Depois de uma semana após a briga, Regina e Robin ainda não se falavam. Ele, sempre que a via, tentava conversar com ela, mas essa sempre dava um jeito de fugir da conversa ou ignorá-lo.

Nos primeiros dias depois da conversa de Mary, ele encontrava Regina as vezes na rua e outras no Granny's. Ele se aproximava, mas ela ou saia do local ou falava que estava atrasada e não podia conversar agora - o que quase sempre era mentira.

Nos outros dias ele nem chegava a pedir pra falar com ela, que essa já voltava pelo caminho contrário.

E como já era de se esperar, Robin ficou extremamente com raiva por isso. Ele realmente estava tentando conversar amigavelmente com Regina, mas ela não dava chance, então ele teria que partir para o lado não tão amigável assim. Regina teria que parar de adiar o inevitável, e ele iria fazer ela o escutar, e já que ela não quis por bem, ele faria por mal.

– Mary - chama Robin - Eu bem que tentei, mas ela não dá chance de falar com ela!

– Isso significa que você vai forçar ela a te ouvir?

– Eu não diria forçar, mas já que você vê desse jeito, então sim, eu vou

– Posso saber como?

– Nem eu sei - diz Robin - mas será ainda hoje!

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Regina, por mais que quisesse conversar com Robin e se acertar com ele, tinha medo. Medo de o perdoar e ele a decepcionar novamente, ou até medo de eles se acertarem e ficarem juntos, ter o seu tão sonhado - e medonho - happy ending.

Sempre que ele tentava falar com ela, algo trazia esse medo á tona, e fazia com que ela fugisse dele.

Isso já durava uma semana, e ela, por mais que não quisesse - ou quisesse - falar com ele, estava feliz pela insistência de Robin. Mas havia notado que ele estava um tanto nervoso quanto á sua ignorância. E ela tinha certeza que ele iria aprontar algo.

A morena andava de volta para sua mansão, depois de um longo e cansativo dia de trabalho na prefeitura da cidade. Já que a tarde estava quente, ela resolveu ir á pé, para tentar aliviar o calor.

Assim que entra em sua casa, ela vai em direção ao quarto, para tomar um relaxante banho de banheira. Ela tira seus saltos, e seu vestido, deixando-o em cima da cama, e vai em direção ao banheiro, prendendo seus cabelos em um coque mal feito.

Regina já estava dentro da banheira quando ouve batidas na porta da entrada

– Ótimo - fala ela, irônica, saindo da banheira e colocando um robe branco.

Ela desce as escadas descalça, com o corpo um tanto molhado, assim como algumas mechas de cabelo de ficaram soltas

– Já vai - grita Regina, chegando ao final da escada, enquanto alguém ainda batia na porta.

Quando ela - finalmente - abre a porta, se depara com Robin.

Ele ia falar alguma coisa, mas acabou ficando hipnotizado com cada detalhe da morena a sua frente.

A expressão de surpresa. O cenho franzido. A boca carnuda entreaberta. Os olhos fixos nele. Algumas mechas de cabelo caindo em seus ombros, molhados. O corpo delineado num robe branco. Ela estava perfeita!, pensa Robin.

– Robin - chama Regina, percebendo o olhos de Robin em seu corpo - O que você faz aqui?

– A gente precisa conversar - responde ele, direcionando seus olhos em encontro com os dela

– Pode ser depois, porque você não chegou em boa hora

– Espera, você está com alguém? - pergunta Robin, num tom de ciumes

– Não, claro que não! Eu estava no banho! E quero continuar ele, então nós conversamos outra hora, até mais Robin - e como já era de se esperar Regina fecha a porta na cara de Robin.

Mas Robin não desistiria, e dessa vez ele não esperaria uma semana como tinha feito, ele iria fazer ela o escutar ainda hoje, como tinha "prometido" a Mary.

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Regina, após bater a porta na cara de Robin - de novo -, faz seu caminho de volta ao banheiro, onde tira seu robe e entra na banheira novamente. Ela apoia a cabeça na borda da banheira, onde deixa seus pensamentos fluírem.

O medo de ter a conversa com Robin ainda estava em seu corpo, e ela tentava tirá-lo a todo custo

– Mais cedo ou mais tarde você vai ter que falar com ele, Regina! - dizia para si mesma.

Seus olhos estavam fechados, e ela tentava - sem sucesso - relaxar

– Pare de evitar o inevitável! - dizia ela, com a voz firme - Você precisa falar com ele!

Agora ela tinha os olhos abertos e a cabeça já não estava mas na borda da banheira

– Mas não agora - diz ela, em voz baixa, sem entregando ao medo novamente.

Ela termina o banho e se veste, voltando para seu quarto. Seus olhos caem sob o relógio, que marcava 22:54, "Meu Deus, está bem mais tarde do que eu pensava", pensa a morena e se deita em sua cama, onde permanece calada até adormecer.

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Robin realmente não sabia o que fazer para que Regina o escutasse mas ele não iria desistir!

Depois da portada da cara que levou de Regina, Robin permaneu no mesmo local por longos minutos, em um "choque". A cada minuto que se passava, mais sua raiva aumentava.

Após sair do "choque", ele fica andando de um lado para o outro na varanda da mansão, pensando no que poderia fazer.

Depois de minutos pensando, ele para de andar, e focaliza numa árvore, uma grande árvore, que dava direto para a janela do quarto de Regina

– Acho que esse é o único jeito - diz ele para si mesmo, e se aproxima da árvore.

Robin não demorou muito para chegar ao topo, e já que estava calor, Regina havia deixado a janela aberta, para a sorte de Robin.

Ele pula para dentro do quarto, fazendo barulho com o impacto dos pés no chão, acordando Regina.

Percebendo quem estava em seu quarto, a morena se senta na cama, ainda tentando entender o motivo do homem estar ali. Ele vai se aproximando de Regina, em silêncio, e essa o olhava fixamente

– O que você pensa que está fa... - ela é interrompida pelos lábios quentes de Robin tocando os seus.