Midnight Queen escrita por Rocker


Capítulo 1
Midnight Queen - único


Notas iniciais do capítulo

Deixarei nas finais o link das minhas outras fics de Nárnia, deem uma passada!! o//



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Midnight Queen

Capítulo Único

Written by Rocker

Sabe, ele queria que as coisas fossem diferentes.

Tudo o que ele queria era dizer a todos que a amava. Mas não podia. Nárnia não era assim tão fácil de se lidar quanto parecia, ainda mais ele sendo um dos quatro reis que reinavam por ali - os quatro mais famosos. O que diriam caso o Rei Edmundo chegasse com a notícia de que estava apaixonado por uma plebeia? Ele sempre comparava Nárnia aos tempos da monarquia, em sua terra natal. Se alguém da realeza aparecesse com alguém que não era, o escândalo estava feito. E ele não queria isso em Cair Paravel. Principalmente quando diz a lei que Pedro deveria se arranjar primeiro.

Mas, claro... Edmundo nunca imaginou que iria se apaixonar. E de uma maneira tão inusitada.

Edmundo já não aguentava mais aquela festividade. Ele não queria ter que continuar naquele baile que, para ele, era sem sentido algum. O que leva uma pessoa a fazer um baile em pleno inverno, como se ele fosse algo a ser comemorado? Edmundo um dia ainda entenderá o que se passa na cabeça de seu irmão. O que Pedro via como uma comemoração do que o inverno nunca mais seria, Edmundo via como uma lembrança do que ele quase permitiu que permanecesse. Anos se passaram, e o moreno ainda se recriminava pelas péssimas escolhas de seu passado. Nunca se desculparia e sempre se arrependeria.

Edmundo suspirou, desistindo da ideia de avisar a seus irmãos que estava de saída. Ninguém prestara atenção nele desde que o baile começara e não seria agora que prestariam. Ele já se conformara com isso. Então simplesmente saíra pelo portão principal do salão. Ele andava pelos jardins vagarosamente, observando as flores à sua volta como já vira Lúcia fazendo uma ou outra vez. Por fora, ele parecia um rei calmo e calculista, mas somente ele sabia o que realmente passava em seu interior.

Suspirando novamente, Edmundo se sentou no banco mais longe no jardim, apoiando a cabeça nas mãos. Porém o barulho de um galho rachando próximo a si chamou-lhe a atenção. Olhou em volta, procurando a origem do som e viu certo movimento em alguns galhos não muito longe dali. Correu a tempo de segurar uma garota que caía de um galho. Segurou-a firmemente para impedir que ela não fosse direto ao chão.

– Você está bem? - ele perguntou, realmente preocupado com o estado da garota baixinha e de aparência frágil que ainda mantinha nos braços.

Edmundo sorriu ante a lembrança que lhe invadia a mente. À primeira vista, ela parecia realmente frágil. Só parecia mesmo.

– É, eu estou sim, obrigada. - a garota disse rudemente, pulando do colo de Edmundo num salto perfeito.

Edmundo analisou bem suas feições, seus cabelos negros e seus olhos azuis. Algo nela o intrigara logo à primeira vista. Seu rosto delicado podia fazê-lo confundi-la com uma princesa, mas suas vestes negavam essa hipótese. Por mais limpo e bem cuidado que estivesse o vestido bege, era clara a costura camponesa nele. E, por algum motivo desconhecido por Edmundo naquele momento, ele simpatizou com a garota. Talvez sua aparência frágil, talvez fosse a tentativa de se infiltrar, talvez fosse o jeito duro com que ela o havia tratado, talvez fossem seus olhos azuis hipnotizantes, ou simplesmente o fato de ela parecer mais corajosa que ele para enfrentar as coisas.

– Qual seu nome? - perguntou o moreno, interessado.

– Sammantha, ou apenas Sam.

– Eu sou...

– Sei quem é. - ela o interrompeu quase imediatamente.

Mas Edmundo não se deixou abalar.

– O que faz por aqui? - perguntou Edmundo, mesmo já sabendo a resposta para essa resposta.

E ele viu claramente o momento em que sua pele já clara empalideceu. E ela estava claramente procurando uma escapatória.

Edmundo sorriu. - O que acha de entrar comigo?

