Everything Has A Reason escrita por No Name


Capítulo 14
Confused Feelings.


Notas iniciais do capítulo

Oiiier... Como prometido, cá estou eu com EHAR e CBWK

Enjoy



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Kurt acordou com os primeiros raios de sol invadindo seu quarto. O castanho sentou-se lentamente na cama e se espreguiçou pensando que logo teria que estar na Vogue. Depois de tomar um banho correndo, Kurt colocou um par de calças justas, uma regata preta com uma camisa azul marinho por cima e o seu sapato preferido. Pegou as chaves do carro e da casa, sua bolsa e seus óculos escuros e saiu do seu apartamento com intenção de tomar um café pelo caminho.

Quando o castanho terminou de trancar a porta pelo lado de fora do apartamento, ao virar-se, deu de cara com Santana, Brittany e Valerie na porta se despedindo de Blaine que aparentemente havia passado a noite ali. Forçando o seu melhor sorriso, Kurt chegou perto de Brittany, beijou-lhe a testa e depois beijou o bebê.

– Bom dia. – Ele disse sem olhar para Santana e nem para Blaine que no momento olhava para o chão com o rosto vermelho. O moreno fez menção de ir embora, quando a mão de Kurt pousou sobre o seu ombro e ele falou baixinho perto do ouvido dele – Não precisa sair, eu já estou indo. Meu apartamento, hoje às oito da noite, por favor, não se atrase. – E quando terminou, Kurt se dirigiu até o elevador entrando nele logo em seguida enquanto Blaine tinha ficado ali, parado com cara de bobo, hipnotizado pelo quadril do outro.

– Você não vai ir não é? – Santana perguntou com uma carranca no rosto.

– Você já viu o quão sexy ele é? – Blaine continuava olhando fixamente para o elevador como se Kurt ainda estivesse ali.

– Eu não vou deixar isso acontecer Blaine. Ontem mesmo você estava chorando no meu colo. – A latina já começava a ficar alterada. O moreno sabia que ela tinha razão. Ele não poderia deixar-se envolver por Kurt novamente.

– Eu não vou ir. Mas agora vou para o meu apartamento, tomar um banho e descansar para o show dessa noite que vocês não irão comparecer. Mas tudo bem, eu sei que Valerie é pequena demais para sair e sei também que vocês não a deixariam com ninguém. Então estão perdoadas. Agora eu preciso ir. Tchau garotas. – Blaine beijou uma a uma e desceu as escadas.

– Você ainda acha que eles se acertam? – Brittany perguntou embalando o bebê em seus braços.

– Eu não sei amor. Eu realmente não sei. – Santana parecia desanimada.

EHAR

Kurt chegou extremamente cansado em casa. Vogue sem Santana como sua secretária particular havia ficado uma verdadeira zona, exigindo assim todas as forças de Kurt, tanto mentais quanto físicas. A primeira coisa que fez foi tomar um banho e depois foi assistir televisão. O castanho nem percebeu quando pegou no sono e só acordou com o seu celular tocando.

– Hm...? Alô...?

– Kurt, sou eu, Brittany. Você estava dormindo? – A loira por algum motivo desconhecido para Kurt, sussurrava.

– Sim Britt...

– Me diga que estava dormindo sozinho.

– Mas o que...? Claro Brittany. – Kurt respondeu confuso.

Então... – A loira parecia agitada. – Vá agora para a cafeteria que você gosta. Corra. – Brittany dizia rápida, parecendo estar com pressa.

– Eu não posso. Estou esperando Blaine. – Kurt consultou o relógio. Já havia passado das oito.

– Ele não vai aparecer. Ele estará na cafeteria. Corre. Preciso ir. Beijos. – E terminando de falar, a loira desligou.

– Quem era amor? – Santana apareceu enrolada em uma toalha.

– Minha mãe. – Brittany mentiu rápido. Sant não iria gostar se soubesse que a loira estava tentando juntar seus amigos.

EHAR

Kurt resolveu ir. Talvez assim entendesse toda aquela maluquice de Brittany. O garoto vestiu-se o mais simples que seu guarda roupa permitia e pegando rapidamente seu celular e as chaves do carro, saiu do apartamento.

Talvez lá o castanho conseguisse conversar com Blaine, ou quem sabe, se o moreno não estivesse lá, ele poderia encontrar outra companhia para passar a noite.

