Best Part of Me escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 1
You're the best part of me




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Era hora de respirar aliviada, apesar de tudo. Herval finalmente estava preso e não poderia fazer mais nada de mal contra Pamela, Verônica ou qualquer um de sua família. Mas graças ao último ato de loucura do maldito, Jonas também estava.

E isso era péssimo.

Mas havia o convite que havia recebido, a convidando para ir conversar com as adolescentes sobre o que tinha acontecido com ela e isso era incrível.

Porém, ao ligar para Tuca a fim de contar a novidade, quem havia atendido era Manuela. E isso era um saco.

Montanha russa nunca havia sido seu brinquedo favorito, e naquele momento só estava o odiando mais, levando em conta que os acontecimentos de sua vida estavam passeando pelo brinquedo, em um sobe e desce irritante.

Dirigiu até a Gambiarra, indo diretamente para a casa que ela tão bem conhecia, após noites e mais noites passadas ali, na companhia de um certo nerd de óculos. Tocou a campainha e o encontrou do outro lado da porta.

“Davi... Manuela está na Califórnia com Arthur.” Se esbaforiu, surpreendendo-o.

“E daí?”

“E daí? Davi, eu já perdi você para a nerdestina uma vez. Não posso perder o Tuca também.” Ela disse o óbvio, gesticulando nervosa. Davi segurou seus braços com carinho.

“E se for para ser assim?”

What?” Ela pensou não ter ouvido direito.

“Eu e a Manuela já tivemos nossa chance. Três vezes.” Ele lembrou de Recife, quando a viu; do namoro após o concurso; da volta após descobrir a verdade sobre o Junior. “Mas nós sempre acabamos nos desencontramos. E eu e você sempre acabamos nos encontrando.”

“O que você está dizendo, Davi?” Ela parecia confusa.

“Que nós somos como prótons e elétrons, Megan.” Ela pareceu ainda mais confusa, e ele riu. “Prótons, positivo; elétrons, negativo. Positivo com positivo se repele; negativo com negativo se repele; mas positivo com negativo se atrai e completa. Eu e a Manuela somos prótons; eu e você, próton e elétron.”

You have no right, Davi Reis. Direito nenhum de vir atrás de mim agora, quando eu finalmente estou seguindo com a minha vida. Eu não preciso me rastejar para você quando você quer, e assim que a sua dear nerdestina aparecer, ficar à mingua para você voltar para sua sweet Maya.”

“Eu não vou a lugar nenhum, nunca mais. Está na hora de deixar essa pedra no passado, badgirl, e me focar em ter um futuro de verdade.” Ele segurou o rosto dela. “O que me diz? Eu e você, a Brazuca, as crianças da Plugar, o Linus... Nossa vida, minha e sua.”

“Eu digo que é perfect, but impossible. Nós podemos ser próton e elétron, mas você é um good guy e eu sou uma badgirl... Você sempre vai fugir de mim de volta para os braços da sua heroína.”

“Não existem heróis nem vilões, Megan. Todos temos pecados e virtudes, alguns apenas expõe os seus com menos temor. Mas você já fez muita coisa boa, badgirl, e continua fazendo. Na Plugar, na Brazuca, com esse lance das fotos que vazaram... Você também é uma heroína, princess Marra.”

“Você está cheio de apelidos hoje.” Ela observou, deixando que ele deslizasse lentamente os braços ao redor de sua cintura. “This is your last chance, silly boy. Use-a com cuidado.”

“Com todo o cuidado e dedicação do mundo, meu amor.” Prometeu ele, antes de beijar seus lábios com o carinho e paixão que tomava seu peito desde o dia anterior, quando jogavam bola com as crianças e ele observava como o sorriso dela era maravilhoso.

~M&D~

4 meses depois...

O dia do julgamento de Jonas era temido e repudiado pelo casal. Megan evitava falar sobre o assunto com todos; Davi se empenhava em descobrir coisas que ajudassem a advogada do pai a aliviar sua pena. E nos pontos em que eles se chocavam, apenas se abraçavam e consolavam, como amantes, amigos, namorados e, agora também, irmãos.

“Mas se qualquer outra dupla de irmãos fizessem o que nós fazemos, silly boy, o mundo estaria perdido.” Era o que Megan costumava dizer.

No pequeno tribunal, só a família e amigos íntimos. Manuela e Arthur apareceram, como era de se esperar. Houve um momento um tanto quanto tenso, já que os dois não eram um casal, como Megan e Davi imaginavam. A loira agarrou a mão do namorado com mais força, temendo que o próton se afastasse do elétron contrariando as leis da física, mas ele apenas a abraçou mais apertado, temendo que o elétron fosse magnetizado por outro próton.

