Capítulo XXIII: Razões para lutar

“sempre haverá uma razão por trás de uma ação!”

No capítulo anterior...

“Eu não conseguia vê-lo, meu coração palpitava acelerado com a sensação que a qualquer momento ele poderia aparecer e simplesmente arrancar meu coração, é um daqueles momentos em que você se confronta com a morte, aquela mesma morte que você aceitou e de repente você percebe que morrer não vai resolver tudo... Que você foi uma idiota!

Até que meus joelhos fraquejaram, eu caio ajoelhada e ele apareceu na minha frente, me levantando pelo pescoço, eu não sentia mais meus pés no chão, estava sufocada.

– pronto, eu ainda quero você viva, pelo menos até o eclipse de amanhã, vai ser tão simples querida, eu pego seus poderes, mato você e acabo com essa maldita maldição! – foi à última coisa que ouvi até ficar inconsciente...”

No capítulo atual...

POV autora

– onde estou? – Damon perguntou observando o ambiente a sua volta era uma sala extensa e no centro havia uma mesa com dois acentos. Ele parou analisando o lugar e seus pensamentos foram voltando a si, ele esteve lutando com o hibrido, e de repente ele quebrou seu pescoço e a última coisa que ele viu foi Bonnie correndo desesperada...

“Você já se perguntou o que ele está fazendo?

Como tudo virou mentiras?

Às vezes acho que é melhor

Nunca perguntar por quê”

será que ele havia morrido? Pensava. Se bem que aquele não parecia nem um pouco com o inferno que ele acreditava ir, menos mal.

– Grams! – falou Damon assustado vendo a bruxa sentada na mesa com um bule e duas xícaras de chá.

– olá Damon, sente-se – falou a anciã calma, fazendo o Salvatore a encarar interrogando-a.

– então este é o meu inferno viver com você? Desconfiei que fosse bom demais para ser verdade! – falou Damon sarcasticamente sentando-se de frente a bruxa.

– deixe de ser idiota Salvatore, não temos muito tempo, isso é uma dimensão dos sonhos, temos que ajudar Bonnie. – declarou Grams distribuindo o chá na xícara a frente de Damon.

– ok, então eu não morri? – pergunto Damon mais para si e dando um extenso sorriso – e não vou ter que te aturar - falou Damon sorrindo para a bruxa.

– eu não sei o que Bonnie viu em você? – falou Grams o encarando.

– ora Grams você sabe a minha beleza irresistível e esse sorrisinho que eu sei que você adora! – debochou Damon dando uma piscadela para a senhora que permanecia com uma expressão de poucos amigos – mas o que você sabe sobre isso? – perguntou Damon.

– ora eu sei de tudo que acontece com minha neta, eu espero que você não a magoei, eu farei questão de te atormentar no seu inferno! – ameaçou graças, fazendo o vampiro se assustar.

– faça-me lembrar disso quando eu sair daqui, mas vamos ao que interessa o que esse hibrido, bruxo, sei lá o que aquela peste é, quer com Bonnie? – pergunta Damon observando Grams encher duas xícaras de chá e o entregar.

– beba um pouco de chá, tentarei ser rápida, não tenho muito tempo. – fala Grams, Damon simplesmente acena, tomando um gole de chá enquanto ela começa.

– Edgar, como ele se denomina era um bruxo da linhagem Bennett, ele viveu há mil anos, no começo era só um menino ingênuo que se encantou com o poder da magia...

“Onde há desejo, haverá uma chama

Onde há uma chama alguém está sujeito a se queimar”

Flashback on:

O pequeno garoto brincava com seus primos, mais cedo sua mãe havia começado seu treinamento de magia e pediu que ele tomasse cuidado ao brincar com seus colegas, ele tinha uma grande carga de poder que precisava ser controlado, se não poderia machucar as pessoas ao seu redor.

– me tira daqui Edgar! – gritou o pequeno Christopher sendo enterrado na areia, Edgar simplesmente o encarava furioso.

– para com isso Ed! – falava Anastácia, sua irmã ao seu lado, tentando controlar o garoto, mas ele não o escutava, seu primo já estava completamente imerso na areia quando sua tia e sua mãe chegaram ao lugar.