As ruas estavam calmas naquele horário. Não foi difícil para o castanho encontrar uma boa vaga para estacionar. Quando desceu do carro pode ver a placa que fez seu coração acelerar minimamente.

“APENAS HOJE! show ao vivo com o músico: Blaine Anderson!”

Depois de adentrar o local, Kurt escolheu uma mesa afastada, mas com uma boa visão do palco, onde um homem grisalho parecia afinar o piano ou algo assim.

– O que o senhor vai querer? – Um garçom apareceu no campo de visão de Kurt.

– Uma coca diet, por favor. – Kurt respondeu educado. Enquanto esperava o seu pedido, o local ia aos poucos lotando. Depois de já ter tomado duas latas de refrigerante, Ed, o gerente da Cafeteria, apareceu no palco pegando o microfone.

– Senhoras e senhores! Com vocês, Blaine Anderson! – O homem anunciou e Kurt pode ver um Blaine com os cabelos adoravelmente bagunçados, uma camisa xadrez e uma calça preta, justa, que o fazia lembrar-se daquela noite com o moreno. Por que Kurt simplesmente não deixava aquilo pra lá como fez tantas vezes com Adam? Ele não sabia responder. Na verdade, ele nem queria a resposta. O castanho provavelmente fora o que mais aplaudiu.

– Hum... Oi... – Blaine falou sentando-se ao piano, com uma voz doce, arrancando alguns sorrisos do público e de Kurt. – Bom essa música é uma composição minha então... Espero que gostem. – E encerrando, o moreno começou a dedilhar o piano em busca da sintonia das notas. Limpando a garganta e fechando os olhos, acompanhando o piano ele começou a cantar.

Much as you blame yourself
You can't be blamed for the way that you feel
Had no example of a love
That was even remotely real
How can you understand something that you never had?
If you let me I can help you out with all of that

Kurt mantinha-se totalmente atento à letra da música, imaginando quando Blaine tinha composto aquilo.

let me love you

And I will love you

Until you learn to love yourself

let me love you

I know your trouble

Don't be afraid, oh i can help

let me love you

And I will love you

Until you learn to love yourself

let me love you

A heart of numbness, gets brought to life

I'll take you there

Blaine cantava com tanta emoção que preferiu manter seus olhos fechados para evitar algumas lágrimas. Tudo em que ele pensava era Kurt. Por que Kurt não podia amá-lo? Por que o castanho não era capaz de amá-lo? Blaine faria qualquer coisa para ter o amor dele para si. Esse era o tanto que o moreno amava Kurt.

I can see the pain behind your eyes

It's been there for quite a while

I just wanna be the one to remind you what it is to smile

I would like to show you what true love can really do



O castanho, fazia um imenso esforço para não dar vasão àquele nó na sua garganta. Aquela música parecia ter sido feita para ele e a melancolia com que Blaine cantava, partia o coração de Kurt. Ele não sabia que o moreno se sentia daquele jeito. Nunca havia sido a intenção de Kurt, ferir os sentimentos de Blaine.

let me love you

And I will love you

Until you learn to love yourself

let me love you

I know your trouble

Don't be afraid, let me help

O moreno entregou-se completamente à música naquele momento. Tudo que ele queria era poder amar Kurt, mas saber que esse não era o desejo dele e que o castanho havia apenas usado-o para se satisfazer por uma noite o deixava arrasado. Blaine temia não conseguir terminar a música e permitiu que apenas algumas lágrimas teimosas saíssem de seus olhos diretamente para o seu colo. Talvez, apenas Kurt percebeu que o moreno chorava.

let me love you

And I will love you

Until you learn to love yourself

let me love you

A heart of numbness, gets brought to life

I'll take you there

Talvez a voz de Blaine pudesse ser ouvida até do lado de fora do estabelecimento. Kurt nunca havia visto alguém cantar com tanto amor e paixão misturada com dor e sofrimento, tantos sentimentos em uma mesma música... Quando terminou, Kurt levantou-se sem ser notado e saiu do local ao som dos aplausos fervorosos do público para o moreno que agora sorria no palco partindo para a próxima musica.

Kurt chegou à rua e precisou respirar profundamente, ele se sentia totalmente perturbado no momento. O melhor que ele poderia fazer era ir pra casa. E ele o fez.

