Leah Goldwyn: Entre dois Mundos escrita por Laurah Winchester


Capítulo 17
A invasão


Notas iniciais do capítulo

Depois de um ano... Aqui estou eu. Perdoem-me T-T



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YURI

Após a reunião na Casa Grande, Yuri e Aiden haviam retornado ao Acampamento Júpiter, certificando-se de que o portal estaria fechado e que houvessem soldados posicionados no perímetro de Nova Roma. Foram ao refeitório na hora do jantar. Yuri juntou-se à Quarta Coorte na mesa comprida, enquanto Aiden colocava-se na Quinta.

— Eu nunca disse nada à mamãe! — cochichou à Kira, que estava ao seu lado. — E quer saber? Não é meu problema que você se envolveu com Hideki e os outros rapazes. Eu não tenho que te encobrir em suas fugas na madrugada.

— Está confessando? — perguntou Kira, cruzando os braços e levantando as sobrancelhas sugestivamente.

— Não estou. Não já lhe disse que não contei nada?

Ela o encarou por alguns segundos, então se atenuou.

— Quero te contar uma coisa sobre a noite passada. — murmurou.

O rapaz bebeu um gole de vinho que um dos lares havia lhe servido.

— Sério?

Kira assentiu, tornando-se apreensiva, como se a informação que almejava compartilhar não lhe agradasse nenhum pouco e não devesse agradar a Yuri também.

— Ichiro e Katsuo estão mortos.

Yuri a encarou perplexamente, então se engasgou com o vinho, tossindo incontrolavelmente e chamando a atenção dos outros legionários. Kira bateu em suas costas. Ele recobrou o ar após um minuto.

— Você está bem, Hassan? — perguntou Arthur.

— Sim, estou ótimo. — murmurou Yuri, embora tentasse não soar irônico. Voltou-se novamente à Kira. — Que droga que aconteceu? — indagou, com a voz falha.

A garota apoiou-se na mesa, seu semblante tornando-se melancólico.

— Satoru Sensei listou-nos numa missão para a Academia de Ninjustu, mas não era qualquer missão.

— O que você quer dizer?

— Ele nos mandou investigar uma movimentação nos bosques de Long Island. Você sabe. Os animais morrendo... Nós encontramos os responsáveis, eram três rapazes e uma garota, e... Eles não podem ser humanos, não totalmente. Apenas a presença deles fez meus ossos gelarem e meu coração acelerar. Eu, Ichiro e Katsuo estávamos camuflados em troncos. Ichiro lançou uma kunai contra a garota morena do grupo, mas ela a pegou com a mão e atirou-a contra o peito dele.

Kira respirou fundo, com lágrimas vindo aos olhos.

— Ichiro caiu da árvore e Katsuo tentou resgatá-lo, mas eles viram. Um deles parou na frente de Katsuo e o encarou. Katsuo parou de respirar e se desintegrou bem na minha frente! Como se fosse um castelo de areia.

Yuri olhava-a, em choque.

— Eles te viram?

— O garoto que assassinou Katsuo olhou para mim, mas eu fugi. Estou com medo de que venham atrás de fim, afinal sou uma testemunha.

— Sabe o que acontece se a mãe descobre que você está na academia dos japoneses, certo?

Ele passou o indicador em linha horizontal pelo pescoço, sugerindo decapitação.

— Sim, eu sei. Ah, isso tudo é tão injusto. — queixou-se Kira, e voltou-se ao seu prato com tacos.

Yuri pediu a um dos lares — espíritos semelhantes a fantasmas que emitiam uma espécie de brilho roxo e que serviam os campistas — um prato de chow mein. Há tempos ele não comia comida chinesa, saborear seu prato favorito após tanto tempo trazia uma sensação ainda melhor. Porém o gosto da comida tornou-se amargo enquanto seus pensamentos o atacavam.

Pelos deuses, algo está muito errado.

Bebeu do vinho e olhou para os lados, observando ambos os extremos do refeitório. Por que ele sentia, precisamente naquele momento, que algo ruim estaria prestes a acontecer?

— Ei, Yuri, ouvi dizer que você viu Hazel e Frank num casual passeio pelo Brooklyn, estou certo? — provocou Quentin, o centurião da Quarta Coorte.

Os outros semideuses riram. Yuri ergueu o olhar para o louro.

— Eu não os vi. E isso não é da sua conta, de qualquer forma.

Quentin estreitou seus olhos verdes e inclinou-se sobre a mesa.

— Quem você pensa que é, Hassan?

No momento em que Yuri iria responder, uma mão foi colocada sobre seu ombro. Era Anthony Howard, o centurião da Segunda Coorte.

— Reyna quer vê-lo na Principia imediatamente.

