Friday afternoon – in my job

-Falou com o Jared hoje? – perguntou Carly enquanto entravamos no elevador. Uma boa dose de zuação pelo acontecimento de ontem a noite está por vir.

-Não. Ele sabe que vou passar esses dois dias apresentando a cidade para você. Combinamos de sair no domingo – expliquei tentando dar por encerrado o assunto.

- Que bonitinho. Os noivinhos combinaram a programação do final de semana – ela riu

- Dá um tempo garota – ela sabia muito bem que eu não queria conversar sobre isso. Descemos no sétimo andar onde fica a redação – Não esqueça que se você me pentelhar muito, pode dizer adeus a uma cor descente nesse cabelo. – agora foi a minha vez de rir.

Claro que essa simples ameaça não seria suficiente para fazê-la ficar de boca fechada por algum tempo.

- Falando serio, como você pode aceitar ser noiva daquele mané? – ela revirou os olhos enquanto me seguia até minha sala onde Jensen provavelmente estaria esperando, já que falei para ele chegar cedo. Vou fingir que nem fiquei animada com a idéia de vê-lo novamente.

- O que o Jared fez para você implicar com ele desde a primeira vez que levei ele em casa? – tai um coisa que nem Froid conseguiria explicar. Pensei que as coisas melhorariam com o tempo, mas acho que teve o efeito contrario.

- Ele não é bom o suficiente para você – não me convenceu nem um pouco, tinha de ter outro motivo – Quer saber? Não falo mais nada.
Não fiz mais nenhum comentário também. Se ela não queria se explicar, muito menos eu. Também não tinha porque encher minha cabeça com por menores sendo que daqui a poucas horas teria a honra de entrevistar minha banda favorita.

Entrei na minha sala distraída como sempre, só percebendo a presença de Jensen quando a minha irmã me cutucou e apontou par o pequeno sofá de dois lugares que ficava no canto. Ele estava tão concentrado em um pedaço de papel que não percebeu que estavamos ali. Fiquei parada sem saber o que fazer até que Carly tossiu chamando sua atenção para nossa companhia.


- Ah, oi. Desculpe ter invadido sua sala – ele se levantou parando de frente para mim sorrindo.

-Sem problemas – sorri involuntariamente – Sofie ainda não arranjou um lugar para você?

-Que fique entre nos. Mas ela parece mais perdida do que ontem – ele falou de uma forma engraçada me fazendo rir.

- Ela geralmente fica assim sem os gritos do Joe –justifiquei – Essa a minha irmã Carly – os apresentei. Como pude excluir ela da conversa? Ele a cumprimentou educadamente mas logo volto sua atenção para mim.

-A que horas será a entrevista? – olhei o relógio mais por habito do que pro necessidae antes de responder

-Daqui a uma hora. Nos encontraremos com eles no café do outro lado da rua – sai do transe que seu olhar me provocava e andei pela sala.

-sei que minha função será fotografar – ele me acompanhava com o olhar enquanto eu arrumava coisas sem a menor necessidade – Mas, para passar o tempo, eu acabei fazendo um pauta – ele me passou um papel que estava escrevendo quando chegamos.

-Uma pauta?Nossa obrigada. Com tanta coisa pra marcar ontem eu acabei esquecendo de fazer uma

- Que bom que ajudou – ele sorriu

- Maninha – Carly se pos entre nos me trazendo de volta a realidade – Não está esquecendo de nada?

Tinha de levá-la até o Jack, cabeleireiro da revista. Jensen se ofereceu para nos acompanhar assim já íamos direto para a entrevista.

No elevador, o silencio estava um pouco constrangedor até que Carly decidiu quebrá-lo com suas perguntas nada pertinentes
- Você sempre morou em New York, Jensen?

- desde que estava na barriga da minha mãe. Meus pais eram do Seattle, mas se mudaram para cá quando descobrira que eu estava a caminho.

- Seattle? Que conhecidencia. Somos de la também. Samantha mora aqui a dois anos e eu acabei de me mudar, por questões não muito agradáveis.

Eles entraram numa conversa que não me esforcei para ouvir. Fiquei me perguntando porque reagia de um modo tão estranho quando ele me sorria. Isso não era nem um pouco racional considerando minha situação. ARgh.

Paramos no nono andar.Carly ficou em êxtase ao se deparar com o salão profissional e o closet gigantesco que a revista mantinha ali.sabia que ela demoraria muito tempo, por isso mandei que fosse direto para minha sala quando terminasse.

Jensen e eu seguimos para o bar café conversando apenas sobre como seria a entrevista. Ao chegarmos ao local pedimos cappuccino pra esperarmos.

- Posso fazer uma pergunta? – falou ele depois de a garçonete entregar nosso pedido

- Claro

-o que a sua irmã quis dizer quando falou que teve de se mudar por questões não muito agradáveis? – esse era o ultimo assunto sobre o qual eu queria falar, mas ele não sabia disso

- Nossos pais morreram na semana passada – podia sentir as lagrimas se formando

- Sinto muito – ele segurou uma das minhas mãos que estava sobre a mesa, um gesto que me deixou um tanto surpresa. Ele pretendia dizer mais alguma coisa, mas foi interrompido pela chegada da banda.

A entrevista foi tudo. Divertida, interessante. O pessoal do Green Day é super alto astral e ficaram bem a vontade. A pauta que Jensen me fez foi de grande ajuda. Falando nisso, ele não parou de tirar fotos. A matéria tem tudo para ser um sucesso.


Quando voltamos a redação, comecei a escrever a matéria enquanto ele passava as fotos da câmera para o seu laptop. Ao terminar ele me mostrou seu trabalho.

Todas estavam incríveis, mas uma me chamou a atenção. Era uma foto minha sorrindo, o sol batendo de leve no meu rosto. Olhei para ele que sustentou o meu olhar

- Desculpa. Não consegui resistir – ele passou a mão de leve pelo meu rosto. Não falei nada sem ter certeza se sairia algo coerente.

-Oi gente – Carly entrou com tudo na sala – atrapalho alguma coisa? Perguntou com um sorriso malicioso ao ver como estavamos.

- não – respondi sem graça

-Então como estou? – ela começou a girar, exibindo os cabelos de volta ao normal e as roupas novas.

- esta ótima- elogiou Jensen

- pra ser sincera – falei me levantando da minha cadeira e indo até ela – estou sentindo falta daquele vermelho gritante – ela me olhou incrédula- Brincadeira. Você esta linda.

- Você já acabou? – perguntou. Disse que sim antes de ir pegar minha bolsa no sofá

- as nove em frente ao Hard Rock amanham? Perguntei ao Jensen

- Claro – nos despedimos. Ele sorriu e piscou do mesmo modo como fez ontem

Ao sairmos da sala, carly comentou:

-Nem preciso falar o quanto ele é gato, né? – sabia que ela não deixaria passar em branco