Los Angeles, EUA.

Inuyasha estava feliz e com raiva ao mesmo tempo, conseguiu abri seu restaurante e estava fazendo um grande sucesso.

Concentrava todos os seus sentimentos na comida que preparava, era tudo o que ele mais amava.

Mas a raiva ainda o consumia, mesmo depois de meses ele ainda pensava na traição da sua ex noiva com seu sócio.

Esse pensamento o fez queimar a mão, tinha que parar de pensar nisso.

Um garçom entrou na cozinha e foi na sua direção.

– Senhor Taishou?- disse ele.

Inuyasha recobrou a postura, olhou para o homem e disse:

– Sim, pode falar.

– Tem uma moça muito bonita que esta querendo falar com o chefe.

Inuyasha franziu a testa e disse:

– Não é critica não né?

O homem sorriu e disse:

– Bom, ela estava bem animada com a comida acho que não será uma critica.

Inuyasha sorriu, o garçom o levou até a moça, ela estava de costas e quando ele se aproximou e a viu ficou paralisado. Ela virou o rosto sorrindo e quando o viu seu sorriso sumiu, poderia dizer que ela levou um susto.

– Ka..gome?- disse ele com receio.

Ela abriu um sorriso, levantou e o abraçou.

– Inuyasha , quanto tempo?- dizia ela.

Ele não podia estar acreditando , a mulher que ele tanto amou na juventude estava ali bem na sua frente e claro bem diferente.

Ela desfez o abraço com uma tosse forçada de uma amiga.

– Ah me desculpe. - disse ela sem graça. - Ayame, Inuyasha.

Os dois deram as mãos se cumprimentando.

Kagome ainda sorrindo não para de olhar para ele.

– Eu sabia que tinha reconhecido o tempero dessa comida.

– Você ainda lembra?

– Nunca esqueci claro que está bem melhor agora.

Inuyasha sorriu, imaginou a vida toda como seria em ver Kagome de novo e todos os sentimentos do passado vinham à tona com mais força e intensidade. Até esqueceu por um momento da existência de Kikyou.

O celular de Kagome tocou e ela educadamente atendeu.

Após falar um pouco ao telefone ela desligou.

– Sinto muito tenho que ir a comida estava ótima, se eu pudesse escolher uma palavra para defini-la seria perfeição.- disse ela sorrindo.

– Obrigado. - disse ele, era a única coisa que conseguia dizer.

– De nada. - disse ela se dirigindo a saída.

Inuyasha estava desesperado por dentro não podia deixa-la ir embora não sem uma promessa de que ela voltaria.

Ele correu e segurou em seu braço, não com força, mas o suficiente para fazê-la parar e olhar para ele assustada.

– Me desculpe. - disse ele soltando o seu braço.

Kagome sorri e diz:

– Eu vou voltar, eu prometo. - disse ela saindo, o que deixou Inuyasha feliz.

Ele voltou para a cozinha e começou a cozinhar assoviando de felicidade.

Ele e Kagome eram amigos de infância, tinham pensamentos diferentes dos demais alunos. Os únicos que conseguiam ficar com eles eram Sangô e Miroku que pensavam da mesma forma que eles.

Os excluídos eram assim que se intitulavam. Como eram bons aqueles tempos.

Mas tudo mudou quando entraram para o colegial, todos os que conheciam já tinha perdido a virgindade. Miroku e Sangô começaram a namorar e com o tempo também perderam a virgindade. Logo eles perceberam que eram os únicos virgens do colégio. Kagome viu isso como obras do destino, que como éramos amigos deviam ter a primeira vez um com outro para que nenhuma das partes saísse machucado.

Inuyasha como estava doido para perder a virgindade aceitou e sim fizeram amor pela primeira vez e foi horrível e constrangedor, mas ao mesmo tempo ele descobrira que estava completamente apaixonado por ela.

Mas ao invés de se declarar, tinha medo de perder a amizade de Kagome porque não sabia ao certo o que ela estava sentido. Teve medo de perdê-la e por isso se afastou completamente. Não se orgulha do que fizera no passado e olhando hoje, percebeu o quanto fora idiota.

Depois de tanto desprezá-la na festa de formatura, ela foi até a casa dele chorando e desesperada. Ele ainda estava bêbado da festa, mas entendeu completamente tudo o que ela disse naquela noite.

