Mares Perdidos escrita por M Schinder


Capítulo 4
Passado 4: Inuzuka Kiba


Notas iniciais do capítulo

Volteiiii! /desvia das pedras/
Não matem a autora u.u
Enfim, desculpem a demora, acho que todos já viram minhas desculpas, mas a principal é que eu estava sem criatividade e não sabia o que escrever x.x Entretanto, cá estou! E já vou começar a trabalhar no próximo passado :3 ~será o da Konan e do Nagato.

Aproveitem! Boa leitura :3



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Kiba estava sentado no sofá da “mansão” Hyuuga. Desde que começara a trabalhar como protetor da Hyuuga mais nova, sua vida andava muito parada. Sentia falta de viajar por aí e conhecer pessoas novas.

– Kiba! – gritou Hanabi entrando no cômodo.

A garota estava com sua roupa de dormir e usava leves sapatilhas nos pés. Isabella vinha correndo atrás dela, uma expressão de impaciência pintava seu rosto.

– O que foi? – perguntou olhando para a garota.

– Conte-me uma história! Estou sem sono – falou a garota jogando-se no sofá em frente a ele.

– Hanabi, vá já se deitar! – ordenou Isabella suspirando.

– Tudo bem, Isabella – afirmou Kiba suspirando. Ele sabia que Hanabi não escutaria sua empregada e acabaria causando grandes problemas para todos. “E eu prefiro que o senhor Hyuuga não venha até aqui” pensou nervoso. – Eu posso contar-lhe uma história. Então, o que quer ouvir?

– Conte a sua história.

Kiba hesitou. Aquele era um assunto que não tocava desde que a Hyuuga mais velha perguntara. Vendo a expressão de insistência no rosto da menor, suspirou novamente e recostou-se no sofá.

– Antes, por que quer saber? – perguntou curioso.

Hanabi sorriu vendo que tinha cedido e respondeu: - Porque, já que vai ser meu guarda, tenho o direito de saber. E estou curiosa.

Kiba deu de ombros e olhou para Isabella, ela tinha a sombra de um sorriso e parecia estar resignada com a determinação da garota. O marujo ajeitou-se melhor no sofá e voltou sua atenção para a menina.

– Ok. Bem, minha história não é muito emocionante – começou recebendo uma xícara de chá de Isabella. Sorriu agradecido e tomou um gole. – Meu pai era um pirata, como aqueles caras que estão com sua irmã, e vivia navegando e viajando por aí. Ele era o tipo de pessoa que não queria saber de nada e seu vício era sair com muitas mulheres e beber muito, em seu tempo livre.

“O Capitão do navio e estava quase para se aposentar e a pessoa em quem ele mais confiava era meu pai. Ele tinha sido escolhido para tomar conta de tudo e seria o novo líder. Entretanto... Ele não conseguia se imaginar sendo responsável e fugiu. Ele foi para a ilha mais distante que conseguiu encontrar e decidiu que moraria lá para sempre.

Ele passou anos como um pescador normal e começou a largar, um a um, seus vícios de pirata. Ele começou a envelhecer e sentiu a necessidade de criar uma família. Parecia pronto para uma coisa mais séria e estava noivo com a filha de um pescador importante na ilha.”

Ele parou para tomar mais um gole de café e ficou olhando um tempo para a xícara. Hanabi mexeu-se incomodada e cruzou os braços incomodada.

– Você vai continuar logo? – perguntou emburrada. – Quero saber! Ele ficou com a filha do pescador? Era sua mãe?

Kiba tomou outro gole da bebida, apenas para se impedir de rir da ansiedade da garota: - Bem, não, não era minha mãe.

– Então ele traiu essa mulher com a sua mãe? – perguntou chocada.

Naquele momento, até Isabella tinha parado o que estava fazendo para olhar para ele. Kiba revirou os olhos para a mente boba da criança e ajeitou-se melhor no sofá.

– Você, por acaso, está me ouvindo? – perguntou chamando a atenção das duas. – Não, aquela não era minha mãe porque ele não casou com ela.

– Mas você disse... – tentou Hanabi, mas foi interrompida.

– Eu disse que eles estavam noivos – repetiu sério. – Deixe-me terminar?

Hanabi só percebeu que ele a estava enrolando quando ele forçou-se a esconder um sorrisinho. A garota inchou suas bochechas e apontou um dedo para ele: - Continue logo!

– Meu pai estava noivo, mas, como sempre, ele não agüentou o preço da responsabilidade e fugiu para o meio da floresta...

– Sai pai é um covarde, hein? – comentou Hanabi séria.