– O quê?!

– É, quer me acompanhar no baile?

– M-mas eles... - ela começou, mas Edmundo a impediu de continuar.

– Não ligo para o que pensam. - ele afirmou.

E, pela primeira vez, isso era uma verdade.

Edmundo lembrava-se bem da reação de Pedro ao aparecer com Sammantha naquele salão. Não havia sido das melhores, mas depois que ele insistira um pouco, o loiro acabara cedendo. E, a partir daquele dia, ele sempre insistiria por ela. Isso era uma das únicas certezas que ele tinha na vida. E suas insistências não paravam por aí.

– Edmundo, você tem certeza? - Sammantha perguntou um dia. - Não quero lhe causar mais problemas.

Era um dos dias em que se encontravam. Sammantha havia, de modo inesperado, se tornado sua melhor amiga. Dançara naquele baile perfeitamente, encantando a todos, e conversaram até o encerramento do evento. Desde então, eles começaram a marcar de encontrarem nos bosques ao redor do castelo a toda meia-noite. Às vezes conversavam, às vezes andavam, e às vezes ficavam apenas em silêncio, saboreando a companhia do outro.

– Ainda não entendo de onde você inventou que me traz problemas! - resmungou Edmundo, revirando os olhos.

Já era quase duas horas da manhã - eles nunca passaram da uma - e o moreno insistia em levar a garota até o vilarejo próximo ao castelo. Era próximo, mas nem tanto.

– Não sei, Eddie. - ela disse, corando e se sentindo um pouco desconfortável. - Você está correndo o risco de seu irmão descobrir que anda se encontrando com uma plebeia. Sei que o Rei Pedro é gentil, mas isso vai contra todas as leis já impostas antes.

Edmundo respirou fundo e tomou a mão de Sam entre as suas, fazendo-a parar de tremer quase instantaneamente com afugentamento do calor de suas palmas.

– Eu já disse, Sam. - ele disse, sorrindo minimamente enquanto brincava com os dedos da garota. - Não me importo com o que eles dizem.

E sem deixar espaço para que ela retrucasse, puxou-a pela mão em direção aos estábulos.

Edmundo levantou a cabeça para o teto e abriu um leve sorriso enquanto fechava os olhos, tentando recordar de todas as sensações que aquela meia-noite havia lhe trago. A sensação de suas mãos ao redor da cintura fina de Sammantha enquanto a içava para a cela do cavalo Felipe. A sensação de sentar atrás dela, apoiando o corpo dela contra seu pelo e envolvendo-o com os braços até as rédeas, para evitar que ela caísse. Lembrava-se que ficara com receio de que ela caísse, mas Sammantha parecia cavalgar melhor ainda que ele. Talvez passara a vida fazendo isso, mas o que mais ficara registrado na mente de Edmundo sobre aquele dia em específico, foi o que acontecera quando ele a deixara em casa.

– Boa noite, Rei Edmundo. - Sammantha provocou, prestes a atravessar a porta de sua simples casinha, abrindo um meio sorriso malicioso nos lábios.

Edmundo revirou. - Já disse que você não precisa me chamar assim!

Sammantha riu, sabendo o quanto ele ficava irritado quando ela o chamava assim. Mas sabia também o quanto ele ficava bonito com as bochechas coradas de raiva.

– Tudo bem, tenha uma boa noite, Eddie. - ela repetiu.

Edmundo sorriu dessa vez, e aproximou-se para dar-lhe um beijo delicado na bochecha da garota. Mas parece que houve certo erro de cálculos e Sammantha também se virou, na mesma intenção. E então, segundos depois, os lábios de ambos se tocavam, apenas o suficiente para que tivessem noção do que acontecera e se afastassem rapidamente, corados.

– Ahn... Bem... - começou o moreno, corando a nuca em um claro sinal de desconforto. - Boa noite, Sam. Até amanhã.

Edmundo então se inclinou e deu um beijo na bochecha de Sammanhta. Dessa vez, no alvo certo.

