Radioativos escrita por MahriRin


Capítulo 9
Household Vessel


Notas iniciais do capítulo

HELLO NOSES! Como vão? Tranquilos? Mas jáááá? Outro cap? Isso mesmo, outro cap para vocês!


Boa Leitura e Enjoy!



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Quíron havia finalmente cedido a eles uma missão.

Mas antes, teriam de ir ao Oráculo –– no momento, Rachel. O grupo seria o mesmo: Maebh, Percy, Annabeth, Nico, Hazel, Frank, Piper, Jason, Leo, Calypso e a mais nova integrante, Katherine, a garota que ajudaram antes na biblioteca. Eles já estavam a caminho da casa de Rachel, conversando alegremente como faziam antigamente. Percy andavam de mãos dadas com Annabeth. Eles finalmente arranjaram um tempo para ficarem sozinhos, graças a Maebh, que resolvera alguns problemas que o moreno tinha. Ela disse que era o mínimo que podia fazer, já que estava abrigando-se na casa deles, mesmo que ultimamente, a garota vem sentindo alguma coisa por Percy. Não sabe dizer o que ao exato, mas é um sentimento bom, e ruim ao mesmo tempo. E ainda vem tendo sonhos estranhos ultimamente, só para piorar as coisas. Sonha com vultos –– pessoas, aparentemente –– lutando e brigando, e, de súbito, ela viram um flash, como se fosse uma bala de canhão luminosa, que flutuava pelo céu com incrível velocidade.

Maebh gostaria de poder ficar com a sua roupa do Acampamento Meio-Sangue quando partir na sua missão. Porém, devido aos controles de Agustine, ela sabia seus uniformes. Por isso não podiam usá-los.

Ao chegarem na casa, bateram à porta. Logo uma ruiva de olhos verdes e sardas abriu, sorrindo. Ela saíra do caminho e apontou para casa, convidando a eles entrarem.

A casa era aconchegante. Era de madeira. Há uma biblioteca repleta de pergaminhos e livros de todos os tipos –– Maebh definitivamente passaria ali depois para ler todos aqueles livros ––, e ao outro, havia dois sofás e algumas poltronas, em cima de um tapete vermelho. A cozinha parecia ficar mais adiante, junto com o quarto e o banheiro. Maebh sentou-se entre Katherine e Leo.

–– Maebh. –– Rachel a chamou, fazendo-a erguer a cabeça do chão –– Esses seus braceletes … –– ela se aproximou, abaixando-se e tocando-os delicadamente –– Se importa de demonstrar como os usa?

A garota assentiu, levantando-se do sofá.

–– Como se usa? O que quer dizer com isso? –– perguntou Frank, coçando a cabeça.

Seu rosto sem expressão dizia que estava concentrada. Levou seus braços e os cruzou na frente de seu peito.

–– Household Vessel: Celestial Phoenix!

As correntes que ficavam enroscadas em seu braço saíram do bracelete, crescendo e ganhando vida, coberta de um tipo de fogo dourado, a pedra vermelha brilhando fortemente. Maebh levantou um pé, dobrando e colocando a ponta no joelho. Todos ali –– menos Rachel –– ficaram surpresos com aquilo.

–– Então você consegue lutar com uma Household Vessel! –– Rachel falou, animada, olhando as correntes envoltas de fogo dourado, seus olhos brilhando de emoção.

–– O que é uma Household Vessel? –– Piper perguntou –– E como esse fogo é dourado?

–– Household Vessel são itens dificílimos de conseguir. Poucos conseguem usá-los. Eles possuem um certo tipo de magia. A espada de Percy, por exemplo, a Contracorrente. Ela é uma Household Vessel, ele só não sabe como usá-la muito bem. A de Maebh é o Household Vessel da Fênix Celestial, ou seja, fogo dourado.

O moreno levantou-se de uma vez.

–– A dele? –– todos ali perguntaram, exceto por Maebh e Rachel, que não pareciam nada surpresas com aquilo.

Percy retirou sua caneta esferográfica de seu bolso, encarando-a. Retirou a tampa, e logo transformou-se em uma espada dourada e brilhante. Maebh aproximou-se tocando o metal gelado, fechando os olhos. Um símbolo dourado apareceu debaixo de seus pés, brilhando. O tridente gravado na espada também pareceu responder, uma luz saindo dele. As correntes do Household Vessel de Maebh enroscaram o metal, dando-lhe seu fogo dourado.

–– Mas o quê … Anaklusmos …

O brilho cessou com o tempo. Rachel encarava Maebh como se fosse um objeto, os olhos brilhando de felicidade.

–– Maebh Parsons, quem é você?

–– Enfim … –– Katherine pigarreou –– Foi muito boa a aula sobre os Household Vessel, mas precisamos saber da profecia.

Rachel abruptamente parou. Maebh ponderou se ela era assim bipolar o tempo inteiro, mas voltou sua atenção a garota. Os olhos do Oráculo brilharam verde, e fumaça começara a sair de sua boca. O cômodo pareceu ficar mais sombrio e frio, calafrios transcorrendo pela espinha de Maebh. Sua primeira reação foi segurar a mão de Percy, assustada.

