Eu Só Quero Ficar Sozinha escrita por Darkside Collins


Capítulo 1
Oneshot


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal. Aqui é Lia Collins de novo. Como prometi ontem, estou postando os 2 contos especiais de Halloween que o Dark deixou comigo. Espero que gostem!



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Eu Só Quero Ficar Sozinha

Um casal com 2 crianças chegava na nova casa, acabaram de se mudar, tudo já estava arrumado dentro dela, o preço tinha sido tão baixo e, estranhamente, só tinham eles de compradores. A casa era muito bonita, tudo arrumadinho, pronta para eles morarem, e era o que iriam fazer. A garotinha saiu correndo em direção ao seu quarto, seus cabelos negros esvoaçantes balançando enquanto subia as escadas e entrava no quarto, que já estava decorado como queria, todo cor-de-rosa.

Ela se atirou na cama e abraçou o travesseiro, estava chateada, não poderia ir com as outras crianças brincar de “Gostosuras Ou Travessuras”, pois, com todos os problemas que tiveram com a mudança, sua fantasia foi esquecida. Ela ficaria em casa na noite de Halloween com a família, entregando doces, todos poderiam sair e ela e sua família não.

-Bel, desculpa termos esquecido sua fantasia, vem, vamos pedir pizza, você pode escolher os sabores. - falou Sandra, a mãe da garota.

-Bel, vem, minha querida, não fica assim. - disse Jorge, o pai.

-Garota birrenta, sai da logo! - berrou Trevor, o irmão mais velho.

-Não vou, quero ficar aqui. - a garota de 6 anos estava com raiva de tudo, foi até o banheiro e logo parou de sentir tudo, seus sentimentos sumiram, seu corpo parou de responder aos seus comandos, só conseguiu olhar para o espelho e a única coisa que viu foi o reflexo de uma adolescente que usava um vestido todo negro, o cabelo comprido solto, lenços negros transparentes flutuavam ao seu redor e a boca estava pintada com um batom negro e um sorriso demoníaco.

-Eu só queria paz. - falou o reflexo.

Bel tentou falar algo, mas sua boca parecia amarrada por uma mordaça.

-Vou usar você, garotinha. - disse a moça no espelho agora pela boca da menina.

A pequena morena foi até o guarda-roupas, encontrou um vestido preto, o vestiu e abriu porta do quarto. Enquanto caminhava em direção as escadas, suas unhas infantis foram tingidas por um esmalte de cor negra; seus lábios, antes brilhosos pelo gloss, agora estavam pretos; seus olhos azuis, antes sem nada, adquiriram marcas negras; o cabelo preto mudava de cor a cada passo; a pele branca ficava mais branca a medida que descia os degraus.

-Minha querida... - a mãe já ia lançar um sorriso para a filha quando viu como ela estava, o ar gelou na sala quando a garota desceu o último degrau.

-Minha filha, o que é isso? - perguntou o pai.

-Não sou sua filha! - falou a garota andando até Trevor.

-Ficou maluquinha, mana? - indagou o garoto rindo.

-Não sou sua irmã! - retrucou a menina secamente.

-Minha filha, você... - Sandra não disse mais nada audível, os sons eram estrangulados, a garota a tinha derrubado tão rapidamente.

-Solte ela agora! - exclamou Jorge ao ver a filha estrangulando a própria mãe. A garota apenas olhou para o homem e sorriu, seus olhos embranqueceram totalmente e ela quebrou o pescoço da mulher, que caiu no chão produzindo um som forte.

Tudo virou uma confusão, a morena corria atrás do pai, que fugia desesperadamente. Ele se trancou no quarto, o filho mais velho fez o mesmo no banheiro na esperança de não ser morto.

-Você não sabe o erro que cometeu! - esbravejou a garota em uma mistura de voz entre infantil e adulta algo forte e barulhenta o suficiente para quebrar o espelho do banheiro sem ela sequer ter entrado nele.

-Bel, por que está fazendo isso? - perguntou Trevor assustado.

-EU NÃO SOU A BEL! - a morena vociferou e quebrou a porta com um chute.

