Capítulo XVII: Encarando a realidade

“foi algo tão bom e único que estou lutando para não me apaixonar”

No capítulo anterior...

“Envolvi meus braços em sua cintura e coloquei-la na cama e me pus ao seu lado, dois corpos nus formando um corpo perfeito, agarrei-la fortemente e fechei meus olhos sentindo seu perfume e o sono bater em mim... Eu estava me apaixonando pela judgey, eu estava começando a querê-la por completa... Seu sangue, seu beijo, seu corpo, sua alma... Nós havíamos feito uma ligação de sangue essa noite, uma ligação que apesar de tudo seria para toda vida.”

No capítulo atual...

POV Laura

– Edgar que porcaria de compulsão mental é essa que não está funcionando?! – perguntei adentrando o dormitório de Meredith que agora era a área dos planos de Edgar, esse plano maldito de conseguir os poderes de Bonnie e que estava me colocando num caminho sem volta... A paixão.

“Sei que às vezes você tem medo da luz

Mas como você saberá se nunca tentar?

Há algo novo

Em meu coração

E me agarra como uma criança”

– ora, ora bela Laura eu também estava com saudades. – fala Edgar irônico.

– não venha com essa, Stefan tem se preocupado com Elena e você disse que ele só pensaria nele, que você cuidaria disso! – falei furiosa lembrando-me que Stefan ficou minutos esperando Elena dormir e quando chegamos a sua casa ele nem ao menos quis que eu ficasse lá.

– não me diga que já está apaixonada?! – olhei para ele assustada, será que estava tão evidente?

– não se trata disso, é que... Você me colocou nesse plano idiota e disse que me ajudaria.

– calma querida, infelizmente não deu para manter a compulsão porque Bonnie estava lá e ela neutraliza meus poderes, eu tenho que acabar com ela logo!

– então porque não mata logo?!

– sua tolinha ai era que você não iria nunca mais ver seu amado Stefan, ou você acha que ele deixou mesmo de amar a idiota da Gilbert?! Você vai ter que rebolar muito para conquistá-lo e agradeça que eu estou te dando uma oportunidade... – meu sangue fervia com cada palavra que Edgar falava, eu sei que poderia sim conquistar Stefan e que aquela vampira imbecil iria sumir rapidamente do meu caminho!

– cala a boca! – gritei jogando um jarro de vidro em Edgar com meus poderes – você não sabe de nada!

– garota vê se guarda seus poderes de bruxa secundária para conquistar o coração de seu amado porque eu poderia acabar com você agora, então acho bom você se concentrar em seu objetivo e não tirar minha paciência! – Edgar falou segurando meu pescoço, eu estava sem fôlego sentindo as lágrimas descerem do meu rosto e simplesmente acenei com a cabeça concordando.

– ótimo, agora se recomponha que Meredith acaba de chegar – fala Edgar indo abrir a porta para a pobre garota que havia caído nos braços daquele monstro, maldita hora em que eu aceitei sua proposta, e agora teria que ir até o fim!

– Laura? – fala Meredith dando um beijo em Edgar e vindo me abraçar.

– oi mer, eu só passei pra ver Louis, tudo bem com você? – falei olhando para Edgar que saiu.

– tudo ótimo, que bom que veio. – fala Meredith segurando minhas mãos

– em falar em Louis onde ele está?

– no quarto se recuperando! – fala Karen aparecendo na sala.

– o que aconteceu? – perguntei angustiada.

– ele foi fazer um servisinho para o filho da égua do Edgar e acabou muito ferido, eu dei meu sangue para ele, mas ele ainda está descansando! – ela falou e eu saio correndo até ele, isso já estava começando ir longe demais, mas não dava para desistir agora eu mesmo sentindo que no fim todos nós sairíamos feridos...

POV Damon

Acordei e observei minha borboleta ao meu lado tão minha e tão linda!

“Sempre que estamos separados

Vejo seu rosto sob cada céu

Descubro que quanto menos procuro, mais encontro”

O despertador tocou e ela acordou assustada, apertou o mesmo e me encarou com os olhos arregalados de susto.

