Radioativos escrita por MahriRin


Capítulo 1
Prólogo- Car Crash


Notas iniciais do capítulo

HELLO NOSES! Aqui vou eu com um cap! Neste não aparece nenhum personagem que vocês conheçam, vão ser apenas a introdução da nossa nova personagem, Maebh Parsons! Ela é da Irlanda peoples!


Boa Leitura e Enjoy!



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Maebh (se pronuncia Meive!)

Maebh Parsons não sabia por que certas coisas aconteciam com ela.

Naquela noite quando descobriu que coisas impossíveis realmente existem, seu mundo virou de cabeça para baixo e, a cada dia, cada vez mais se via atraindo para o sobrenatural. Sente que parte da memória foi arrancada de sua mente e apenas têm lembranças nebulosas das coisas que aconteceram, sem rostos ou nomes. Mas tudo começou há doze anos atrás.

Lembrança: 06/06/2003 –00:12

A garotinha acordou-se com barulhos perturbantes.

Panelas caindo, metal sendo arranhado em pedra e gritos nada bons. Maebh afastou o lençol do corpo com as mãos, notando o quanto o quarto parecia ser envolvido pela escuridão sem fim. A garotinha pousou seus pés na sapatilha e as calçou sem pressa. Encaminhou-se para porta entreaberta do quarto e puxou-a. Desceu as escadas, cada passo fazendo a tábua de madeira ranger alto. O medo já lhe havia dominado o peito e, à medida que se aproximava da sala onde seu pai deveria estar, mais horror sentia do que ia achar. Viu uma imagem chocante: um homem com vestes pretas e um pano cobrindo o rosto, uma grande tubo de metal apontado para seu pai, que estava com uma mordaça e mãos e pés atados em uma cadeira, os olhos oscilantes entre a garotinha e o homem de preto. Embora tivesse apenas quatro anos, sabia o que estava ocorrendo. De algum modo, sabia o que era o objeto apontado para seu amado pai e sabia o que viria em seguida. Mas, mesmo assim, perguntou o que qualquer criança assustada perguntaria em uma situação como aquela:

–Papai?

Seu pai berrou e esperneou na cadeira, movendo a cabeça a cabeça freneticamente para que Maebh saísse dali. Era tarde demais. O homem de preto agachara-se em frente a garotinha e retirara o pano preto que lhe cobria o rosto. Dois olhos brancos, sem pupilas ou íris, o rosto coberto de cicatrizes de batalhas anteriores e a língua bifurcada lambendo os lábios secos e pálidos. Os cabelos eram grisalhos e meio negros. Maebh sentiu vontade de gritar, mas contentou-se o máximo que podia, apenas deixando soltar um gemido assustado, os olhos verdes tão cintilantes, que chegavam a ser neon e brilhavam no escuro como dois faróis.

–Qual o seu nome, garotinha? –o homem sibilou, fazendo o estranho gesto com a língua.

–M-Maebh, senhor … –a voz da garotinha saiu tão trêmula e fina que o homem gargalhou com desdém –um som áspero e profundo que fez o seu corpo tremer e outro gemido escapulir de sua boca.

–Temos uma irlandesa aqui? –o homem referiu-se ao sotaque da garotinha.

–Sim, senhor, eu nasci lá …Agora o senhor poderia por favor soltar meu pai? Ele não fez nada de errado, senhor, eu juro.

Novamente o homem riu e desta vez ela teve certeza de que não viria a se esquecer deste som terrível.

–Nada de errado?! –a mudança súbita de humor fez a garotinha saltar do chão. O rosto do homem estava sério e a arma agora estava direcionada para a cabeça de Maebh –Você sabe o que é ele? Você sabe o que é ser um semideus? Eles são asquerosos e nojentos e querem sempre nos matar!

–Não! Papai nunca mataria ninguém!

O homem recuou em um solavanco e encaminhou-se até o pai da garotinha, arrancando-lhe a mordaça. Logo o pai, como seu dever, começou a implorar para que o homem salvasse sua filha. Mas ele não ouviu e lhe meteu um soco no nariz.

–Cale a boca! Diga para ela, Jamish! Diga o que você é!

Jamish cuspiu ao lado, os olhos ardendo em chamas.

–Ela ainda não está pronta!

–Diga! –berrou o homem –Diga ou eu atiro nela!

–Está bem! –Jamish foi apoderado por um semblante sem igual –Mae, está tudo bem, não precisa ficar com medo. Sobre o que ele falou …é verdade, eu sou um semideus. Filho de Poseidon, o deus dos mares e oceanos. Venho vivendo escondido nas sombras e disfarçado para que monstros não me achem. Quando você nasceu, fiz um pacto com os deuses. Daria meus poderes em troca de proteção. Assim poderia criar você em segurança.

Maebh não poderia estar mais confusa. Havia um milhão de perguntas na ponta de sua língua, mas contentou-se. O homem abriu um sorriso amarelado, exibindo uma série de dentes tortos e pontudos, os olhos brilhando de alegria. Parecia divertir-se com tudo aquilo.

