Os dois estavam deitados um nos braços do outro.

Não estavam preocupados em serem flagrados porque ninguém vinha a cave aquela hora da manhã.

– Oliver...

– Huuumm...

– Preciso de café...e um decente....

– Tá... – mas ele não se mexeu.

– Oliver!!

– Ok, ok!! Vamos... – e fez de conta que não ia sair dali.

– Oli...

Ele se levantou e a puxou junto dele, lhe dando um beijo que tirou seu fôlego e sua capacidade de pensar.

– Agora sim posso começar meu dia! – lhe sorriu daquele jeito dele meio safado meio meigo que a fazia tremer na base.

– Ok...café!! – e saíram rindo.

Ela escolheu a padaria onde sempre comprava café e que era perto da cave. Sentaram numa mesa alta, com banquetas perto da janela.

Tinham acabado de fazer o pedido quando John apareceu com a pequena Sarah no colo.

– Bom dia, John! Oi minha linda, vem cá com a tia Felicity, vem – e pegou a bebe no colo a fazendo rir quando fazia sons em sua barriga.

Oliver olhava a cena encantado e John só sorria.

– Algo importante para essa reunião matinal?

Felicity agradeceu estar com a cara na barriga da bebe, pois tinha certeza que seu rosto estava igual ao um pimentão.

Oliver deu um sorriso e respondeu:

– Não...só acordamos tarde e viemos tomar um café... – respondeu com naturalidade.

John fez uma cara de “Eu sabia”:

– Então...vocês.... – e arqueou a sobrancelha em interrogação.

– Sim John...a gente está junto – e olhou para ela para ver sua expressão, o que viu foi um lindo sorriso que o deixou aliviado.

– Fico feliz em saber...já era hora mesmo!

Ele ficou ali mais um pouco, Oliver paparicou a bebe e quando eles saíram o pedido chegou.

Felicity pediu um café e um pedaço de bolo de laranja com pedaços de chocolate e Oliver pediu um café e um sanduíche.

Comeram em silencio, até que ela não aguentou mais:

– Então estamos juntos?

Ele riu:

– Pelo menos de minha parte, sim... – ele pegou a mão dela – olha Felicity, eu ainda acredito que você corre perigo estando do meu lado...e o meu lado racional diz para que eu saia correndo para longe de você....mas meu coração não aguenta mais ficar longe e pensando bem que melhor lugar para te manter protegida do que do meu lado? Então sim, estamos juntos...

Ela o olhava com um sorriso lindo nos lábios e as palavras não saiam. A única coisa que ela conseguiu ir até ele e lhe dar um beijo apaixonado.

– Com isso devo considerar que você concorda comigo? – ele tinha um sorriso malicioso no rosto.

– Sim! – e ela lhe deu mais um beijo rápido e voltou para sua banqueta.

Andaram pela cidade de mãos dadas, fazendo coisas bobas.

Almoçaram na casa dela e enquanto ela lavava as louças ele estava por perto aproveitando de sua presença.

Ela estava falando sem parar ele ria de algumas e concordava com outras...e pensava que precisou tudo aquilo acontecer para que ele finalmente pudesse cair na real.

Sua Felicity era mais forte do que todos pensavam, Sarah tinha razão...Laurel por exemplo não teria feito tudo o que ela já fez em prol da cidade e do time.

O modo como ela derrubou aquele cara em Moscou, mesmo estando na situação que estava só confirmou o que ela já desconfiava! Ela era perfeita para ele!

E ele tinha que fazer algo para que ela nunca mais saísse de sua vida!

– Hey!! Terra para Oliver!! Terra para Oliver – Felicity estalava os dedos na sua frente para fazê-lo voltar a prestar atenção nela.

Ele olhou para ela e a viu rir da cara dele!

– Em que planeta você estava?

– Só pensando...

– Vamos ver aquele filme então?

– Vamos!

Ela puxou o sofá cama e eles deitaram lá abraçados. Botou o filme e parecia estar prestando atenção. Oliver não conseguia, ele só tinha olhos para ela.

Quando ela percebeu que ele não olhava para o filme o questionou:

– Não gostou do filme?

– Na verdade acho que posso encontrar algo melhor para fazer agora – e a beijou a fazendo ficar por cima dele.

– Huuummmm...sou obrigada a concordar!!!

(...)

Quatro meses depois.

Felicity estava indo para casa depois de mais um dia exaustivo na QC. Ainda iria a cave a noite, mas antes queria passar em casa e tomar um banho.

Tinha deixado o carro na oficina e estava indo a pé. O caminho não era longo e ela foi pensando na roupa que usaria no dia seguinte para o jantar com Oliver e Thea.

Seu telefone toca.

– Oi, meu amor! – ela ainda sentia várias borboletas em seu estomago quando ela a chamava assim.

– Oi, amor!

– Onde você está?

– Indo para casa...

– Seu carro já ficou pronto??

– Não...estou indo a pé...

– Pare ai mesmo que eu vou te buscar...

– Não precisa... Hey! Quem são vocês? - e ela sentiu um capuz preto ser colocado na sua cabeça e ser arrastada e jogada no porta malas de um carro! – a não! De novo não! – ela murmurou rezando para que o Oliver tivesse ouvido tudo!