You and I escrita por Isadora


Capítulo 4
Capítulo 4




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Enquanto Pamela colocava os brincos de volta nas orelhas, Herval a observava da cama – Por que essa obsessão toda pelo seu ex-marido, hein? – indagou o fundador da ONG. – você ainda gosta dele?

– Herval, agora não, dear – repreendeu a loira. – você não compreenderia...

– Como assim? – indagou ele, se aproximando dela. – então, quer dizer que o cara te usou, te traiu, te sacaneou e você ainda sofre por ele?

– I know – concordou ela – eu sei que Djonas me magoou, me feriu, me tratou como se eu fosse... como se eu fosse nothing, mas a nossa história foi muito forte, entende? foi profunda... o que vivi com Djonas, Herval, foi uma vida.. é o tipo de coisa que não é possível explicar, right, só sentir...

– Eu não consigo entender – respondeu ele, vestindo-se – e acho que nunca vou conseguir. Mas eu quero saber sobre nós. E a gente, Pamela, como fica?

– Herval, conversamos depois, please – falou ela, se afastando, mas ele segurou-lhe o braço. – Eu te adoro, Pamela. Será que você não percebe isso? Não percebe que nós podemos construir uma vida juntos? Você e eu. Por que não dar uma nova chance ao amor? Por que sofrer por esse cara que não tá nem aí pra você?

– Eu não quero mais falar sobre isso, já disse – falou ela, antes dele soltar-lhe o braço.

– Bom saber – respondeu o dono da Plugar, contrariado. – Sabe por quê? Porque pra mim já chega. Acabou. Eu não quero mais compactuar com essa palhaçada.

– What? Como assim? Está me dizendo que não vai mais me ajudar?

– Na boa, Pamela – respondeu ele. – quer saber mesmo o que eu acho disso tudo? acho que a Verônica, na verdade, não é nenhuma vilã da história. Aliás, ela, com certeza, foi outra vítima, assim como você.

– What? – indagou a loira, indignada. – você está me dizendo que aquela cretina foi uma vítima, Herval? No way. Eu não estou acreditando. Ela roubou o meu marido! Seduziu o Djonas e tirou ele de mim!

– A Verônica não roubou o seu marido, Pamela. Não viaja. O cara se envolveu com ela porque quis. Ninguém o obrigou. Aliás, nada me tira da cabeça que foi o Jonas que seduziu a Verônica e não o contrário. Pamela, presta a atenção, se tem algum culpado nessa história toda, esse alguém é o Jonas. Ele que era casado com você.

– Entendi – falou a loira, irônica. – então quer dizer que até você está defendendo a jornalista agora? O que foi, Herval? Está apaixonado por ela também? Essa jornalistazinha também te enfeitiçou com aqueles cabelos encaracolados?

– Pamela, você é tão infantil.

– Stop, eu me recuso a ouvir – falou a loira, antes de sair batendo a porta.

*********************

Verônica estava revendo a entrevista que fez com Herval quando ouviu vozes chegando – Oii, chegamos! – falou Megan, sorridente.

– Megan! Davi! – falou a jornalista, indo cumprimentá-los.

– Desculpe a demora, Verônica – falou a moça. – pegamos um trânsito horrível no caminho. Né, Davi?

– Imagina, gente – respondeu a jornalista – vocês estão fazendo um favor pra mim, e eu vou ficar chateada? Claro que não.

– E eles? Onde estão? – quis saber o rapaz, a respeito dos gêmeos.

– Na certa, aprontando por aí... Pedro! Loló! – gritou Verônica – O Davi e a Megan chegaram!

– Megan! – gritaram os gêmeos, chegando na sala. – Davi!

– Meus pequenos! – falou ela, sorridente, indo ao encontro dos irmãos.

– E aí, vamos passear? – falou Davi, pegando um deles no colo.

– A gente vai na piscina de novo? – perguntou o menino.

– Yeah! E depois tem uma surpresa! – comentu Megan.

– Oba! Eu adoro surpresa! – comemorou a menina.

– Isso aí – falou Davi. – Então, vamos?

– E o beijo na mamãe? – perguntou Verônica, antes deles saírem, e os filhos a beijaram – Eu amo vocês! – falou ela, toda coruja – comportem-se, e obedeçam a Megan e o Davi! – e virou-se pro casal de namorados – Gente, qualquer coisa, é só me ligar, tá bom? Qualquer coisa mesmo. Pode ligar, que eu atendo na hora.