– o que você está fazendo aqui? – Bonnie gritou analisando minha condição de adão, eu só olhei para ela e sorrir, enquanto seus belos olhos percorriam meu corpo.

– bom dia para você também borboleta gostosa - falei beijando seu ombro enquanto ela ainda permanecia paralisada – não precisa babar, na hora que você quiser esse corpinho é todo seu! – falei sorrindo torto, ela revirou os olhos e se aconchegou de novo na cama.

– idiota... – falou colocando o lençol na cabeça, mas de repente Bonnie tirou o lençol bruscamente de se se autoanalisou.

– não me tente assim! – falei sentindo- me entrar em excitação, observando seu corpo nu, ela possuía efeitos anormais em mim, pura combustão instantânea.

“Então vamos voltar para lá, voltar para o começo

Juro que nunca te abandonarei

Você é o único que quero”

– eu não acredito que nós... Diga-me que não?! – fala Bonnie se controlando, fechando os olhos e cobrindo-se com o lençol.

– não! – falei brincalhão.

– me fala a verdade Salvatore! – Bonnie gritou me encarando, eu a analisei e meus olhos caíram para sua boca, seria tão bom se pudéssemos esquecer essa conversa idiota e praticar o que fizemos ontem.

– você sabe que sim – falei agarrando sua cintura – e se quiser posso te fazer lembrar- sussurrei em seu ouvido sentindo ela se arrepiar, mas ela tirou meu braço, jogou o lençol e foi para o banheiro... Quem, por favor, consegue entender essas mulheres?

“Vamos voltar para lá, voltar para o começo

Você sabe que nunca te abandonarei

Pois você é o único que quero”

Minutos depois ela volta enrolada em uma toalha e se dirigi até seu guarda-roupa, acha uma roupa e deixa à toalha cair para se vestir, dando-me a visão tentadora de seu corpo por trás, eu estava louco com uma Bonnie tão a vontade na minha frente, ela se vestiu pegou sua mochila e já ia saindo, mas como assim? Ela iria me deixar sem mais nem menos? Avancei até ela, ainda nu e a puxei antes dela sair do quarto.

– aonde você pensa que vai pequena borboleta?

– eu tenho aula se você não percebeu! – Bonnie falou ironicamente mostrando seus livros.

– então o que aconteceu ontem não significou nada? Foi apenas sexo? – falei indignado encarando seus olhos que pareciam perdidos – porra Bonnie! eu me declarei dizendo que foi a noite mais incrível da minha vida e não significou nada?! – perguntei fudido de raiva.

– foi um dia louco, cheio de aventuras que terminou em sexo, só isso, aliás, eu nem me lembro do que aconteceu direito, nós estávamos bêbados, então... – ela falou desviando o olhar e no fim olhando para mim – você tem Elena, eu nem sei se vou estar viva amanhã, aconteceu, morreu e não vai acontecer mais!

– então você não se importaria de Jeremy saber? - perguntei furioso vendo-a me encarar perplexa.

– você não vai precisar destilar seu veneno Damon, eu vou terminar com o jer eu não posso me enganar e nem engana-lo, tenha um bom dia! – Bonnie respondeu saindo e me deixando paralisado... Certo que eu não esperava que ela caísse de amor por mim, seria até normal se ela quisesse me matar, mas sua indiferença foi pior do que qualquer outra manifestação.

POV Bonnie

Eu não iria matá-lo, nem tão pouco me arrepender do que aconteceu, porque foi à experiência mais incrível e proibida da minha vida, tão empolgante e perigosa que me fez sentir toda a sensação de prazer... Eu sorria com meus pensamentos enquanto me dirigia até a universidade.

“Você sabe que às vezes tenho medo do escuro

Mas sinto o sol me banhar quando estou em seus braços

Você disse meu nome nas horas boas e más

Você me segura do jeito certo

Quando estou prestes a cair”

Mas eu sabia da escolha de Elena e eu queria que ela fosse feliz, e não seria eu quem iria estragar essa felicidade, além do mais Damon é tão complicado, numa hora ele diz que ama Elena e de repente está obcecado por mim.