– o que você fez seu demônio?! – gritou Catarina, mãe de Christopher e irmã de Amy que se prontificou a tirar o corpo do pequeno garoto já morto...

– você é um demônio! Tem que morrer! – gritou Catarina vendo o garoto correr assustado para sua casa...

Dias depois a pobre criança de oito anos ganhou sentença de morte, seu pai não sabia do segredo da família de Amy Bennett e sem excitar jogou seu filho para o sacrifício, ele seria queimado vivo, era a forma como se matavam aqueles considerados filhos do diabo...

O holocausto estava preparado e a criança assustada não entendia nada, alguns homens chegaram o amarrando e ninguém lhe explicou nada, a jovem Amy gritava desesperada ao ver o filho daquela forma, ele era o único que herdou o gene Bennett e ela não poderia ver sua linhagem acabar-se, portanto, ela se ofereceu por ele no dia do holocausto.

Flashback off

“Mas só porque queima não significa que você vai morrer

Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar”

–todo monstro carrega uma história. – falou Damon refletindo sobre seu próprio passado.

– Edgar criou-se cheio de magoa e ele prometeu a si mesmo que se vingaria de sua família, se vingaria de seu sangue e todos que o fizeram sofrer, quando jovem começou a praticar magia negra e mais tarde aprendeu a absorver o poder de outros bruxos, também conseguiu se apoderar dos genes de vampiro e lobisomem, ele tornou-se o ser mais poderoso da terra, podendo controlar vampiros e lobisomens, quando finalmente voltou para seu arraial matou, todos que ali moravam poupando apenas a vida de sua irmã Anastácia, que era incrivelmente parecida com sua mãe... Depois disso, ele não tinha mais controle, quando finalmente Anastácia resolveu pedir ajuda a Esther Mikaelson e colocar um feitiço sobre seu irmão, uma maldição que o mantém preso a uma lapide de pedra que percorrer a mil anos e a cada 500 anos ele se libertar uma semana antes do eclipse que o permite, se livrar da maldição de vez e para isso precisa destruir a escolhida...

– Bonnie é uma escolhida? – pergunta Damon absorvendo a história.

– é... Bem a cada 500 anos uma bruxa Bennett é escolhida e bonnie é a próxima, só ela pode derrota-lo!

– porra Grams por que você não disse isso a ela?! – perguntou Damon furioso, jogando a xícara no chão, ela poderia alerta a garota quando estava viva, se ela sabia de toda essa maldição porque não alertar a todos?

– eu não tive oportunidade Damon, eu a deixaria crescer o suficiente para saber de sua missão, não é fácil para uma bruxa levar nas costas o futuro de sua linhagem, Bonnie era só uma criança e eu não podia fazer isso com ela! – falou Grams vendo Damon se acalmar.

– então o que precisamos fazer? – perguntou o vampiro mais calmo.

“Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar

Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar”

– estejam lá para ela, ela vai precisar muito de você! Será amanhã no eclipse da meia-noite, onde a conexão dos mundos estará mais fraca e eu a ajudarei, ela terá o feitiço em sua boca, mas antes disso eu não posso fazer nada, a escolhida não pode se comunicar com outra dimensão durante os dias que antecedem a batalha. – respondeu Grams, vendo Damon assimilar suas palavras.

– mas você falou com ela por sonho? – falou Damon curioso.

– eu tentei, mas Edgar me impediu, eu não posso fazer mais nada, por favor, Damon não desista de Bonnie, ela vai precisar de você, de seus amigos, esteja lá para ela...

– eu não sei se vai dar certo ninguém parece se importar, todos estão loucos preocupados com sua vontade. – falou Damon lembrando-se como Mistic Falls ultimamente pareia um antro de sentimentos confusos e machucados.

“Engraçado como o coração pode iludir

Mais do que apenas algumas vezes”

– não é por acaso, Edgar trabalha com o egocentrismo das pessoas Damon, ele sabe o ponto fraco de cada ser sobrenatural e vai mexer aonde mais machuca, ele incita sua vontade, ele está fazendo isso com todos, principalmente com Elena, ele sabe que você e seu irmão estão envolvidos com ela e isso parece ser o ponto fraco do grupo. – falou Grams bebericando seu chá.