Mas Sammantha não aparecera na meia-noite seguinte àquela. Nem na outra, nem na outra, nem outra. Fora assim durante quase uma semana e Edmundo já era uma pilha de nervos. Tinha medo de que ela o ignorara de propósito, por causa da noite em que se beijaram. Não que Edmundo não tivesse gostado, mas ainda não era o momento certo de se envolverem. Ao menos não para ele. Ele descontava seu mau-humor em qualquer coisa que visse. Fosse um vaso de canto de mesa quebrado, seja a falta de apetite para a comida deliciosa de seus cozinheiros, relatórios reais sem a mesma precisão de antes...

Vários desses fatores aconteceram ao longo da semana e Pedro chegara a perguntar o que houvera. Edmundo não pretendia contar a ele sobre seus encontros, então dissera-lhe ser apenas o cansaço. Não que o loiro acreditasse na péssima desculpa, mas deu-lhe tempo livre de suas obrigações. Tempo livre esse que Edmundo usara para cavalgar até a vila onde Sammantha morava.

Edmundo bateu à porta da casinha simples do vilarejo, receoso quanto às suas hipóteses para o distanciamento de Sammantha. Odiava pensar que ela vinha o evitando por causa de um simples tocar de lábios. Simples para observadores exteriores, mas para Edmundo fora o detalhe que faltava para que ele finalmente entendesse sobre seus sentimentos confusos. Já havia se passado meses desde que eles se conheceram e vinham se encontrando às escondidas, mas desde então Edmundo não conseguia parar de pensar na garota.

Incrível era também era o fato de que desde então ele parara de pensar sobre seus erros. Erros aqueles dos quais estaria se culpando até hoje caso a garota morena de olhos azuis não tivesse aparecido em sua vida. Mas, naquele dia, naquele baile, seus tormentos tornaram-se outros. Por quê ele parava de pensar naquela garota? Ela não tinha nada de especial, nem terras, nem títulos, nada! E, talvez, fosse por isso que ela o intrigava tanto. E desde o último dia em que se viram, Edmundo conseguia organizar seus pensamentos e finalmente chegar à conclusão de que amava aquela plebeia.

– Edmundo, o que faz aqui? - a voz da garota distraiu-o de seus pensamentos e ele sentiu seu coração se apertar.

Abriu um sorriso para ela, mas ele logo foi apagado ao ver a aparência levemente frágil e tristonha da garota.

– Sam? O que houve? - ele perguntou rapidamente. - Você não apareceu mais no bosque, fiquei preocupado.

Sammantha abriu um leve sorriso. - Entre. - convidou, dando-lhe espaço para passar.

Edmundo entrou, um pouco desconfortável, mas logo se sentiu em casa ao notar a aparência simples a casa também exalava por dentro. Ele adorava o conforto luxuoso do castelo de Cair Paravel, mas não conseguiu evitar de também sentir conforto com a sala de estar de móveis velhos.

– O que aconteceu, Sam? - perguntou novamente, à garota que agora estava parada à sua frente e de cabeça abaixada.

– Meu pai. - ela respondeu, desviando seu olhar para a porta fechada que ficava na parede oposta. - Está doente, precisei cuidar dele.

Edmundo sorriu com compaixão e logo levou a mão ao cinto.

– Ainda bem que sempre trago a poção de Lúcia para emergências. - ele disse, sorrindo meio maroto e tirando o frasquinho das vestes.

Sammantha arregalou os olhos. - O quê?! Não! Não precisa usar isso conosco!

– Sammantha. - Edmundo disse, se aproximando dela e segurando seu queixo com a mão livre. - Já disse que por você faço qualquer coisa.

Edmundo se sentiu orgulhoso ao ver um sorriso tímido abrir entre as faces coradas de Sammantha, e sorriu.

– Agora leve-me ao seu pai, tenho um camponês para salvar.

Edmundo abriu os olhos, mas o sorriso não saiu de sua face. Não sabia se teria coragem de sair daquele quarto para ter sua séria conversa com Pedro, mas era preciso. Mas, sem suas melhores lembranças dos melhores momentos com Sammantha, ele não acumularia a coragem necessária para isso. Era uma decisão difícil, quase impossível, mas por Sammantha ele o faria. E, por isso, estava naquele momento, sozinho em seu quarto, munindo-se de coragem suficiente.

