Olhos Verdes como Oceano escrita por evabassa92


Capítulo 1
Capítulo 1




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Foram seus olhos verdes.

Ele apareceu no meu chalé por volta das 2 da manhã. No momento em que bateu na janela, eu já sabia que era ele. Coloquei meu boné e saímos furtivamente, como 2 ladrões depois de um roubo bem sucedido. No caso, posso assegurar que foi o meu peito quem deu por falta de alguma coisa no outro dia.

Fomos para a praia, lugar obvio, mas pra ele... Não sei como descreve-lo observando o mar, o oceano. Ele parece estar ligado com cada grão de areia, cada concha ou pedra que por ali esteja, e faz parecer que ganha uma força que o revitaliza, que o deixa ser quem ele é. Da para ver que ele fica feliz.

Ele me chama com os olhos, me olha daquele jeito, que diz muito sem falar nada, só como alguém que já nos conhece por toda uma vida consegue fazer.

Eu me aproximo, ele pega em minhas mãos e caminhamos em direção do mar. Ele me faz flutuar, é uma sensação tão maravilhosa, sentir os respingos de água no rosto e o cheiro daquela vastidão infinita, de cor esverdeada.

Chegamos a uma pequena ilha, que vista de longe não parecia ser mais do que uma mancha insignificante no horizonte do acampamento. Ele me conduziu até uma área, onde estavam empilhados alguns cobertores, almofadas e alguns frutos do mar. Dava para ver que ele preparou aquilo com todo o cuidado e carinho, provavelmente ele mesmo deve ter pescado o que estava ali.

O céu estrelado, algumas nuvens e uma lua branca, pareciam espionar o que estava prestes a acontecer. Olhei para eles e pensei em tudo o que aconteceu até chegar ali, fechei os olhos e algumas lágrimas escorrem pela minha bochecha.

Ele me abraçou por trás e não disse nada, apoiou o queixo em cima da minha cabeça e ficamos balançando. Ele entendia tudo, não precisávamos conversar, tudo o que eu vi ele também viu, e tenho a certeza de que ele sabia a razão daquelas poucas lágrimas. Não eram de alegria ou de tristeza, eram de alívio, agradecimento e tranquilidade. Estranho pensar em lágrimas de tranquilidade, mas só quem passou pelo que nós dois passamos pode entender o que é isso. Pensei no que minha mãe estaria pensando no momento, e um sorriso surgiu no meu rosto.

Ele me virou para olhar nos olhos dele. Viu no meu rosto o sorriso e sorriu de volta. Sempre que ele faz isso, meu coração parece dar uma batida a mais ou a menos, não sei dizer. Aquele frio na barriga se intensifica e tenho vontade de correr. Acho que ele sabia disso, por isso a ilha minúscula, não teria como correr nem se eu quisesse.

-Annabeth...- ele diz percorrendo com a ponta de seu nariz os meus cabelos.

Meu corpo respondeu instintivamente, olhei para os olhos dele, verdes como o mar, e me perdi. Deixei que ele me conduzisse até aquela pilha, que tinha visto assim que chegamos. Nos deitamos um do lado do outro e ficamos nos vendo. Ele tocou o meu ombro direito com os dedos e fez uma trilha imaginaria até a minha cintura. Quando chegou la, olhou para o meu rosto e corou levemente. Fiquei rosa e com vontade de rir, não consegui segurar e uma risada escapou do fundo da minha garganta.

- O que foi? - e ele começou a rir junto comigo. Abraçou-me e não me deixava escapar. Estava claro ali que nenhum dos dois sabiam o que estavam fazendo, o que tranquilizou a situação e me deixou mais a vontade.

Quando a crise de riso desapareceu, ficamos deitados, eu entre as pernas dele vendo o céu. Ali, escutando o coração dele soube, que não existia lugar no mundo em que eu preferisse estar, meu lugar era ao lado daquele garoto, fosse nas profundezas do tártaro ou no Olimpo. Não importava, eu só precisava dele.

Me virei e me deparei com ele fitando o horizonte, puxei o seu rosto contra o meu e o beijei. Aquele tipo de beijo que se da em quem se ama incondicionalmente, que falava por mim, dizia tudo o que eu queria sem emitir nenhum som, além de eventuais respirações exacerbadas.