– então? – perguntou Damon absorvendo todas as informações.

– tentem não pensar em si próprios, é uma batalha consigo mesmo que cada um tem que enfrentar não resistir ao desejo e lutar por uma causa maior... Suas vidas! Se ele destruir Bonnie, ele destruirá todos vocês! – falou Grams encarando o vampiro.

– se ele quisesse já teria feito?! – falou Damon interrogativo.

– ele ainda não tem poder o suficiente, Bonnie será sua fonte inesgotável de poder...

Stefan estava voltando para a mansão dos originais depois de uma noite recheada de rodadas de sangue na movimentada New Orleans, ele adentrou o lugar deparando-se com uma cabeleireira vermelha bem à vontade conversando com Klaus.

– Laura?! – pergunta Stefan surpreso, abrindo um sorriso sugestivo.

– eu não sabia que seu novo fetiche eram as bruxas Stefan?! – perguntou Klaus irônico vendo à ruiva se aproximar de Stefan e atacar sua boca.

– parece que o novo gosto por bruxas é de família! – falou Rebekah aparecendo ao lado do casal, fazendo-os fita-la.

– own desculpe-me eu não vi que tefinho coelhinho estava comendo a cenoura ambulante, deveriam usar o quarto é mais convincente. – debochou a vampira largando a mala e indo até o balcão de bebidas, enquanto Stefan encaixa as pernas de Laura em sua cintura e a leva até o quarto.

– o que faz aqui irmã? Pensei que só a veria de novo quando me mandasse seu convite de casamento ou me chamasse para ser padrinho de seu filho com o humano? – falou Klaus debochando da loira a sua frente, Rebekah paralisa por alguns segundos pensando em Matt, como ela havia sido idiota, ela tentou concertar algo e acabou quebrando mais ainda...

“Por que nos apaixonamos tão fácil?

Mesmo quando isso não é certo”

POV Stefan

Laura estava debaixo de mim na cama completamente nua, assim como eu, era bom estar com ela, ela não vivia correndo risco de vida, ou tento alguma escolha para fazer, ela era minha quando eu quisesse e fazia tudo que eu queria, mesmo não a amando eu gostava de estar com ela, e há um dia eu decidi viver a imortalidade intensamente, por algumas vezes eu tentei desligar a humanidade, esquecer Elena ou Damon, mas uma parte de mim insistia em me fazer recordar do amor incondicional que eu sentia por ambos...

“Onde há desejo, haverá uma chama

Onde há uma chama alguém está sujeito a se queimar”

– hum... – gemi ao sentir Laura descer sua mão até meu pênis.

– eu estava morrendo de saudades de você! – falou ela, montando em cima de mim e beijando meu corpo, em seguida abocanhando meu pênis sem nenhum pudor, ela começou a aumentar o ritmo, eu puxei seus cabelos de fogo, contorcendo de prazer, quando finalmente senti meu pênis prestes a explodir e ejaculei com prazer em sua boca, ela me encarou com olhos de luxuria e avançou até minha boca, eu acabava de constatar que sexo com uma bruxa era puro fogo, ela parecia insaciável...

“Mas só porque queima não significa que você vai morrer”

POV Autora

– eu tentei concertar algo, mas não deu muito certo – falou Rebekah sentando-se de frente a seu irmão e sentindo uma lágrima descer por seu rosto, ela se sentia arrasada, seu ego teimoso não aceitava que Matt poderia gostar de outra.

“Já ficou preocupado por isso poder ser arruinado?

Isso faz você querer chorar?

Quando você está por aí fazendo o que você está fazendo

Você está apenas sobrevivendo?

Diga-me você está apenas sobrevivendo”

– quero te mostrar algo irmã, me acompanhe – Klaus falou levantando e fazendo Rebekah o encarar, ela o seguiu até um quarto no andar de baixo que Klaus usava como ateliê, ele abriu uma gaveta e tirou um desenho mostrando a ela.