– Não se preocupe, Verônica – falou Megan

– Vão com Deus! Divirtam-se!

**********************

– Com licença, Jonas – falou Manu, entrando na sala do chefe. – Mandou me chamar?

– Sim, Manu, mandei – respondeu Jonas, encostando a cabeça na cadeira.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou ela, preocupada.

– Senta, por favor – mandou ele.

– Obrigada – respondeu ela, sentando-se.

Manu estava tão tensa, que até o modo como Jonas mexia na caneta a incomodava.

– Bom, Manu, eu vou ir direto ao assunto – falou o empresário, enquanto ela fitava-o, atenta – e eu vou logo avisando que não vou admitir mentiras. O que eu quero saber é simples: a troco de quê você tentou, digamos, me “apagar” anteontem?

– Como assim, Jonas? Eu não tô...

– Tá entendendo sim – afirmou ele. – E como eu disse, não vou admitir mentiras. Portanto, me dê uma explicação, que seja, no mínimo, genial.

– Jonas, pelo amor de Deus, eu posso te explicar tudo! – falou a garota, desesperada. – Eu juro que nem sei o que tinha dentro daquela garrafa! Pelo amor de Deus, me obrigaram a fazer aquilo!

– Como assim te obrigaram? – indagou o empresário – Eu quero nomes.

– Foi a Pamela, Jonas – revelou Manu, chorando – a Pamela praticamente me obrigou a fazer isso... ela me coagiu a entregar a garrafa pro Murphy... mas eu juro que nem sabia o que tinha dentro... eu não queria, Jonas, eu juro que não queria, mas tive medo da Pamela me perseguir depois...

– E por que a Pamela faria uma coisa dessas?

– Eu não sei – falou Manu, chorando, enquanto o empresário se levantava, pensativo – não faço ideia... eu juro... só fiz o que ela mandou... mas juro que não sabia de nada.

Jonas cruzou os braços e percebeu que aquilo fazia sentido. Pamela foi quem o encontrou mal na noite do acontecido, e foi ela também quem o ajudou a sair da empresa e, ainda por cima, ainda o seduziu.

– Jonas, por favor, não me mande embora – implorou Manu – eu nunca faria aquilo se não fosse coagida... eu juro...

Ainda pensativo, o empresário andava pela sala.

– Bem – falou ele – você sabe que eu devia te mandar embora, não sabe?

– Eu sei – respondeu ela, já com os olhos vermelhos de tanto chorar – seria seu direito...

– Pois é, mas eu não vou fazer isso – respondeu o empresário, voltando a sentar-se – não agora. Eu não sei, Manu, mas, no fundo, algo me diz que você não é essa pessoa canalha que está aparentando. Portanto, vou te dar mais uma chance. Só mais uma. Espero que você a aproveite.

– Obrigada, Jonas – respondeu ela, emocionada – eu nem sei como te agradecer...

– Agradeça sendo mais leal – respondeu o empresário, frio – pode ir. E lave o rosto.

– Pode deixar.

Quando Manu saiu, Jonas encostou outra vez a cabeça na cadeira. Agora teria mais um problema a resolver. Pamela. Como resolveria isso? Aliás, qual seria o objetivo da sua ex-mulher? O que ela planejava? Jonas Marra fechou os olhos e respirou fundo. De repente, algo veio em sua mente. Pegou o marraphone e ligou para Verônica – Fala, Jonas – falou Verônica, do outro lado da linha. Ele fechou os olhos mais uma vez. Dessa vez, aliviado, como se, por um momento, pensasse que algo pudesse acontecer. Nossa, como era bom ouvir a voz dela, mesmo do outro lado da linha. Não poderia perder aquilo. Não mais. Um aperto veio de repente no peito só de pensar que poderia perdê-la outra vez. Um sentimento estranho. O mesmo sentimento que sentiu quando passou quatro anos na cadeia e ficou longe dela e dos filhos. Aliás, foi muito doloroso não ter acompanhado o nascimento dos gêmeos. Aquilo ficaria marcado para sempre – Jonas? – Verônica o chamou, do outro lado da linha – ainda tá aí?

– Verônica... – ele conseguiu dizer, com a voz embargada.