“Eu te amo Inuyasha, sempre te amei e fui muito burra em acreditar que talvez você pudesse sentir o mesmo que eu , mas não foi isso que aconteceu, estou indo para Los Angeles Inuyasha depois de hoje você nunca mais vai me ver”

Ela correu e ele estava bêbado suficiente para não conseguir alcança-a. Não conseguiu chegar nem na metade do quintal.

Dito e feito, depois daquele dia nunca mais tinha visto Kagome e sentiu-se tão burro por não ter se declarado para ela antes.

Mas ali na cozinha do seu restaurante sentiu que a vida estava lhe dando uma nova chance.

–-xx--

Depois daquele dia Kagome fora todos os dias no restaurante, ele lhe pedira para ir um pouco mais tarde para que pudesse sentar e conversar com ela.

Descobriu que ela tinha terminado a faculdade de publicidade e que estava trabalhando em uma agência bem perto do restaurante.

Quando perguntou se ela havia se casado, teve receio, mas ela respondeu que apenas namorou um tempo, mas não deu certo.

Em uma das noites as horas passaram e os dois nem perceberam a hora passar.

– Sempre soube que a Kikyou não era boa para você. - disse ela bebendo um pouco de vinho.

Ele sorriu.

– Devia ter te ouvido mais.

– Sim! Com certeza.

Permaneceram em silêncio por um momento e depois ele disse:

– Você soube que Miroku e Sangô forma moram em Londres?

Afastando-se de Kagome, ocasionou no afastamento dos outros amigos também.

– Sim, eu os visitei no verão. - disse ela.

Inuyasha desfez o sorriso, talvez se não tivesse sido tão idiota ele estaria casado com ela e teria visitado os amigos no verão.

– O que foi? Eu disse alguma coisa?

– Nada não. - disse ele voltando à expressão de antes.

Kagome sorriu e disse:

– Fico feliz que tenha realizado o seu sonho. Mas você morava em Nova Iorque podia fazer bem mais sucesso lá. Por que não abriu seu restaurante lá?

– Eu abri mais fechei depois do que aconteceu com a Kikyou e lá a concorrência é muito grande.

– Está bem, mas por que Los Angeles?

Inuyasha pensou antes de falar, mas era agora ou nunca. Ele se aproximou um pouco dela e disse:

– Uma vez uma jovem foi até a minha casa chorando dizendo que ia vir para Los Angeles e eu vim atrás dela.

Kagome arregalou os olhos e corou, não imaginava que ele lembrava daquilo. Ele estava tão bêbado na época e por isso tomou coragem para se declarar e se ele lembrava de Los Angeles , com certeza lembrava da sua declaração.

– Eu-eu tenho que ir. - disse Kagome juntando as suas coisas

– Espera Kagome. - disse ele inda atrás dela e mais uma vez ela foge e some do seu campo de visão.

–-xx—

Passaram semanas e nada de Kagome aparecer, seu coração estava angustiado e não estava conseguindo se concentrar na comida.

Ele entrou no sistema no restaurante e pegou o numero da casa dela, por conta de uma ficha de clientes.

Ele ligou e ninguém atendeu.

Então voltou a sua rotina normal e parou de procura-la.

–-xx—

Um mês depois...

– Chefe?- gritou o garçom

Inuyasha sem olhar para ele disse:

– O que foi?

– Tem uma cliente que quer falar com você.

Inuyasha virou os olhos e disse:

– Diz que estou muito ocupado.

– Já disse, mas ela insiste.

Inuyasha jogou o pano de prato que estava em seu ombro na mesa e foi até a cliente.

Sua expressão mudou quando ele viu que era a amiga de Kagome.

– Posso ajudar?- disse ele, tinha medo até do que estava por vir. Será que Kagome estava bem? E se ela estivesse doente? E se tivesse sofrido um acidente? E ele esse tempo todo pensando mal dela.

– Me desculpa Inuyasha, sei que devia ter vindo antes, mas esqueci completamente.

– O que houve?- seu coração batia rápido demais.

– A Kagome precisou fazer uma viagem a negócios urgente, ela recebeu a noticia no mesmo dia que te viu pela ultima vez e tudo foi tão rápido que ela não pode te avisar.

Inuyasha respirou aliviado.

– Ela me pediu para avisá-lo, mas eu esqueci completamente.

Inuyasha não conseguiu esconder a felicidade, era bom saber que ela não estava o evitando.

– Obrigado por me avisar, mesmo me deixando passar por uma agonia constante um mês.

