A Brasileira em Minha Vida escrita por Maria Clara Alkalinne


Capítulo 10
Capitulo 10




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ULTIMO CAPÍTULO

PDV JACOB

Levantei-me cedo, por causa de uma reunião urgente. Deixei a minha mulher deitada na cama e a cobri de beijos, antes de sair. Quando cheguei ao escritório, a reunião já ia começar. Pedi para Judite, que nada nos interrompesse.

A reunião foi chata. Mais acabou lá pras dez da manha. Quando sai da sala, Carly disse que Seth havia ligado, dizendo que ele iria voltar logo, junto com a esposa e a filha. Mais quando Judite disse que a minha mulher ligou...

– Por que você não me chamou Carly? – ela arregalou os olhos sem entender.

– Mais o senhor mesmo disse para que não interrompesse. – dei um soco na mesa e a fúria me possuiu.

– Ela está grávida de oito meses. Pode ser coisa urgente. – ela se fez de desentendida e voltou a mexer na agenda de compromissos.

– Você está despedida. – peguei as minhas coisas e foi para o carro. Peguei o meu celular e disquei o numero de Mery. E nada dela atender.

Quando cheguei em casa, estava o maior silencio. Fui ao nosso quarto e a cama estava do mesmo jeito que eu havia deixado. Caminhei até o banheiro e notei uma possa d’água no chão. Fui ao closet para conferir se as bolsas estavam ali. E não estavam. Peguei o meu celular e disquei o numero do meu pai. Ela deve ter ligado pra ele.

– Alo Jacob. – o meu pai atendeu com uma voz estranha.

– Onde ela está pai? – perguntei já tirando o meu terno e minha calça.

– No hospital. O seu filho nasceu mais... – esse mais me fez travar.

– Mais o que pai? – olhei pra foto dela na parede.

– Ela teve eclampsia depois do parto... – vesti uma calça Jeans e notei que eu chorava.

– Ela está em coma. De observação. – peguei uma blusa com estampa, o meu casaco e comecei a me arrumar.

– Eu estou chegando ai. – desliguei e terminei de me arrumar. Peguei as chaves do meu carro e fui pro hospital mais próximo. Eu não via nada, só notei quando estacionei o carro de qualquer jeito numa vaga e corri para a entrada do hospital.

– Posso ajudar? – uma das enfermeiras na recepção me atendia.

– Minha esposa deu entrada aqui hoje. Ela veio ganhar o meu filho... – eu não sabia o que falar.

– Qual é o nome da paciente, senhor? – olhei nos seus olhos e ela via a tristeza nos meus olhos.

– Maria Clara Akarrayne Black. – ela digitou e parecia confusa.

–Akarrayne? Eu não conheço esse sobrenome... – peguei o telhado e digitei para ela.

– Ela é brasileira. – ela concordou e olhou para a tela.

– Ela está num quarto particular e privado. O seu filho está no berçário. Caminha até aquela sala no fundo do corredor, e lá terá outra recepção. – agradeci e corri pelo corredor. Quando passei pela porta, o meu pai me viu e veio me abraçar.

–Ela está bem agora. – ele me acalmou. Graças a Deus.

–E o meu filho? – ele pegou a minha mão e me guiou até uma sala vizinha, onde a parede era de vidro e tinha um monte de bebês. Mais um se destacou. Ele era da minha cor, cabelos negros e arrepiados, como os meus, e se mexia no seu aposento.

– Aquele é o seu filho. – era a mesma criança que eu admirava, era o meu filho e da minha Maria.

– Ele é lindo. – falamos juntos e eu abracei o meu pai.

– Eu estava com ela na sala de parto. Ela sofreu demais... – voltamos caminhando pelo corredor e nos sentamos nas cadeiras.

– O que aconteceu com ela? – o meu pai abaixou o olhar e notei uma lagrima rolar o seu rosto.

– Ela desmaiou e do nada, ela começou a entrar em convulsão... – novamente notei que eu chorava. Coloquei as mãos no rosto e me agachei e encostei-me aos meus joelhos.

– Agora ela está em observação, por estar em coma. O estado dela é estável. – ele me abraçou e eu encostei a minha cabeça no seu peito.

– É difícil pra mim também Jacob. Sua mãe morreu pelo mesmo problema... Sua irmã nasceu e perdeu a mãe no mesmo momento... Eu não quero isso pra você. E nem para o Seth ou pra Rachel. Eu amo vocês demais. – deixei escapar um soluço e ele me apertou mais em seus braços.

– Ligou para o Seth? Pra Rachel? A Gaby? Ela vai ficar desesperada. – eu me levantei e enxuguei as minhas lagrimas e ele se levantou e pegou um copo de água no filtro do nosso lado.

– Não liguei não. – peguei o meu celular e disquei o numero do meu irmão. Demorou um pouco.

– Oi Jake. – respirei fundo.

– Oi Seth. – ele percebeu a minha voz.

– Está tudo bem cara? – me sentei e abaixei a cabeça.

– O meu filho nasceu. – fiquei fitando o piso branco do hospital.

– Parabéns. E a Maria? Como ela está? A Gaby está mandado um beijo pra eles... – respirei fundo.