–Você é especial, Maebh. –falou o homem de preto, um tom indiferente em sua voz –Você é filha de um semideus com uma deusa, assim como seu pai. Isto lhe torna uma ameaça maior.

–Não! –Jamish berrou.

O homem virou-se para o pai, apontando o longo cano de metal para a cabeça dele. Puxou o gatilho e logo um som cortou o ar com ferocidade. A bala cravou-se no meio da testa do pai da garotinha, que agora não tinha mais vida. Maebh pousou as mãos na boca e soltou um grito –um som alto e fino que fez os tímpanos da vizinhança inteira tremerem e, possivelmente, estourarem. O desespero instalou-se quase de imediato no coração e o medo jamais fora maior.

Então algo aconteceu.

A casa chacoalhou por completo. Os objetos –panelas, facas, garfos, pratos, mobílias –começaram a flutuar. Era Maebh. Suas pupilas estavam douradas, como poeiras que ficavam se movimentando nesta exata parte do olho. O clima na sala ficou denso e forte, a escuridão criando vida e apoderando-se do lugar. As poucas luzes que iluminavam o local foram estouradas. O homem preparou a arma e puxou o gatilho, atirando onde a garotinha deveria estar há dois segundos atrás. Nada. Os olhos incandescentes de Maebh continuavam a brilhar. As luzes farfalharam e ligaram-se outra vez. Agora a pequena garotinha indefesa não parecia tão indefesa assim. Seu corpo flutuava do chão, as palmas das mãos abertas estavam viradas em direção ao homem, que agora recuava até a parede mais próxima. A bala que deveria ter acertado Maebh flutuava a sua frente no espaço. Ela caiu no chão, como se abruptamente tivesse levado um golpe da gravidade. Um redemoinho negro formou-se na frente da garotinha e começou a tomar forma de uma esfera flutuante negra maciça.

–Não!

E a esfera disparou.

Atualmente: 20/06/2015 –12:00

O carro chacoalhou.

Maebh já estava cansada de ficar sentada. O que, segundo ela, era uma ironia, já que deveria ser supostamente o contrário. Como estavam em um caminho rochoso, seu traseiro ficava batendo contra o banco de acolchoamento duro o tempo inteiro.

As pessoas passavam voadas do lado de fora da janela. Não era um dia muito frio, embora elas usavam agasalhos leves. Maebh nasceu em um país frio –Irlanda –, portanto, o frio era o que mais gostava. Usava apenas um short jeans básico, uma regata preta, botas castanhas de couro e um casaco vermelho quadriculado amarrado em sua cintura. Maebh estava novamente mudando-se de orfanato. Claro, suas notas sãos as melhores do colégio e seu conhecimento por coisas a surpreende, mesmo tendo dislexia e TDAH. Ela é uma exceção entre as exceções. Mas todo este esforço é em vão, pois sempre tem de fazer uma besteira. No ano passado, Maebh havia explodido o refeitório –a culpa não é dela se o fogão não desligava –e fora expulsa. E assim foi com todos os outros anos em orfanatos. E as coisas só parecem piorar ultimamente. Na verdade, sempre foram ruins, mas desta vez chegou ao auge. Maebh vem sendo atraída mais ainda para o sobrenatural. Procurara em cada site sobre mitologia grega, achou sobre Poseidon, Zeus, Hades, Hera, e todos os deuses e monstros possíveis, mas nada que se parecesse com o homem de preto que lhe atacara. E acreditar no impossível não trazia boas companhias. Já fora enviada para um psiquiatra há dois anos atrás, mas acabou que explodindo a clínica também –enfim, Maebh sempre explode coisas. E ainda continua sendo perseguida pelo homem de preto. Depois de doze anos, de vez em quando vinha percebendo ele nas espreitas das sombras, observando-a com ódio e desejando vingança.

Os olhos de Maebh fixaram-se em uma figura encapuzada ao longe. Os ombros estavam encolhidos e o olhar perdido ao chão. Haviam entrado em uma estrada deserta arborizada e sombria –sabe-se lá o que estava fazendo ali. Então o rosto da figura virou-se em direção ao veículo. Os olhos brancos reluzindo na escuridão do capuz, um sorriso amarelo tornando apenas as coisas mais assustadoras. Maebh sentiu o coração murchar e o desespero atingi-lo.

–Parem o car …

Mas já era tarde demais. O carro deu uma guinchada, capotou três vezes e Maebh desmaiou.

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Notas finais do capítulo

AVISO!: Noses, a Maebh é a Kaya Scodelario com olhos verdes! O Percy é o Grant Gustin (o que faz Flash *O*), o Leo é o Jake Austin, o Jason é o Alexander Ludwig (isso mesmo, Noses, o que faz o Cato do Jogos Vorazes), o Nico é o Skandar Keynes (Edmundo de Nárnia)!
Eu sei, eu sei, Noses, o cap é pequeno, mas os outros serão maiores!


Aquele beijin e até o próximo cap, Noses!