– Você a ama não é?- disse ela.

Inuyasha fica paralisado por um tempo encara a mulher e diz:

– Eu sempre amei.

Ayame sorri e diz:

– Então acho melhor encontra-la na estação de trem, pois ela chegará hoje e está a sua espera e pelos meus cálculos ela deve estar chegando daqui a... – Ayame olha o relógio e diz:- dez minutos.

Inuyasha transtornado tira seu avental e entrega ao segundo chefe, corre para pegar um táxi e consegue.

Infelizmente o trânsito não estava bom por isso no meio do caminho pagou o táxi e foi correndo.

Chegou à estação ofegante e um trem acabara de sair, olhou para todos os lados, mas não a viu.

Sentou-se para respirar devagar, apoiou cotovelos nas coxas e cabeça nas mãos.

Por que ele era assim tão idiota? Por que tinha facilidade de estragar tudo o que era bom na vida dele? Pensara mal de Kagome durante um mês e tudo o que tinha acontecido era uma viagem a trabalho.

Kagome ia ao restaurante todos os dias e nem se lembrou de pegar o número do seu celular.

Com certeza iria se desculpar quando a visse. Isso se ela quisesse vê-lo novamente.

– Inuyasha?

Inuyasha levantou a cabeça e viu Kagome parada olhando para ele surpresa.

Em súbito ele levantou correndo e abraçou forte, tão forte e inesperado que fez com que Kagome deixasse cair sua bolsa de mão. Além de largar o puxador da mala de carrinho.

– Inuyasha o que..?

Inuyasha a encara e põe as mãos nas bochechas de Kagome.

– Eu te amo Kagome eu sempre amei.

– Como assim? Mas você... - disse ela sem entender.

Inuyasha a interrompe.

– Eu sei, eu fui um idiota, mas tive tanto medo de você não sentir o mesmo e perder você que acabei fazendo tudo errado.

Ele a abraça novamente, se soubesse que a sensação seria tão boa teria se declarado anos atrás.

– Pode ser tarde, mas eu preciso que você saiba que eu te amo. – disse ele a encarando.

Kagome se afastou um pouco, demorava em assimilar tudo aquilo. Por que ele não disse antes? Por que a fez passar por todo aquele sofrimento?

Em um impulso descontou todos os anos de raiva e rancor em uma tapa no rosto de Inuyasha.

Inuyasha não estava esperando, mas tinha que admitir que havia merecido.

– Por que você não me disse antes? Você te idéia do que eu passei durante aquele período e depois dele? – Agora ela estava chorando e ele estava totalmente envergonhado e não sabia o que dizer. – O que eu passo até hoje?

A última frase ela disse pausadamente.

Ele a encarou e ela chorava sem parar.

– Kagome eu não tive coragem naquela época, eu era infantil e não merecia você.

– E agora você acha que merece?

Ele chegou um pouco mais perto dela e disse:

– Não, eu não mereço, mas vou fazer de tudo para merecê-la. Eu serei o homem que você sempre quis.

Ela respirou fundo com os olhos fechados e logo depois olhou para ele:

– O homem que eu sempre quis está aqui bem na minha frente.

Inuyasha sorri e logo diz:

– Então você me perdoa?

Kagome dá um meio sorriso em meio a lágrimas e diz:

– Eu nunca deixei de te amar Inuyasha. Mesmo depois de tudo eu não consigo ter raiva de você.

Ele se aproxima aos pouco e a beija. Seu coração acelera, sua mente entra em transe.

O beijo de início foi um pouco desesperado, pois os dois ansiavam por isso a anos, mas Inuyasha diminuiu os movimentos , precisava senti-la mas , precisava saborear mais aquele sabor doce.

Eles se separaram e ele disse:

– Estou disposto a compensá-la por todos esses anos separados.

Kagome sorriu e disse:

– Você pode começar agora.

Inuyasha sorriu e a beijou novamente.

–-xx—

Inuyasha acordou assustado sonhara que Kagome tinha ido embora, olhou para lado para ver se seu pesadelo era real e não era. Kagome estava ali ao seu lado dormindo como um anjo e deixando apenas o ombro a amostra.

Ele levantou e foi preparar o café da manhã. Demorou alguns minutos e logo levou ate Kagome.

