POV Alice

Uma coisa eu juro, Jasper Hale iria pagar pelo que fez e pagaria muito caro.

Vai se arrepender do dia que desafiou Mary Alice Cullen.

Cheguei em casa depois do fiasco que foi aquele treinamento de incêndio. Passei direto para a cozinha e no caminho apertei o botão da secretária eletrônica.

Mensagem recebida às 20 horas e 17 minutos:

Oi Alice, é a Bella, queria ver com você se aquilo que falamos do aniversário ainda está de pé, me liga quando chegar em casa. Beijos

Mensagem recebi...

Antes que ouvisse qualquer outra mensagem tirei o telefone do gancho, preciso conversar com a minha cunhada, mas pensando bem tenho que fazer isso pessoalmente.

Pago as chaves e saio de casa, graças a deus que ela e o meu irmão moram a duas quadras daqui. Em cinco minutos estou na frente da porta.

- Oi, Alice – Bella abriu a porta com um sorriso – Tudo bem?

Acho que eu estou visivelmente alterada.

- Não – Falei entrando e tirando o casaco.

- O que aconteceu? – Ela perguntou preocupada.

- Eu sofri graves danos morais – Ela arregalou os olhos e estava ainda mais assustada – Quanto você acha que um assassino de aluguel cobra? – Com todo prazer eu contraria um para acabar com a raça do idiota do bombeiro Jaspe Hale.

- Calma, me conta o que aconteceu desde o começo – Ela pediu me guiando até o sofá.

- Cadê o meu irmão? – Perguntei quando ele não apareceu.

- Está de plantão – Ela falou mais interessada na minha história que no paradeiro do marido – O que aconteceu?

- Um treinamento de incêndio – Ela balançou a cabeça se lembrando que eu tinha contado sobre ele quando nós falamos mais cedo. Fez sinal com a mão para que eu continuasse – Me recusei a descer, mesmo com um bombeiro gatissimo insistindo.

Sim, eu reparei no corpo do bombeiro Jasper, me prendam, por achar um homem extremamente sexy, principalmente vestido de bombeiro, aquela calça a prova de chamas e aquela camiseta preta...

- Alice – Bella me chamou estralando os dedos na frente do meu rosto.

- Desculpa – Falei voltando do sonho – Estava pensando na quantidade de trabalho que tenho pra ainda hoje.

- Claro – Ela falou desconfiada – E o bombeiro gatissimo te fez lembrar de trabalho?

- Presta atenção na história? – Perdi tentando desviar a atenção do meu devaneio.

- Ok, ele estava tentando te convencer a descer – Ela me lembrou ansiosa para ouvir o resto.

- Eu me neguei – Ela me olhou com cara de reprovação – Não me olha assim, eu sou uma pessoa que conta cada segundo do dia, não posso me dar ao luxo de perder horas com um estúpido treinamento. Continuando, ele ficou lá dizendo que não poderia descer enquanto o andar não estivesse evacuado.

- E você se negou veementemente – Ela completou.

- Sou uma pessoa ocupada e de princípios

- E o que ele fez?

Respirei fundo para manter a calma, quando me lembrei do que aquele brutamontes fez.

- Ele me carregou até lá embaixo, no ombro – Quando terminei de falar a cara da Bella era um mistura de choque com diversão, logo ela caiu na gargalhada.

- Ele te carregou? – Ela perguntou quase sufocando de tanto rir.

Eu fico tão feliz em divertir as pessoas com as minhas desgraças pessoais.

- Não é engraçado – Falei séria e ela parou de rir respirando fundo e limpando as lagrimas.

- Desculpa – Falou ainda tentando manter a calma – O que você fez depois que chegaram lá em baixo?

- Estavam todos do lado de fora, milhares de pessoas – Aquilo foi a pior humilhação da minha vida – Ele me colocou no chão e ficou sorrindo feito um idiota. Eu prometi que iria ter volta, eu vou cumprir.