Naquele dia em que fora atrás dela, ele conseguiu curar o camponês. Era um homem meio novo, mas o trabalho árduo e o sol constante o envelhecera de maneira irreversível. Mas, ainda assim, tinha um espírito jovem. Conversava alegremente com Edmundo, como se nem se desse conta de que estava no mesmo cômodo que um dos reis de Nárnia. Assim como fazia sua filha. Edmundo gostou ainda mais do homem quando ele dissera que depois que Sammantha passara a se encontrar com ele, se tornara uma pessoa mais aberta, receptiva e simpática. Convidou a Edmundo para jantar algum dia naquela casinha simples com os dois, e o moreno não recusara.

Mas uma lembrança que nunca se apagaria de sua memória acontecer algumas semanas depois de seu primeiro jantar naquela casa. Nunca imaginou que conheceria o paraíso, até vê-la daquele modo.

Costas nuas, cabelos molhados e pele alva. Era tudo o que Edmundo via, mas já lhe era o suficiente para lhe vir à mente pensamentos impróprios com o corpo da mulher que se banhava. Afinal, o que dera nele ao sair antes ainda da meia-noite, para esperá-la no bosque? Bem, ele tinha parcela de culpa, mas como ele saberia que Sammantha estaria se banhando no riacho próximo do ponto de encontro? Tivera sorte de a garota não perceber sua presença.

Edmundo controlou sua mente para evitar imagens impróprias. Não precisava se excitar justamente naquele momento. Então, por isso, resolveu lançar a teia de pensamentos em outra direção. O primeiro beijo deles, talvez?

– O que está fazendo? - perguntou Edmundo, rindo ao ver Sammantha estatelada entre as folhas caídas após tropeçar em uma raiz protuberante.

– O que parece que estou fazendo? - ela respondeu sarcasticamente, mas escondendo um leve sorriso no canto dos lábios. - O chão que está muito confortável e folhas no cabelo são a última moda lá no vilarejo! - ironizou.

Edmundo revirou os olhos, mas sorriu. - Você fica linda de qualquer jeito.

Fora a vez de Sammantha revirar os olhos; corando, logicamente. Edmundo estendeu a mão para ajudá-la a se levantar, mas não imaginou a artimanha da garota até estar caído sobre ela, ouvindo sua risada angelical. Quando esta parou, seus olhos se encontraram. Azul no castanho e castanho no azul. Poderia parecer estranho, mas para eles era a combinação perfeita. Assim como seus lábios juntos, como comprovaram segundos depois. E, claro, nenhum dos dois se afastou.

Desde aquele dia, beijos e mais beijos foram acontecendo. Sempre que se viam, sempre que se despediam, sempre que se calavam e sempre que se falavam também. Os beijos tornaram-se um vício tão grande entre eles que era quase humanamente impossível conviver um que fosse sem sentirem os lábios um do outro.

Assim que a viu, Edmundo tomou-a nos braços e a beijou fervorosamente. Era um beijo selvagem e cheio de saudades, aniquilando com qualquer sentimento que oprimia o coração de ambos. Um beijo nunca experimentado por eles, mas que significavam o mundo.

– Uau! - comentou Sammantha, ao separar seus lábios dos dele pela falta de ar, mas se afastar completamente. - Isso tudo era saudade?

– Você não tem ideia. - respondeu Edmundo, dando leves beijos de agrado no pescoço alvo da garota camponesa.

– Mas faz apenas dois dias que não nos vimos! - Sammantha riu, fechando os olhos para prolongar as sensações que os lábios de Edmundo causava em sua pele.

– Para mim pareceu a eternidade. - disse Edmundo por fim, antes de tomar os lábios dela em outro beijo.

Talvez tenha sido uma das últimas noites deles juntos. Ao menos até Susana aparecer com as duas princesas.

Edmundo estava se segurando para não agarrá-la ali, na frente de todos. Ainda mais que ela usava o mesmo vestido que trajava na noite em que se conheceram. E isso, Edmundo nunca esqueceria. Mas era fácil se esquecer de que eles não poderiam se conhecer e muito menos confraternizar. Ele e Pedro estavam ali para atender aos pedidos dos camponeses dos vilarejos mais próximo; e isso incluía Sammantha e seu pai, que estavam no meio de todas aquelas pessoas em frente ao trono dos reis.