De início ficou a observando, a noite anterior foi bem diferente de quando eles fizeram amor pela primeira vez, dessa vez eles sabiam o que estavam fazendo e onde eles podiam se tocar. Deu-se conta de que era só com ela que ele queria fazer amor a partir de hoje.

Chegou perto e apoiou a bandeja no criado mudo, deu pequenos beijos em seu ombro o que fez Kagome abrir os olhos devagar.

Ela olhou para ele e sorriu:

– Bom dia! – disse ele.

Ela apenas sorriu e logo depois disse:

– Que cheiro bom.

Ela sentou e ele deu um pequeno beijo em seus lábios.

Pegou a bandeja e colocou em seu colo.

– Fui presenteada pelos deuses. - disse ela comendo um pedaço de pão com geleia caseira. - Tenho o meu chefe particular.

Ele rir e diz:

– Não se acostume.

Ela rir debochando e diz:

– Vou me acostumar porque eu sei que você sempre vai cozinhar para mim.

– Continua convencida.

– Sempre me amor.

Ele lhe deu mais eu beijo e depois disse:

– Lembra que a gente pensava em fazer uma loucura?

Kagome com a boca cheia só balançou a cabeça em afirmativa.

– E que tal fazermos uma agora?

Ela franziu a testa em expressão de curiosidade.

Ele riu.

– E que tipo de loucura?- disse ela engolindo o que tinha acabado de mastigar.

Ele respirou fundo, afastou uma mecha de cabelo dos olhos dela e a colocou atrás da orelha.

– Fala Inuyasha.

Era incrível que mesmo depois de tantos anos eles ainda continuavam íntimos.

– Vem morar comigo.

– O que?- disse ela perplexa.

– Isso mesmo que você ouviu. Eu não quero ficar mais nenhum segundo sem você e eu preciso saber que depois do trabalho eu irei te encontrar aqui.

Ela não disse nada, apenas o encarava. Ele estava começando a ficar nervoso, pois não tinha ideia o que Kagome estava pensando.

– Qual o problema Kagome? Você mesma disse que morava de aluguel e que estava procurando um apartamento.

– Mas não era isso que eu queria dizer. - disse ela finalmente. - Inuyasha, nós estamos começando as coisas e você não pode me pedir uma coisa dessas agora. - Kagome encostou-se à cabeceira da cama e disse: - Não é melhor esperar um pouco?

Inuyasha chega um pouco mais perto e coloca uma das mãos em seu rosto.

– Esperar mais? Eu não quero ficar nem mais um segundo longe de você. Depois de tantos anos de mal entendido, eu quero compensar cada minuto, até porque se eu tivesse me declarado no passado nos com certeza estaríamos juntos hoje de alguma forma.

– Ou não.

Inuyasha riu.

– Acha mesmo que nós não estaríamos juntos depois do que aconteceu ontem?

Kagome sorri e fica pensativa, Inuyasha estava achando que estava convencendo-a.

– Mesmo se eu aceitasse essa não era a minha vontade lembra? - disse em tom de brincadeira.

Inuyasha pensou e viu que aquele era um teste para ver se ele realmente lembrava dos sonhos e das suas vontades.

– Ah é verdade, lembrou que você dizia que só iria morar com um cara se tivesse uma aliança na mão esquerda, ou pelo menos na direita.

Kagome sorri.

– Sinto muito decepcioná-lo.

Inuyasha sorri de volta e levanta, vai até o armário e tira uma caixa de lá.

Kagome não entende, mas espera até que ele tira um anel que a deixa surpresa.

– O anel de noivado da sua mãe? O que faz com ele?

Inuyasha se ajoelha em frente a Kagome que estava sentada na cama.

Ainda surpresa uma lágrima cai dos olhos de Kagome.

– Eu sei que ficamos um bom tempo separados, mas não quero perder mais nenhum minuto longe de você e estou disposto a não te perder de vista nunca mais.

Inuyasha pegou sua mão direita e disse:

– Por isso Kagome Higurashi, quer fazer essa loucura comigo? Casando-se comigo? Não precisa ser agora, mas quero pelo menos te passar essa segurança de que pretendo me casar com você.

Kagome sorri balançando a cabeça estava muito feliz e não importava o que os outros iriam pensar, na verdade não estava nem ai, dane-se o mundo.

Inuyasha sorrindo coloca o anel em seu anelar direito e Kagome cai no chão e o abraça.

– Eu nunca mais a perderei de vista, eu te amo. - disse ele.

– Eu também te amo Inuyasha.