– Ela está em coma. – notei ele parar de rir e notar no que eu acabava de falar.

– Como? – ele ficou triste, pois além de serem cunhados, eles eram, tipo, melhores amigos.

– Ela está em coma. Ela teve eclampsia depois do parto. Eu... – uma lagrima rolou o meu rosto e enxuguei mais eu não conseguia falar nada.

– Calma. Vamos pegar um vôo agora mesmo para Nova York. Eu... Vamos voltar. Ela está bem? Fala que sim, por favor. – eu notei que ele chorava.

– A Gaby está ai? – eu o ouvi dando uma fungada.

– Eu ela esta na praia com a Anne no colo. Eu estou olhando pra elas agora. Vigiando. Nunca vi uns homens mais tarados pela minha mulher, do que aqui. – dei um sorriso ao notar o seu ciúme. Eles estavam no Rio de Janeiro, mais antes eles foi à cidade natal dela, para ela matar a saudade. O País inteiro (Brasil) está eufórico. Por causa dele e dela. O filho do governador... Visitando o país...

– Maria está bem sim. Em observação. – voltei a deprimir por causa da minha estrangeira.

– Eu sei como é isso... – ele ficou louco quando pensou que ia perder Gabriella.

– Avisa a Gaby. Qualquer noticia, eu aviso. – olhei para o meu pai e ele estava no telefone.

– Está tudo bem. Quando ela melhorar, vamos viajar. Vocês nem tiveram uma lua de mel, por causa da gravidez de risco dela... Mais, agora está tudo bem e vamos poder viajar. Além de que eu vou ir para a faculdade daqui há três meses, e Gaby vai fazer o ultimo ano no colegial. Ela está pensando em se formar em jornalismo ou direito. Vamos ver. A sua Garota já é formada... Sorte a sua. – eu não entendi.

– Por que sorte a minha? – o meu pai estava do meu lado ainda conversando (eu acho) com Rachel.

– Por que os CARAS e os fotógrafos irão ficar perseguindo a MINHA esposa. Você tem que ver o Brasil cara... É loucura... Os homens daqui não tiram os olhos dela... Eu fico puto só de pensar nela cursando faculdade. – dei um sorriso. Ele estava tentando me distrair.

– Mais você sabe como essa garota te ama. Você tem que confiar nela. – notei ele bufar do outro lado.

– Jacob... Eu confio na minha mulher sim, caramba... Mais não confio nos homens ao seu derredor. Eu sei como é isso. Eu já fui um galinha... E você muito mais, e devia saber disso. Eles querem é aproveitar e depois descartar... Mais a minha Gaby não vai ser a Garotinha... Só eu posso tocar nela. Nem o pai dela eu... Deixei-o chegar perto. E quando o pai de Anne já chegou abraçando Gaby... Poxa vida... Eu dei uns murros nele pra ele aprender a nunca mais agarrar a mulher dos outros... – eu comecei a gargalhar e o meu pai parecia ouvir tudo do meu lado e ria também.

– Está tudo bem. Tudo bem. Vem logo, pois eu tenho certeza que a minha Maria vai estar nos meus braços até amanha. – ele gargalhou.

– Está tudo bem. Vou ao jatinho que eu vim pra cá. Tchau. E da um beijo nela por mim. – dei um sorriso ao meu lembra da minha garota. Minha mulher.

– Pode deixar. Tchau. – desligamos e eu encarei o meu pai.

– Seth. Seth. Ciumento que nem a mãe. – com essa eu tive que rir.

– Senhores? – olhei pra onde nos chamavam.

– Doutor, ela está bem? – me levantei de nervosismo e medo de perdê-la.

– Agora sim. Ela deve acordar a qualquer momento... – uma enfermeira o tocou e ele olhou para ela e ela sussurrou em seu ouvido.

– Com licença. – ele saiu e ela o seguiu.

– Será que é com ela? – o meu pai tocou o meu ombro e eu estava nervoso demais.

– EU QUERO O MEU... BEBÊ... JACOOOOBBBBB... – ouvir os gritos dela que me fizeram correr. Sai correndo pelo corredor e comecei a segui a sua voz.

– MARIA... – gritei pra ver se ela me respondia.

– JACOB. – ela gritou e eu notei que passei pelo quarto. Voltei duas portas e a vi. Os médicos tentando acalmá-la.

– Calma meu amor. Acalma-se. Eu estou aqui... – cheguei perto dela, mesmo com os protestos dos enfermeiros e dos médicos.

– Eu estou aqui. – ela se sentou a cama e eu a grudei. A abracei forte.

– Cadê o nosso bebê? – notei lagrimas nos seus olhos eu as enxuguei e a abracei forte.

– Ele está bem. Ele está no berçário. Calma. – notei que ela estava mais calma.

– O melhor remédio... – o medico que esta do nosso lado, disse com um sorriso no rosto.

– Esta sentindo alguma coisa Sra. Black? – ela não respondeu a pergunta do medico.

– Sra.Black? – ele perguntou novamente. Eu olhei pra ele e ela olhava para baixo e ainda estava nos meus braços.

