Give Me Love - Cancelada! escrita por Madu Kordei


Capítulo 30
O nosso garoto.


Notas iniciais do capítulo

Oi princesas, obrigada por todos os comentários maravilhosos no capítulo passado! Vocês são as melhores do mundo!
Desculpem se tiver algum erro nesse capítulo, ele não foi revisado e está sendo postado pelo celular... Espero que dê certo!
OBS:Muitas de vocês disseram que queriam o capítulo bônus da Fran e do Marco, e eu vou fazer, mas não hoje :(

Enfim, enjoy!



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Meses depois...

Violetta's POV

– O que você acha que pode ser? - Leon perguntou pela milésima vez assim que eu sai do banheiro enxugando meus cabelos molhados. Ele estava deitado na minha (nossa) cama, sem blusa e vestido com uma calça moletom escura. Como a pessoa pode ser tão linda assim?

– Lê, a gente já conversou sobre isso. Eu não tenho a mínima ideia... Fran continua afirmando que vai ser menina, mas eu sinceramente não sei - Joguei a toalha que estava enrolada em meu corpo em cima da cama, o que fez Leon erguer as sobrancelhas e passei a vestir minha roupa intima - Pra mim, o sexo não importa muito e sim a saúde.

– Isso é conversa de mãe! - Leon retrucou rindo e levantou-se da cama, tirando a calça e ficando apenas de boxer. Caralho, para de ser gostoso - Eu tenho certeza de que você tem preferência, mas não quer falar isso alto pra não se decepcionar.

– Acertou em cheio - Respondi sorrindo, encerrando aquela conversa. Eu não tinha preferência por nenhum sexo, mas nem Leon e nem nenhum homem poderia entender aquilo. Estar grávida não é você querer criar um menino ou menina, vai muito além de gostos de cores e brinquedos, é uma vida. Uma vida que é criada de dentro de você!

Hoje descobriríamos qual era o sexo do nosso filho e eu estava mais que ansiosa. Eu poderia ser mais expansiva nas compras e na criação do quarto, o que poderia adiantar muita coisa. Leon estava morando na casa dos nossos pais, mas sempre que podia vinha dormir aqui. Eu não fazia questão, já que havíamos nos aproximado novamente. Não éramos namorados, nem noivos, nem casados, nem ficantes... Essa dúvida sempre preenchia meu consciente, mas eu não perguntava nada.

Fui até o closet e peguei um vestido branco rendado e rodado, presente de Francesca quando inaugurou uma loja de gestantes no shopping. Como eu nunca havia ficado grávida, ainda não notara que lojas de roupas de grávidas eram muitos poucas e algumas com só coisas feias. Mas com a ajuda da minha melhor amiga e cunhada, eu consegui fazer algumas compras boas e ter ganhado alguns presentes também.

Terminei de me arrumar e fui até a cozinha, pegando uma maçã para comer.

– Só isso? - Me arrepiei ao ouvir a voz de Leon ao pé do meu ouvido. Um cheiro de perfume e de banho invadia o local, deixando tudo mais agradável. Me virei sorrindo e observei melhor o pai do meu bebê, o homem da minha vida. Ele vestia uma pólo branca, calça jeans escura e um tênis que eu havia trazido de Nova York para ele. Completamente lindo... E meu.

– Só isso o que? - Argumentei olhando para minhas próprias unhas. Eu já sabia o que era... Ele iria reclamar que eu estava comendo apenas uma fruta e que o nosso bebê precisava de nutrientes, o que era verdade. Mas quando se tratava de descobertas no decorrer do dia, eu me sentia completamente ansiosa e não me alimentava corretamente.

– A comida, amor... Eu já cansei de falar que você precisa comer direito - Leon fez beicinho ao falar. Seus cabelos estavam maiores e molhados, o que ocasionava várias gotas de água caindo sob meu peito.

– Você sabe que eu fico ansiosa com essas ultra-sonografias e não consigo comer direito - Sorri marota e depositei um selinho terno em seus lábios, indo checar as coisas que estavam dentro da minha bolsa. Celular, carteira, documentos, carregador...

– Está pronta? - Leon perguntou desligando a televisão da sala que estava ligada e colocando o seu celular no bolso. Ele ajeitou o cabelo em frente ao espelho da sala e depois sorriu de um jeito torto.

– Estou sim - Peguei a chave do meu carro, que eu havia comprado com o "salário" que agora eu ganhava da empresa do meu pai. Meus tios estavam tomando conta das variadas empresas, enquanto eu apenas recebia a parte que era dele e guardava numa poupança para o meu futuro e o do meu bebê.

Descemos até a garagem onde entramos no carro e seguimos para a clínica da minha ginecologista e obstetra, onde descobriríamos mais uma parte de nossas vidas.

*

– O que você acha que é, mamãe? - A médica, Dra. Paola, perguntava sorrindo enquanto aplicava o gel frio sob minha barriga. Ela era linda. Possuía os cabelos loiros, olhos pequenos e castanhos, e um sorriso encantador.

