Radioativos escrita por MahriRin


Capítulo 13
The Doctors Will See You Now


Notas iniciais do capítulo

HELLO NOSES! Yo-Ho meus piratas, como vão, tranquilos? Eu sei que eu demorei para escrever, foi mal, mas estava com a agenda meio apertada!


Boa Leitura e Enjoy!
OBS: Este cap é meio tenso.



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Acordar-se com dor de cabeça foi horrível. Mas parar de acreditar em Maebh foi pior ainda.

Percy não se lembrava de praticamente nada do que ocorreu, sentia como se tivesse sido dopado com cogumelos mágicos e depois deixado em algum lugar para não dar problemas de efeitos alucinógenos. Apesar de saber muito bem que estava tonto e provavelmente não tinha condições de lutar, não ficaria ali parado sem fazer nada, principalmente por estar longe de Maebh. Achou que passou tanto tempo com ela que ficar longe faz parecer que está andando sem roupas –– é como quando você esquece seu celular em casa e se sente nu. De fato, era incôngruo de sua parte sair invadido lugares, mas fazer o quê? Continuara andando um pouco até parar em frente a uma porta de metal enorme, meio recôndita na parede, com segurança de todo tipo, porém bem enferrujada. Olhara para os dois lados do corredor, vendo se não havia ninguém no local. Esperara mais um pouco. A água dos canos era a única coisa que quebrava o silêncio e a lâmpada oscilante acima era o recurso que não deixava tudo no escuro total. As ferrugens espalhavam-se pelo chão e paredes, e um mau cheiro de ovo estragado entupia seu nariz de lembranças nostálgicas do passado. De uma coisa Percy tinha certeza: o que quer que esteja atrás daquela porta, era estritamente vedado de se ver –– o que só aumentara sua vontade de arrombar e averiguar.

Não demorou muito para que ela estivesse totalmente transformada em líquido. Percy não sabia o quanto poderia usar esses poderes sem sofrer algum efeito em resposta, mas valia a pena arriscas, se pensar em Maebh.

A sala a seguir era totalmente sem sentido.

Havia colunas de mármore branco surgindo em todo lugar, em algumas delas estavam máquinas de alta tecnologia. Até aí, estava tudo bem. Mas, ao andar um pouco, encontrara uma mesa de cabeça para baixo lá em cima, no teto. A mesa tinha uma tela de monitor e várias xícaras com chá e livros espalhados. E nenhum deles caiam. Aquilo era totalmente contra a lei da gravidade, não era fisicamente impossível. Percy desejou que Maebh estivesse aqui para explicar o que diabos estava acontecendo. É mais esperta que a própria Atena –– se tal deusa ouvisse isso, ela se certificaria que ele nunca mais visse a luz do dia.

Checou se a caneta estava em seu bolço. Por sorte, ela se encontrava lá.

–– E as coisas não param de ficar mais estranhas … –– murmurou consigo mesmo –– Mas se bem que ser um semideus significa achar coisas estranhas …

Foi até o computador mais próximo, apertando alguns botões. A máquina dera uma chacoalhada seguida de um barulho de engrenagens e se ligou. No telão surgiu: “Radioativos” em vermelho com vários nomes ao lado. Provavelmente, aqueles eram todos da “turma” de Percy. De algum jeito, Agustine sabia seus nomes e informações. Aquilo com certeza era de sua obra.

Ao lado dos nomes havia um link. Percy clicou, abrindo em um texto:

Lendas dizem que o Ritual da Imortalidade é realizado após cumprir três desafios: em segredo do céu e da terra, o cálice dourado de Cronos se esconde no túmulo sagrado; onde o sol mais alcança na beirada daquele não acreditado por vós, guarda-se o icor despejado daquele que foi o primeiro a governar o universo; e no brilho mais dourado vigiado pela criatura, uma prova de amor entre dois deuses. Por fim, misturas isto e tomastes. Mas, para que finalmente te tornes um deus, é preciso roubar um pouco da imortalidade de outro. Este que tu escolherás para roubar vai te pôr em uma prova e, se passar, eres agora um profano deus.”.

Percy estremeceu com aquilo. Não entendera nada, principalmente por estar cheio de enigmas, mas teria de se lembrar para perguntar para Maebh mais tarde. Ele sentia que ela estava em algum lugar desta base, seja lá o que esse lugar fosse. Pós-se a retornar a caminhada. Por vezes ou outras, via alguns monstros suspeitos lhe encarando, embora não fizessem nada de mal. E ele não tinha tempo para ficar lutando, ou muito menos se preocupar em ser sorrateiro. O sentimento de que algo ruim estava acontecendo com ela estava cada vez mais forte em sua cabeça.

Os gritos não paravam de ecoar pelos corredores. O coração de Percy estava a mil, e não podia estar mais preocupado com Maebh. Mas ficar apenas pensando no que poderia acontecer com ela não ajudava nada. Tinha de fazer alguma coisa. Viu-se, de súbito, de a uma cela. A escuridão abundante lhe impedia de ver mais que dois olhos azuis surreais que brilhavam no escuro como dois faróis.

–– Maebh? –– perguntou, um pouco receoso com a resposta que viria a seguir.

–– Chamou …? –– sua voz saia quase em um sussurro.