Cheguei ao campus da universidade, dei um sorrisinho para Elena que chegava sozinha e não falei nenhuma palavra, eu estava morrendo de dor de cabeça, fui para a sala, Matt já estava lá, ele abriu um sorriso assim que me viu.

– tudo bem Bonnie? – perguntou preocupado.

– claro, tudo ótimo! – só que não, eu me sentia destruída, meu corpo estava dormente e precisava de uma droga que começava a me viciar, Damon Salvatore, ele definitivamente precisava sair dos meus pensamentos, eu precisava cair na real e não permite que essa minha consciência me dominasse.

“Então vamos voltar para lá, voltar para o começo

Juro que nunca te abandonarei

Você é o único que quero”

– onde você estava ontem que nem apareceu na festa da cidade? – Matt me tirou de meus devaneios.

– ah... É... Eu estive com Abby, resolvi passar o dia com ela. – respondi velando a verdade.

– Você fez falta! Aliás, você sempre faz! – Matt falou fazendo-me encarar seus belos olhos azuis, seu doce olhar tão acolhedor era tão diferente de Damon, que era possessivo e instigante.

– você também Matt – falei pegando sua mão.

Meu coração batia freneticamente assim que eu vi Damon passar pela porta da sala de aula, ele sorria para algumas garotas idiotas, se aproximou lentamente, deixando-me nervosa, eu temia sua areação, eu temia que ele pudesse ser o idiota de sempre. Mas felizmente, ele sentou na sua carteira e não falou nada, era o melhor, até eu conseguir tirar todo o visco de sentimento por ele eu tentaria, da melhor forma possível, manter minha mascara de empatia.

No intervalo, encontrei Elena e nos juntamos com Matt, eles contavam animados como Elena tinha sido uma louca vadia na noite passada, mas eu estava concentrada em Damon, que havia sumido, talvez estivesse se agarrando com uma garota por ai? Esse pensamento fez meu sangue ferver. Bem feito quem manda você não dar valor, minha gentil consciência soltava.

“Vamos voltar para lá, voltar para o começo

Juro que nunca te abandonarei

Pois você é o único que quero”

Deixei meus amigos conversando e fui até o banheiro, lavei meu rosto cansado de tentar encontrar um meio termo com meus pensamentos e daquela dor de cabeça horrível que não parecia passar. Levantei meu rosto e me assustei quando vi Damon no espelho.

– criou costume de entrar no banheiro errado? To começando a achar que você é retardado ou está pretendendo mudar de sexo! – falei ainda o encarando pelo espelho.

– depois de ontem? Com certeza não! – fala Damon no meu ouvido, eu me virei respirando com dificuldade, sentindo seu cheiro, o calor do seu corpo tão perto ao meu e a forma em que seus olhos me comiam.

– é... Melhor você sair daqui, Elena pode aparecer! – falei com dificuldade.

– e quem se importar com Elena? Isso é sobre nós dois, mas se você está incomodada... – Damon me puxou para uma das cabines sanitárias e se pós de costas para a porta, trancando-nos.

“Haverá momentos

Quando tentaremos desistir

Ultrapassaremos os limites

Não haverá dúvidas que quase desmoronará

E então queimará”

– ótimo! – falei debochando – o que você quer agora? - perguntei cruzando os braços, extasiada com o pequeno espaço que havia entre mim e ele, o homem com quem eu fiz sexo ontem à noite e não sei por que me deixava tão nervosa e ao mesmo tempo louca para agarra-lo.

– primeiro de tudo proteger você, nós temos gastado tempo demais discutindo enquanto temos um maníaco à solta que está aprontado alguma coisa que envolve você e nós nem fazemos ideia do que seja e segundo... – Damon aproximou sua boca no meu ouvido – eu quero você Bonnie, eu quero você por completo, eu quero seu corpo – Deus! Ele colocou suas mãos em minha cintura – a sua boca, o seu cheiro, o seu sangue, eu quero que você seja minha! – ele me fez arrepiar por completo beijando meu pescoço, e agora chegando perto, perto demais da minha boca...

