Akai Ito escrita por Alice chan


Capítulo 1
Akai Ito




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Em uma escura noite, iluminada apenas pela lua cheia, um garoto caminha apressadamente para casa. Enquanto caminhava, enxergou um velho sentado debaixo de uma àrvore, observando a lua. Nunca vira aquele velho antes, mas não se apavorou.

- Boa noite rapaz! - disse o velho. Sem desviar o olhar, o garoto ignorou e continuou andando. O velho voltou a falar - Sabe, você devia começar a se preparar para o seu destino. Não falta muito pra você virar um homem, e como todo homem, precisa arranjar uma esposa.

O garoto ainda era moleque, nem pensava nessas coisas, ele apenas respondeu ao velho que nunca iria casar (resposta de criança, sabe?).

- Isso, meu rapaz, só o destino pode dizer. E sabe o que ele está dizendo agora?

- Não - respondeu o garoto, apesar de não gostar daquela conversa.

- Ele diz que você vai casar com a garota que está do outro lado do fio vermelho que amarrei no seu dedo. - e deu aquela risada gostosa de dar.

Assustado, o garoto olhou para a mão, e realmente, ali estava um fio vermelho, que se estendia pelo chão como um caminho a ser seguido. Coincidentemente, tal caminho seguia para sua casa. O menino seguiu o fio, e quando chegou, viu uma menina sentada na frente de sua casa, observando o céu estrelado.

O garoto não quis acreditar no que seus olhos viam, o velho tinha razão! Com um misto de raiva e medo, ele pegou uma pedra do chão e jogou na cara da menina. Depois, sujou suas mãos para ver se aquela corda sumia, e correu, correu muito, como nunca correra. O fio vermelho ficou todo sujo e emaranhado, mas o garoto nem mais o via.

O tempo passou. O garoto cresceu, e ficou bonito - tão bonito que muitas meninas sonhavam com ele. Ele sabia que teria que escolher alguma, mas não conseguia se interessar por nenhuma. Nenhuma era perfeita pra ele. Um certo dia, estava ele caminhando vagorosamente à noite, olhando a lua cheia, quando ele viu uma silhueta de certa mulher. Ele nem a vira direito, mas sentiu que aquela era a mulher para ele.

Ele ficou sabendo depois que aquela mulher que vira de noite era uma das mais bonitas (se não fosse a mais bonita) da aldeia, porém quase nunca saía de casa, e sempre ficava com um véu sobre o rosto. O garoto nem se importou, e pediu-a em casamento.

No dia do casamento, ela continuou com o rosto tampado, mas depois da cerimônia, quando estavam sozinhos, ele virou-se para a moça e pediu:

- Você deve ser tão bela, por qual motivo esconde seu rosto?

- Ninguém gostaria de vê-lo. É feio, tem uma cicatriz sobre a minha sobrancelha. Quando eu era criança, um menino jogou uma pedra na minha cara.

O garoto lembrou-se daquela noite, e da conversa com o velho. Então, aquele velho devia ser um Deus (*mais especificamente, o Yuelao, que une as pessoas), e ele acertou em cheio. Casou-se com a moça do fim do fio. Segurando sua mão - e agora ele já podia ver o fio novamente -, retirou o véu, e viu o rosto mais bonito que já tinha visto na vida. Então, beijou-a.


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