Assumiram seus lugares, ambos entre Pamela e Brian, atrás de Jonas. Vez ou outra o magnata virava sua cabeça na direção dos filhos, que o olhavam com carinho, compaixão e apoio. Sempre que ele se deparava com isso, não conseguia evitar o pequeno e discreto sorriso.

Em determinado ponto, o celular de Davi apitou com uma mensagem de Vicente. Ele mostrou para Megan, Brian e Pamela, deixando todos surpresos. Pedro e Renata estavam nascendo. Pedro, como o pai de Jonas; Renata, porque significava renascer. E Jonas havia renascido como homem, marido e pai a partir daquele momento.

A sentença foi proferida e Megan se agarrou a Davi. Jonas fora condenado e passaria alguns anos preso. Quatro, no mínimo. Quatro anos sem conhecer os filhos que acabavam de chegar ao mundo. Quatro anos longe de Megan e Davi. Quatro anos longe de tudo.

Davi suspirou, abraçando a namorada. Pelo menos quatro anos sem poder pedir a mão da mulher que amava ao homem que poderia concedê-la.

~M&D~

1 ano depois...

Era um dia de grande festa na Marra. Murphy corria de um lado para o outro com os seguranças, querendo que tudo saísse perfeito. Afinal, naquele dia era lançado o livro de Verônica Monteiro, contando a história de Jonas Marra e Davi Reis: não como gênio e sucessor, mas sim como pai e filho que se descobriram e encontraram.

A jornalista recebia os amigos e autografava os livros das dezenas de convidados. Recebia elogios e propostas, mas aguardava por algo com ansiedade. Quando seu olhar encontrou Davi e Megan de mãos dadas no fundo da sala, sorriu.

Ele usava jeans, camisa e jaqueta escura; ela um vestido claro, curto, esvoaçante e rodado. Os cabelos loiros revoavam conforme ela andava, enquanto Davi bagunçava os seus fios escuros. Bem opostos, porém bastante complementares, assim como ela os descrevera no livro.

“Caminhos que se cruzam.” Megan leu o título em voz alta, enquanto Verônica se levantava para recebê-los.

“Eu to muito feliz que você tenha contado nossa história.” Garantiu Davi, a abraçando. “E tenho certeza que meu pai também.”

“Oh yeah, dad já pediu que enviássemos uma cópia do livro. Autografa, please.” A jornalista assentiu, tirando três cópias separadas.

“As de vocês três, eu já deixei pronta.” Eles sorriram, segurando os livros com carinho. “Não sei se vocês tem planos para hoje... Mas o Pedro e a Renata estão com a babá em casa.”

“Então você acabou de nos dar um plano para hoje.” Riu Davi, abraçando a namorada pela cintura.

“Linus está precisando andar um pouco no parque... Acho que ele vai gostar da companhia.” Megan sorriu de volta para o nerd, lhe dando um selinho. “Teremos que deixar a festa cedo, sorry good-drasta.”

“Você e seus apelidos.” Verônica riu do jeito da enteada de chamá-la de “boadrasta”. Voltou a se sentar, observando o yin e yang se afastando, abraçados e sorridentes.

~M&D~

3 anos depois...

Era um dia de festa, muita festa. E por vários motivos, claro.

O primeiro deles, era aniversário da Brazuca. Aquela ideia que surgira em meio a risos e brincadeiras na piscina, era agora real, concreta e gigante. Estava crescendo e ganhando seu espaço no mercado. Havia quebrado barreiras e trilhado seu caminho de vitória.

E tudo graças aquelas três “tomorrow people” que decidiram rir e beber suco, esperando por uma brainstorm que mudaria suas vidas para sempre.

Ernesto Avelar, Davi Reis e Megan Parker-Marra, amigos e fundadores da Brazuca, agora colhiam os louros merecidos pelo seu trabalho e esforço. O bolo nas cores da bandeira, os amigos e companheiros de luta presentes, o sorriso e olhar apaixonado.

Megan se desdobrava em carinhos e atenções ao pequeno irmão adotivo, que agora finalmente estava perto dela. Depois de três anos se contentando em ver Pamela, Ernesto e o irmão pelo computador, agora eles estavam de volta.

A Parker mais velha sentia seus olhos se encherem de lágrimas boas ao observar tudo aquilo e se lembrar daquele dia na beira da piscina, quando os observava e voltava no tempo, profetizando um novo amanhã estava chegando.

E ali estava aquele novo amanhã, nos braços do homem que amava, da filha da qual tanto se orgulhava e do genro que tanto admirava. Os três juntos tinham o mesmo brilho e disposição para mudar o mundo que era visto em Jonas, Pamela e Brian décadas antes. Mas aquele trio teria um final feliz e diferente.

