Radioativos escrita por MahriRin


Capítulo 12
The Last Words of a Farewell


Notas iniciais do capítulo

HELL0 N0SES! Sei que este capítul0 está um o0uc0 pequen0, mas esper0 que g0stem. Sint0 que vã0 ter uma surpresa quant0 a0 final...

B0a Leitura e Enj0y!
P.S:Sim, eu tr0c0 "O" p0r "0".



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Maebh puxou um fio de seu cabelo.

Estendeu a mão, colocando-o na frente, e logo abriu, deixando o pequeno pedaço cair em direção ao chão. Nada. Nem se quer se locomoveu. Fez um traço reto. Havia alguma coisa muito, muito errada. Quando respiram, o ar fica cheio de vibrações com que fariam o fio se locomover, mesmo que só um pouco, mas sem a respiração, o fio simplesmente cai imóvel. Maebh logo havia percebido isto por ser descendente de Zeus. Conseguia sentir as vibrações e, ao entrar ali, não sentira nada, apenas a dela e a de Percy –– que no caso não influenciaria no trajeto do fio até o chão. E todas aquelas pessoas que andavam “ocupadas”, na verdade, não estavam fazendo nada. E, além disso, nenhuma delas realmente trabalhava. Todas iam e voltavam como se aquilo fosse a coisa mais divertida do mundo. São tipo como a bibliotecária do colégio quando vai brigar com você, só que um pouco mais tenso.

Percy segurou na mão de Maebh.

O cenário mudou. As pessoas que andavam distraidamente pararam ao mesmo tempo e os encararam, lentamente se aproximavam, sorrisos ameaçadores estampados no rosto. Suas cabeças começaram a virar em um ângulo impossível de trezentos e sessenta graus. O rosto humano foi substituído por um rosto assustador de olhos vermelhos e expressão raivosa, fazendo-os parecerem bonecos.

–– Percy?

–– Sim?

–– Acho que deveríamos prender a respiração. Eles parecem ser estúpidos, com sorte, não vão nos notar se pararmos de respirar. Mas se voltarmos a respirar depois de prendermos, provavelmente vão saber que não somos um deles. Boa sorte. –– ele assentiu em resposta.

Tomaram uma grande quantidade de fôlego e prenderam o ar. Os bonecos/pessoas imediatamente pararam, apenas alguns centímetros dos dois. Suas cabeças voltaram ao normal e logo estavam aparentando ser humanos outra vez. Maebh gostaria de ter dado um suspiro, se pudesse. Ainda de mãos dadas, ela e Percy caminharam entre a multidão de trabalhadores ocupados que na verdade nem estavam trabalhando. O caminho parecia ser longo, e ela já estava ficando eu seu limite. O rosto começara a adquirir uma cor vermelha, as veias se formando nas laterais. Os olhos lacrimejaram e o coração batia mais rápido que nunca. Pensou. Tinha que ter alguma escapatória para aquilo. Olhou para os lados. Nada, apenas paredes. Voltar por onde haviam entrado também não era uma opção; as pessoas que antes quase lhe atacaram haviam bloqueado a passagem. Fitou Percy, obtendo uma ideia. Parou de súbito, levando sua mão até a gola da camisa e a puxando. Seu rosto veio de encontro com o dela e eles se beijaram. Demorou um pouco até que percebesse o que Maebh estava tentando fazer. Ele levou as mãos até a cintura dela, abaixando-se um pouco para ficar a sua altura. Ambos estavam bem vermelhos, e não faziam ideia de como se encarariam depois daquele beijo. Depois de compartilharem o oxigênio, seguiram seu caminho até as escadas mais próximas. Adentraram em um corredor e correram mais um pouco, até que acharam que já estavam longe o suficiente de confusões.

Maebh nunca se sentira tão aliviada em respirar.

Seu corpo estava fraco devido ao esforço se ar e acabara que caindo. Percy lhe segurara antes que caísse no chão. Seu rosto ardeu, afastando-se do garoto.

–– Parece que conseguimos fugir … –– ele falou, desviando o olhar dela, também corado.