– sou eu?! – pergunto Rebekah surpresa, com o desenho de uma menina loira que corria assustada para alguém.

– é, lembra-se quando você era criança sempre que nosso pai machucava você ou aprontava algo errado você corria até mim, eu te abraçava e dizia que tudo ia dar certo...

– eu confiava em você! – falou Rebekah olhando bem os traços do desenho e lembrando-se dos tempos em que seu irmão cuidava dela.

– eu matei você muitas vezes irmã, mas eu sempre me importei com você, todas as vezes que eu interferi na sua vida foi por que tive medo de você voltar machucada de novo, e bem olhe agora, depois que eu te dei liberdade você se machucou, e voltou para mim – falou Klaus olhando as luzes da cidade através da janela do quarto, Rebekah se pôs ao seu lado.

– de alguma forma eu sempre vou voltar, você é minha família, e apesar de tudo eu amo você Nick, Elijah e minha sobrinha, assim como eu amo Matt, mas... Eu o machuquei! – fala Rebekah chorando e sendo aparada pelos braços de Klaus.

– eu também te amo irmã, você é forte, você é minha família, a imortalidade tem suas vantagens, você pode perdoar e ser perdoado muito mais que setenta vezes sete, você tem todas as chances na mão, apenas faça o que tem vontade! – falou Klaus enxugando as lágrimas da irmã e beijando sua testa.

“Onde há desejo, haverá uma chama

Onde há uma chama alguém está sujeito a se queimar

Mas só porque queima não significa que você vai morrer

Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar”

– obrigada Nick. – falou Rebekah se afastando, porém antes de sair Klaus se pronuncia.

– e minha sweet Caroline? Estava pensando em fazer-lhe uma visitinha – fala Klaus lembrando-se de sua garota de Mistic falls preferida.

– desista querido, ela não está lá e acho que ela não iria gostar de te ver! – fala rebekah saindo, Klaus sorriu lembrando-se da forma que a garota costumava o confrontar quando ele se aproximava.

– linda Caroline...

“Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar

Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar”

POV Damon

– onde estou? – despertei deitado sobre a grama a noite, fitei os pneus do carro de Bonnie e avancei até ele, sentindo meu corpo todo dolorido, Bonnie havia sido raptada e a única coisa que sobrou dela foi o cheiro espalhado pelo seu carro e o do seu sangue pelo ar.

“Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar

Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar”

– merda! – falei batendo a cabeça no volante, eu desejei morrer, sai dali e arrumar uma estaca para enfiar em meu peito, eu falhei com Bonnie... Aos poucos as memórias do sonho com Grams tomaram minha consciência, eu precisava estar lá para Bonnie, precisava juntar todos, todos que diziam ama-la, todos a quem ela daria a vida, e isso incluiria o próprio Stefan, antes eu o procuraria em primeiro lugar, mas por razões obvias, minha segunda opção seria procurar Caroline, claro se ela não tivesse vivendo seus dias de Barbie a estilista em nova Iorque... Então...

– hora da verdade, estrelando Damon e Elena! – falei revirando os olhos e dando partida no carro de Bonnie, estava começando a achar meu lugar preferido, seu cheiro dentro do carro era tão forte, que eu queria fixa-lo em meu corpo, fixar o cheiro da minha amada, da minha frágil borboleta que de frágil só seu pequeno corpo delicioso... ela que não merecia ter esse destino que sua descendência escolheu.

– bando de idiotas! – eu não podia perde-la, eu não iria...

“Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar

Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar”

Senti meu coração apertado quando um pensamento veio sobre mim que ela poderia já está morta, mas deixei isso de lado, descendo do carro e avançando até a casa dos Gilbert, ela não estava morta, Edgar tinha outros planos que eu faria questão de acabar...

Bati na porta, insiste chamando por Elena ou o próprio jeremy, mas ninguém me atendeu, eu estava desesperado.

– droga! – reclamei virando-me para ir embora, eu sabia que ela estava em casa, mas talvez não quisesse me ver.

– entra Damon...

“Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar

Você tem que se levantar e tentar, e tentar, e tentar”