–– Na profundeza onde dorme o Tempo e Terra

Em antros vazios sob penhascos do mar

Para além das montanhas nebulosas, frias

Um deles cairá no profundo patamar

Onde brilha a luz mais forte com a assimetria

Quando a jornada sem fim começará.

Seus olhos voltaram ao normal, e fumaça parou de sair de sua boca. O rosto estava exausto, e Maebh precisou segurá-la para não cair desmaiada. A garota botou a ruiva em sua cama, e todos saíram, a fim de deixá-la repousar um pouco pelo esforço.

–– Percy. –– Annabeth o chamou, com o olhar um tanto triste e envergonhado ao mesmo tempo –– Preciso falar com você.

O moreno assentiu e saiu da vista de Maebh, que foi olhar os estábulos para ver os pégasos. Nunca havia andado em um, mas conseguia comunicar-se com eles, por ter uma certa descendência de Poseidon. Gostava de passar o tempo conversando com eles ou tocando instrumentos. Ultimamente vem querendo distanciar-se um pouco de Percy, acalmar seu coração inquietante e clarear a mente. Maebh estava proposta a pedir a ajuda de Katherine, já que agora são bastante amigas, e, por ser filha do Cupido, ela poderia responder o que era isto que sentia quando estava perto de Percy. A garota estava um pouco pensativa enquanto voltava para o seu chalé. O rosto plissado de seu pai vinha-lhe a mente o tempo inteiro. Então aparecia o moreno, e, novamente, seu coração acelerava. A branca balançou a cabeça, tentando esquecê-lo.

Algo se chocou contra ela, atirando-a no chão.

–– Ei! Olha por onde anda … –– ela parou ao ver que era Percy, seu rosto sombrio. A luz do luar parecia iluminar seu corpo. O moreno lhe estendeu a mão, puxando-a de volta para cima –– Percy? O que aconteceu?

–– Desculpa, Mae … –– ele pousou a mão na cabeça da garota, a sombra não permitindo de ver seus olhos –– Mas quero ficar sozinho agora.

–– Como quiser. –– ela disse –– Mas saiba que ficar sozinho nunca é a resposta.

Ele assentiu e depois correu para seu chalé. Maebh retornou para o céu. Retirou as roupas, sem se importar em ficar apenas de calcinha e sutiã, apenas colocando o casaco verde por cima e pegando seu violino no canto da sala. Depois de afinar, o posicionou em seu pescoço e pegou o arco. Fechou os olhos e respirou fundo, deixando as ideias fluir-lhe a mente –– então começou a tocar, uma melodia linda, mas de improviso. Percy lentamente abrira a porta, observando-a tocar perfeitamente a música. Ele sorriu, apesar da tristeza que estava sentindo. A luz do luar iluminando sua pele clara, o corpo dançando ao tocar as notas. Foi só quando parou e abriu os olhos, que percebeu que Percy estava ali, sentado na escrivaninha, sorrindo. Ela corou, não por estar com roupas íntimas, afinal, eram melhores amigos a ponto de se trocarem um na frente do outro, mas por ele ter ouvido-a tocar e dançar.

–– P-Percy o q-que …

–– Por que parou? Estava lindo. Continue, finja que não estou aqui.

–– M-mas … –– ela gaguejou, porém ele levantou-se e parou em sua frente, pegando em sua mão que segurava o violino e encaixando-o no queixo de Maebh, a outra mão levando o arco de encontro com as cordas.

Ele segurava a sua cintura, enquanto ela tocava o resto da música, os dois deixando-se levar pela melodia calma. Quando novamente acabou. Maebh colocou o violino de volta no lugar, parando em frente ao moreno.

–– Anda, me conta.

–– Contar o quê?

–– O que aconteceu, idiota!

Percy olhou para baixo, triste. Maebh levou até o seu rosto, acariciando-o e fazendo-o olhar dentro de seus olhos.

–– Annabeth … Ela me chamou hoje para falar comigo … Nós conversamos calmamente, não teve briga, mas … Nós … Terminamos. Digo, eu ainda gosto dela, gosto muito. Mas parece que não é recíproco.

A garota juntara as sobrancelhas, ele encostado na parede, e ela em sua frente. Uma lágrima escorreu por sua bochecha e o moreno tentou esconder que estava chorando, porém Maebh não deixou.

–– Sabe, alguém muito importante para mim disse que não precisa se envergonhar de chorar, pois as lágrimas estão levando a sua tristeza fora. Então não precisa guardá-la, quando eu estou aqui para você.

Percy não se segurou, chorou mais, abraçando-a. Os dois escorregaram pela parede, Maebh sentada em seu colo, enquanto o garoto segurava sua cintura e ela o seu pescoço. O coração de ambos bastante acelerados, mas era bom sentir um ao outro naquele abraço que queriam que durassem para sempre.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Amaram? Reviews? Recomendações?


Aquele Beijin e até o próximo cap, Potatos!