Frase

Eu estava deitado, acordado e olhando para o teto, o cheiro de Tris estava por tudo. Era tao bom te-la comigo. Escutei meu celular tocar, olhei para tela, era Tris. Atendi, antes que eu pudesse falar qualquer coisa, eu a escutei, sua voz era baixa, rouca e parecia cansada.
–Socorro- seu pedido fez meu corpo todo gelar.
–Tris?- eu já gritava- Tris você esta bem?- Comecei a perder a calma, ela não me respondia, mantive a ligação para qualquer coisa eu ter como ter informações. Me vesti e sai correndo com o carro, fui até a policia mais próxima.
–Por favor, eu preciso de ajuda- eu estava abeira de chorar, gritava com a atendente.
–Certo, preencha esse formulário- Ela falou calmamente, como se estivesse acostumada com pessoas assim.
–Você não esta entendendo, eu preciso de ajuda agora, não tenho tempo para um formulário- bati a prancheta no balcão. Ela pareceu se assustar um pouco, eu estava prestes a chorar.
–Certo, me diga o que aconteceu-
– Minha namorada, ela saiu antes de mim para o trabalho, e me ligou pedindo socorro- eu estava desesperado, não tinha folego e as lagrimas já corriam por minha face, eu nunca havia chorado na frente de outra pessoa, mas não conseguia evitar agora.
–Me acompanhe- sua expressão estava diferente. Ela me levou até a sala do chefe de policia.
–No que posso ajudar o senhor- o policial perguntou
–Minha namorada e ligo pedindo socorro, eu não tive coragem de desligar, talvez o senhor possa rastrear- olhei para o visor 25 minutos, o tempo nunca pareceu tao longo.
–Me empresta o celular sr..?-
–Tobias. Tobias Eaton-
–Certo, verei o que posso fazer- Ele usou meu celular em um outro dispositivo, em pouco tempo ele tinha a localização, era próxima a saída da cidade. Peguei meu celular de volta, eu ainda não tinha coragem de desligar.
Ele avisou os bombeiros e pediu uma ambulância para que fosse para o local antes de nós. Se levantou pegou sua jaqueta e pediu para que eu o acompanhasse. Fomos até o carro do policial, eu agradeceria se ele fosse mais rápido, não poderia multar a si mesmo.
Chegamos perto da saída da cidade, os prédios agora so podiam ser vistos mais do alto, era um morro, vi a ambulância junto aos bombeiros parados próximos a encosta da estrada, sai do carro apressado, vi o carro de Tris no final do morro, ela havia se acidentado.
Um bombeiro retirou um corpo do carro, era ela, minha pequena estava ali, machucada, ferida e próxima da morte. Algo dentro de mim se movimentou, tive vontade de ir até la embaixo e pega-la em meus braços, mas o pensamento de que eu somente poderia atrapalhar me deteve.
Eles a colocaram na ambulância, eu entrei e me sentei, queria segurar sua mão mas não sabia se devia.
– É o que dela?- O enfermeiro me perguntou enquanto a imobilizava totalmente.
–Ela é minha namorada- respondi, eu não havia tido tempo de pedi-la formalmente, mas tinha esse plano a um pouco de tempo, sei que estava indo tudo muito rápido mas eu não conseguia mais passar um dia sem vê-la. Alem do mais, não acho que me deixariam acompanha-la eu não sendo algo dela.
– Vamos cuidar dela, não se preocupe- olhei o uniforme, Uriah, esse era nome gravado. Fiz que sim com a cabeça, e permaneci calado até chegarmos ao hospital.
Eles a levaram para uma das muitas salas e me deixaram ali no corredor, procurando por noticias a qualquer momento. Peguei meu celular, a ligação ainda ocorria, talvez eu devesse desligar, já havia a encontrado.
Pus o celular de volta no bolso, desligaria no momento que ela estivesse a salvo.
***
Já fazia duas horas que eu estava andando de um lado para o outro no corredor do hospital quando o medico apareceu com noticias.
–Como ela esta?- perguntei aflito
–Acalme-se rapaz, ela ficara bem- Suas palavras aliviaram todo o peso que tinha dentro de mim.- Perdeu muito sangue e por isso precisará repor, fora isso esta tudo bem, nada de sequelas, ela é uma mulher forte e de sorte.-
–Muito obrigada doutor-
–Talvez você mesmo possa doar, mas seria bom ter alguém da família as chances de compatibilidade são maiores, ela tem pais ou irmãos?-
–Um irmão- respondi
–Bem, devia ligar para ele. Agora com licença- Ele se afastou, eu teria que falar com Caleb, a muito tempo não nos falávamos.
Desliguei a chamada do meu celular, liguei para o escritório de Tris.
–Jenny, é o Tobias, poderia conseguir para mim o numero de Caleb?- pedi
–Claro, e por favor me diga que srta. Prior, já esta a caminho, sua audiência é daqui a 40 mine ela nem se quer avisou que se atrasaria..- Jenny continuou a falar e falar, e sabia que seria melhor que ela não soubesse, mas era necessário. Se Tris não fosse ao tribunal sem apresentar uma justificativa, as coisas seriam piores.
–Jenny, Beatrice sofreu um acidente de carro, estou no hospital, então se puder me passar o numero de Caleb eu agradeceria- tentei soar calmo para que ela não se desesperasse, mas tudo o que ela fez foi me passar o numero e dizer que tinha que avisar sobre Beatrice antes de poder surtar.
Agora eu entendia o por que de Tris gostar tanto dela, Jenny se importava de verdade com ela, alem de ser competente. Disquei o numero de Caleb.
–Alô- sua voz era de sono
– Bom dia Caleb-
–Quem é?-
–Tobias, se lembra de mim?-
–Tobias?- ele fez uma pausa parecia estar tentando lembrar- Nosso ex vizinho- sua voz mudou.
–Você lembrou-
– O que você quer? E como conseguiu esse numero, ele é pessoal.- ele perguntou
–A secretaria de sua irma me passou-
–Tobias seja la o que você quer fale logo, eu não tenho tempo nem mesmo animo a essa hora da manha- sua voz era ríspida, se não fosse por Tris eu nunca falaria com Caleb novamente.
–Sua irma sofreu um acidente, precisa de sangue, sua chance de ser compatível é mais alta do que a minha- disse por fim
– Eu estou indo para ai- Disse o endereço para Caleb
–Não esqueça, não é por que estou com sua irma que eu esqueci o que você fez- disse antes de desligar e ir em direção ao quarto de Tris.