– Tá tudo bem? – indagou ela, preocupada. – você parece estranho...

– Não – respondeu ele, rouco – é só saudade... e os meninos? – quis saber ele, e ela sorriu, antes de falar:

– Saíram agora a pouco com Megan e Davi – comentou ela – Foram passear. Precisava ver a felicidade deles.

Jonas sorriu, imaginando a cena.

– E você, tá fazendo o quê? – perguntou ele, mais aliviado.

– Nada demais – respondeu ela – revisando algumas matérias.

– Ok. Preciso desligar agora – falou ele – depois a gente se fala, tá bom? Beijo.

– Outro.

*******************

– Peraí, Djonas, você tá me dizendo que a Pamela tentou te entorpecer, man? Mas por que ela faria isso?

– Eu não sei, Brian – respondeu Jonas – talvez essa fixação da Pamela por mim esteja passando dos limites.

– My man, my brother, mas isso tá muito estranho – respondeu o guru – a Pamela nunca foi assim... é verdade que ela sempre foi imatura, mas uma vilã, man? O que você tá me contando é muito grave.

– Eu sei, Brian – concordou Jonas, pensativo – Por isso que você precisa conversar com ela, man. Ela tá precisando de ajuda, dude.

– E o que eu vou dizer pra Pamela, Djonas?

– Não sei, man – respondeu o empresário – quem sabe uma conversa ou talvez uma reprogramação?

– Não sei, Djonas – retrucou o amigo – Não viu o que aconteceu com o Barata? Nem mil reprogramações foram suficientes para acabar com aquela obsessão toda que ele tinha pela tal da garota d...

– Minha mulher, Brian.

– Oh, desculpe, man – respondeu o guru – mas escuta, você não acha que se a Pamela quisesse fazer alguma coisa contra você, ela não já teria feito?

– Eu não sei, dude – respondeu Jonas, tenso – mas eu não tô mais reconhecendo a Pamela.

– E você, como está? Parece um pouco tenso. Não quer fazer uma sessão hoje?

– Não, man, hoje não – respondeu o empresário – tô indo agora pra casa.

– Ok. Que a força esteja com você, Djonas.

– Que a força esteja com você, dude.

**********************

A campainha tocou e Verônica foi atender, distraída, com seu marratablet na mão. Quando ela abriu a porta...

– Herval? – indagou ela, surpresa – o que você tá fazendo aqui?

– Verônica – falou o dono da Plugar – me desculpe aparecer aqui sem avisar, mas é que eu preciso falar com você.

– Herval, como você descobriu meu endereço?

– Bom – respondeu ele, com um sorriso – não é tão difícil assim descobrir onde mora o grande Jonas Marra.

A jornalista ficou confusa. Ela estava sozinha em casa e não estava se sentindo nenhum pouco confortável com a visita surpresa e inesperada do fundador da ONG. Além do mais, os filhos tinham saído, e Megan e Davi podiam ligar a qualquer momento para avisar alguma coisa. Ela precisava estar atenta.

– Verônica, desculpe – continuou Herval – vejo que você ficou surpresa, mas é que eu preciso mesmo falar com você – insistiu ele, até que percebeu que o olhar dela se desviou para algo atrás dele. Ou alguém – Jonas – anunciou ela. Herval virou-se, e deu de cara com o magnata.

– Jonas Marra – falou o dono da Plugar.

O empresário o encarou, sem responder.

– Jonas, esse é o Herval – falou Verônica, tentando evitar um mal estar – Herval Domingues. Ele é o fundador da ONG que eu te falei, a Plugar.

– Como vai? – cumprimentou o empresário, esticando a mão.

– Bem, obrigado – respondeu, Herval, apertando-a.

– Aliás, o Herval foi mentor do Davi – continuou Verônica – né, Herval?

– Já ouvi dizer – respondeu Jonas, passando pelo outro.

– Bom – falou Herval, desconcertado – vocês me dão licença, eu tenho que ir agora... até mais, Verônica.

– Até mais – respondeu a repórter. E assim que fechou a porta, ela suspirou, constrangida: – Aii, nossa, eu ainda não sei o que o Herval veio fazer aqui, acredita?...

– Eu sei – respondeu Jonas, de costas, com ar sombrio, distraído com alguma coisa – ele veio te ver.

