás.

— Como você pode ter tanto poder? – Ele indagou abismado.

— Eu sou o Hokage afinal de contas – deu de ombros.

— Eu posso até morrer, mas levarei a alma do Uchiha comigo. – Kido riu nervoso e logo sentiu seu corpo ser grudado contra uma árvore. Uma mão enorme, que pertencia ao Naruto, o prensava contra o tronco sufocando-o.

Quando estava quase cedendo a mesma mão o lançara do outro lado do bosque. Assim que atingira o chão sentiu seu corpo ficar dormente, afinal ele vinha de uma luta intensa contra Sakura, usara o chakra que lhe restava para ativar o modo ceifeiro, estava no seu limite. Ele não tinha chances de vencer o Hokage, e se o Uchiha não tivesse sido lesionado no lugar de sua esposa, aquela batalha já teria terminado há tempos.

Não. Na verdade, se a Uchiha não estivesse utilizando uma boa quantia de chakra para manter seus filhos protegidos, talvez ele já tivesse caído há horas. Aquela mulher era demasiadamente forte, já ele havia subestimado, assim como sua irmã, o poder de Konoha.

Ele fechou os olhos por alguns instantes. Sentiu seu poder esvair, agora ele estava fraco e era um alvo fácil, mas não conseguia fugir.

Pela primeira vez em anos ele havia perdido uma batalha.

Havia perdido uma batalha para o amor.

 

(...)

 

Sarada estava sentada em um canto, seus olhos vertiam lágrimas. Ela estava com medo do que estava por vir.

Lee, Kiba e Shikamaru haviam sido encarregados de entregar os criminosos para o esquadrão de ninjas da aldeia da Névoa que tinham a missão de escolta-los até lá para receberem um julgamento adequado do Mizukage.

Naruto havia ido com Shino, Tenten e Konohamaru até o covil dos Fujiwara para libertar todos aqueles que ainda estavam presos, inclusive Inari, que era o atual responsável pela política e pela economia do país.

Boruto e Moegi observavam a pequena Uchiha ruir aos poucos. Ela havia acordado um pouco antes de seus pais chegarem acompanhados de Naruto, que carregava um Sasuke desacordado e todo ensanguentado. Sakura ainda estava assustada, pensando em todas as formas possíveis de salvar o seu amado marido.

Ao ver seus pais daquela forma Sarada imediatamente culpou-se. Eles estavam daquele jeito porque ela tinha sido fraca. Ela era uma ninja inútil, que não teve forças suficiente para lutar e manter-se salva. E quanto mais tais pensamentos invadiam sua mente, mais ela chorava.

Estava se sentindo uma escória.

Estava com medo de perder seu pai.

Estava com medo de perder o amor de sua mãe.

Ela só queria sumir.

 

 

(...)

 

Sakura suspirou aliviada, depois de algumas horas, finalmente ela havia conseguido estabilizar seu marido. Porém, eles precisavam voltar para Konoha o mais rápido possível, pois Sasuke precisava ser internado para que ficasse bem logo, caso contrário ainda corriam o risco de perde-lo.

— Há uma embarcação atracada no porto, Nanadaime. – Shikamaru adentrou no ambiente em que ela e Naruto estavam.

— Certo, partiremos imediatamente, Sasuke precisa ser internado o mais rápido possível e todos nós precisamos descansar disso tudo, principalmente o Boruto e a Sarada. E você, Sakura-chan, não se esforce tanto. Tsunade e Sasuke arrancarão a minha cabeça se algo acontecer com você e os bebes.

— Obrigada Naruto... – Ela se levantou e foi até o amigo para abraça-lo. Foi no aconchego dos braços do Hokage, e melhor amigo, que ela desfaleceu.

 

(...)

 

Sarada havia se isolado em um canto do hospital. O sentimento de culpa ainda dominava o seu ser.

Haviam se passado três dias desde que eles tinham voltado para Konoha, e o quadro clinico de seus pais não havia melhorado.

Sasuke estava na Unidade de Terapia Intensiva, Tsunade e Shizune cuidavam de seu caso, que não apresentava qualquer tipo de melhora.

Já Sakura estava em um quarto comum, porém como ela tinha gasto muito chakra e muita energia durante a estadia no pais das Ondas, seu cérebro desligou temporariamente algumas funções, mantendo-a em repouso forçado para que pudesse se recuperar de forma rápida e plena. Ino e Tsunade estavam responsáveis pela rosada, pois qualquer erro, e o quadro dela poderia se complicar por causa da gravidez.

Hinata observava a pequena de longe, era raro vê-la daquela forma, tão triste e desanimada, afinal ela tinha herdado o gênio forte de sua mãe. Suspirou pesarosa, em seguida cutucou o marido e inclinou a cabeça em direção a pequena Uchiha.

Ao percebê-la ele também suspirou, pois até imaginava que naquele momento ela estava se culpando por tudo o que ocorrera.

— Ela não sai dali, não importa quanto eu tente. – Ino se juntou ao casal.

— Eu vou falar com ela... – Naruto tomou a dianteira. – Sarada precisa saber que ela não tem culpa e que tudo vai ficar bem.

— Se eu fosse você não a faria criar falsas esperanças. – Lamentou a loira. – Sasuke está por um triz.