–– É-é … Vamos descansar um pouco. Perdemos muito ar. Depois continuaremos.

–– Certo.

Ficaram ali, sentados, no silêncio. O clima não poderia estar mais estranho. “Ótimo, que maravilha!”, pensou Maebh, a mão na testa. “Agora o clima ficou estranho entre nós. Sua idiota!”.

Depois de alguns minutos repousando, finalmente recobraram a viajem. Agora estavam em um corredor maior, desta vez feito de pedra. Havia tochas de ambos os lados para iluminar o caminho. Não tinham ideia de onde estavam ou onde os seus amigos estavam.

Estava tão imersa em seus pensamentos, que Maebh não percebeu que Percy havia parado e se esbarrara com ele.

Estava prestes a brigar, quando percebeu seu olhar sério.

–– O que foi?

–– Eu estou ouvindo … o barulho de água corrente.

Maebh procurou prestar mais atenção. Como era apenas uma descendente de Poseidon, seus poderes não eram tão fortes quanto os de Percy.

–– Por aqui! –– ele desta vez liderou o caminho. Ela o seguiu por uma passagem.

O cheiro da água do mar começara a ficar cada vez mais forte. Com o passar do tempo, ela também começara a ouvir o barulho de água.

Então, de repente, não estavam mais em um corredor, e sim em frente a um mar gigantesco. Os dois arregalaram os olhos.

–– Como …? –– Percy perguntou, surpreso.

Maebh correu até a água, pegando-a em suas mãos. Parecia ser real. A sensação do líquido gelado em suas mãos era bem convincente, mas a lógica dizia ao contrário.

–– Percy. Isso não é real.

–– Como não? Eu estou vendo isso e sentindo isso.

–– É, parece ser real, mas não é.

–– Como pode ter tanta certeza?

Seus olhos verdes cintilantes pousaram nas estrelas. Atentamente, ela as observava, tentando se lembrar de cada uma delas. Achou uma falha.

–– Ali! –– apontou em direção ao céu, chamando a atenção de Percy –– A Constelação de Orion. Está faltando uma estrela em sua espada. Viu? Não é real. Preste bem atenção! Eu, aqui e agora, isto não é real. Estamos sonhando. Provavelmente nossos corpos devem estar em outro lugar, repousando.

–– Como assim, você não é real?

–– Sou provavelmente uma parte de você, a parte com quem quer mais estar. Isso me fez vir parar aqui.

–– Como você sabe que você não é real?

–– Por que eu sou eu.

–– Mas--

–– Perseu Jackson! –– Maebh levou as mãos até as bochechas dele, apertando-as e fazendo-o fazer um biquinho –– Você confia em mim?

–– Com todas as minhas forças.

–– Então pare de acreditar nisso. Pare de acreditar que isso é real. Pare de acreditar em mim.

Ele arregalou os olhos.

–– Parar …de acreditar em você? Como você acha que eu sou capaz de fazer isso, Maebh? Não consigo suportar ficar sem você!

Ela sorriu.

–– Por isso que sempre estarei em seu coração. Não se preocupe. Sou só parte de Maebh, retornarei para o meu corpo depois de você. –– Maebh passou a colocar menos força contra as bochechas dele, acariciando-as.

–– Eu vou ver você de novo?

–– Mas é claro.

–– Só mais uma pergunta: você vai se lembrar disso? Digo, do que aconteceu aqui?

–– Não. Por quê?

Percy segurou em sua cintura e a puxou para mais perto, a beijando na boca. Maebh sentira o coração explodir e o rosto ficar bastante vermelho, os olhos arregalados, mas logo os fechara, aproveitando o momento. Uma brisa boa soprou nos dois, como se o cenário fosse especialmente feito para aquilo.

–– Porque eu te amo.

Uma luz cegueira iluminou tudo. Seus corpos brilharam fortemente, e logo não estavam mais ali.


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Notas finais do capítulo

G0staram? Amaram? Reviews? Rec0mendaç0es?


Um beij0, um queij0, e até 0 pr0xim0 cap, P0tat0s d0 meu Heart!



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