– Ah, para – falou ela, passando a mão no cabelo. – nada a ver... mas e você, chegando cedo em casa? Eu não esperava. Aconteceu alguma coisa?

– O que esse cara queria, Verônica? – perguntou ele, voltando-se pra ela.

– Eu já disse – respondeu ela, um pouco aflita com o modo como ele a olhava, e começou a gesticular – eu não sei... bom, ele simplesmente apareceu aqui, dizendo que precisava falar comigo... aí logo em seguida, você apareceu... e o resto você já sabe.

– E você? – indagou Jonas, com os braços cruzados.

– Eu o quê?

– Não ficou constrangida?

– Como assim? – rebateu ela – desculpe, Jonas, mas agora quem está confusa aqui sou eu. O que você tá querendo dizer com isso?

– Ah, então você não está entendendo – ironizou ele. – então o cara chegou aqui, sabia onde você morava, obviamente, sabia que você estava sozinha em casa, provavelmente, ficou jogando charme na porta, e você ainda não tá entendendo nada do que está acontecendo.

– Jonas, aonde você tá querendo chegar?

– Herval – repetiu ele – Herval Domingues. Por acaso, não foi esse que mandou aquela mensagem carinhosa?

– A mensagem que você leu no meu celular? – falou ela, com ironia.

– Era secreta? – rebateu ele – ah, eu não sabia. Bom, quer dizer então que agora você passou a defender o fundador da ONG? Vocês devem estar mesmo íntimos.

– Jonas – falou ela, confusa – o que é isso? O que deu em você? Por acaso, houve algum problema na Marra e você tá tentando descontar em mim? É isso?

Por um momento, ele se deu conta do que estava fazendo. Passou a mão no rosto e respirou fundo. Realmente havia se excedido.

– Desculpa... – pediu ele, com a voz rouca – você tem razão. Eu não tô bem. Deve ser por algo mesmo na Marra... desculpa, Verônica.

– E, pelo visto, você decidiu descontar em mim – continuou ela, fitando-o.

– Na verdade – falou ele, um pouco confuso – eu nem pensei direito no que estava fazendo – e se aproximou dela – só sei que quando encontrei o Herval aqui, vocês conversando, o sangue subiu à cabeça e eu não consegui me controlar... me desculpa... – pediu ele, beijando-lhe o ombro. Mas ela se afastou.

– Não faz isso comigo, Verônica... – insistiu ele – não me castigue... – implorou ele, mas ela se afastou outra vez, e, dessa vez, ele a puxou pelo braço, fazendo-a encará-lo, e beijou-lhe, cheio de paixão. Beijou-lhe com firmeza, com determinação, sem aceitar o não como resposta. Ela tentou protestar, mas logo desistiu. Sem escolha, ela correspondeu ao beijo quente e autoritário dele. E enquanto se beijavam, ele tirou a jaqueta preta de couro, e depois a camisa. Entre beijos e rodopios, eles conseguiram chegar até o quarto. Lá, terminaram de se despir e deitaram-se na cama, o ninho do amor. Ele beijou-lhe o corpo todo, começando pelos pés... perna, coxa... ela relaxou, com os olhos serrados... como era louca por aquele homem charmoso e sedutor... até que ele continuou a trilha pelo corpo dela... e beijou-lhe o umbigo... ela gemeu de prazer e agarrou-o pelos cabelos... ele subiu até os seios... ela sentiu que seu corpo não ia aguentar mais ao toque dele... ela o desejava naquele momento... ele beijou-lhe o cangote, a boca, a orelha, enquanto suas mãos apalpavam-lhe as nádegas arredondadas... a essa altura, ela já não conseguia mais parar de murmurar o nome dele... e ele queria mais... queria explorar todo o corpo dela... corpo que ao longos dos anos passou a conhecer de cor e salteado... como amava aquela mulher... e como a queria toda para si... adorava o modo como ela tocava-lhe os cabelos e como tocava-lhe o rosto para beijá-lo... amava também o cheiro dela e senti-la frágil em seus braços... e ela, por sua vez, amava o toque dele... aquelas mãos grandes e firmes tocando-lhe o corpo todo, segurando-a... como era louca por ele... sempre fora... e quando ambos já estavam quase plenos de prazer, trocaram mais um beijo apaixonado e ardente... a língua dele era ávida e exigente, o beijo dele dominador... ela se entregou perdidamente a ele.. enquanto a boca dele explorava cada milímetro da sua... até que fizeram amor... um amor gostoso e quente... ele era um expert no assunto... sabia, como ninguém, orquestrar o momento do sexo com sensualidade, delicadeza e romantismo.