-Não, por favor, não! - suplicou o menino.

-Vocês não deveriam estar aqui, agora paguem! - falou a garota antes de cravar a mão na barriga do irmão a ponto de atravessar a pele e arrancar os órgãos dele para fora.

A menina se olhou no espelho e a imagem refletida nele sorriu. Ela começou a andar até o quarto dos pais, a porta estava trancada. Apenas para assustar mais quem estava trancado lá dentro, ela bateu na porta de um modo infantil.

-Vai emboraaaaaaa! - disse o homem em desespero.

-NÃO! - replicou a garota atravessando a porta com um sorriso demoníaco.

-Quem é você? - perguntou ele enquanto procurava algo dentro do criado-mudo.

-Eu me chamava Sara. - respondeu olhando para o homem sem entender o que ele queria. Talvez ganhar tempo? Mas que tempo?

-Por que está fazendo isso? - ele conseguiu achar o que queria.

-Não import... - a menina levou 3 tiros no meio da testa e caiu no chão, Jorge se aproximou dela para ver se estava morta, mas viu que cometeu um erro ao se aproximar, ela começou a gargalhar, segurou seu pé e o jogou no chão.

-Eu já estou morta, você não pode me matar. E sua filha, bem, ela acabou de morrer por sua causa. - falou rindo.

-Por que? - não conseguia acreditar que a garota ainda estava viva, o sangue saindo por sua testa, mas o corpo se mexendo.

-Apenas ela sairia viva daqui, eu fiz isso com todos os outros e farei com quem vier, todos devem morrer e apenas uma garotinha pode viver! - falou Sara enquanto se aproximava do homem.

-Mas por quê? - Jorge não conseguia entender, por que matar todos, menos uma garota?

-Eu fui estuprada, minha família toda sabia o que meu pai fazia, mas ninguém me defendia, ninguém me ajudava, até que eu me matei e eles fingiram tristeza em meu enterro. Eu decidi que os humanos são seres falsos, seres cruéis, não se importam com ninguém a não ser si próprios, por isso matei minha família no mesmo dia, mas, bem, chega de conversa, ainda falta você. - falou a menina enquanto subia no homem que agora estava preso ao chão por correntes inexistentes.

- Nã... - Jorge tentou falar, mas foi impedido, sua língua foi cortada e ele começou a se afogar com o sangue.

-Não se preocupe, você não vai morrer assim. - a morena falou rindo, olhou para o homem e sussurrou: "morra!". Ela cravou uma mão em seu peito, Jorge berrou, mas logo um silencio tomou conta da casa. A garota se levantou, em sua mão estava o coração dele.

Sara foi até a janela e olhou para a lua, deu um sorriso, um respingo de sangue que tinha em seu olho resvalou em forma de lágrima, aquela que nunca pôde sair, as lágrimas que ninguém nunca viu ou com as quais não se importou enquanto estava viva e que agora, morta, não podia mais libertar. Ela olhou para trás e viu que tinha mais coisas para fazer.

Por volta das 10 da manhã, a corretora de imoveis foi até a casa, queria ver como a família estava, apertou a campainha, mas ninguém atendeu, então ficou apertando incessantemente sem resposta.

Preocupada, ela pegou a chave reserva que tinha e entrou no local, perto do sofá da sala e da escada havia um rastro de sangue. A corretora subiu a escadas e encontrou o banheiro todo ensanguentado, tinham órgãos espalhados por todo lugar, ela saiu dali enojada, foi até o quarto do casal e encontrou a mulher com a boca banhada em sangue e o pescoço virado, o homem estava ao seu lado com o peito aberto e uma arma na mão.

Desesperada, ela correu para o quarto da garotinha e a achou presa na parede por facas cravadas em suas mãos, sinais de tiros em sua testa e, na parede, estava escrito: "Humanos malditos, ainda não entenderam, eu só quero ficar sozinha".


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Notas finais do capítulo

Nota final padrão de Darkside Collins:

Gostaram? Se gostaram, deixem review e, se não gostaram, também. Não dói, não passa doença e ainda faz do meu dia melhor, então deixe review pra mim.



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