EHAR

Blaine chegou em casa saltitando de alegria. Entrou no seu apartamento cantarolando e se dirigiu diretamente ao banheiro, além de feliz, ele estava cansado, seu show havia sido um sucesso! E melhor, ele havia sido contratado pelo gerente para tocar todas as noites no café.

Vinte minutos depois de ter entrado no banheiro, ele terminou de vestir seu calção, mas não conseguiu vestir sua camiseta, pois ouviu a campainha tocar insistentemente e correu para abrir a porta, temendo que alguma coisa grave pudesse ter acontecido.

– Kurt? – O moreno não pode segurar seu tom de surpresa.

– Oi... – Kurt lançou à Blaine o seu melhor sorriso fazendo o garoto se derreter por dentro.

– Aconteceu alguma coisa? – Blaine tentava ignorar aquela velha sensação tentando dominá-lo mais uma vez.

– Não, nada em especial... Vim te convidar para jantar comigo, no meu apartamento.

– Desculpa, estou cansado. – O moreno respondeu frio. Ele lembrava-se exatamente o que tinha acontecido da ultima vez que havia jantado na casa do castanho a mais de um mês atrás.

– Por que não? – Kurt não conseguiu esconder a frustração na sua voz.

– Eu já disse que estou cansado e eu não quero. Não quero. – Blaine tinha o seu tom de voz mais agressivo mantendo-se na defensiva. Ele não permitiria que Kurt o convencesse.

– É só um jantar inofensivo Blaine. – O castanho parecia irritado.

– Inofensivo? – Blaine riu sarcasticamente. – Igual o de um mês atrás?

– Até parece que você não gostou. Gostou tanto que se apaixonou por mim. – Kurt debochou e logo depois de terminar a frase, ele se arrependeu do que havia dito.

Blaine não conseguia acreditar no que Kurt havia dito. Então ele sabia que o moreno estava apaixonado e debochava dos sentimentos dele?

– Esse foi o meu pior erro. Vai embora. Não chegue mais perto de mim. Não fale mais comigo. Esqueça que eu existo. Você não percebe o mal que me faz? Eu preciso superar isso, mas se você continuar por perto, eu... Eu não vou conseguir... – O moreno sussurrou a ultima parte abaixando o olhar tentando evitar que Kurt o visse com os olhos marejados. Kurt sentia-se envergonhado pelo o que havia dito.

– Me desculpe... E-eu não queria ter dito aquilo... E-eu.... – O castanho parecia arrependido.

– Você já falou. Não tem como voltar atrás. Eu não sei qual a graça que você acha em continuar ferindo meus sentimentos... – Agora Blaine olhava nos olhos de Kurt que sentiu-se quebrado com aquele olhar tão triste e magoado.

– E-eu não queria... – Kurt sentiu uma vontade extrema de abraçar Blaine, pedir perdão e dizer que cuidaria dele.

– Vai embora. – O moreno havia voltado a ser frio.

– Tudo bem. Boa noite Blaine. – Kurt falou virando de costas e dando se por vencido, deu dois passos em direção ao elevador, mas subitamente o castanho deu meia-volta e caminhou até Blaine que continuava parado na porta. Kurt colocou suas duas mãos na nunca do moreno e o puxou para um beijo que, Blaine, a muito custo não correspondeu, empurrando Kurt e batendo a porta na cara dele. Por que o castanho continuava com aquilo? O que o moreno sentia já não era o suficiente.

No lado de fora, Kurt continuava parado na frente da porta passando as mãos pelos cabelos, confuso. Por que ele havia feito aquilo? Da onde havia saído aquela vontade de beijar Blaine e principalmente cuidar dele? Kurt sabia que não havia sido apenas atração, ele já estava habituado em sentir atração por Blaine. Mas aquilo havia sido completamente novo e diferente. O castanho não conseguia entender a confusão de sentimentos que o tomava naquele momento.

Ele apenas sabia que, definitivamente não queria ver Blaine sofrendo por ele.


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Notas finais do capítulo

Música: Let Me Love You (until you learn to love yourself) Ne-Yo, mas pensem na versão do Jacob Artist que ficou perfeita s2
comentem s2 E recomendem se gostam tanto dessa história a ponto de acompanhá-la até aqui s2 Eu não ficaria brava não u.u

Até quinta que vem u.u Aguardem fortes emoções no próximo u.u