Yuri olhou para Quentin, como se dissesse “Continuamos depois”, e se levantou, seguindo em direção a Principia. Estranhou que Reyna houvesse o chamado no início do jantar e com tamanha urgência. O caminho até a Principia estava vazio, todos os campistas deveriam estar jantando àquela hora. Yuri sentia calafrios enquanto se afastava dos outros campistas.

Correu em direção ao escritório da pretora, observando que a luz que vinha de dentro era muito fraca, como de uma luminária, e a porta estava entreaberta. Por algum motivo, deixou de bater na porta e simplesmente entrou.

A cena que via era muito diferente do que imaginara. A mesa de Reyna estava totalmente tomada por papéis espalhados e ela não estava em sua cadeira. Perto da janela estava uma mulher atraente, de longos cabelos pretos e olhos verdes, que mantinha Reyna sob seu comando, com uma faca sobre o pescoço da filha de Belona.

— Pensei que fosse demorar. Já estávamos quase terminando. — murmurou, sua voz era igualmente sedutora, porém sombria.

Yuri engoliu em seco.

— Quem é você? O que está fazendo? Solte-a!

A mulher riu. Reyna encarava Yuri, apavorada, como se tentasse alertá-lo sobre algo.

— Você pode salvá-la, se quiser. Porém deverá fazer algo para mim, Sr. Hassan.

— O que eu tenho que fazer?

Reyna arregalou os olhos e tentou falar, mas a moça a impediu, pressionando a lâmina.

— Traga Nico di Angelo para mim.

...

JASON

Jason caminhava de um lado para o outro na varanda, inquieto. Tirou os óculos do rosto e limpou-os, colocando-os de volta. Ele estava muito apreensivo, olhava vez ou outra para o oeste, onde antes era possível avistar, muito ao longe, o Aqueduto e a Colina dos Templos de Nova Roma. Agora tudo o que ele via eram apenas florestas.

— O que tanto o incomoda, Jay? — perguntou Percy, encostado à cerca. Imaginava o que se passava na mente do outro, mas não resistiu ao perguntar.

Jason parou de andar e encostou-se à cerca também, olhando para o amigo. Suspirou, contemplando novamente o oeste.

— Estou um pouco nervoso sobre fecharmos o portal, sabe? Acho que pelo menos um de nós deveria ter ficado por Nova Roma, para proteger o Acampamento Júpiter, caso necessário.

Percy assentiu, em compreensão.

— Acho que Reyna e os centuriões estão bem preparados para enfrentar algum inimigo, e não acho que o Acampamento Júpiter esteja em grande risco. Afinal, o que nosso inimigo quer não está em posse dos romanos.

O filho de Júpiter concordou. Piper, que viera de dentro da Casa Grande, aproximou-se dele e encostou-se ao seu braço.

— É verdade. Só que... É inevitável me preocupar.

Perceberam que Annabeth e Leo se aproximavam. Vinham do arsenal, onde haviam adquirido algumas armas e itens para auxiliá-los na guarda. O Valdez trazia, além de algumas lanças e flechas, alguns pedaços de metal que só seriam úteis a ele. Annabeth estava com os arcos e adagas. Ambos vestiam armaduras, assim como os outros.

Os Stoll, Jake Mason e Drew Tanaka, que estavam espalhados pelo quintal da Casa Grande, reuniram-se na varanda.

Drew Tanaka era meio-irmã de Piper. A filha de Afrodite havia sido recrutada por Annabeth. Ela morava sozinha em um apartamento próximo ao Upper East Side, porém por várias vezes era encontrada no Acampamento Meio-Sangue.

Jake era filho de Hefesto e morava no acampamento, era o campista mais velho do Chalé 9, portanto, era seu conselheiro. Leo havia o convocado.

Uma equipe de nove campistas experientes já era suficiente, a princípio, para auxiliar a guarda do Acampamento Meio-Sangue.

Annabeth abriu um mapa do acampamento para que todos vissem.

— O plano é o seguinte: Jason guardará a área do Pinheiro de Thalia e da entrada do acampamento. Leo estará perto da Casa Grande e do começo do lago. Eu ficarei perto de Leo, do lado esquerdo do lago. Jake vai estar nos campos de morangos, e Piper encobrirá os estábulos e parte do Riacho Zéfiro. Drew fica responsável pela área dos chalés e a terminação do Zéfiro. Connor vai olhar o lado esquerdo e central da Praia dos Fogos, Travis fica com o lado direito, o Pavilhão e o lado esquerdo do lago. Por fim, Percy cuida do final do lago, do lado direito, perto da parede de escalada.

Os outros analisaram o mapa, que determinava as áreas de marcação de cada um deles, enquanto escutavam Annabeth e assentiram.