Ele me deitou sobre aqueles cobertores e começou a me beijar lentamente, descendo para o meu pescoço. Estava ficando cada vez mais abafado aquele lugar, senti que sua mão brincava com a barra da minha camisa. Tomada por alguma coragem que veio no momento, eu mesma a tirei, senti minha pele queimar por onde ele me tocava e tive vontade de fazer o mesmo com ele. O empurrei para o chão do outro lado e tirei sua camiseta. Pude ver todo o seu abdome e as cicatrizes que as antigas batalhas haviam deixado. Ele era lindo, de um jeito tão natural que dava vontade de ficar horas só admirando aquele belo trabalho que a natureza tinha feito. Mas no momento, a vontade não era só admirar.

Nunca tínhamos tido a oportunidade de ficarmos sozinhos daquele jeito, sempre procurávamos salvar as nossas vidas na maioria das vezes. Ele por mim e eu por ele.

Quando ele me empurrou para os cobertores novamente e tentou tirar meu sutiã, sem conseguir logo de primeira, demonstrando mais uma vez sua inexperiência, não precisei de incentivo para deslizar meu shorts para baixo e puxa-lo para cima de mim. Eu gostava de sentir seu peso sobre o meu corpo. Era bom e me sentia protegida.

Consegui sentir que ele estava mais que preparado para aquilo, e desviei um pouco o olhar quando ele retirou sua bermuda e deitou nu sobre mim. Ele me beijou mais um pouco no pescoço e nos meus seios, não consegui evitar um suspiro, e o sorriso que vi nos seus olhos me fez querer mais.

Ele afastou minha calcinha e senti seus dedos entrarem dentro de mim. Me retrai em um primeiro momento, mais como uma surpresa, por nunca ter tido esse tipo de contato com ninguém. Mas era Percy, e meu corpo parecia saber quem era, em pouco tempo eu estava mais do que preparada para o que viria a seguir.

- Annabeth... - ele sussurrou no meu ouvido. Pela segunda vez naquele dia ele disse o meu nome, e pela segunda vez eu sabia que estava perdida.

O tom esverdeado do oceano no seu rosto olhou para o cinzento e tempestuoso do meu e num acordo silencioso selado com um beijo, ele entrou em mim. O incomodo do inicio passou, eu queria senti-lo ainda mais. Ele parou assim que entrou, esperou eu me acostumar, assim que percebeu que eu estava pronta, começou a se movimentar cada vez mais rápido e em um ritmo constante, que me fazia pensar em uma corrida, mais perto, mais perto, mais perto...

Pareceu que cruzamos a chegada juntos, os corpos suados, grudando um no outro. Grãos de areia pelos corpos, suspiros e o sorriso na cara dos dois.

- Não saia Percy... - falei em seu ouvido.

- Nunca... - ele respondeu entre os dentes.

Desde que ele chegou, babando enquanto dormia, eu soube que aquele menino ia mudar a minha vida. Jamais saberei o motivo, mas assim que ele abriu os olhos, e pude ver o oceano verde que havia neles, soube que ali estava entrelaçado o meu destino.

Ficamos admirando o céu e comendo enquanto brincávamos um com o outro. Uma estrela cadente passou , fechei os olhos e pedi, pedi ao céu, aos deuses, ao mundo que não tirasse aquele menino de perto de mim nunca mais.


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Notas finais do capítulo

Sempre gostei muito de ler fanfiction, desde os meus 13 anos. Ultimamente venho pensando muito em fazer algumas histórias. Só trechos, que as vezes eu sinto falta em determinados livros.
Nos últimos anos, cada vez mais tenho dificuldade em encontrar alguma que eu goste, talvez seja porque eu esteja ficando velha hahaha, mesmo assim não desisto de procurar. Ontem mesmo encontrei uma, que fez eu acreditar que ainda vale a pena!
Espero que gostem do que escrevi, e opinem a vontade.
Quem puder me dar dicas de algumas muito legais, e de preferência que sejam só passagens também, ficaria muito feliz



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