- Calma – Ela pediu mais uma vez – Você não está pensando em processar ele, está?

- Pensando não, eu vou – Quando prometo cumpro.

- Você está tomando uma decisão precipitada, com a cabeça quente.

- Eu vou processá-lo e ponto.

- Alice, pensa bem, bombeiros são tipo heróis, mais heróis que o Super-Homem seria se existisse – Bella às vezes me irrita com as suas teorias – Você parou para pensar que todo mundo pode se virar conta você.

- Como assim?

- Os bombeiros é a corporação mais unida que existe, mexeu com um deles mexeu com todos.

- Que se dane os bombeiros, o que aquele cara fez é imperdoável – Ela não iria me convencer do contrário

- Talvez ele tenha passado dos limites, mas você não precisa agir tão drasticamente.

- O que você sugere então? – Mesmo achando seu será inútil, aquele homem das cavernas tem que pagar pelo que fez.

- Conversa com ele e o convença a pedir desculpas – Bella é sempre a mais diplomática possível.

Eu já sou bem diferente, a escola de direito me ensinou a atirar primeiro e perguntar depois.

- Bella, isso não é hora para ser embaixador da paz e sim para ser o Rambo.

Ela me olhou com uma sobrancelha levantada e sorriu, talvez minha analogia não tenha sido das melhores.

- Você vai chegar atirando, então? – Ela me conhece muito bem – Isso vai dar merda.

- Até aprece que eu não sou a melhor advogada dessa cidade – Ela duvida do meu talento – Causas como essas eu ganho com os olhos fechados. Tanto que vou entrar com o processo com decisão em primeira instância.

- Cuidado, Alice – Ela falou apontando o dedo para mim – A grande diferença entre confiança e arrogância é o resultado.

- Menos, Bella, bem menos, quase nada – Ela passa dos limites às vezes.

- Depois não diz que eu não avisei.

- O máximo que pode acontecer é o juiz dizer que o processo não tem sentido e arquivá-lo – O que não iria acontecer, eu sou a melhor.

- Se você tem tanta certeza – Ela jogou as mãos no colo e sorriu como se soubesse de algum segredo.

- Porque o sorrisinho? – Perguntei apontando para o seu rosto.

Ela jogou os ombros e sorriu mais.

- Porque eu acho que isso vai dar em problema – Ela me irrita às vezes.

- Você me irrita às vezes.

Ela sorriu mais e levantou do sofá.

- Vou pedir uma pizza, você fica? – Perguntou pegando o telefone.

- Não, tenho muito trabalho pra fazer antes de dormir, deixa pra outro dia – Beijei o seu rosto e deixei a casa.

Graças aquele homem das cavernas tudo que tinha que fazer para deixar pronta a pasta do caso Berts, atrasou. Agora tenho que preparar vários relatórios e ainda preparar a defesa. Sem esquecer de repassar tudo que foi dito na reunião sobre o caso Thymot x Estado.

Para completar a minha pilha, já grande, de trabalho, tenho que iniciar os papeis para abrir o processo contra aquele homem sub evoluído.

Minha madrugada promete, mais uma noite em claro. Ainda bem que eu adoro o meu trabalho.


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Jasper: Gostei da Bella.

Alice: Isso porque ela te defendeu o tempo todo.

Jasper: Ela sabe quem tem a razão.

Alice: Ela é um pouco lerdinha.

Jasper: Isso porque é sua amiga, imagino como fala das inimigas.

Alice: Sua vez de contar.

Jasper: Antes você vai me explicar essa história de assassino de aluguel.

Alice: Eu estava com raiva.

Jasper: E você fica falando de mim, mas bem que também me olhou.

Alice: Olhei mesmo.

Jasper: Eu sei que sou gostoso

Alice: Convencido.

Jasper: Minha vez de contar

Alice: O que você vai contar?

Jasper: Vamos adiantar alguns dias...