– Acalmem-se, por favor! - pediu Pedro, provavelmente pela décima vez naquela hora. Era difícil agradar a todos. - Tentaremos atender a todos, não é, Edmundo?

Mas Edmundo só tinha olhos para ela. Sempre só teve olhos para ela e lhe doía saber que não poderiam oficializar o que quer que houvesse entre eles. Isso era tudo o que Edmundo queria. Via que Sammantha já começava a ficar meio desconfortável com os olhares, afinal, estavam dando muita bandeira. Mas não conseguia evitar, ainda mais quando a via sussurrar algo para o pai e este comentava algo que a fazia corar ainda mais.

Mas algo chamou a atenção do moreno, e não fora seu irmão tentando chamá-lo. Foram as grandes portas da Sala dos Tronos, que trouxeram com elas sua irmã Susana e duas garotas loiras e imediatamente identificáveis como sendo de alguma realeza.

– Susana? - perguntou Pedro, confuso. - O que está havendo?

Susana sorriu. - Essas são Loren e Annelise. São as princesas pretendentes a ter sua mão e a de Edmundo.

Nesse momento, o mundo de Edmundo se quebrava tanto quanto o coração de Sammantha.

Edmundo odiava lembrar que depois daquilo, Sammantha só aparecera no bosque à meia-noite apenas mais uma única vez. Eles brigaram - e brigaram feio. Edmundo queria jogar tudo pelos ares e fugir com ela, mesmo sabendo que acabaria com sua reputação e que seria taxado como traidor e covarde. O pior não a briga que tiveram em si, na íntegra. Mas as últimas palavras que ouvira da boca de Sammantha.

Vá, fique com Loren. Faça o que é certo.

Edmundo respirou fundo e se levantou em direção a porta. Ele estaria fazendo o certo no momento em que falar com seu irmão.

~*~

– Pedro! - Edmundo gritou por seu irmão no momento em que o viu no final de um dos corredores do castelo.

– Diga, irmão. - Pedro sorriu-lhe, parando para esperá-lo.

– Tenho algumas dúvidas. - começou Edmundo, sem saber exatamente o que deveria falar. - Eu, mesmo sendo um rei secundário, tenho os mesmo direitos de alterar leis como você, não é?

– Você não é um rei secundário. - disse o loiro, pondo a mão sobre o ombro do mais novo. - Sempre teve e sempre terá a mesma autoridade que eu.

– Então o que você diria sobre eu alterar as leis sobre casamento apenas com nobreza e sobre o primogênito ter o dever de se arranjar primeiro? - perguntou Edmundo, receoso quanto à resposta.

Pedro, porém, quebrou tudo o que o moreno esperaria ao sorrir.

– Você ama aquela camponesa, não é? - respondeu-lhe com outra pergunta. Edmundo, mesmo receoso com a reação que sua resposta causaria no irmão, assentiu em confirmação. - Então vá atrás dela.

~*~

Assim que Sammantha abriu a porta de sua casa, Edmundo tomou-a nos braços e a beijou com fervor e saudade como nunca antes.

– Edmundo! - Sammantha exclamou assim que se separaram pela falta de ar. - O que faz aqui?!

Edmundo respirou fundo, ainda tendo-a em seus braços, e sentiu as palavras saindo em jorros da sua boca.

– Sam, eu não tenho ideia de como fazer isso, porque nunca precisei fazer isso antes. Aliás, sou homem, homens não são criativos. Mas se tem uma coisa que eu criei em minha mente foi o meu futuro dali vários anos. E, em cada momento, eu tinha você ao meu lado. Desde o momento em que nos conhecemos, eu me apaixonei por você. Inclusive convenci meu irmão a mudar as leis referentes a casamento. Isso tudo porque eu te amo, isso tudo porque você fazia parte do futuro que imaginei para mim. E você mesma pedira para que eu fizesse o certo, então estou tentando. O que acha de me ajudar com o certo, de realizar a visão do futuro que fiz pra mim; ser, para todo o sempre, a minha rainha da meia noite? - Edmundo respirou fundo novamente antes de soltar a pergunta que a possibilidade de uma negativa o atormentava. - Sammantha, quer se casar comigo?

E, pelo sorriso que Sammantha abrira, a resposta nunca que seria negativa.


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Notas finais do capítulo

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