One Night Stand escrita por Katic
Ela estava vivenciando uma mistura perigosa de raiva e medo. Não conseguia mais acompanhar as aulas e nem fazia o mínimo esforço para tirar alguma nota boa. Nem de longe essa nova Kate lembrava ela mesmo de um ano atrás.
Dirigiu sem rumo até sair do campus de Stanford e estacionou no primeiro bar que encontrou.
Não era nada refinado. O cheiro de fumaça misturado com cerveja barata a fez sentir uma pontada de náusea, mas ignorou a própria repugnância e se sentou em dos bancos altos, de frente para o barman.
– O que vai ser, linda?
– Cerveja. - Falou rapidamente, mas se arrependeu da escolha. Cerveja não era forte o suficiente. - Não, vodca. Vodca pura.
O homem colocou o copo com a bebida na frente dela sem estranhar o pedido. Já estava acostumado com as universitárias e sua ânsia por porres.
– Noite difícil? - Uma voz masculina lhe perguntou. Ela não se deu ao trabalho de responder, apenas virou toda a bebida de uma vez garganta abaixo. Droga, como aquilo queimava.
– Ano difícil. - Disse finalmente, virando-se para encará-lo. Ele estava sentando no banco ao lado do dela, com uma garrafa de cerveja na mão e o braço encostado no balcão. Seus olhos azuis eram irritantemente brilhantes.
– Namorado idiota? - O que era aquilo? Um interrogatório? Foda-se. Não queria saber o que era aquilo.
– Não passou nem perto. - Ela percorreu as mãos pelo cabelo, juntando os fios com um elástico e tirou a jaqueta jeans, tentando se livrar da sensação insuportável de calor. Ele se questionava mentalmente se ela tinha consciência do quão sexy eram aqueles movimentos.
– Talvez eu descubra o que é que te deixou triste daqui pro fim da noite. - Ele puxou um pouco mais o banco, se aproximando dela. Um sorriso cafajeste brotava dos seus lábios.
– Duvido muito. - Ela disse, um pouco mal humorada. A bebida ainda não tinha começado seu efeito.
– Posso saber seu nome?
– Não. Hoje eu sou apenas uma garota em um bar.
– Ok, então eu sou apenas um cara em um bar e aposto uma garrafa disso que você está bebendo que você vai se apaixonar por mim. - Seu tom de voz era confiante, o que a fez soltar uma gargalhada alta.
– Tenta novamente mais tarde. Ainda não estou bêbada o suficiente. - Sua voz estava provocante. Ou melhor, todo o seu corpo estava provocante e ela não dava a mínima pra isso. Talvez um caso de uma noite só a ajudaria a ignorar sua dor por alguns segundos.
Alguns minutos e muitos drinks e gargalhadas depois, ela levantou do banco. Ele ainda estava sentado, tentando adivinhar o que ela estava aprontando com aquele sorrisinho nada inocente.
– Droga, você é linda demais! - Resmungou mais para si mesmo, fazendo-a soltar um sorriso bêbado.
– Isso é ruim? - Perguntou, com a sobrancelha arqueada. Uma vontade enorme de beijá-lo tomou conta dela.
– Muito. - Ele disse, aproximando seu corpo do dela, entrelaçando as mãos pequenas nas suas. Em nenhum momento ela lutou contra aquilo, então ele decidiu fazer o que tinha em mente desde o momento que a viu entrando.
Guiou-a com seu corpo para um canto mais escuro e vazio do bar e ficou apreciando por alguns segundos os pequenos suspiros que ela soltava toda vez que ele beijava seu pescoço.
– Você tem cheiro de cerejas. - Foi a última coisa que falou antes de empurrá-la contra a parede.
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