– Sinceramente? Eu não sei - Ri nervosa ao responder e senti um arrepio percorrer minha espinha na hora em que ela passou a deslizar um equipamento sob minha barriga. Leon, que estava ao meu lado, apertou minha mão com mais força quando apareceu uma imagem borrada no monitor. Nosso filho.

– Vamos escutar o coração do bebê? - Dra. Paola perguntou sorrindo ao digitar algo na tela. De repente, um som inexplicável preencheu o local e o meu coração. Os batimentos cardíacos do meu bebê eram ritmados, porém me passavam uma tranqüilidade absurda. Era como se ele estivesse me falando: ei mãe, eu estou aqui, dentro de você e não vejo a hora de te ver.

– Esse som é melhor que qualquer música dos maiores artistas mundiais - Leon falou emocionado. Ele apertava cada vez mais minha mão, piscando os olhos varias vezes para as lágrimas não tomarem conta do seu rosto. Já no meu caso elas escorriam livremente e eu não fazia questão de esconder.

– Então, o bebê de vocês é bem agitado e já abriu as perninhas - A médica falou sorrindo enquanto passava mais o instrumento sob minha barriga - Já sei qual é o sexo!

Eu e Leon nos entreolhamos e nos comunicamos através do olhar, afirmando que queríamos matar logo aquela dúvida.

– Posso falar qual é o sexo? - A médica perguntou mais animada do que nós dois, chegava até ser engraçado - É um menino!

*

– Caramba, será que dá pra vocês falarem logo? Não posso bater em Violetta porque ela está grávida, mas você pode ainda apanhar Leon - Francesca grunhiu nervosa, enquanto amarrava os seus longos cabelos em um rabo de cavalo. Havíamos saído da médica e chamamos o nosso casal preferido para o meu apartamento, para que finalmente pudéssemos contar a novidade. Fran continuava a tagarelar nervosa, enquanto Marco apenas ria da namorada - Puta que pariu, eu vou matar vocês dois quando esse bebê nascer!

– Olha a violência! - Falei rindo quando voltava da cozinha com um pote cheio de pipoca. Eu e Leon estávamos nos divertindo com aquela situação, Francesca era muito dramática e ela ficava ansiosa com tudo - Estão preparados?

– Sim! - Marco exclamou rindo, acho que ele não aguentava mais a impaciência da namorada. Fran nem sequer respondeu, estava muito ocupada em roer suas unhas impecáveis e grandes. O que o nervosismo faz com as pessoas...

– É um menino! - Leon respondeu rindo, o que fez Marco abrir um sorriso de orelha a orelha, abraçando o melhor amigo logo em seguida. Notei que Francesca ficou um pouco desapontada, ela realmente queria ter uma "sobrinha" correndo por aí.

– Ei minha cunhadinha, você ficou triste? - Perguntei após ter saído do abraço forte de Marco, ele realmente ficou muito feliz. Segurei em sua mão e a puxei para um abraço.

– Não fiquei triste não. Apenas... Desapontada - Ela sorriu e deu um beijo na minha bochecha, acariciando minha barriga com uma mão - Eu realmente tinha certeza de que seria uma princesa que viria, mas talvez da próxima.

– Próxima? Francesca, eu não pretendo engravidar nem tão cedo! - Falei rindo ao nós afastarmos.

– Deixa de falar besteira, você não sabe o dia de amanhã, moça - Ela riu e abraçou Leon dessa vez - Meu sobrinho será muito amado e também ganhará muitos presentes estilosos para arrasar com os corações das meninas! Claro que eu vou ensinar também como se tratar uma mulher.

– Eita, já vi que essa tia e madrinha vai ser muito babona mesmo, filho - Falei acariciando minha barriga, enquanto olhava a reação de Fran ao escutar minhas palavras. Ela de início riu, mas ao processar todas as ideias, ficou parada me encarando.

– Madrinha? - Ela perguntou abrindo o sorriso mais lindo que eu já vi em toda minha vida. Parecia que ela havia ganhado na Mega Sena ou qualquer coisa do tipo.

– Claro que sim, você e o Marco são as duas pessoas mais importantes para serem designados como padrinhos do nosso primogênito - Leon tomou a palavra depois que me abraçou por trás. "Nosso primogênito". Então vinham mais filhos, Leon? Só esperava que quando isso acontecesse, a gente já tivesse nome em nossa relação. Mas resolvi deixar isso pra lá...

– Você vai ser a criança mais amada do mundo todo - Fran se abaixou na altura da minha barriga, dando um beijinho ali. Marco fez o mesmo e todos nós colocamos nossas mãos em volta do meu filho.

Lágrimas acumularam-se em meus olhos e passaram a lavar o meu rosto, como um sinal de felicidade. E, em meio a aquelas sensações maravilhosas, eis que surge mais uma: o primeiro chute do meu filho. O sinal mais concreto que ele se sentia acolhido, cheio de amor. E era assim que era pra ser.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??? Não esqueçam do comentário para a autora aqui! Vai me deixar muito feliz 😍