Guardiã das flores

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Ô ninfa dos leves pés,

Dance, brinque,

Sobre a cristalina e fina superfície,

Que recobre o límpido espelho d’água,

Que reflete sua bela transparência.

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Deixe que seus gritos e urros

Misturem-se ao infinito,

Sendo sempre confundidos

Com o cantar das tímidas ondas.

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Ô bela ninfa, não se

Faça de inexistente,

Que assim matas as sonhadoras

Damas-da-noite crescentes.

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Haicai - 01

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Ô, Rosa!

Criada para ser amada, tão linda, mas,

desde nascida, manchada à vermelho-sangue.

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Escrita em Rabiscos

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Deixe que o lápis, sozinho,

Perambule pela folha,

Deixando sua marca.

O que é a criação

Sem a naturalidade

Do rabiscar de letras aleatórias

Pelo vazio branco do papel?

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Realidade Ideal

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Neste mundo de idealizações,

Não há nada mais idealizado

Que os ideais que permeiam as mentes

Dos já alienados.

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