— Ele é forte, tenho certeza que saíra dessa. – O Hokage deu a elas o seu melhor sorriso e virou-se para ir até Sarada, mas parou assim que percebeu que seu filho já estava lá. – Boruto? – Fitou-os com uma sobrancelha arqueada.

— Agora que os vi assim... Que história era aquela que a Himawari comentou comigo outro dia? Algo como “O Boruto plantou sementinhas na Sarada? ” – A Yamanaka riu.

— Uma pequena confusão – O Uzumaki riu ao se lembrar da confusão que aqueles dois causaram semanas atrás.

— Ao que tudo indica Boruto beijou Sarada. – A morena respondeu.

— O que? Essas crianças de hoje em dia estão muito levadas. – Ino fingiu estar chocada. – Eu mesma só beijei o Sai depois dos meus dezessete anos.

— Mas aos doze deixava claro para tudo e todos o quanto amava o Sasuke, e fez de Sakura a sua rival por alimentar os mesmos sentimentos. – O Nanadaime zoou a loira que rira ao lembrar-se da infância.

— Quem diria que a Testuda derreteria aquela geleira.

— E teria brotinhos duplos com o Sasuke! – Ele destacou arrancando risos das duas. – Ino, você está perdendo para a Sakura em todos os aspectos.

— O que você quer dizer com isso?

— Desde que eu descobri que Sasuke havia conseguido o feito de semear brotinhos duplos eu tenho dado o melhor de mim para conseguir os mesmos resultados, ou até melhores. – Naruto encarava a moça de forma séria, e a mesma, assim como Hinata corara.

— Naruto-kun...

— Você está dizendo que...

— Sim, sim... Você e Sai devem praticar cada vez mais, assim como eu e a Hina, para obterem resultados tão bons quanto os da Sakura com o Sasuke. – Ele alimentava a rivalidade da loira com a Uchiha.

Entretanto, antes que a ninja médica pudesse responde-lo uma enfermeira viera avisar-lhe que Sakura Uchiha havia acordado e que perguntava desesperadamente pela filha e o marido.

Ao ouvirem a boa notícia os três correram para o quarto 109 e assim que passaram pela porta deste se depararam com uma Sakura aturdida e chorosa sentada na cama.

— Sakura, por favor se acalme! – Ino apressou-se e sentou de seu lado. – A Sarada está bem, ela está sentada lá fora com o Boruto. Ela estava esperando a mãe dela acordar para poder abraça-la e dizer-lhe que tudo ficara bem. – A Yamanaka puxou a amiga para um abraço e afagou suas madeixas rosadas e sedosas.

— E o Sasuke-kun? – A Uchiha indagou ainda chorosa.

— Está melhorando na medida do possível... – Ela mentiu.

— Não precisa mentir para mim, Porca. – Sussurrou fracamente. – Se não curarmos a alma do Sasuke-kun, ele não voltara.

— Do que você está falando Sakura? – Naruto questionou confuso.

— Este era o poder do ceifeiro, seus golpes não acertavam apenas o físico, mas também alma. Quando Sasuke entrou na minha frente e recebeu o ataque de Kido, ele teve sua alma retalhada.

— Por que você não me falou isso antes Sakura-chan? – O Uzumaki entrou em desespero. – O Mizukage irá executar os irmãos Fujiwara. Preciso enviar uma mensagem pedindo para que ele adie isso até que consigamos respostas.

Naruto saiu rapidamente da sala, em sua face era possível ver um misto de frustração, preocupação e desespero. Ele precisava agir rápido antes que fosse tarde demais.

Sakura, Ino e Hinata fitavam-se pasmadas, e as duas últimas estavam à espera de um surto de Sakura, pois a situação estava cada vez mais desfavorável.

Escondidos no corredor embaixo de uma maca estavam Boruto e Sarada. Eles tinham ouvido toda a conversa e estavam tão assustados quando os adultos.

— Boruto, precisamos salvar o meu pai. – A pequena Uchiha tentava conter as lágrimas. Seu pai estava morrendo e a culpa era sua.

— O que nós vamos fazer? Nós não sabemos nenhum tipo de ninjutsu médico.

— Nós vamos até a aldeia da Névoa e vamos falar com aqueles caras. – Ela saiu de seu esconderijo e começou a caminhar determinada.

— Sarada você enlouqueceu? – O loiro a seguia desesperado, mas sabia que nada que ele fizesse a impediria, logo cedeu. – Certo, e como iremos até lá?

— Voando, é claro! – O loiro olhou-lhe com uma sobrancelha arqueada. – Convença Inojin e Shikadai a irem conosco, enquanto isso eu falarei com Chouchou. Estejam no portão da guilda em meia hora.

O filho do Hokage assentira em concordância e saíra pelas ruas da aldeia atrás dos companheiros gennins. Sabia que estavam prestes a cometer a maior loucura de suas vidas, mas não pode dizer não para a sua Uchiha Tarada.


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Notas finais do capítulo

Será que eles vão chegar a tempo para conseguir as respostas? Será que mais algum desastre pode acontecer com a família Uchiha?
Não percam o penúltimo capítulo de Fuja, Bolt ♥
Não esqueçam de deixar o Feedback de vocês.
Kissus



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