– Amor... Está sentindo alguma coisa? Fala para mim. – ela ergueu a cabeça e olhou pra mim.

– Não. Estou bem Jake. Eu quero o meu filho. – ela disse e uma lagrima rolou no seu rosto coração.

– Sra. Black... – ela olhou feio para o médico e ele se calou na hora.

– Não me interessa... Eu. Quero. O. Meu. Filho. AGORA. – notei ele estremecer o esqueleto.

– Sra... – ela se soltou do meu braço e notei-a tremendo de nervosismo.

– AGORA. EU QUERO O MEU BEBÊ. – até eu fiquei com medo dela.

– Sra. Thompson. Traga o filho do casal. – ele respirou fundo e ajeitou os óculos.

– Sim doutor. – uma enfermeira saiu do quarto e Maria se se encostou aos meus braços novamente. A abracei forte e notei ela ficar mais calma.

– Aqui está. – a enfermeira entrou cinco minutos depois que saiu pra buscar o meu filhote. Maria Clara fuzilava o medico.

– Entrega-me ele. – Maria estendeu os braços e a enfermeira o colocou com cuidado nos braços da minha amada.

– Ele... Ele é lindo. – ela acariciou de leve o rostinho do pequeno. Notei que estávamos sozinhos no quarto.

– É mesmo. – ele parecia comigo quando eu era bebê.

– Que nome vamos colocar nele, amor? – olhei pra ela e eu nem sabia.

– Eu não sei. Você escolhe. – ela voltou a olhar para o pequeno em seus braços e parecia pensar.

– Eu já sei. – ela deu um sorriso e beijou a minha mão que estava no seu ombro.

– Qual vai ser o nome do nosso garotão? – ela deu aquele sorriso que me mata de paixão.

– Jacob. – olhei pra ela e não entendi.

– Qual vai ser o nome? – eu só havia ouvido o meu nome.

– Jacob. Jacob Black Akarrayne II. – dei um sorriso e dei um selinho nela.

– Obrigada. Eu te amo tanto... Amo vocês. – dei um beijo na testa do meu pequeno Jacob II.

– Eu também te amo... Quer dizer... Nós te amamos. – ela voltou a dar atenção no pequeno que reclamava. Ela abaixou a manga da camisola que usava e colocou a boquinha do nosso filhote em seu seio. Notei a sua careta de dor, mais depois ficou dócil com o tempo. Ela acariciou o rosto do nosso pequeno Black.

– Cadê o Billy? – ela olhou pra mim depois de colocar o nosso pequeno para arrotar.

– Eu vou chamá-lo. – ela assentiu e eu me levantei do seu lado e fui atrás do meu pai.

– Pai? – ele estava inquieto andando na recepção.

– Como ela está? – dei um sorriso.

– Agora está calma. Quase espancou o médico. – ele deu um sorriso.

– Ela quer te ver. – o seu sorriso ficou mais largo e ele me seguiu até o quarto.

– Cadê a mãe mais linda da minha vida? – Billy já entrou paparicando a minha esposa eu balançava de leve o nosso tesouro nos braços.

– Calma. – gargalhamos.

– Fiquei sabendo que você quase matou o médico. – Maria ficou seria e abaixou o olhar. Ai tinha coisa.

– O que foi amor? – ficamos do seu lado.

– Ele queria me dar calmante a força. Para ficar desacordada. – ela voltou a olhar o pequeno JB II nos braços.

– É serio? – Billy estava nervoso.

– Vamos resolver isso depois. Agora... – apontei para o embrulho no colo dela e ele chegou mais perto para vê-lo.

– Posso segurá-lo? – Maria deu um sorriso e entregou para Billy o meu moleque.

– Ele é mais lindo de perto. Pena que puxou o pai. – Billy fez careta.

– Obrigado pelo elogio. – ele gargalhou e sacudia de leve o bebê que dormia em seus braços.

– O meu sonho. – Maria disse olhando por nosso pequeno.

– É verdade. Quem diria. – Billy estendeu a mão para a minha pequena e ela aceitou e segurou.

– Acho que achei o homem certo para me dar filhos Billy. Obrigada por me ajudar também. Jacob? – ela virou o olhar e me encarou.

– Você vai ficar sem secretaria, pois quando eu sair daqui... – ela fechou a cara e eu tive que rir.

– Eu já a despedi. – ela deu um sorriso.

– Ainda bem. Se não... Você ia ficar cuidando do nosso filho sozinho, pois eu iria pegar perpetua. – o meu sorriso diminuiu e ela deu um sorriso mais largo.

– Tudo bem amor. Eu sou boazinha. Eu quero chocolate. Energia. – gargalhamos.

– Vim pegar o bebê. – a mesma enfermeira entrou no quarto e encarou todos.

– Claro. – Billy encarou a enfermeira e colocou o nosso mais novo Black nos braços dela.

– Com licença. – ela saiu e Billy saiu dizendo que ia comprar chocolate para Maria.

– Eu te amo. – ela disse com os olhos cheios de amor e carinho.

– Eu também te amo. Muito. – cheguei perto dela e dei um beijo apaixonado nela.



PRÓXIMO - EPILOGO




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