A vingança da Agente Creane escrita por LadyStormborn


Capítulo 1
Explosion.


Notas iniciais do capítulo

Hello belas pessoas que estão dando uma chance para essa historia! Tudo bem? Dês de já eu agradeço o fato de ter clicado no capitulo e estar lendo minha fic.



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20:00, Torre Stark

Identificação, por favor?

– Amanda Creane, agente 18.

Depois que o sistema JARVIS me reconheceu entrei no elevador indo ao encontro do grupo Vingadores para entregar os documentos que o egocêntrico Tony Stark havia solicitado a Fury. Ao contrario de muitos colegas de trabalho acho que Anthony Stark perde o valor de sua inteligência no minuto que abre sua boca para falar de si mesmo ou dar opiniões desnecessárias. Eu mesma questionei Fury sobre a escolha do herói na iniciativa Vingadores, mas o mesmo acredita precisar do homem de ferro mais do que qualquer outro herói. Queria tanto que estivesse enganado.

As coisas tinham mudado tanto depois de todos os acontecimentos que trouxeram a decadência da S.H.I.E.L.D que ainda era difícil saber em quem Fury ainda podia confiar. Seu melhor amigo tinha o traído, pessoas que trabalhavam conosco, que lutamos para salvar, que eu olhava nos olhos e cumprimentava como parceiro na verdade eram nossos piores inimigos.

A porta do elevador se abriu, revelando uma sala cheia de heróis. Lembro-me do alvoroço que costumava ser quando qualquer um deles visitava a base aérea, mesmo por trás da nossa ética do trabalho alguns enlouqueciam com o fato de estarem respirando perto deles. Talvez seja por isso que eu sempre tive autorização de lidar com qualquer um deles. Eu não os vangloriava por fazer o que precisam fazer.

– Olha só quem chegou para a festa, a aprendiz do tapa olho: Amanda Creane.

Voz cheia de ironia. Exibicionista. Com ego inflamável... Este era Tony Stark.

Quando a S.H.I.E.L.D estava em ascensão costumava ser bem mais fácil evitar a desagradável companhia do vingador durante suas raras visitas em nossa base. Agora com todos os acontecimentos que levaram a S.H.I.E.L.D a decadência Fury conseguiu se superar no quesito paranóia a ponto de não confiar em nenhum computador para a transferência de arquivos, me fazendo virar a mensageira dele. O elo com os Vingadores.

– Sr. Stark. – Cumprimentei ignorando seu comentário. – Vingadores.

As reuniões do grupo passou a ser na torre Stark, onde agora apenas um simplório A exibia em sua fachada dês da batalha contra o semideus nórdico. Posso dizer que fica mais fácil comunicar as notícias a eles agora que estão juntos.

– Ola agente Creane, como tem passado? - Perguntou Rogers naquele tom educado que sempre usou comigo.

– Vou bem capitão, obrigada pela pergunta. – Sorri ao homem.

– Amanda, cada dia mais bonita. - Clint elogiou-a sentado ao lado de Natasha.

– Impressão sua, Gavião. – Algumas agentes ficavam ruborizadas a cada elogio que Clint lhe fazia... Eu pelo contrario não tenho tempo para algumas características femininas como se importar com flertes.

– Cuidado, Clint. Amanda é seria demais para gostar de receber elogios. – Natasha era bem mais fácil de trabalhar, e entender meu jeito. Ela sim eu tinha um respeito já que reconheço que ela é a melhor de nossa área.

– Bela dedução, agente Romanoff. – Respondi sorrindo sem mostrar os dentes.

– Vem na minha casa e nem me trás um bolo, assim me mágoa, garotinha.

Depois me perguntam porque não gosto de Anthony Stark. Ele caminhou alguns passos até mim e sorriu irritantemente.

– Trouxe algo melhor. – Entreguei o arquivo que pediu sobre o pai dele e seu estudo sobre o núcleo de energia que a S.H.I.E.L.D vem usando para alimentar suas armas.

– Quanta eficiência, agora entendo porque Fury tem você como o JARVIS dele. – Brincou abrindo o arquivo e passando seus olhos sobre o documento.

– Stark não chame a garota de robô. – Clint comentou fazendo uma careta.

– Mas é exatamente o que parece, tão cheia de etiqueta e sempre essa expressão de Maria Hill... Tem certeza que não são parentes ou algo assim? – Stark perguntou desviando os olhos de seu documento para mim.

– Os meus membros familiares não é de sua importância, Stark. – Respondi ríspida. – Espero que encontre tudo que precisa, caso precise de mim sabe como me encontrar.

Sai batendo os saltos sem me importar de ser educada e me despedir do resto da equipe. O elevador abriu-se e assim que entrei pude escutar Natasha comentar:

–Não deveria ter falado isso, Amanda não se lembra de sua família.

As portas se fecharam a minha frente então a visão da sala do Stark sumiu.

O que Natasha tinha dito era totalmente verdade. Eu não me lembrava de quem eu fui, ou dos meus pais, se tive irmãos ou se um dia já amei alguém... Tudo foi perdido em um acidente de carro e quando acordei na cama de um hospital em Louisiana a única pessoa que estava ali por mim foi Nicholas Fury. Eu tinha milhares de perguntas em minha mente, perguntas que fiz constantemente no inicio para Nick, mas nem ele tinha as respostas. Fury diz que me encontrou por um acaso, já que algo o levara a aquele lugar porque um de seus amigos havia sido morto e o corpo estava naquele hospital. Escutou por alto de uma garota que teve sua memória perdida em um acidente fatal, lembrando-se apenas de seu nome. Ele teve pena da minha condição, por isso fingiu ser meu padrinho para poder ter minha guarda e me criar.

