The Secret escrita por Petrus Halabe


Capítulo 1
Capítulo 1




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NOVO MUNDO
24-07-1900
Santa Vila- Maranhão

Os passos de Agna estavam pesados, seu corpo estava em puro êxtase, podia sentir uma força fluindo dentro de si. Ao seu lado estava Maria, uma senhora de 56 anos, ruiva e com uma pele enrugada e também havia Tina, uma mulher negra que possuía longos cabelos escuros. Entre todas, Agna era a mais nova e possuía uma beleza indescritível, seus cabelos eram curtos e negros, sua pele era morena e seus olhos eram como o bronze.
Ninguém as impediu enquanto entravam na casa do Coronel. Todos na pequena Santa Vila queriam ser libertos das garras do ditador. O Coronel ao perceber a invasão das três feiras, se levantou e disse:

-Posso saber qual o motivo da invasão? – O senhor aparentava ter 50 anos, era branco, com altura mediana e usava roupas do estilo sertanejo.
-Passei anos escondida de pessoas como você, Coronel, mas sinto que isso está chegando ao fim. Hoje você servirá como símbolo de nosso poder e amanhã o novo mundo será nosso mundo!Disse Agna com um tom superior
Elas ergueram suas mãos e esse foi o fim do Coronel. A partir daquele dia, os moradores devem sua liberdade as irmãs. Aquele dia marcou o inicio de uma nova revolução!

07-04-2013
Santa Vila- Maranhão

Alma observa a Irmã Maria, que mostrava os aposentos para Clara. Aquilo parecia acabar nunca, ela queria pegar suas coisas e sair dali. Na verdade seu maior desejo era tirar Clara dali. Alma conhecia a historia dessa cidade e a tragédia estava marcada em cada esquina, porém aquele era seu trabalho e mesmo sabendo o que poderia acontecer com a garota, a única coisa que devia fazer era sorrir e torcer que ela continue viva até completar dezoito anos e poder dar o fora.
-Você vai mesmo me deixar aqui? - perguntou Clara em um tom baixo, observando cada detalhe da casa com seus olhos castanho mel. Seus longos cabelos ruivos batiam em sua cintura. Estava usando um delicado vestido branco com um laço azul na cintura.
-As irmãs vão cuidar de você, querida! - Alma mentiu, tentando mostrar-se calma.
-Em três meses então vou sair desse lugar! – Clara respondeu. E esse era o desejo de Alma, que a menina continua-se viva até completar seus dezoito anos.
-E essa é a sala principal! - Continuava Maria, mostrando um grande salão com uma mesa ao centro - Aqui que fazemos nossas refeições. Agora, creio que já mostrei todos os nossos aposentos!
-Espero que Clara se sinta em casa... - completou Alma, com o pensamento distante nas preocupações com a menina.
-Não tenha duvidas querida! - Disse Maria com um olhar severo para Alma - Alma, está ficando tarde e temo por sua segurança. O caminho até a capital é longe, então, acho que já chegou sua hora de partir....
Alma deu um suspiro e olhou para Clara.
- Boa Sorte! – disse, dando um forte abraço na garota- Até breve querida! - E saiu em direção a um corredor que levava até a porta.

Enquanto saia, Alma ouviu uma voz gritar seu nome. Ao virar, percebeu que uma garota loira corria em sua direção e logo reconheceu que era Anna, a filha do Prefeito.
-Quem é aquela garota? - perguntou Anna
-Anna...
-É mais uma daquelas... Você trouxe outra... Essa cidade não já tem problemas o bastante! - Anna estava vermelha e fitava Alma como se fosse matá-la a qualquer momento.
-Ela é diferente...
-Diferente? - Anna solta uma gargalhada com um tom de amargura.
- Todas são iguais, não vou deixar que vocês fiquem brincando com a minha cidade!
-Eu tenho que ir – Alma fala dando as costas para a garota e entra no carro.
-EU PENSEI QUE VOCÊ ERA DIFERENTE - a garota gritou para o carro, este se direcionando para a estrada.
A cabeça de Alma parecia que ia explodir em um milhão de pedaços, não queria ter deixado Clara nas mãos daquelas mulheres, mas não podia fazer nada ou podia? Talvez fugir tivesse sido a melhor escolha, fugir com Clara sem ela saber sua verdadeira natureza. E se tudo não estivesse perdido? Ela podia voltar lá e fugir com Clara. Nesse momento Alma fez uma manobra e começou a retornar. Enquanto dirigia, viu uma pessoa no meio da rua. Chegando mais perto, pode reconhecer quem era e ao ver aquela face sentiu um arrepio.


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Notas finais do capítulo

Opinam e mandem suas sugestes.
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