*******************

– Hi, guys! – falou Pamela, animada, ao encontrar Murphy e Danilo perto da sala de Jonas. – não precisa me anunciar – falou ela, se dirigindo à sala do ex marido.

– Senhora Parker, o boss... – tentou avisar Murphy.

– Oh, no! Onde está Djonas?

– O meu boss já foi, senhora Parker – avisou o assessor.

– Como assim foi? Uma hora dessa? Pra onde? – indagou a loira.

– Sorry – respondeu Murphy. – isso eu não sei te dizer. Provavelmente pra casa.

******************************

– Então quer dizer que o senhor saiu mais cedo hoje da Marra só pra me ver? É sério isso? – indagou Verônica, apaixonada, deitada no peito de Jonas.

– Tava morrendo de saudade – respondeu ele, tocando-lhe o braço.

– Sei...

– Cê tá vendo só o que cê faz comigo, Verônica Monteiro? Me tira todos os poderes. Como se fosse a coisa mais normal do mundo.

– Até parece – ironizou ela – Logo eu? Uma mulher tão comum?

– Você – afirmou ele – com esse jeito todo atrapalhado de ser, que me leva ao céu e me tira do chão a hora que quer.

– Como é? – sorriu ela – repete isso.

– O quê?

– O que você acabou de falar.

– Com esse jeitinho todo atrapalhado de ser?

– Não, a outra parte.

– Você me tira os poderes.

– Não! A outra parte!

– Me leva pro céu e me tira do chão a hora que quer – falou ele, beijando-a.

– Isso – sorriu ela, correspondendo ao beijo dele – adorei essa frase. Fala de novo.

– Me leva pro céu e me tira do chão a hora que quer.

– Mais uma vez – pediu ela.

– Me leva pro céu e me tira do chão a hora que quer.

E depois de mais beijos apaixonados, eles fizeram amor outra vez.

**********************

Enquanto Jonas, que vestia um roupão preto, fazia a barba no banheiro, Verônica, também de roupão, passava creme no corpo, quando o telefone do empresário começou a tocar.

– Jonas, telefone – avisou a jornalista, da cama mesmo.

– Quem é? – perguntou ele, do banheiro. Ela, então, pegou o aparelho e olhou o visor – Pamela.

– Deixa tocar – respondeu ele, ainda do banheiro – tô ocupado.

– Nossa, ela não desiste – sussurrou a jornalista, sozinha, incomodada com a insistência da outra.

ENQUANTO ISSO...

– Shit, ele não atende, Dorothy! – esbravejou Pamela.

– Darling, o que você tem de tão importante assim pra falar com o Djonas, hein? Será que você não está exagerando de mais, não?

– Djonas sempre atende aos meus telefonemas, Dorothy – falou a loira – mas de um tempo pra cá ele tem me evitado... oh, mas eu já sei o que fazer. Já que Djonas Marra quer me pirralhar, Dorothy...

– Pirraçar, dear – corrigiu a amiga – pirraçar.

– Ok, Dorothy, já que ele quer me pirraçar, vou pirraçar ele too.

– Pamela, veja lá o que você vai fazer, hã! Eu não estou gostando nada disso, darling.

ENQUANTO ISSO...

– Ah – suspirou Verônica, olhando pro telefone de Jonas – até que enfim ela desistiu... Ea falava de Pamela. Mas nesse exato momento, uma mensagem da loira apareceu no visor do aparelho do empresário. Não aguentando a curiosidade, a jornalista decidiu ler. “mr marra, por que não atende as minhas ligações? teme que verônica descubra o que aconteceu entre nós? kisses – marra woman”

Verônica teve que ler a mensagem outras vezes para acreditar no que estava escrito ali. E uma frase não saía da sua cabeça: “teme que verônica descubra o que aconteceu entre nós?”.

– Pronto, acabei – falou Jonas, saindo do banheiro e voltando pro quarto – ela cansou?

– Jonas – falou Verônica, tensa, mostrando-lhe o celular – eu quero que você me explique o que significa isso aqui.

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