Narradora's POV

Todos se entreolham, menos Kathe.
— Muito bem, Mapolo. - Começou. - Você é sim, um semideus. Vou lhe explicar o que é isso. Semideus
não é nada mais nada menos, que um filho de um deus. Aqueles deuses que sua mãe lhe contava histórias.
Ele olhou o chão, claramente confuso.
— Você, Mapolo, é filho de Zeus. - Kathe disse.
— Zeus? - Ele pergunta, sabendo muito bem quem era Zeus.
— Isso. Essas coisas que te perseguem, são monstros. Isso que estava atrás de você e que matou sua mãe é um ciclope. Ele queria te matar. - Kathe explica, tentando não soar fria, mas, verdadeira.
— Eu...eu estou confuso. - Ele admitiu.
Kathe suspirou e escolheu melhor as palavras.
— Existe um lugar que se chama "Acampamento Meio-Sangue". - Ela começou, o olhando nos olhos. - Lá vivem os filhos dos deuses. Todos, eu acho, foram perseguidos por monstros igual você. Não está sozinho no mundo, Mapolo. E nem diferente dos outros.
Ele a olhou.
— O... o que eu faço?
— Se eu fosse uma semideusa, te levaria, imediatamente, para esse acampamento. Sua mãe lhe contou sobre Caos?
Mapolo nega.
— O.K. Depois te explico. Agora contarei um segredinho e no final, você terá duas opções. Certo?
— Certo. - Disse ele.
— Há uma ilha mágica, chamada "ilha de Caos". Essa ilha é governada pelo próprio Caos e lá dentro, vivem semideuses que querem descansar dessa vida.
— Que vida?
— Dessa vida de ter que lutar contra monstros, ir em missões, ser citados, do nada, em profecias e essas coisas. Eu e aqueles ali - ela indica os 8 - vivemos lá.
Kathe fez uma pausa e segurou a mão de Mapolo.
— Posso lhe garantir Mapolo que lá você não ficará sozinho e nós cuidaremos bem de você.
Os 8 sorriram, concordando e assegurando o garoto disto.
— Mas, como dito: você escolherá. Pode ir ao acampamento ou a ilha. Não interferirei em sua escolha.
— Como acreditarei que são, realmente, desta ilha? E não pedófilos? - Ele perguntou, desconfiado.
Antes que Kathe pudesse pensar, a voz da aeromoça invade o local e todos prestam a atenção.
— Queridos passageiros, por favor apertem seus cintos. Estamos passando por uma forte turbulência. - Ela pede, tentando esconder o tom de preocupação em sua voz.
Bryan aperta o cinto e gruda na poltrona.
— Ma...Matthew! - Exclama Audrey, com medo e grudando no marido ao lado.

Alfa, notando o medo da esposa, a abraça de lado e sussurra palavras amorosas em seu ouvido.

O avião deu um pequeno impulso para a esquerda.
— Santo Tufão. - Maya disse, agarrando-se ao braço da poltrona.

Damon assumiu ao posto de preocupação total, mesmo que Kathe e Mapolo não demonstrassem medo.
— Por favor, deixem os cintos apertados. - Ele disse, apertando bem o de Kathe e em seguida, o de Mapolo.
Percy aconchegou Amber nele e não largou mais.
— Calma Percy. - Ela disse, dando uma risada breve e tranquila.
— Sua risada é música para os meus ouvidos. - Ele disse, sorrindo para ela de modo acolhedor.
— Ué eu sou a Música. - Ela disse, sorrindo.
— Minha Música. MINHAAAAA. - Ela a abraçou mais forte.
— SUAAAAAA. - Ela retribuiu.

O avião deu outro impulso, parecendo que ia cair.