Leo tirou nove walkie-talkies do bolso e distribuiu entre os amigos.

— Não façam piadas quanto a isso. — disse, embora estivesse controlando a si mesmo. — É eficaz, mas não os deixem cair na água.

— Vamos nos separar agora. — proferiu Jason — Não abandonem seus postos, se virem ou sentirem alguma coisa, informem pelo walkie-talkie. Se eu precisar de ajuda, Leo virá e Annabeth cobrirá sua própria parte e a de Leo, e segue o padrão, não podemos nos arriscar totalmente.

— Certo. — concordou Percy, prendendo o walkie-talkie em sua armadura. — Vamos lá.

Desceram as escadas da Casa Grande. Piper aproximou-se de Jason e ele beijou sua testa, acariciando seus cabelos.

— Boa sorte Rainha da Beleza. — murmurou, ela sorriu.

— Boa sorte Sparky.

Separaram-se e, cada um, tomaram seus postos. Jason subiu a Colina Meio-Sangue, tendo ciência de que sua posição era a mais importante. A proteção do Pinheiro de Thalia agora não parecia fornecer tanta segurança, os nove semideuses teriam de estar com sentidos apurados e preparados para combater o que viesse.

Jason acomodou-se próximo ao Pinheiro, onde o dragão Peleu observava seus movimentos atentamente.

— Está tudo bem. Vamos trabalhar juntos agora. — murmurou. Aproximou o microfone do walkie-talkie à boca — Todos prontos?

Ouviu respostas individuais. Estavam todos em suas colocações.

— Ótimo.

Sentado com a cabeça encostada no Pinheiro foi inevitável pensar em Thalia, olhou para o céu crepuscular preenchido por estrelas.  Quatro anos... Por quatro anos ele não vira a irmã, nem ao menos sabia se ela estava viva.

Pensava nela em todas as noites, mesmo que por apenas alguns segundos. Perguntava à própria Ártemis sobre ela, mas a deusa não o respondia. Tinha pressentimentos muito ruins quanto àquilo, mas se algo ruim houvesse acontecido, Ártemis o contaria. Certo?

— Onde você está, mana?

Durante quatro horas Jason ficou por ali. Conversou com Peleu, riscou a terra com auxílio de galhos, desceu a colina, andou, e subiu de novo por várias vezes. Pendurou-se em árvores, comeu alguns biscoitos que levara. Nem acreditava que conseguira passar tanto tempo parado, sem que sua hiperatividade o fizesse enlouquecer.

Havia subido a Colina Meio-Sangue outra vez quando ouviu o som de algo cortando o ar. Colocou uma lufada de vento em sua frente, fazendo com que a kunai que estava prestes a atingi-lo caísse no chão, diante de seus pés.

Correu os olhos pela floresta, atentamente, e empunhou seu gládio de ouro imperial. Peleu levantou-se, soltando uma rajada de fogo, como que para ameaçar quem estivesse planejando atacar Jason.

O ambiente tornou-se completamente tomado por sombras, Jason via apenas o brilho dos olhos de Peleu, não podia ver seu corpo ou o Pinheiro de Thalia. Ficou tentado a virar-se para trás, mas não correu o risco. Fechou a mão esquerda em punho e um raio cortou o céu, caindo perto da entrada do acampamento.

— Tem alguma coisa aqui — sibilou ao microfone.

Jason avistou uma forma humana e escura a dez metros. Sua cabeça doía por conta de sua visão nebulosa. Estreitava os olhos, mas tudo o que via era a figura negra e indistinta. Aproximou-se lentamente e, quando estava prestes a brandir o gládio, ouviu Leo gritar por ele.

— Jason!

As sombras agitaram-se, em resposta. Fizeram um tornado ao redor de Jason e subiram ao céu. Leo correu e parou ao lado do amigo, acompanhando-o ao olhar para cima. As sombras desapareceram no céu.

O piso pôs-se a vibrar intensamente, quebrando-se. Jason e Leo desequilibraram-se, caindo no chão. Estalactites negras e pontiagudas irromperam. Uma delas rasgou a camiseta de Leo com facilidade, outra quase perfurou o abdômen de Jason, mas ele se levantou, esquivando-se.

O que está acontecendo?

Leo saltou, pendurando-se e subindo num galho do Pinheiro de Thalia. Em seguida estendeu a mão a Jason. Peleu já voava em círculos na Colina Meio-Sangue, cuspindo fogo para iluminar o local.

As estalactites não paravam de crescer, o Pinheiro de Thalia sacudia. Quatro sombras humanas avançaram contra Leo e Jason, vindas das árvores. Eles não tinham escapatória, de um modo ou de outro, cairiam sobre as estalactites.