Com um apito do celular de Megan, a aura de alegria se intensificou. Sem cerimônia alguma, a loira e Davi deixaram a festa apressados, rumando para outra comemoração, mais aguardada e particular.

O céu azul brilhava com o sol escaldante, enquanto a figura de Jonas Marra observava seu país com admiração e saudosismo. Sentia o calor da liberdade em sua pele, o vento em seu rosto, a alegria em seu corpo.

Pequenos risos o tiraram daquela bolha, enquanto ouvia as vozes que tanto amava. Virou-se depressa, sendo tomado pela emoção. Megan e Davi vinham com as mãos entrelaçadas, Verônica ao seu lado, Pedro e Renata correndo à frente, ansiosos e sedentos por finalmente poder estar nos braços do pai que tanto esperaram.

Ele os apanhou e ergueu no ar com a alegria e realização de quem passara os últimos quatro anos sonhando com esse momento. Sonhando em sentir o cheiro de seus cabelos, o carinho de seus beijos, o calor de seus abraços.

Quando Megan e Davi o envolveram, um de cada lado, sentiu que poderia flutuar de tanta felicidade. Sentiu o beijo doce da filha em seu rosto, o aperto do filho seus braços, o carinho que os dois dispensavam aos caçulas. Sentiu os braços de Verônica em sua cintura e se virou para lhe dar um selinho, enquanto pela primeira vez, toda a sua família se abraçava.

Horas mais tarde, quando já estavam no apartamento da jornalista, Megan e Davi se ocupavam em distrair os irmãos, dando tempo ao pai e a madrasta para conversarem e matarem as saudades.

“Eu conversei com ele.” Comentou Davi, casualmente, atraindo a atenção de Megan. “Com o nosso pai.”

“Ah é? About what?”

“Algo muito estranho. Eu pedi a mão da minha irmã em casamento para o meu pai.” Megan virou o rosto depressa, surpresa. “Eu sei que devia ter feito isso em uma ocasião mais especial. Mas estou esperando tem quatro anos, e eu não aguento nem mais um minuto.”

“E o que ele disse?”

“Que se o motivo de eu ter esperado tanto tempo não fosse tão nobre, eu apanharia por ter abusado de você por tanto tempo.” Ela gargalhou deliciada, atraindo a atenção das crianças por um momento. “E então, badgirl, o que me diz? Eu, você, o Linus, dois filhos que nem os gêmeos...”

“Eu digo que é perfect, e dessa vez, very possible.” Ela segurou o rosto dele, aproximando suas bocas. “Eu aceito me casar com você, silly boy.”

~M&D~

1 anos depois...

O Regenera Brasil era palco de uma transmissão mais do que especial. A Parker TV televisionava, com alguns dias de atraso, a entrega do Globo de Ouro em que Pamela Parker Avelar e seu filme da Princesa Shelda se consagraram com oito estatuetas.

“Eu poderia ter ganhado também como melhor atriz coadjuvante, pela Princesa Vil.” Observou a atriz, em conversa com a madrinha, Cidão e Ernesto.

Ao redor, todos comemoravam e comentavam a premiação, mas poucos conseguiam desviar a atenção de casal Parker-Reis, que paparicava insistentemente a barriga de Megan. O jovem casal, que unira em matrimônio dois meses após o pedido, agora estava à espera de Davi Reis Junior, como Megan profetizara certa vez.

E agora, como ela também profetizara, agora era Megan Lily Reis, esposa de Davi e mãe de seu futuro herdeiro, e herdeiro do império dos dois.

“Próton e elétron se uniram para criar algo novo e perfeito.” Comentou Davi, acariciando a barriga dela com devoção.

“Yin e Yang. Bem e mal.” Ela continuou.

“Duas forças opostas se chocam, e dessa explosão nasce um mundo novo. Nosso mundo novo.” Ele sorriu, lhe dando um selinho. “Eu te amo, Megan Reis.”

“Eu te amo, Davi Reis. Nós dois te amamos.” Prometeu, deixando que os braços dele a envolvessem e seus lábios se unissem.

E esse, esse sim é um final feliz.


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Notas finais do capítulo

Heeeey peanuts, fazia tempo que não escrevia nada Megavi, né? Novela mais cagada que fralda de bebê com diarreia, vontade zero de escrever sobre. Porém, com o lixo/escroto/monte de merda que foi o final, pensei que poderia tentar atenuar um pouco a bosta.
Essa é a minha versão dos fatos apresentados no final.
Espero que tenham gostado.
See you ;*



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