Já passavam das seis horas de um sábado à noite de julho em Seattle. Sam ficaria com Carly, Freddie e Spencer em sua casa, assistindo a mais uma maratona de A Vaca e o Frango, como de costume. Entretanto, Carly iria sair com seu mais novo namorado, e Spencer trabalharia numa escultura. Já Freddie, não sabia o que faria, mas Sam preferira não se importar muito com o nerd. Como sempre prestativa, a loira ajudava à melhor amiga a terminar de se arrumar para o encontro, já que Phillip esperava a menina no andar de baixo.

─ Não acha que esse short não está um pouco curto, amiga? Não quero que o Phillip me ache oferecida... – Carly perguntava com certo nervosismo

─ Deixa de bobeira, mulher! Você está linda e o tamanho do short está na medida. Sossega esse teu facho!

─ Então tá, né?! Melhor eu já ir descendo...

─ É melhor mesmo... O coitado do Phillip já deve estar com a bunda doendo de tanto ficar sentado te esperando...

─ Aff, sua palhaça! – Carly fez uma careta – Você pretende ficar por aqui hoje?

─ Não, amiga... Vou aproveitar que minha mãe está viajando com Melanie, e vou ficar numa boa em casa... Amanhã cedo eu venho pra cá, pra você entupir meu ouvido falando sobre seu passeio de contos de fadas, okay? – a loira respondeu rindo

─ Você quem sabe... Se decidir voltar, o Spencer vai ficar em casa mesmo, então não terá problema com chave...

─ Tá jóia!

(Já no andar de baixo)

─ Você está linda, meu amor! – Phillip disse ao dar um selinho em Carly

─ Obrigado, baby! – ela respondeu corada

─ É melhor irmos, né? Para não pegarmos filas...

─ É verdade... Beijo gente – Carly disse, ao abrir a porta

─ Vou indo também, porque não quero perder o bus... Vão descendo que eu ainda vou pegar minha mochila. E comam bastante por mim lá no Pini’s.

─ Pode deixar, Sam! – os dois responderam em uníssono, rindo

─ Valeu Spencer, sucesso aí com essa escultura. – a loira virou-se para o rapaz, ao pegar a mochila

─ Valeu Sam, até mais...

Quando abriu a porta, Sam acabou por tomar um susto, ao encontrar Freddie bem na sua frente, provavelmente, porque entraria no apartamento logo em seguida.

─ Seu doido, quer me matar de susto?

─ Olá pra você também, Sam... – o garoto respondeu irônico

─ Oi nerd... Da próxima vez toca a campainha, cara... Sabe que eu tomo susto com qualquer coisinha...

─ Eu faria isso, mas você saiu antes...

─ Ok, não importa... A Carly saiu, pra tua infelicidade... Foi jantar com o bonitinho no Pini’s...

─ Eu sei, encontrei os dois na portaria. E pra minha infelicidade? Só pode estar brincando, não é? – o garoto perguntou, arqueando uma sobrancelha

─ A quem você pensa que engana, Fredward Benson? Faz-me rir...

─ Se eu gostasse tanto dela, eu não teria perguntado-a se você estava aqui, porque queria te levar pra sair hoje à noite...

Por um momento, a menina ficou em choque ao ouvir as palavras do amigo/ex-namorado. Não que ela não quisesse sair com ele, pelo contrário. Mas não poderia deixar o jogo entregue...

─ Você? Sair comigo? Ih... Aí tem... – respondeu com desdém

─ Ah, qual é, Sam? Hoje é sábado, não temos nada pra fazer em casa, Carly saiu. Qual é o problema de sairmos?! Vamos, por favor!

─ Para onde você pretendia me levar?

─ Ao Green Lake... Minha mãe vai sair com duas amigas, e eu ficaria em casa. Daí pensei e te chamar pra irmos dar umas voltas, aproveitar o clima bom de Seattle.

─ Vai ter comida?

─ Compro uma carrocinha só pra você, se for o caso. Mas pra isso, precisa aceitar ao meu convite...

─ Aí você já está me subestimando, droga! – respondeu dando um tapa fraco no braço do amigo – Mas... Ok, você venceu! Se não comprar comida, te arranco os rins sem anestesia

─ Jura? – disse com um largo sorriso

─ Sim, oras... – Sam tentou disfarçar o rubor de suas bochechas

─ Thanks g... Quer dizer... – o menino ficou sem jeito – Obrigado, Sammy!

─ Não há de quê... – ela sorriu

─ Então, te pego daqui há uma hora, okay?

─ Tudo bem... Vou indo, senão me atraso...

─ Okay. Até daqui a pouco!

─ Até...

Sam estava nas nuvens. Ao adentrar o elevador, só sabia sorrir. Por mais que ela tentasse resistir aos encantos de Freddie, ele ainda mexia com seu coração, mesmo depois de 1 ano separados. Saiu do Bushwell como um foguete, pegou o primeiro táxi que passou e foi para casa. Desejava que os 60 minutos voassem, e que a noite fosse a mais incrível possível. Mal sabia ela que tinha razão...