Narradora's POV

O caminho não foi longo, mas, obviamente, perigoso. Alias tinham
Kathe no comando... Na verdade, eles tinham a Dor no comando. E acho
que ninguém gostaria de ter a Dor no comando de algo.
A cidade em que estavam se chama Puerto Iguazú, localizada na fronteira entre a Argentina e claro, o Brasil. Era uma cidade com, aproximadamente, segundo o estudo de 2010, 82.227 habitantes.
– Nós... Estamos em outro país, mesmo? - questiona Maya.
Era inexplicável estar em outro país. Tudo era muito igual ao Brasil
e logo não era de se notar que tinha saído. Maya notou isso. A única
diferença era o idioma, óbvio. Mas, fora disso, nem parece.
– Bem vindos a Argentina, galera! - saúda Matthew sorrindo.
– Tem certeza? - pergunta Maya, novamente.
– Absoluta Maya. - responde-lhe Kathe.
– Caraca não parece! Tudo é muito igual!
– Você queria que fosse o que? Colorido? Com animais e fadas? - ironiza
Mandy.
– Eu adoraria conhecer uma fada... - comenta Audrey.
– Você já é uma, fada querida. - diz Matthew, o fofo.
– Não comecem com essa palhaçada de amor dentro do carro! - ordena
Maya.
– Velas nunca mais! - Mandy se opõe e Bryan ergue um pouco do tecido
da camisa, a qual era branca, como um sinal de paz.
– Tá legal... Tá legal... - rende-se Matthew.
Kathe estaciona e logo diz:
– Primeira parada: feira.
[...]

– Não acredito que viemos na Argentina para ir numa feira! - diz Bryan.
Eles caminhavam com curtos passos por uma longa e estreita rua. Ao
seus lados, tinham barracas que vendiam alguns petiscos e raramente
via-se uma fruta.
Algo engraçado, pois, uma feira deveria ter fruta.
– Alguém, MENOS A AUDREY, quer algo? - pergunta Matthew vendo um pacote de doce em sua frente.
Todos negam em resposta.
– Eu queria um cachecol com a bandeira da Argentina... - comenta Mandy.
– Deve ser difícil de achar. - Amber diz-lhe com sinceridade.
Estava de noite e já se passava das oito da noite. Ou seja, muito
dos comércios estavam fechados. Menos os restaurantes que eram abertos para receber os turistas.
– Vamos jantar aqui? - Bryan pergunta. Todos ficam animados por ele
ter falado depois de um bom tempo.
– Provavelmente sim. - responde-lhe Matthew, sorrindo.
– Em que restaurante?
– Qualquer um.
– Tipo aquele? - Bryan aponta um, perto de uma praça.
– Pode ser! Vamos lá!
[...]
A garçonete colocou-os em uma longa mesa quando contou nove pessoas
no total.
– O.k... Alguém sabe falar espanhol? - pergunta Bryan.
– Hablas español? - sugere Maya.
– Sí! - A garçonete responde.
– Sou bilíngue! - festeja Maya.
No fim das contas pediram a típica e famosa carne argentina. O prato
veio, obviamente com a carne, arroz e algumas fritas. Cada um pediu
sua bebida.
Mas, todos notaram algo: a carne estava meio esquisita...