P.OV Aria

–Isso não pode ser sério -digo ao encontrar Gabriel me esperando em frente a murder house

–Eu disse que voltaria baixinha -ele diz

Não estou com cabeça para Gabriel agora, não agora que as coisas com Tate ficaram mais confusas do que nunca

–Quem é ele? -saio dos meus devaneios ao ouvir essa pergunta

–Como assim? -digo fingindo não ter entendido o que ele quis dizer

–Isso definitivamente não é da sua conta -digo seca

–Okay, acho que voltamos a parte da hostilidade -ele diz

–Por que está aqui? -pergunto

–No momento porque vamos dar um passeio -ele diz como se fosse óbvio

Tento dizer que não vou a lugar nenhum com ele, mas não adianta, em questão de minutos estou andando ao lado dele para sabe se lá aonde

Talvez eu esteja agindo como uma louca, indo para um lugar desconhecido com alguém como ele, mas a questão é : o que eu tenho a perder?

–Pode não acreditar mas eu mudei -ele diz de repente

Ele pode até estar tentando me enganar mas pelo menos esteticamentele mudou, o Gabriel que eu conheci usava roupas caras, possuía uma expressão convencida no rosto a todo instante, esse Gabriel e vejo agora é completamente o oposto

*Flashback on

–Por que não gosta dele? -Mary pergundo

–Não sei, só não gosto -respondo

Pude ver decepção em seus olhos, mas quanto a isso não posso fazer nada, faço muita coisa por Mary, mas gostar daquele cara é impossível, só de olhar pra ele eu já fico irritada, talvez seja infantilidade, mas foda-se ele me irrita

–Você ainda vai ver o tipo de pessoa que ele é e vai se arrepender de dizer esse tipo de coisa -ela avisa

*Flashback off

Eu vi que tipo de pessoa ele é e não me arrependo de nenhuma palavra

Com esse pensamento me viro e começo a voltar para a murder house, mas ele segura meu braço me impedindo de continuar meu caminho

–Me solta -digo entre dentes

–Pensei que estava disposta a uma conversa amigável -ele diz

–Não converso com pessoas como você, agora ME SOLTA CARALHO -digo sem paciência

–Aria, por favor-ele pede

–Se não me soltar eu vou gritar -aviso e ele me solta

Deixo ele sozinho e volto para murder house, não sou mais capaz de chamá-la de minha casa porque isso seria uma mentira

Ao chegar vou direto para meu quarto e lá encontro Katherine me esperando

–Quer me contar o que aconteceu? -ela pergunta

–Desde quando nos tornamos amigas? -foi uma pergunta sincera da minha parte

–Acho que no momento que descobri que estou morta, porque eu não quero me aproximar das outras pessoa que vivem aqui, me tornar “amiguinha" dos mortos me faria sentir pior -ela confessa

–Está assim por causa do Tate? de novo? -ele pergunta

–Não...quer dizer...sim...mais ou menos, é confuso -respondo

–Tenho todo o tempo do mundo, me explica desde o começo -ela diz

Me deito na cama ao lado da ruiva e começo a contar o que aconteceu desde a madrugada até agora

Do nada Violet surge no quarto e sua expressão é furiosa, eu nunca vou me acostumar com esse negócio de estar vivendo com fantasmas

–POR QUE NÃO VAI EMBORA DAQUI AGORA QUE SABE TODA A VERDADE? -ela pergunta irritada

–POR QUE NÃO DEIXA A MIM E TATE EM PAZ?

–primeiro: meus motivos de continuar aqui não são da sua conta e segundo: eu não estou nem aí pra você Violet, sinceramente quer Tate? fique com ele , não estamos em uma competição, mas pare de me incomodar porque eu posso decidir e estamos em uma competição e se isso acontecer eu garanto que vai perder -digo firme

–É algo engraçado, falando comigo parece tão firme e corajosa mas quando eu virar as costas vai começar a chorar como uma menininha,olha Aria pode achar que te odeio mas isso não é verdade, só tenho raiva de você por preferir ficar nesse lugar enquanto podia estar bem longe daqui vivendo uma vida normal, tem ideia do que todos dessa casa dariam para poder voltar a ser livres? você é patética -ele diz e some

É sério que ainda vou ter que aguentar lições de moral de fantasmas?

Reviro os olhos, isso é ridículo demais