— Alerta vermelho Colina Meio-Sangue. Alerta. Estamos ferrados. — disse Leo, no walkie-talkie. Jason agarrou sua camiseta quando as sombras já estavam a um centímetro e voou para cima, quase arrancava lhe a camiseta enquanto subiam.

Jason manipulou o céu, fazendo com que ele ficasse carregado de nuvens. Viu as harpias, que costumavam proteger o Acampamento Meio-Sangue, lutando contra os clones de sombra, algumas já haviam caído no chão, derrotadas.

Estava tomado por pânico, uma inquietação crescia em seu interior. Sentia que o inimigo que os atacava, era responsabilidade unicamente sua combater.

Ainda voando para cima, sentiu Leo se agitar em seu braço, escorregando da camisa. Jason soltou-o por um segundo e agarrou seu braço com força. Leo estava tentando fazer com que Jason o soltasse, balançando as pernas e empurrando-o com o outro braço. Não fosse pela grande influência que Jason tinha sobre os ventos, ambos já teriam caído. Já estavam muito distantes do chão.

— Valdez! O que você está...

Jason espantou-se quando Leo ergueu o olhar, vazio, para ele. Seus olhos estavam inteiramente negros e sangue escorria de suas narinas.

“Olá, Jason Grace”.

Uma voz ecoou em sua mente e ele sentiu como se estivesse ficando maluco. Ele deixara de sentir os ventos e ao próprio Leo, como se houvesse se transportado para algum outro lugar.

Para confirmar seus pensamentos, encontrou-se em um cenário completamente diferente. Seus pés estavam rentes ao chão e não havia céu nem qualquer outra fonte de poder que lhe fosse alcançável, nem mesmo seu gládio estava ali. O ambiente era totalmente obscuro e causava medo a Jason. Ele estava diante de um rio extenso de águas escuras, um velho com capuz negro aproximava-se remando um barco. Seus passageiros, cerca de oito pessoas, imploravam por socorro em gritos agoniados. Um menino de aparentemente cinco anos chorava, agarrando as pernas do velho.

As pessoas tornaram-se ainda mais comovidas quando viram Jason parado ali.

Deuses...

Ele se virou para trás, lentamente, já ciente do que veria. Imponente e divina, estava a casa de Hades. Ele estava diante dos portões negros que abriam caminho ao jardim de Perséfone, o palácio olímpico estava localizado a trinta metros dali, com toda a sua essência suntuosa e sombria. As Fúrias voavam baixo no jardim, observando, atentamente, Jason.

Por que estou aqui?

Voltou-se novamente ao barco e percebeu que o rio agora se expandia, alcançando seus pés. O rio continuou se expandindo, as águas negras cobrindo as canelas de Jason, ele tentou recuar, mas seus pés não se moveram. Estava sendo puxado para o fundo do Aqueronte. Desesperou-se, tentando sair daquela situação ao controlar os ventos para que empurrassem seu corpo no sentido contrário ao do rio, mas não adiantou, era como se nada que ele tentasse fazer ali funcionasse.  Tentou, novamente, recuar, mas aquilo só fez com que ele se desequilibrasse e caísse, tornando sua submersão mais rápida do que antes seria.

— Não! — gritou. Então seu corpo todo foi coberto pela água.

A água não era água, de verdade. Parecia-se com camadas de névoa negra e densa e não molhavam. Jason não sentia seu próprio corpo, não respirava, não via ou ouvia. Como se sua alma houvesse sido arrancada de seu corpo. Durante seus vinte e um anos de vida, nunca sentira tamanha agonia, era como se estivesse morto e seu espírito permanecesse num vácuo sem fim.

Uma risada baixa e masculina ecoou.

“Esperei tanto para que pudesse confrontá-lo, filho de Júpiter”.

A voz disse “Júpiter” com desprezo, causando fúria a Jason.

“E agora que finalmente posso, você não me parece tão ameaçador”.

Quem está falando?

“Um velho amigo... Espero que não tenha se esquecido de mim, Capitão América”.

Capitão América?!

Jason sentiu-se incomodado com o apelido, ao mesmo tempo em que levara como uma piada. Não se lembrava de alguém tê-lo chamado daquela forma outra vez, portanto não sabia com quem estava falando.

“Temos assuntos para por em dia, mas agora, infelizmente, não é uma boa hora para conversar”.

Quem é você? Por que estou aqui?

Estava apavorado. O que havia acontecido a Leo e o Acampamento Meio-Sangue?

“Você não está aqui de verdade. Estou apenas te distraindo para que meus amigos possam invadir o acampamento de semideuses”.

Eles não vão conseguir. Percy...

O rapaz que falava em sua mente riu.

“Veremos quando você acordar”.


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