–– Então você está aí! O que aconteceu? Você está bem? Se machucou? O que fizeram com você? –– Percy perguntou tudo de uma vez, sem respirar.

–– Calma …Eu estou …Bem … Percy.

–– Vou te tirar daí!

Ele fechou os punhos em volta das grades de metal, concentrando-se. E logo ela estava totalmente derretida. Pulou para dentro logo de imediato, tomando Maebh em seus braços e a ajudando a levantar-se. Seu corpo inteiro estava sujo e coberto de hematomas que sangravam constantemente. Seus olhos começaram a voltar a ter sua típica cor verde-esmeralda, enquanto Percy apoiava seu braço em volta de seu pescoço e depois segurando-lhe as dobras do joelho. Maebh repousou a cabeça em seu ombro, fechando os olhos. Mesmo todas suja e acabada, ela continuava sendo bonita.

–– Aguente firme. Nós vamos sair daqui.

Ela apenas assentiu em resposta, sem muitas forças.

Olhei para os lados. O barulho de paços se aproximavam cada vez mais, tanto da direita quanto da esquerda. Os corredores foram preenchidos por uma onda estranha de medo, uma sensação percorrendo pelo seu corpo, a testa suando frio. Como instinto, apertou as dobras do joelho de Maebh com mais força. Ao longe, surgindo do escuro, criaturas com máscaras estranhas e longas espadas de metal prateado reluzentes suspendendo-se ao lado, pronto para serem usadas. Dois olhos dourados brilhavam em seus rostos, as roupas pretas e bem pesadas.

–– Os médicos te verão agora … –– eles murmuravam em ecos, repetidamente. Meu corpo inteiro estava congelado, o coração quase explodindo.

–– Percy. –– Maebh o chamou, segurando sua camisa com força e arfando, uma expressão de puro terror e dor misturadas juntas –– Três coisas que não podem ser escondidas: O Sol … –– ela tossiu sangue, mas continuou –– A Lua …E a verdade.

Ela ficou repetindo isso, os olhos fechados. Como dizia textos antigos: É tudo apenas diversão até que alguém fique louco. E Percy já estava ficando a deriva. Seus olhos começaram a querer fechar-se, o corpo perdendo a força. Olhou para Maebh. Seu semblante estava totalmente aterrorizado. Os olhos não podiam estar mais arregalados, a boca aberta, o suor percorrendo pelo corpo. E esse foi o ápice. Ela tomara uma grande quantidade de ar e soltou tudo de uma vez, em um grito tão alto que as únicas lâmpadas ali estouraram. O som quase lhe deixou surdo, mas o acordou de seus devaneios. Os monstros ficaram atordoados por um tempo, e aquilo deu uma chance de fuga para Percy. Não pensou duas vezes, pós–se a correr, passando bem ao lado de uma daquelas criaturas. Com certeza estavam longe de serem humanas.

Ele correu. Não sabe por quanto tempo, mas não parou nem mesmo por um segundo. A adrenalina fazia-o esquecer de suas pernas doloridas e a força que precisava usar para carregar Maebh em seus braços. Ela já havia adormecido outra vez. Percy se perguntou o que haviam feito para ela ficar com uma expressão tão aterrorizada quando olhou para aquelas coisas. Ele nunca havia lhe visto assim em toda a sua vida.

Percy entrou em um elevador, apertando qualquer botão. Ele andou um pouco, a luz piscando assustadoramente. Quando a porta abrira, nada vira além de escuridão. Não havia lâmpadas naquele andar. Tentou apertar outros botões, mas o elevador já não funcionava mais.

–– Percy … –– Maebh remexeu-se em seu colo.

–– Maebh? Já está se sentindo melhor?

–– Sim …Eu já posso andar agora. –– ele a colocou no chão, sentindo o cansaço finalmente lhe alcançar. Os olhos de Maebh ficaram azuis surreais, enquanto ela olhava ao redor, uma expressão severa –– Não há ninguém aqui. Podemos descansar.

Ele escorregou na parede imediatamente, podendo respirar precisamente. Ela sentou-se ao seu lado, os olhos ficando verdes outra vez, enquanto soterrava a cabeça em seus joelhos.

–– Sabe …quando aqueles monstros estavam lá, você ficou repetindo uma coisa. –– perguntou Percy, encarando o chão –– Como era mesmo? Três coisas que não podem ser colocadas …

–– Três coisas que não podem ser escondidas: O Sol, a Lua e a verdade. –– Maebh repetiu.

–– Isso. De algum jeito, você falando aquilo me fez começar a recuperar o controle. O que significa isso?

–– Significa--

–– Os médicos te verão agora …

O corpo de Percy congelou outra vez. Parados ao lado deles, estavam aqueles monstros de antes. Tampei os olhos de Maebh no mesmo segundo.

–– O quê? O que foi? Me deixe ver!

–– Você confia em mim? –– observei seu rosto corar por debaixo de minha mão.

–– Completamente.

–– Então não olhe.

Ela apenas assentiu em resposta.

–– Quem são vocês? O que querem?

–– Nós queremos vocês …Radioativos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Amaram? Reviews? Recomendações?
The Doctors Will See You Now ...So read the next chapter or you die!


Um Beijo, um queijo, e até o próximo cap, Potatos do meu Heart!



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