– Fique quieta, foi você quem pediu para ouvir – falou revirando os olhos. – Enfim, ele foi para o meio da floresta e começou a sobreviver caçando e pescando. Ele passou três anos sozinho antes de conhecer minha mãe e, posso afirmar com certeza, foi a pior coisa que aconteceu para um covarde como ele.

“Minha mãe era uma amazona. Na verdade, ela era a chefe das amazonas. Essas mulheres não sabem o que é obedecer aos homens e, às vezes, são muito mais forte que os mesmos. Independentes, corajosas, caçadores e lutadoras natas, elas podem fazer qualquer coisa.

Meu pai esbarrou com o acampamento delas sem querer e, por alguma obra do destino, acabou prisioneira delas. Ele seria morto, mas minha mãe decidiu ser misericordiosa e poupou sua vida, desde que ele lhe desse um filho. Foi assim que eu nasci.”

– Espera aí! – exclamou Hanabi se levantando. – Sem amor? Sem carinho? Sem nenhum sentimento?

– Sim – respondeu com um dar de ombros.

– Isso é loucura! – falou colocando as mãos no cabelo. – E como você cresceu?

– Do mesmo jeito que você, com o carinho de minha mãe e meu pai, só que eles não eram casados e moravam em lugares diferentes – explicou sorrindo. As lembranças eram ótimas. – Eu conheci muitas coisas e mundo diferentes assim. Aprendi a velejar, a caçar e a conviver em uma sociedade normal, não me faltou nada.

Hanabi olhou para o rosto dele durante algum tempo e abaixou a mão que estava em sua cabeça. Ele parecia feliz falando daquilo e não tinha nenhum tipo de mágoa dos pais, tanto que contava a história deles com naturalidade. A pequena Hyuuga voltou a se sentar.

– O que aconteceu depois?

Kiba hesitou e uma sombra passou por seu rosto. Vendo aquilo, Isabella parou ao lado da menina e puxou-a para cima, surpreendendo os dois: - Vamos, Hana, está na hora de dormir.

A menina entendeu a deixa e pulou novamente em pé. Depositou um beijo no rosto da empregada e deu um abraço carinhoso em Kiba, surpreendendo-o. Ela saiu correndo escada a cima e os dois só puderam ouvir a porta do quarto dela bater.

– Você também vá descansar, Kiba! – ordeno apontando para a área dos empregados. – Já está ficando tarde.

– Isa, pode esperar um minuto? – perguntou segurando a mão dela. – Eu ainda quero terminar de falar...

Ela percebeu que ele parecia precisar desabafar e sentou-se a seu lado. Kiba respirou fundo.

– Eu menti um pouquinho para ela... Não convivi muito com minha mãe, porque um garoto no meio de muitas mulheres não seria o indicado. Eu cresci dentro de um navio de pesca e viajei por muitos lugares, eu e meu pai vimos muitas coisas e, por uma específica, ele acabou sendo assassinado – explicou olhando pela janela. – Eu não vi, porque tinha ido caçar nosso jantar, mas quando voltei encontrei-o caído no próprio sangue.

“Busquei ajuda, mas não deu em nada. Tive que voltar para a casa da minha mãe e morar com ela e sua tribo. Era um lugar péssimo para mim. Sempre fui tratado como um ser inferior e, logo que eu cresci, saí de lá imediatamente.

Vaguei por muito tempo sozinho e passei fome, mas ainda achava melhor do que voltar. Um dia, o Sol estava tão quente que eu acabei desmaiando. Não sei quanto tempo fiquei desacordado, mas quando despertei, eu estava em um navio, com um senhor me observando de cima.

O Capitão Asuma me encontrou e me criou. É a ele quem devo minha vida e, por isso, continuo trabalhando no Mar. Gosto muito do “Ryuu”, mas diferente do meu pai, eu gostaria de deixar essa vida e realmente criar uma família.”

Ele parecia estar com um pouco de vergonha por admitir aquilo e Isabella escondeu um sorriso. Ela abraçou-o com carinho, como Hanabi fizera antes, e sussurrou:

– Não se preocupe. Você vai conseguir realizar o que sonha.

Kiba apertou-a contra si e segurou-se para não fazer algo irresponsável, por mais que quisesse. Isabella era uma moça de família e respeitava aquilo. Os dois passaram um tempo naquela posição, antes que Isabella se afastasse com uma expressão curiosa.

– Kiba, você não chegou a comentar – falou chamando a atenção dele. – Qual era o nome do navio que seu pai seria o Capitão?

– “Mikoto”.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Digam-me em seus reviews! >:3



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