“E os veremos se transformarem em poeira

Mas sem um ao outro

Nada é fácil o bastante”

– eu já disse que não... – falei baixinho tentando me convencer – isso não vai mais acontecer! – exclamei o empurrando para longe de mim. – e, aliás, eu não preciso dos seus cuidados!

– bruxinha irritante! Eu não pedi permissão! – fala Damon decidido, eu realmente odeio quando ele se impõe!

– OK agora vê se me deixa em paz e vai se... – Damon me interrompe fechando minha boca bruscamente.

– não é assim que se fala mocinha, eu mereço um até logo digno... – Damon fala agarrando minha boca inesperadamente, eu tentei assimilar toda aquela loucura, mas não consegui, eu já estava entregue e me vi correspondendo e puxando seus cabelos, enquanto ele afundava suas mãos em minha cintura transformando aquele beijo em um beijo selvagem e desesperado, eu estava me entorpecendo com minha droga favorita, sentindo qualquer dor sair de mim...

“Então vamos voltar para lá, voltar para o começo

Juro que nunca te abandonarei

Pois você é o único que quero”

– merda e agora? – falei assim que ouvi passos adentrando no banheiro, encarei Damon, preocupada.

– calma, eu saio e hipnotizo a pessoa – fala Damon dando- me um beijo na testa.

Vai! – ele saiu.

POV Elena

Depois que o intervalo acabou, eu fui embora e estava a caminho da mansão Salvatore, eu estava decidida a dar um fim nessa indecisão que me matava, assim que paguei o taxi, bate na porta, esperando que a ruiva não estivesse lá.

– Elena? – Stefan falou me encarando.

– oi, eu queria falar com você, será que eu posso? – perguntei procurando Laura e me aliviando por não encontra-la.

– claro, entra. – entrei e nós sentamos no sofá.

– então do que se trata? – Stefan pergunta me encarando.

– primeiro eu queria te agradecer por me ajudar ontem, e pela ultima vez eu estou aqui pronta para dizer minha escolha!

– então...

– certo, eu quero ficar com....

“Vamos voltar para lá, voltar para o começo

Juro que nunca te abandonarei

Pois você é o único que quero”

POV Rebekah

Assim que entrei no banheiro, observei Damon saindo do mesmo e senti a presença de mais alguém, provavelmente Elena deveria está se agarrando com o Salvatore mais velho!

– Barbie Klaus?! Tudo bem? – fala Damon cinicamente.

– mudou de sexo Damon! – falei ironicamente.

– eu também estou bem obrigado! – falou debochando de mim e saindo.

Eu lavei minhas mãos e sai ficando do lado do banheiro, Stefan iria adorar saber que sua amada estava se pegando com o irmão, enquanto ele morre de amores por ela.

Minutos depois, me surpreendi quando avistei Bonnie, sim... A bruxa Bennett que sempre esteve a ponto de matar o Salvatore mais velho e agora toda nervosa saindo de um encontro com ele, um encontro com certeza muito quente! Ou isso era ilusão dos meus olhos ou bom demais pra ser verdade... Ela saiu e eu comecei a vasculhar o banheiro e não havia ninguém, pobre bruxinha estava em minhas mãos agora, será que o pequeno Gilbert ou Elena vão gostar da novidade? Não confundam isso com maldade, mas eu não gosto quando querem roubar algo que é meu, meu Matt! Então ela deve aprender da forma mais difícil a não se meter na relação de ninguém e muito menos dessa original aqui, eu poderia simplesmente mata-la, mas machuca-la dolorosamente é mais gostoso.

Pobre Gilbert tão iludido, tão apaixonado, acha que eu irei consolá-lo...

“Você é o único

Nunca te abandonarei

Não, nunca te abandonarei, não”