Devo a minha vida e lealdade a Nicholas e prometi que nunca o decepcionaria.

Saindo da Torre Stark tracei meu caminho ao pequeno apartamento que mantinha em Manhattan, para que toda vez que eu voltasse a New York em alguma missão não fosse obrigada a me instalar em um hotel ou ficar na base da S.H.I.E.L.D.

A última opção sequer existe.

O apartamento não era os dois mais luxuosos da cidade, continha uma pequena cozinha, quarto, sala e banheiro. Nada de Jacuzzi, ou ofurô, nada de luxo e glamour. Era simples e aconchegado. Nunca tive aquela imagem formada de um lugar que chamasse de casa, depois que ganhei meu posto na S.H.I.E.L.D como agente nível 5 apenas piorou a minha estadia fixa.

Fury costuma dizer que eu tenho o dom para transmitir mensagens as pessoas, dês de uma morte até uma promoção. Costumava brincar comigo e me chamar de agente Mona Lisa, pois só tenho um tipo de sorriso.

Assim que abri a porta pude escutar um comentário ranzinza dentro do meu apartamento que dizia: Achei que não chegaria nunca. Sorri ao reconhecer a voz do ranheta do meu padrinho Nick Fury, como sempre querendo mais do que depressa as coisas da sua maneira.

– Calma, velhote, eu prometi que voltaria antes das dez. – Comentei fechando a porta. Me virei e encarei meu padrinho e chefe sentado no meu sofá.

Nick apontou para meu relógio digital em cima da minha bancada que marcava 22:05.

– Cinco minutos de atraso e você já esta todo preocupado... – Sentei-me ao seu lado e descansei minha cabeça nas costas do sofá.

– Como foi com os Vingadores? – Já perguntou com toda aquela urgência em saber se eu tinha obedecido a suas ordens.

– Como sempre. Entreguei seu arquivo, troquei meias palavras com eles, Tony contínua insuportável... Essas coisas que deixam meu trabalham bem mais interessante. – Respondi irônica suspirando alto.

– Ainda acho que por baixo de todo seu ódio pelo Stark existe uma paixão ressentida. – Olhei seriamente para Nick depois daquele comentário desnecessário.

– Claro, sou mais obcecada por ele do que aquelas garotas que ficam gritando do lado de fora de sua torre. – Me levantei e me direcionei a comida, porque eu sei que Fury ainda não tinha comido pela falta de pratos sujos em minha pia. – O quer comer hoje macarrão ou frango frito?

Nick era minha pequena família assim como eu era a dele. Sua primeira lição foi a nunca se apegar a qualquer pessoa quando entra para esse ramo de espionagem, pois a maneira que escolhemos viver sempre resultara em tragédia para as pessoas que amamos. Fury tinha perdido sua esposa e sua filha no passado para os soldados da H.I.D.R.A, foi na época que ele se aliou ao Howard Stark para começar com uma nova agencia que protegeria o mundo da ameaça antes de iniciar. Perder a S.H.I.E.L.D tinha sido outro golpe que o deixou abalado por um tempo, afinal de contas daria sua vida pela aquela agencia.

Eu perdi minha família mesmo sem os conhecer. Afinal de contas se estivessem vivos por que não iriam me procurar? Eu os procurei, por anos qualquer família que o sobrenome fosse “Creane” já era motivo de minha atenção. Mas nada foi encontrado sobre uma filha perdida, nada sobre a garota que parou em um hospital simplório de uma cidadezinha apenas com seu nome na mente. Nada sobre a família que talvez não me queria.

– Você cozinha mal, prefiro ligar para um...

Tudo aconteceu tão rápido... Um momento eu estava olhando para Nick por ele estar falando mal da minha comida, no outro meu apartamento é explodido. O impacto da explosão me fez ser arremessada para o outro lado da minha cozinha, meu corpo apoiado em minha geladeira. Mesmo com meus sentidos bagunçados eu pude ouvir passos, alguns deles, entrando pela porta da sala. Tentei levantar, proteger aquele que um dia me protegeu, mas minha perna não obedecia minhas ordens. Estava quebrada.

– Peguem ele e o levem daqui. – Escutei alguém dizer com a voz abafada, talvez usando um tipo de mascara.

A dor da minha perna quebrada conseguiu atravessar minha mente mais do que meus sentidos recuperados. Eu lutei contra ela e me arrastei pelo chão, passando por cima de vidros e sentindo alguns rasgarem minhas mãos. Quando finalmente consegui sair de trás da bancada e ver o que acontecia a cena ficou clara para mim.

O homem com a mascara, o culpado pela queda da S.H.I.E.L.D, um dos homens mais procurados pelas agencias secretas e pelo governo. O soldado invernal. Seu olhar foi direcionado a mim assim como o meu foi direcionado a ele.

– E ela? – Perguntou um dos soldados. Percebi algo de interessante em seus uniformes, a caveira da H.I.D.R.A estava estampada em seus peitos.

– Deixe-a, nossa missão é ele não ela. – Com seu olhar ainda pairando sobre mim o cruel Soldado Invernal retirou-se do meu apartamento, mostrando misericórdia ao não me matar.

Misericórdia? Fury uma vez me disse que o significado dessa palavra não é um sentimento de compaixão. É um sentimento de pena pelo mais fraco.

Mas se tem uma coisa que me recuso é ser fraca. Amanda Creane não é fraca. Ela é afilhada de Nick Fury. Ela é uma guerreira.


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Notas finais do capítulo

Bem se já esta aqui no finalzinho e deve estar curioso sobre o que Amanda ira fazer porque não me deixa um comentario em? *_*Sei que as coisas devem estar um pouco confusas a respeito de Amanda, mas lembre-se que teremos muito tempo para desvendar esses misterios. Beijos.